quarta-feira 05 2014

Pronunciamento do senador Aécio Neves - 05/11/2014






Publicado em 05/11/2014
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez seu primeiro pronunciamento na Tribuna do Senado Federal, nesta quarta-feira (05/11), após a campanha eleitoral pela Presidência da República. Aécio Neves agradeceu o apoio de cerca 51 milhões de brasileiros à sua candidatura e disse que estará à frente das oposições para fiscalizar, cobrar, denunciar e combater a corrupção que se instalou no governo federal do PT.

Dilma - Ela voltou

Maquiavel

Dilma Rousseff em encontro com líderes do PSD
Dilma Rousseff em encontro com líderes do PSD (Reuters)
A presidente Dilma Rousseff ficou dez dias sem discursar até voltar a usar a palavra em público, nesta quarta-feira. E os velhos problemas dela com a oratória reapareceram. Em um encontro com representantes do PSD, ela saudou o ausente Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina. “Quero cumprimentar também o governador de Santa Catarina... embora ele não tenha chegado”. Depois, se enrolou ao saudar o vice-governador da Bahia, Otto Alencar: “Quero cumprimentar (...) o senador eleito Otto Alencar, agora ex-vice-governador da Bahia. Ainda não é ex, mas será”. Já no encerramento do discurso, a trapalhada final: chamou o PSD de “PSDB”. “Finalmente, eu quero dizer o seguinte: para mim, o PSDB… o PSD, aliás. Desculpa. Vocês podiam ter ficado sem essa, né? Eu também. Mas vocês vejam só, a vida é dura. Pelo menos, pelo amor de Deus, eu não falei isso na campanha, né?” (Gabriel Castro, de Brasília)

Da tribuna, Aécio condiciona diálogo à investigação sobre petrolão

Senado

Senador voltou nesta quarta-feira a discursar no Congresso. Ele fez duros ataques ao PT e ao governo Dilma Rousseff

Gabriel Castro, de Brasília
Aécio Neves durante discurso no Senado
Aécio Neves durante discurso no Senado (Geraldo Magela/Agência Senado/Divulgação)
Aécio: "Nós assistimos, senhoras e senhores, ao despertar de um novo país. Sem medo, crítico, mobilizado, com voz e convicções, que não aceita mais o discurso e a propaganda que tenta justificar o injustificável"
O senador Aécio Neves completou nesta quarta-feira o roteiro previsto para reforçar seu papel como líder da oposição: em um pronunciamento feito na tribuna do Senado, ele deixou claro que, impulsionada pelos 51 milhões de votos nos tucanos no segundo turno, a postura da oposição deve ser muito mais dura no segundo mandato.
No discurso, Aécio condicionou o diálogo com a presidente Dilma à apresentação de propostas e ao compromisso do governo com a investigação completa dos desvios na Petrobras. "Agora os que foram intolerantes durante doze anos falam em diálogo. Pois bem: qualquer diálogo estará condicionado ao envio de propostas que atendam aos interesses dos brasileiros e, principalmente, tem que estar condicionado especialmente ao aprofundamento das investigações e exemplares punições àqueles que protagonizaram o maior escândalo de corrupção da história do país, já conhecido como petrolão".
Em seu pronunciamento, Aécio atacou os métodos usados pelo PT na campanha, com o uso de boatos e ofensas pessoais para atingir os adversários. "Mostraram que não enxergam limites na luta para se manter no poder. A má-fé com que travaram a disputa chegou às raias do impensável, do absurdo e agrediu a consciência democrática do país", disse ele.
O tucano mencionou especificamente a campanha do medo sobre o possível fim do Bolsa Família. "Espalharam o medo entre pessoas humildes, manipularam o sentimento de milhares de famílias negando-lhes o livre exercício da cidadania. Essa intimidação e essa violência só têm paralelo em regime que demonstram muito pouco apreço pela democracia".
Aécio também ressaltou o que, na visão dele, foi o lado positivo da campanha: o crescimento da militância contra o governo. "Nós assistimos, senhoras e senhores, ao despertar de um novo país. Sem medo, crítico, mobilizado, com voz e convicções, que não aceita mais o discurso e a propaganda que tenta justificar o injustificável", afirmou.
O tucano disse que nunca havia subido a uma tribuna no Congresso com tamanha carga de responsabilidade quanto nesta quarta-feira. E prosseguiu: "Quero aqui, do alto desta responsabilidade, reafirmar (...) que, de todas, a mentira foi a principal arma dos nossos adversários. Mentiram sobre o passado para desviar a atenção do presente. Mentiram para esconder o que iriam fazer tão logo passassem as eleições. Fomos acusados de propostas que jamais fizemos. Assistimos a reiteradas tentativas de reescrever a história, sempre nos reservando o papel de vilões que jamais fomos e não somos".
O senador tucano mencionou ainda a resolução que o PT divulgou na quarta-feira, defendendo o controle da mídia, a democracia direta e a construção de uma "hegemonia". "Precisamos estar atentos aos nossos adversários, que, poucos dias depois das eleições, divulgam um documento oficial ao país que mostra sua verdadeira face: a da intolerância, a da supressão das liberdades, a dos ataques às instituições", disse ele.
O tucano continuou: "Nossos adversários de novo não se constrangem em propor um projeto que se pretende hegemônico, o oposto daquilo que a democracia pressupõe: liberdade de escolha, alternância de poder". Aécio encerrou o discurso dirigindo-se a seus eleitores: "Digo em nome dos nossos companheiros de oposição. Agora e a cada dia dos próximos anos estaremos presentes".

Vence a voz dos decentes, e TSE autoriza auditoria, mas há quem prefira chamar o procedimento de “rosa”. Site do tribunal confirma: é “auditoria”. Ou: GOLPISTA UMA OVA!


Milhares pedem nas ruas decência, não golpe (Foto: Gabriela Biló/Etadão)
Milhares pedem nas ruas decência, não golpe (Foto: Gabriela Biló/Estadão)
É claro que o TSE cedeu à reivindicação do PSDB e autorizou uma auditoria nas eleições. A voz das pessoas decentes, que foram às ruas, venceu. Cheguei a pensar que o tribunal havia negado que se tratasse de uma auditoria, mas eram apenas os setores confusos da imprensa — isso na hipótese benigna. Ficam mal o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o corregedor do tribunal, João Otávio de Noronha, que haviam emitido opiniões absurdas a respeito. O segundo falou fora dos autos. O outro misturou alhos com bugalhos e especulou até sobre preconceito regional, num parecer meio aloprado. O site do TSE é explícito, num texto cujo título é este: “TSE aprova auditoria do PSDB sobre sistemas eleitorais de 2014”. Lá está escrito: “Por unanimidade de votos, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolheu, na sessão desta terça-feira (4), pedido do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para que a sigla tenha pleno acesso aos sistemas de votação, apuração e totalização dos votos das eleições de 2014 para que o partido possa, se desejar, realizar uma auditoria própria”. Alguma dúvida?
 Atenção! O TSE cedeu a rigorosamente todos os pedidos do PSDB, com exceção de um, e é isso que chegou a gerar certa confusão. O partido havia pedido que os dados da eleição fossem tornados disponíveis a uma comissão formada por partidos políticos. Não haverá essa comissão. Mas o PSDB indicará um grupo de peritos que terão acesso a todas as informações — até onde se sabe, rigorosamente todas. As dúvidas suscitadas e as múltiplas denúncias de irregularidades poderão ser confrontadas com o sistema para saber se ele é seguro. É o que as ruas estavam pedindo. Sabem o nome disso? Auditoria!
Mas há gente querendo chamar de outra coisa. Como já citei aqui, certa estava, neste particular ao menos, Julieta, a adolescente maluquete de Shakespeare: se a rosa tivesse outro nome, ainda assim, teria igual perfume. Se alguém quer chamar de outra coisa a auditoria, por que não chama de “rosa”?
Não se trata, é bom que fique claro, de uma recontagem de votos — até porque, no sistema eletrônico, o procedimento nem seria exatamente esse. Trata-se de averiguar se as muitas denúncias de irregularidades procedem ou não; se o sistema está ou não sujeito a intercorrências externas. Ninguém quer derrubar a presidente Dilma Rousseff por isso. Não é e nunca foi esse o intento. A menos, claro, que se chegue a uma fraude. O ponto é e sempre foi outro.
É mentira que as pessoas que estão protestando nas ruas, cobrando a auditoria, integrem, como chegou a afirmar, lamentavelmente, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), “grupos insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais”. De saída, lembro que, nas democracias, “grupos insatisfeitos com o resultado das eleições” podem, sim, se manifestar, desde que o façam dentro dos limites legais. Mas não! Não era e não é o caso! Os cidadãos querem saber mais sobre o sistema das urnas eletrônicas — um direito legítimo — e pedem o impeachment de Dilma na hipótese, e só nesta hipótese, de que ela soubesse dos desmandos na Petrobras. Ela não sabia? Então fica. Ela sabia? Então sai. Leis existem e têm de ser cumpridas. Não é uma operação tão complexa.
Também é mentira que os que pedem intervenção militar deem a direção do protesto. Essa é uma distorção lançada no mercado de ideias pelo jornalismo “parapetista”, cuja militância é mais pernóstica porque não é clara. Afirma-se como dado de realidade o que é só uma distorção ideológica deliberada.
João Otávio de Noronha, corregedor do TSE, estava errado. Rodrigo Janot, procurador-geral da República, estava errado. A auditoria não enfraquece a democracia nem põe sob suspeição o resultado das eleições. Na verdade, ela vai fortalecer a confiança das pessoas nas urnas eletrônicas caso não se encontrem falhas.
Os que tentaram colar no povo a pecha de golpista foram derrotados pelos fatos e pela mobilização nas ruas e nas redes sociais. É esse o caminho.
Texto publicado originalmente às 3h
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/vence-a-voz-dos-decentes-e-tse-autoriza-auditoria-mas-prefere-chamar-o-procedimento-de-rosa-ou-golpista-uma-ova/

PSDB quer concluir auditoria nas urnas em um mês

Justiça

Sigla pretende montar um grupo com até cinco peritos e realizar análise própria do resultado da votação

Gabriel Castro, de Brasília
Deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP), coordenador jurídico do partido
Deputado Carlos Sampaio (PSDB/SP), coordenador jurídico do partido (Luiz Aves/Agência Câmara/VEJA)
O PSDB espera concluir em trinta dias a auditoria nas urnas eletrônicas, autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira. O coordenador jurídico do partido, o deputado Carlos Sampaio, diz que os nomes da comissão de peritos vão ser apontados na semana que vem. Segundo ele, o grupo terá de três a cinco pessoas. Os tucanos pretendem indicar para comandar o grupo o professor Diego Aranha, da Unicamp, que encontrou falhas no sistema em um teste público feito em 2012.
Sampaio afirma que a decisão do TSE foi ainda mais favorável aos tucanos do que o partido queria. Isso porque a comissão suprapartidária proposta pelo partido foi transformada pela corte em uma comissão de peritos indicada apenas pelo PSDB. O tribunal considerou que, como a sigla foi a única a subscrever o pedido, não seria possível estender a outros partidos o direito de participar oficialmente da auditoria.
O coordenador jurídico do PSDB não acredita que o resultado da eleição presidencial tenha sido forjado. Mas afirma que a auditoria será importante para apontar possíveis brechas no sistema e dar uma resposta ao eleitorado. "Fraudes houve. Mas não creio que a ponto de mudar o resultado da eleição. Tanto que deixamos passar o prazo para pedir recontagem", diz o tucano. Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral aceitou nesta terça-feira liberar ao PSDB acesso aos arquivos eletrônicos e demais documentos referentes à totalização dos votos da eleição presidencial. Com esses dados, os tucanos poderão realizar uma auditoria própria do resultado.
É claro que o TSE cedeu à reivindicação do PSDB e autorizou uma auditoria nas eleições. A voz das pessoas decentes, que foram às ruas, venceu. Cheguei a pensar que o tribunal havia negado que se tratasse de uma auditoria, mas eram apenas os setores confusos da imprensa — isso na hipótese benigna. Ficam mal o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o corregedor do tribunal, João Otávio de Noronha, que haviam emitido opiniões absurdas a respeito. O segundo falou fora dos autos. O outro misturou alhos com bugalhos e especulou até sobre preconceito regional, num parecer meio aloprado. O site do TSE é explícito, num texto cujo título é este: “TSE aprova auditoria do PSDB sobre sistemas eleitorais de 2014”. Lá está escrito: “Por unanimidade de votos, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolheu, na sessão desta terça-feira (4), pedido do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) para que a sigla tenha pleno acesso aos sistemas de votação, apuração e totalização dos votos das eleições de 2014 para que o partido possa, se desejar, realizar uma auditoria própria”. Alguma dúvida? 

Dilma dá R$ 30 BI a Lulinha, o FRIBOI.





Senador Acaba Com Dilma, Lula e Renan Calheiros





Aécio reúne aliados pela 'oposição mais vigorosa que o país já viu'

Política

Tucano se reuniu com representantes de seis partidos e foi aclamado, mas disse que oposicionistas não precisam de um líder

Gabriel Castro, de Brasília
 O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participa da reunião da Executiva Nacional do PSDB, no Auditório Nereu Ramos, em Brasília
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) participa da reunião da Executiva Nacional do PSDB, no Auditório Nereu Ramos, em Brasília (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
 "Pelo menos cumpriram a palavra: disseram que iriam fazer o diabo nessas eleições. O diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas nessas eleições", Aécio Neves
Em um ato com a presença de políticos do PSDB e de mais seis partidos, o senador Aécio Neves prometeu nesta quarta-feira fazer uma oposição firme ao governo da presidente Dilma Rousseff. Ele encerrou seu discurso conclamando os aliados fazer "a mais vigorosa oposição a que esse país já assistiu". O evento, realizado em um auditório da Câmara dos Deputados, foi organizado para marcar o papel do tucano na função de líder inconteste do bloco oposicionista ao governo Dilma Rousseff.  O próprio Aécio, entretanto, disse que a oposição não precisa ser liderada.
Depois de ouvir vários pronunciamentos em que foi saudado como comandante do bloco oposicionista, o tucano adotou um discurso diferente: "A oposição brasileira hoje não precisa de um líder. Ela tem viva na alma e no sentimento de milhões de brasileiros sua mais importante essência, que é a indignação com tudo o que vem acontecendo no Brasil nesses últimos anos, mas também uma esperança forte e enraizada em relação àquilo que podemos mudar", afirmou. 
Ao citar um conselho que recebeu do avô Tancredo Neves, o tucano deixou subentendido que sua ação como opositor no Congresso é um caminho essencial para pleitear uma nova candidatura à Presidência: "Voto você nunca tem, voto você teve. E você tem que trabalhar muito para manter viva, nessas pessoas que lhe depositaram através do voto sua confiança, a mesma chama que as fez acordar num domingo e ir às urnas tentar mudar o Brasil".
Aécio criticou os ataques desferidos pela campanha petista contra seus adversários e lembrou a frase em que Dilma Rousseff afirmou ser possível fazer "o diabo" nas eleições. "Pelo menos cumpriram a palavra: disseram que iriam fazer o diabo nessas eleições. O diabo se envergonharia de muitas coisas que foram feitas nessas eleições", afirmou.
O tucano também ironizou o aumento na taxa de juros e o reajuste na gasolina, anunciados logo após as eleições: "Perguntavam: 'Aécio e as medidas amargas quais serão?' Estão aí".
No evento, onde foi aplaudido por diversas vezes, Aécio ouviu promessas de lealdade de líderes do DEM, do SD, do PPS e do PSC, além da senadora Ana Amélia (PP-RS) e do vice-governador eleito de Pernambuco, Raul Henry (PMDB). Entre os tucanos, estavam o governador reeleito do Pará, Simão Jatene, o governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio. "Política é fascinante porque o suposto derrotado é aplaudido todos os dias e a suposta vencedora se enclausura num mausoléu", disse Virgílio em seu discurso.


Durante a tarde, Aécio fará seu primeiro discurso no plenário do Senado após a derrota nas eleições presidenciais.

VAMOS PARAR DE CONFUSÃO! É AUDITORIA, SIM! SHAKESPEARE EXPLICA POR QUÊ!

Vamos botar “os pingos nos is” nessa história. Vocês leram aqui que o TSE aceitou a auditoria nas eleições de 2014 e, leram em outros lugares, que ele rejeitou. Então vamos entender. O PSDB havia entrado com um pedido para que uma comissão de partidos analisasse todo o processo que envolve as urnas eletrônicas. A comissão foi rejeitada, sim. E o que foi liberado POR UNANIMIDADE? Atenção! O PSDB poderá indicar uma equipe de peritos para acompanhar todo o processo, de cabo a rabo: será garantido a esses peritos o acesso a programas e arquivos eletrônicos usados. Mais: se outros partidos quiserem indicar representantes, poderão fazê-lo.
O trabalho será feito em conjunto com técnicos do TSE. Todos os requerimentos apresentados pelo PSDB foram deferidos. Isso significa que todas as solicitações, por unanimidade, foram consideradas procedentes.
Falei há pouco com o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), um dos coordenadores jurídicos da campanha presidencial tucana, e ele afirma: “Nós convidaremos todos os partidos a participar da análise dos dados a que teremos acesso após esse deferimento dos pedidos que fizemos ao Tribunal Superior Eleitoral”.
Não querem chamar o processo que haverá de “auditoria”? Bem, chamem como lhes der na telha. Como diria Julieta, a de Shakespeare, o que chamamos “rosa”, com outro nome, teria igual perfume, não é mesmo? O que queriam os tucanos? Que uma comissão tivesse acesso aos dados. “Ah, não vai ser a comissão, mas um grupo de peritos…” Então tá: alguém fica mais satisfeito com o nome “peritagem”? Que fique: mas é auditoria.
Ainda voltarei ao assunto. Desmoralizaram-se todos aqueles, inclusive na imprensa, que tentaram tratar a reivindicação como tentativa de disputar o terceiro turno. O TSE percebeu que é crescente o sentimento de descrença que vai nas ruas. Fazer a auditoria, que pode ser uma “peritagem” e poderia se chamar “rosa”, é medida que fortalece o próprio sistema.
Assim, com esse grupo de peritos, as denúncias de irregularidades, que são muitas, se transformam em hipóteses que poderão ser testadas. Tomara que se chegue à conclusão de que não há nada de errado. Para o bem do Brasil e dos brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/vamos-parar-de-confusao-e-auditoria-sim-shakespeare-explica-por-que/

Petistas criticam PSDB por pedido de auditoria ao TSE



TSE libera dados da eleição para o PSDB fazer auditoria

Justiça

Com os arquivos, partido poderá realizar análise própria do resultado das urnas. Em seu voto, Toffoli ressaltou a transparência do processo eleitoral

O ministro Dias Toffoli, do TSE
O ministro Dias Toffoli, do TSE (Ueslei Marcelino/Reuters/VEJA)
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral aceitou nesta terça-feira liberar ao PSDB acesso aos arquivos eletrônicos e demais documentos referentes à totalização dos votos da eleição presidencial. Com esses dados, os tucanos poderão realizar uma auditoria própria do resultado. Ao saber da decisão do TSE, deputados tucanos comemoraram no plenário da Câmara. A corte, porém, negou o pedido da sigla para criar uma comissão multipartidáriapara auditar o pleito por entender que o partido não tem legitimidade jurídica para atuar em nome de outras legendas.

Ao aprovar a liberação dos arquivos ao PSDB, o presidente do TSE José Dias Toffoli ressaltou que todos os procedimentos deferidos constam em resoluções da corte que tratam da transparência do processo eleitoral e estavam disponíveis antes da eleição. No segundo turno, o PSDB foi derrotado pela presidente Dilma Rousseff por uma diferença de três pontos.

Apesar de aprovar o fornecimento dos dados, Toffoli criticou os argumentos usados pelos tucanos no pedido e afirmou que o PSDB não apresentou indícios de fraude no pleito, limitando-se a relatar a descrença de algumas pessoas no resultado da votação. O presidente da corte garantiu a transparência das eleições e ressaltou que o desenvolvimento dos programas usados na apuração das urnas esteve a disposição, desde abril, de todos os partidos políticos, do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), desde o momento em que começaram a ser elaborados.

Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes defendeu que a Justiça Eleitoral acabe com suspeitas de fraude no resultado nas eleições, mesmo que sejam descabidas e levantadas por meio das redes sociais. Segundo o ministro, o pedido do PSDB contribui para a pacificação do assunto.

Denúncias – Na ação apresentada ao TSE, o coordenador Jurídico Nacional do PSDB, o deputado federal Carlos Sampaio, ressaltou que, passadas as eleições, surgiram uma série de denúncias e desconfianças por parte da população. "Nas redes sociais, os cidadãos brasileiros vêm expressando, de forma clara e objetiva, a descrença quanto à confiabilidade da apuração dos votos e a infalibilidade da urna eletrônica, baseando-se em denúncias das mais variadas ordens, que se multiplicaram após o encerramento do processo de votação, colocando em dúvida desde o processo de votação até a totalização do resultado”, diz.

A ação pedia a criação de uma comissão de especialistas indicados pelos partidos políticos para analisar diversos documentos, como as cópias de boletins de urnas de todas as sessões eleitorais do país e dos logs originais e completos das urnas, ordens de serviço e registros técnicos sobre atualização e manutenção do sistema e acesso aos programas, além de todos os arquivos presentes nas urnas eletrônicas. Parte dos documentos, como os boletins de urna, estão disponíveis para acesso público pela internet. Outros podem ser requisitados pelos partidos com base nas resoluções do TSE.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral chegou a classificar o pedido do PSDB como "prejudicial" à democracia. Outros ministros usaram a expressão "desserviço" e "antidemocrático" para se referir à solicitação, mas afirmaram que o tema será discutido para "esclarecer" o processo eleitoral à sociedade. Pela solicitação do PSDB e notícias divulgadas, ministros avaliam que não há "nenhum fato concreto" que motive uma auditoria.