terça-feira 02 2014
Nem a favor nem contra: o ‘marinês’ no Jornal da Globo
Política
Questionada sobre temas espinhosos para a sua campanha em entrevista na bancada do programa, candidata do PSB à Presidência deu respostas evasivas
Marina Silva não assumiu posições em entrevista ao Jornal da Globo (Reprodução/TV Globo/VEJA)
"A senhora é a favor ou contra o casamento gay?"
"Vai reajustar a gasolina?"
"As termelétricas salvaram o Brasil neste ano. Pretende desligá-las se for eleita?"
Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, mais uma vez abusou do "marinês" na madrugada desta terça-feira – a entrevista foi gravada horas antes nos estúdios da TV Globo – e, falando em rodeios, sem assumir posições assertivas, esquivou-se de perguntas sobre temas espinhosos para sua campanha no Jornal da Globo. Marina abriu a série de entrevistas de 25 minutos com os presidenciáveis – Dilma foi a única que se recusou a participar.
Gays – Logo de cara, os entrevistadores fizeram quatro perguntas para Marina sobre o recuo de sua campanha, que modificou um trecho do programa de governo favorável ao casamento entre homossexuais no final de semana, um dia depois do texto ter sido divulgado. Após o lançamento da cartilha de governo, Marina foi pressionada por pastores evangélicos. A saída foi alterar o documento e atribuir a mudança a um "erro de processo" – os coordenadores, segundo ela, incluíram a proposta "sem mediação". Hoje, não foi diferente: "Foi incluído o documento enviado pelo movimento LGBT tal qual enviaram". Em seguida, o entrevistador questionou a candidata se ela concordava com uma manchete dizendo: "Marina é a favor do casamento gay". Ela não concordou nem discordou. O entrevistador insistiu. E com esta manchete: "Marina é contra o casamento gay". Marina não concordou nem discordou. E terminou dizendo que era a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, conforme a legislação do país reconhece. "O que a lei assegura é a união civil."
Em seguida, questionada se consultava a Bíblia antes de tomar suas decisões, deu nova volta, afirmou que seus críticos tentam colar nela a pecha de fundamentalista, mas lançou frases direcionadas ao eleitorado evangélico, como "uma pessoa que crê" e "a Bíblia é uma fonte de inspiração".
Marina ainda repisou posições que têm martelado no dia a dia da campanha, como a defesa do tripé econômico – câmbio flutuante, meta de inflação e responsabilidade fiscal – com independência total do Banco Central, críticas à atual condução econômica – "Há uma visão tacanha de se governar pensando nas eleições" – e seu compromisso em acabar com a reeleição, se for eleita.
Já nos minutos finais, os apresentadores do Jornal da Globo questionaram a ambientalista, que carrega a bandeira da energia limpa, se pretende desativar as termelétricas, que salvaram o país neste ano. A pergunta foi direta: sim ou não? Marina começou a resposta: "Falando desse jeito há uma simplificação..." E deixou escapar um breve sorriso. Era o "marinês" mais uma vez em ação.
"Vai reajustar a gasolina?"
"As termelétricas salvaram o Brasil neste ano. Pretende desligá-las se for eleita?"
Marina Silva, candidata do PSB à Presidência da República, mais uma vez abusou do "marinês" na madrugada desta terça-feira – a entrevista foi gravada horas antes nos estúdios da TV Globo – e, falando em rodeios, sem assumir posições assertivas, esquivou-se de perguntas sobre temas espinhosos para sua campanha no Jornal da Globo. Marina abriu a série de entrevistas de 25 minutos com os presidenciáveis – Dilma foi a única que se recusou a participar.
Gays – Logo de cara, os entrevistadores fizeram quatro perguntas para Marina sobre o recuo de sua campanha, que modificou um trecho do programa de governo favorável ao casamento entre homossexuais no final de semana, um dia depois do texto ter sido divulgado. Após o lançamento da cartilha de governo, Marina foi pressionada por pastores evangélicos. A saída foi alterar o documento e atribuir a mudança a um "erro de processo" – os coordenadores, segundo ela, incluíram a proposta "sem mediação". Hoje, não foi diferente: "Foi incluído o documento enviado pelo movimento LGBT tal qual enviaram". Em seguida, o entrevistador questionou a candidata se ela concordava com uma manchete dizendo: "Marina é a favor do casamento gay". Ela não concordou nem discordou. O entrevistador insistiu. E com esta manchete: "Marina é contra o casamento gay". Marina não concordou nem discordou. E terminou dizendo que era a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, conforme a legislação do país reconhece. "O que a lei assegura é a união civil."
Em seguida, questionada se consultava a Bíblia antes de tomar suas decisões, deu nova volta, afirmou que seus críticos tentam colar nela a pecha de fundamentalista, mas lançou frases direcionadas ao eleitorado evangélico, como "uma pessoa que crê" e "a Bíblia é uma fonte de inspiração".
Marina ainda repisou posições que têm martelado no dia a dia da campanha, como a defesa do tripé econômico – câmbio flutuante, meta de inflação e responsabilidade fiscal – com independência total do Banco Central, críticas à atual condução econômica – "Há uma visão tacanha de se governar pensando nas eleições" – e seu compromisso em acabar com a reeleição, se for eleita.
Já nos minutos finais, os apresentadores do Jornal da Globo questionaram a ambientalista, que carrega a bandeira da energia limpa, se pretende desativar as termelétricas, que salvaram o país neste ano. A pergunta foi direta: sim ou não? Marina começou a resposta: "Falando desse jeito há uma simplificação..." E deixou escapar um breve sorriso. Era o "marinês" mais uma vez em ação.
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...