quarta-feira 14 2012

Meta de limitar o aquecimento global a 2ºC é irreal, mostra relatório da PwC


Aquecimento global

Para manter o estabelecido na Conferência do Clima de Copenhague, os países teriam de descarbonizar suas economias a um ritmo pelo menos seis vezes maior do que o atual

carbono emissao
Consultoria PwC diz que meta de limitar o aquecimento do planeta a 2ºC até o final do século, no atual ritmo de descarbonização, ficará cada vez mais difícil de ser alcançada (iStockphoto)
Em 2009, a 15ª Conferência do Clima (COP-15) da Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu como meta limitar o aquecimento global a 2 graus Celsius (acima dos níveis pré-industriais) ao longo deste século. Publicado nesta segunda-feira, o relatório Low carbon economy index, desde 2009 lançado anualmente pela consultoria internacional PricewaterhouseCoopers (PwC), mostra no entanto que o objetivo está cada vez mais distante de ser atingido. Para que o planeta esquente dentro dessa margem, as economias globais precisariam reduzir drasticamente um índice chamado intensidade em carbono (que mede a relação das emissões de dióxido de carbono de acordo com a produção econômica de cada país).
Esse índice é dado em toneladas de CO2 por milhão de dólares do PIB (Produto Interno Bruto) de um determinado país. No ano passado, por exemplo, o Brasil jogou na atmosfera 197 toneladas de carbono para cada milhão de dólares de seu PIB. Um outro exemplo, a China, emitiu no mesmo período 754 toneladas de CO2 por milhão de dólares. Nos cálculos da PwC, o mundo precisaria reduzir sua intensidade em carbono a um ritmo anual de 5,1% até 2050 para aquecer ao longo deste século só 2ºC, uma taxa que não foi observada em um único ano desde o final da 2ª Guerra Mundial.
O cálculo de intensidade é feito com base na mistura de combustíveis que cada país adota, sua eficiência energética e a composição da atividade econômica. Seria uma maneira de, segundo Carlos Rossin, diretor de Sustentabilidade da PwC Brasil, entender em que medida as economias globais podem produzir mais bens e, com investimentos em eficiência, emitir menos carbono.
Os cientistas calculam que haveria 50% de chances de o aumento da temperatura global limitar-se ao número acordado na COP-15 caso o carbono na atmosfera se estabilize em 450 partes por milhão (ppm) – hoje tal concentração é de 390 ppm. A temperatura média do globo já subiu pouco menos de 1ºC dos níveis pré-industriais.
De acordo com os cálculos da PwC, estabilizar a concentração em 450 ppm seria possível se as economias globais reduzissem sua intensidade em CO2 numa ordem de 5.1% anualmente. Só que a média anual da última década (2000-2011) para a redução desse índice foi de apenas 0.8%. Ou seja, o desafio é sextuplicar o atual ritmo de descarbonização. Diante desse cenário, o relatório afirma que “as ambições dos governos de limitar o aquecimento a 2ºC parecem altamente irrealistas.”
Novos desafios – Se a meta de reduzir a relação carbono-PIB em 5,1% ao ano soa distante do atual patamar, os níveis de redução da intensidade de carbono para atingir o acordado na COP-15 tendem a ficar cada vez maiores, ano após ano. Isso porque, conforme alerta do documento da PwC, é pouco crível que qualquer descarbonização significativa das economias ocorra em um curto espaço de tempo. Levando isso em conta, a consultoria acredita que “a redução necessária dos próximos anos precisa ser muito maior.” Revisões para cima têm sido a regra desde que o Low carbon economy index passou a ser editado, em 2009. À época, os especialistas da PwC diziam que a diminuição da dependência do carbono em relação ao PIB, para manter o planeta na fronteira dos 2 ºC, teria de ser de 3,7% ao ano.
Devagar, quase parando – A lenta marcha de redução da intensidade de carbono da economia mundial mostra que o cenário de 2ºC de aquecimento tornou-se uma previsão otimista, diz a consultoria. Ela lembra que seria necessário no mínimo quadruplicar as taxas de descarbonização de hoje para que a temperatura média global aqueça 4ºC acima dos níveis pré-industriais até o final deste século, o dobro do assumido pelos governos em Copenhague. A Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) já considera a possibilidade de o planeta esquentar, em média, 6ºC no decorrer dos próximos 100 anos.
Paulo Artaxo, do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e membro do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC, em inglês), afirma que a escalada da temperatura do globo pode trazer consigo uma maior frequência de eventos climáticos extremos, como secas, furacões e inundações. "Isso também causa um impacto sócio-econômico muito grande", complementa.
A PwC, por sua vez, diz no documento que qualquer ação para evitar os cenários mais pessimistas passa por mudanças radicais no atual funcionamento da economia global. Seria preciso "a rápida absorção de energias renováveis, aguda queda no uso de combustíveis fósseis e interrupção da derrubada de florestas." O documento vai além: "De qualquer forma, obusiness-as-usual não pode continuar", conclui.

Emissões mundiais de CO2 subiram 2,5% em 2011, diz instituto alemão


Poluição

De acordo com o IWR, a China foi o país que mais poluiu, seguido por Estados Unidos, Índia, Rússia, Japão e Alemanha

carbono emissões co2
A China liderou a lista de emissores em 2011, com 8,9 bilhões de toneladas métricas, um aumento em relação aos 8,3 bilhões do ano anterior  (iStockphoto)
As emissões globais de dióxido de carbono (CO2) em 2011 subiram 2,5%, para 34 bilhões de toneladas, um novo recorde, informou nesta terça-feira o Instituto de Energia Renovável da Alemanha (IWR).
Em 2009, o desaquecimento da economia global fez com que as emissões diminuíssem, mas os novos dados do IWR, que fornece consultoria para o governo alemão, mostram que elas voltaram a aumentar. "Se a tendência atual for mantida, as emissões mundiais de CO2 irão subir outros 20%, para mais de 40 bilhões de toneladas até 2020", afirmou o diretor do instituto, Norbert Allnoch.

Os maiores poluidores

Quais são os países que mais emitiram CO2em 2011, em toneladas

  1. 1º• China: 8,9 bilhões
  2. 2º• Estados Unidos: 6 bilhões
  3. 3º• Índia: 1,8 bilhão
  4. 4º• Rússia: 1,67 bilhão
  5. 5º• Japão: 1,3 bilhão
  6. 6º• Alemanha: 804 milhões
A China liderou a lista de emissores em 2011, com 8,9 bilhões de toneladas, um aumento em relação aos 8,3 bilhões do ano anterior. A produção de CO2 da China foi quase 50% maior que as 6 bilhões de toneladas produzidas pelos Estados Unidos. A Índia ficou em terceiro, na frente da Rússia, Japão e Alemanha. 
Dos 10 países mais poluentes, Estados Unidos, Rússia e Alemanha conseguiram reduzir a quantidade de CO2 jogada na atmosfera em relação ao ano anterior.
Para frear o aumento do uso de combustíveis fósseis, o IWR defende que os países deveriam atrelem suas emissões a investimentos em equipamentos para proteger o clima e para o desenvolvimento de fontes renováveis de energia.
As emissões mundiais de CO2 estão 50% acima do nível de 1990, o ano tomado como base pelo Protocolo de Kyoto sobre o clima. O primeiro período do Protocolo termina em 31 de dezembro. A extensão do novo período deve ser decidida em Doha, este mês, em uma cúpula da ONU sobre esforços globais para enfrentar as mudanças climáticas. O encontro tem como objetivo finalizar um novo acordo até 2015 para redução de emissões, que entraria em vigor em 2020.
(Com Reuters)

Conheça 12 formas de evitar o diabetes


Dia Mundial do Diabetes

Embora não seja possível prevenir completamente o surgimento da doença, há uma série de hábitos e de alimentos que reduzem esse risco

Vivian Carrer Elias
Diabetes: hábitos e alimentos saudáveis podem evitar a doença
Diabetes: hábitos e alimentos saudáveis podem evitar a doença (Thinkstock)
O diabetes tipo 2 é uma doença que pode surgir a partir da combinação de dois fatores: o genético, ou seja, o histórico da doença na família, e o ambiental, que são fatores de risco para o problema, como obesidade e sedentarismo. Isso não quer dizer, porém, que uma pessoa sem histórico familiar não possa desenvolver a doença. No entanto, médicos ouvidos pelo site de VEJA concordam em uma coisa: hábitos saudáveis reduzem de forma significativa o risco do diabetes tipo 2.
A doença — Enquanto o diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, hormônio que controla os níveis de glicose no sangue, no do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. Segundo o Ministério da Saúde, essa doença atinge 5,2% dos homens e 6% das mulheres. Entre as pessoas acima de 65 anos, a incidência é de 21%.
"O diabetes tipo 2 está muito relacionado à obesidade. A gordura que se acumula no abdome promove inflamação e obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose entre nas células", diz Celso Cukier, médico nutrólogo do Hospital Albert Einstein. Como não há nada que possa ser feito quanto à predisposição genética para uma doença, Cukier explica que a manutenção do peso (ou o emagrecimento) e uma vida fisicamente ativa são essenciais para reduzir o risco do diabetes. Além disso, como atestaram várias pesquisas científicas, há outros hábitos e determinados alimentos que podem ajudar nessa proteção. Veja abaixo quais são eles.

Perca a barriga

Um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 é o acúmulo da gordura visceral, ou seja, a gordura acumulada na região abdominal que também se concentra no fígado e entre os intestinos. “Essa gordura obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose consiga entrar nas células. Esse excesso estimula uma série de mudanças no metabolismo, como aumento da pressão arterial e das taxas de colesterol no sangue”, explica Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Portanto, o ganho de peso pode significar o aumento da gordura visceral e, consequentemente, do risco de diabetes tipo 2.
Fontes: Carlos Alberto Machado, diretor de promoção de saúde cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia; Celso Cukier, médico nutrólogo do Hospital Albert Einstein; e Roberto Betti, coordenador do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Faça 30 minutos de atividade física diária

Muitos estudos já relacionaram o exercício físico ao menor risco de diabetes tipo 2, assim como outras pesquisas mostraram que o sedentarismo pode levar ao desenvolvimento da doença. Em 2002, um estudo clássico sobre diabetes, o Diabetes Prevention Program (DPP), mostrou que uma mudança no estilo de vida é melhor para evitar a doença do que medicamentos como a metformina, que reduz a resistência à insulina. Essa mudança no estilo de vida significa 150 minutos de atividade física por semana, uma melhora na alimentação e a perda de 7% do peso corporal em seis meses. “Embora a pesquisa tenha sido feita há dez anos, seus resultados foram comprovados pelos estudos que vieram depois”, diz Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Cuidado com o sono

Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que foi publicado neste ano mostrou que dormir mal — ou seja, pouco ou de forma inconstante — aumenta o risco tanto de obesidade quanto de diabetes. Isso ocorre porque noites mal dormidas alteram o relógio biológico e retardam o ritmo metabólico. Essa redução pode significar um aumento de 4,5 quilos ao ano sem qualquer alteração da prática de atividade física ou dos hábitos alimentares. Com isso, há o risco do aumento de glicose e resistência à insulina no organismo, fatores que podem levar ao diabetes.

Controle o stress

Por diferentes motivos, o stress pode elevar o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2. Uma pesquisa feita no Canadá com mais de 7.000 mulheres, por exemplo, concluiu que o stress no trabalho chega a dobrar o risco de mulheres terem a doença. Os autores desse estudo mostraram que o problema emocional está ligado a um maior consumo de alimentos gordurosos e calóricos e a um maior sedentarismo, fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença. Além disso, o trabalho sugeriu que o diabetes se favorece por perturbações geradas nos sistemas neuroendocrinológico e imunológicos, que provocam maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina.

Coma pouco e devagar e não faça jejum

Comer muito, especialmente alimentos calóricos e gordurosos, aumenta o acúmulo da gordura abdominal, um fator de risco importante para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. No entanto, não é só a qualidade e a quantidade do que se come que interfere nas chances da doença aparecer. De acordo com uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional de Endocrinologia, em maio deste ano, na Itália, a incidência do diabetes é maior em pessoas que comem muito rápido em comparação com quem come mais devagar. O risco, segundo esse estudo, pode chegar a ser 2,5 vezes maior. A frequência com que comemos também interfere nessa probabilidade: uma pesquisa apresentada durante a FeSBE (Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental) de 2011, mostrou que intercalar períodos de jejum e comilança pode causar diabetes, perda de massa muscular e aumentar a produção de radicais livres

Sempre que puder, evite comer gordura

A gordura abdominal favorece a resistência a insulina, quadro que está relacionado ao diabetes tipo 2. Portanto, alimentos gordurosos são fatores de risco para a doença, como provaram diversos estudos sobre o assunto. Pesquisadores de Harvard, por exemplo, concluíram que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta 51% se forem consumidos 50 gramas de carne vermelha processada por dia, e 19% se forem ingeridos 100 gramas diárias de carne vermelha não processada. No entanto, algumas mudanças nos hábitos alimentares podem evitar a doença. No mesmo estudo, esses especialistas mostraram que se uma pessoa que consome 100 gramas de carne vermelha todos os dias substitui o alimento por frutas secas para obter a mesma quantidade de proteínas, o risco diminui em 17%. Este número aumenta para 23% se forem consumidos cereais integrais.

Prefira alimentos integrais

Os alimentos integrais, como pães e arroz, por exemplo, são excelentes alternativas para substituir alimentos que possuem farinha de trigo, como o pão francês. Esse tipo de comida é conhecida por elevar rapidamente as taxas de glicose no sangue, o que pode favorecer o surgimento do diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas com maior risco da doença. Açúcar branco, frutas em calda enlatadas e batatas também possuem alta carga glicêmica. "Quanto menor o índice glicêmico, melhor para o paciente evitar a doença. Alimentos ricos em fibra e integrais são ideais para isso", diz o médico Celso Cukier. 

Coma frutas, mas não exagere

Frutas fazem parte de uma alimentação saudável e devem ser ingeridas todos os dias. Porém, há uma grande disparidade na quantidade de frutose, o açúcar das frutas e do mel, que elas contêm. Como ela é metabolizada diretamente pelo fígado, não precisa de insulina para sua quebra primária. Porém, isso não permite o seu consumo em excesso. "A fruta tem muito carboidrato e frutose, mas ela não pode ser eliminada da dieta. Por isso, pessoas predispostas ao diabetes tipo 2 devem evitar as mais adocicadas, como as uvas ou o caqui, ou então consumí-las de forma moderada", diz Roberto Betti, coordenador do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Coma queijo e iogurte, mas não exagere

Duas fatias de queijo ou meio pote de iogurte (55 gramas) por dia podem reduzir o risco de diabetes tipo 2 em 12%. O restante dos laticínios, porém, não surtem o mesmo benefício, embora não aumentem o risco da doença. Essas foram as conclusões de um estudo holandês publicado em julho deste ano. Segundo os autores dessa pesquisa, como o queijo, além das gorduras saudáveis, também contenha gordura saturada, o excesso desse tipo de alimento não é recomendado. "Alguns estudos já mostraram que existe uma inteiração entre as células de gordura e o cálcio que ajuda a prevenir a obesidade. No entanto, é preciso tomar cuidado com os excessos", diz Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Eistein.

Beba café descafeinado

Por causa do efeito da cafeína, o café nem sempre é recomendado a pessoas que apresentam tendência a ter doenças cardiovasculares. No entanto, um estudo americano publicado no início do ano mostrou que a bebida descafeinada, além de não provocar condições como pressão alta, pode proteger o organismo contra diabetes tipo 2. "Vários estudos mostraram que os antioxidantes presentes em bebidas como café e chá podem, de alguma forma, reduzir o risco do diabetes. O que falta sabermos é qual a quantidade e o tipo ideais da bebida que surtem tal efeito", afirma Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein.

Se beber, vá de vinho tinto

Várias pesquisas já provaram os benefícios do vinho tinto à saúde (desde que consumido moderadamente). Por isso é possível considerar uma taça ao dia como um aliado na diminuição do risco de diabetes tipo 2, como confirmaram os resultados de um estudo da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida, em Viena, na Áustria. Porém, além do teor alcoólico, o vinho também pode ser extremamente calórico. Portanto, o exagero não só não reduz as chances do diabetes, como também eleva o risco.

Coma amêndoas

Pelo menos de acordo com os resultados de um estudo americano publicado no final de 2010, as amêndoas são armas poderosas contra o diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas que têm predisposição à doença — ou seja, com níveis de glicose no sangue acima do normal ou com histórico familiar da condição. Segundo a pesquisa, esses alimentos aumentam a sensibilidade à insulina e, consequentemente, reduzem os níveis de açúcar na corrente sanguínea.











Colagem que inspirou capa do disco 'Sgt Pepper's' é leiloada por 179 mil reais


Cultura

Colagem de Peter Blake que deu origem à capa do disco Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band
Colagem de Peter Blake que deu origem à capa do disco Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band (Sotheby's London/EFE)
A colagem de Peter Blake, que inspirou a capa do álbum dos Beatles Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, em 1967, foi vendida nesta terça-feira por 55.250 libras (179.562 reais). A negociação ocorreu na casa de leilões Sotheby's, em Londres. A peça do artista inglês é o esboço original da capa do oitavo álbum do quarteto de Liverpool, que contém músicas comoLucy in The Sky With Diamonds, e tinha um preço estimado entre 50 mil e 80 mil libras (162,52 mil e 260 mil reais).
Diferente da capa utilizada no disco, a colagem de Blake mostra Paul, George, John Lennon e Ringo vestidos com uniformes de cores fortes sob a foto de Sgt Pepper. "O artista convida as pessoas a fazerem parte da obra. Os objetos podem ser recortados e acrescentados e qualquer um pode fazer parte desse processo", explicou James Rawlin, especialista da Sotheby's em pintura britânica moderna.
Rawlin assegurou que a obra representa "um pedaço tangível da história do rock". Sgt Pepper'steve "um tremendo impacto no panorama cultural no final dos anos sessenta" e "foi o primeiro álbum conceitual, no qual a música, as letras, a imagem e a experiência em estúdio dos Beatles se misturaram em um disco".
Blake foi convidado a colaborar com a banda de Liverpool em março de 1967, em um momento de sua carreira no qual suas obras eram profundamente influenciadas pela arte folk, a estética vitoriana e as colagens.
O marchand Robert Fraser foi o responsável por colocar os músicos em contato com o artista, que colaborou estreitamente com John Lennon e Paul McCartney para criar a capa do álbum.
Sgt Pepper significou uma mudança no estilo tanto musical como estético da lendária banda, que estava na reta final de uma carreira que terminaria três anos depois, em 1970.
O álbum significou um ponto de inflexão na imagem de um grupo que em seus primeiros anos, esteve associado às franjas retas e às roupas de corte clássico.
A colagem de Sgt Pepper's foi vendida por seu autor, Peter Blake (1932), ao arquiteto Colin Wilson em 1968 e desde então, foi exposta em poucas ocasiões, por isso que se tornou em uma das peças mais importante no leilão.
No leilão, também foi vendida outro colagem do mesmo artista, Roxy Roxy, que alcançou o preço de 163.250 libras (530,5 mil reais), assim como obras de Henry Moore, Barbara Hepworth, Lucian Freud, Frank Auerbach e Patrick Caulfield. 
(Com agência EFE)

Leilão de obras de Andy Warhol arrecada US$ 17 milhões


Artes plásticas

Foi o 1º de uma série de leilões que venderão 20 mil obras do artista pai da pop arte para arrecadar fundos para bolsas de estudo da Fundação Andy Warhol

Andy Warhol na década de 1970
Andy Warhol na década de 1970 (Bernard Gotfryd/Getty Images)
O primeiro de uma série de leilões para arrecadar fundos para a Fundação Andy Warhol obteve quase 17 milhões de dólares (cerca de 34 milhões de reais) nesta segunda-feira, no primeiro passo de um processo em que a fundação comercializará todas as 20.000 obras que possui do pai da pop arte.

EFE
Pintura de borboleta da série 'Endangered species', de Andy Warhol, leiloada em Nova York
Pintura de borboleta da série 'Endangered species', de Andy Warhol, leiloada em Nova York
O leilão desta segunda, realizado pela casa Christie's, pôs à venda 356 obras de Warhol (1928-1987), mas alguns dos trabalhos mais apreciados do artista ficaram sem comprador. A venda de todas as peças levará vários anos e o dinheiro arrecadado vai custear bolsas de estudos para a promoção da arte.
A pintura de uma borboleta da série Endangered species, arrematada por 1,05 milhão de dólares, foi a obra mais cara do leilão. Obras mais conhecidas e caras, com valor mínimo entre 800.000 e 1 milhão de dólares, porém, não foram vendidas – o que volta a demonstrar, segundo especialistas, o mau momento do mercado da arte em Nova York.
A venda das obras de Warhol, que inclui leilões on-line em fevereiro e outros durante os próximos anos, procura arrecadar até 100 milhões de dólaras com pinturas, fotografias, gravuras, desenhos e outros tipos de material gráfico assinados pelo artista.
(Com agência EFE)

Diamante 'perfeito' é leiloado por 21 milhões de dólares


Suiça

Pedra de 76 quilates foi arrematada por um comprador anônimo em Genebra

Diamante Archduke Joseph é admirado pela alta qualidade de formato e transparência
Diamante Archduke Joseph é admirado pela alta qualidade de formato e transparência (AFP)
Um dos diamantes mais famosos do mundo foi arrematado por um comprador anônimo nesta terça-feira por 21 milhões de dólares em um leilão da casa Christie’s, em Genebra, na Suiça. Originário das minas Golconda, na Índia, o diamante Archduke Joseph tem 76 quilates e é do tamanho de um morango grande. A peça é admirada por sua estrutura interna imaculada e pela alta qualidade de formato e transparência.

O valor final do leilão ficou bem acima da estimativa inicial para a pedra, cerca de 15 milhões de dólares. Na última venda do diamante, em 1993, ele alcançou o preço de 6,5 milhões de dólares. “A venda nesta noite foi espantosa”, comemorou o diretor do departamento de joias da Christie’s, François Curiel, explicando que o mercado não passa por um bom momento. Foi o valor mais alto que um diamante das minas de Golconda já atingiu em leilão.

Histórico - A pedra, que já pertenceu ao Arquiduque José Augusto da Áustria (1872-1962), um príncipe húngaro da dinastia dos Habsburg, foi vendida para um banco europeu na década de 1930 e passou toda a Segunda Guerra dentro de um cofre. Décadas depois, foi redescoberta e levada a leilão em 1961 e novamente em 1993.

Milhares de australianos admiram eclipse total do Sol


Astronomia

Fenômeno incomum, que ocorreu pela última vez em 2010, só dura 2 minutos

Eclipse total do sol encanta os australianos nesta quarta-feira
Eclipse total do sol encanta os australianos nesta quarta-feira (GREG WOOD / AFP)
Milhares de pessoas assistiram, nesta quarta-feira, no norte da Austrália, ao espetáculo do eclipse total do Sol, ocultado pela Lua, fenômeno incomum que só dura dois minutos. Usando óculos especiais, os espectadores acompanharam, filmaram e fotografaram a passagem da Lua diante do Sol, reduzido a um disco negro aureolado.
"Os insetos e os pássaros se calam!", escreveu no Twitter Geoff Scott, um dos milhares de turistas "caçadores" de eclipses que viajaram para a Austrália para acompanhar o fenômeno, ocorrido pela última vez na região há 1.300 anos. Antes do eclipse, a temperatura caiu brevemente, o que desorientou os pássaros e os insetos no meio de uma noite repentina.
Murray Anderson Clemence/AFP
Australianos observam o fenômeno em Queensland
Australianos observam o fenômeno em Queensland
O Sol foi encoberto às 20H38 GMT (18h38 de Brasília), no norte do país, a 250 km a leste da cidade de Darwin. Segundo o governo de Queensland, entre 50.000 e 60.000 pessoas se reuniram na região para ver o espetáculo.
Fred Espenak, astrofísico norte-americano, explicou à rádio australiana que um eclipse total do Sol é um fenômeno que ocorre todos os anos ou a cada dois, mas só é visível por menos de 0,5% da população do planeta. Mais de 1.200 cientistas japoneses foram ao nordeste tropical da Austrália para seguir o fenômeno.
O último eclipse solar total aconteceu no dia 11 de julho de 2010, também no Pacífico sul, e o próximo é esperado para 20 de março de 2015, na Islândia, ilhas Feroe e no arquipélago norueguês de Svalbard.

‎"MAQUIAVEL"



ardiloso, astuto ou pérfido...
PRINCIPE NICCOLÒ MAQUIAVEL
nasceu em Florença... na época do Renascimento
1469 *** 1527

Quando queremos dizer que alguém é ardiloso, astuto ou pérfido, costumamos dizer que é maquiavélico.

O adjetivo não é nada lisonjeiro, mas o responsável por ele é um dos filósofos mais importantes da história da filosofia política. Niccolò Maquiavel (1469-1527) nasceu em Florença, na época do Renascimento.

Como sabemos, o Renascimento foi um período de intensa renovação. Caracterizou-se por um movimento intelectual baseado na recuperação dos valores e modelos da Antiguidade greco-romana, contrapondo-os à tradição medieval ou adaptando-os a ela. O Renascimento referiu-se não apenas às artes plásticas, a arquitetura e as letras, mas também à organização política e econômica da sociedade.

LIVRO "O PRÍNCIPE"

Durante o período medieval, o poder político era concebido como presente divino. Os teólogos elaboraram suas teorias políticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano. No período do Renascimento, os clássicos gregos e latinos passaram a lastrear o pensamento político. Maquiavel, no entanto, elaborou uma teoria política totalmente inédita, fundamentada na prática e na experiência concreta.

"O Príncipe" sintetiza o pensamento político de Maquiavel. A obra foi escrita durante algumas semanas, em 1513, durante o exílio de Maquiavel, que tinha sido banido de Florença, acusado de conspirar contra o governo. Mas só foi publicada em 1532, cinco anos depois da morte do autor.

Como tinha sido diplomata e homem de estado, Maquiavel conhecia bem os mecanismos e os instrumentos de poder.

O que temos em "O Príncipe" é uma análise lúcida e cortante do poder político, visto por dentro e de perto
Maria Eliza Sievers
"MAQUIAVEL" 
ardiloso, astuto ou pérfido...

PRINCIPE NICCOLÒ MAQUIAVEL
nasceu em Florença... na época do Renascimento
1469 *** 1527

Quando queremos dizer que alguém é ardiloso, astuto ou pérfido, costumamos dizer que é maquiavélico. 

O adjetivo não é nada lisonjeiro, mas o responsável por ele é um dos filósofos mais importantes da história da filosofia política. Niccolò Maquiavel (1469-1527) nasceu em Florença, na época do Renascimento.

Como sabemos, o Renascimento foi um período de intensa renovação. Caracterizou-se por um movimento intelectual baseado na recuperação dos valores e modelos da Antiguidade greco-romana, contrapondo-os à tradição medieval ou adaptando-os a ela. O Renascimento referiu-se não apenas às artes plásticas, a arquitetura e as letras, mas também à organização política e econômica da sociedade.

LIVRO  "O PRÍNCIPE"

Durante o período medieval, o poder político era concebido como presente divino. Os teólogos elaboraram suas teorias políticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano. No período do Renascimento, os clássicos gregos e latinos passaram a lastrear o pensamento político. Maquiavel, no entanto, elaborou uma teoria política totalmente inédita, fundamentada na prática e na experiência concreta.

"O Príncipe" sintetiza o pensamento político de Maquiavel. A obra foi escrita durante algumas semanas, em 1513, durante o exílio de Maquiavel, que tinha sido banido de Florença, acusado de conspirar contra o governo. Mas só foi publicada em 1532, cinco anos depois da morte do autor.

Como tinha sido diplomata e homem de estado, Maquiavel conhecia bem os mecanismos e os instrumentos de poder. 

O que temos em "O Príncipe" é uma análise lúcida e cortante do poder político, visto por dentro e de perto.