domingo 07 2012

“A pesquisa científica com animais é uma falácia”, diz o médico Ray Greek


Especial VEJA

Médico americano afirma que a pesquisa com animais atrasa o avanço do desenvolvimento de remédios

Marco Túlio Pires
"As drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro."
Arquivo Pessoal
Ray Greek
Há 20 anos, Ray Greek abandonou o consultório para convencer a comunidade científica de que a pesquisa com animais para fins médicos não faz sentido. Greek é autor de seis livros, nos quais, sem recorrer a argumentos éticos ou morais,  tenta explicar cientificamente como a sua posição se sustenta. Em 2003 escreveu Specious Science: Why Experiments on Animals Harm Humans (Ciência das Espécies: Por que Experimentos com Animais Prejudicam os Humanos, ainda não publicado no Brasil) e o mais recente em 2009: FAQs About the Use of Animals in Science: A Handbook for the Scientifically Perplexed (Perguntas e Respostas Sobre o Uso de Animais na Ciência: Um Manual Para os Cientificamente Perplexos). Ele garante que sua motivação não é salvar os animais, mas analisar dados científicos.  
Além disso, Greek uniu esforços com outros médicos americanos e fundou a Americans for Medical Advancement, uma organização sem fins lucrativos que advoga métodos alternativos ao modelo animal. Em entrevista para VEJA, ele diz porque, na opinião dele, a pesquisa com animais para o desenvolvimento de remédios não é necessária.
O senhor seria cobaia de uma pesquisa que está desenvolvendo algum remédio?
Claro. Se a pesquisa estivesse sendo conduzida eticamente eu seria voluntário. Milhares de pessoas fazem isso todos os dias. Por vezes elas doam tecido para que possamos aprender mais sobre uma doença, em outros momentos ingerem novos remédios para o tratamento de doenças na esperança que a nova droga apresente alguma cura.

E se o medicamento nunca tivesse sido testado em animais?
A falácia nesse caso é de que devemos testar essas drogas primeiro em animais antes de testá-las em humanos. Testar em animais não nos dá informações sobre o que irá acontecer em humanos. Assim, você pode testar uma droga em um macaco, por exemplo, e talvez ele não sofra nenhum efeito colateral. Depois disso, o remédio é dado a seres humanos que podem morrer por causa dessa droga. Em alguns casos, macacos tomam um remédio que resultam em efeitos colaterais horríveis, mas são inofensivos em seres humanos. O meu argumento é que não interessa o que determinado remédio faz em camundongos, cães ou macacos, ele pode causar reações completamente diferentes em humanos. Então, os teste em animais não possuem valor preditivo. E se eles não têm valor preditivo, cientificamente falando, não faz sentido realizá-los.

Mas todos os remédios comercializados legalmente foram testados em animais antes de seres humanos. Este não é um caminho seguro?
Definitivamente não. As estatísticas sobre o assunto são diretas. Inclusive, muitos cientistas que experimentam com animais admitiram que eles não têm nenhum valor preditivo para humanos. Outros disseram que o valor preditivo é igual a uma disputa de cara ou coroa. A ciência médica exige um valor que seja de pelo menos 90%.

Esses remédios legalmente comercializados e que dependeram de pesquisas científicas com animais já salvaram milhões de vidas...
A indústria farmacêutica já divulgou que os remédios normalmente funcionam em 50% da população. É uma média. Algumas drogas funcionam em 10% da população, outras 80%. Mas isso tem a ver com a diferença entre os seres humanos. Então, nesse momento, não temos milhares de remédios que funcionam em todas as pessoas e são seguros. Na verdade, você tem remédios que não funcionam para algumas pessoas e ao mesmo tempo não são seguros para outras. A grande maioria dos remédios que existe no mercado são cópias de drogas que já existem, por isso já sabemos os efeitos sem precisar testar em animais. Outras drogas que foram descobertas na natureza e já são usadas por muitos anos foram testadas em animais apenas como um adendo. Além disso, muitos remédios que temos hoje foram testados em animais, falharam nos testes, mas as empresas decidiram comercializar assim mesmo e o remédio foi um sucesso. Então, a noção de que os remédios funcionam por causa de testes com animais é uma falácia.

Se isso fosse verdade os cientistas já teriam abandonado o modelo animal. Por que isso não aconteceu ainda? 
Porque o trabalho deles depende disso. Nos Estados Unidos, a maior parte da pesquisa médica é financiada pelo Instituto Nacional de Saúde [NIH, em inglês]. O orçamento do NIH gira em torno de 30 bilhões de dólares por ano. Mais ou menos a metade disso é entregue a pesquisadores que realizam experimentos com animais. Eles têm centenas de comitês e cada comitê decide para onde vai o dinheiro. Nos últimos 40 anos, 50% desse dinheiro vai, anualmente, para pesquisa com animais. Isso acontece porque as próprias pessoas que decidem para onde o dinheiro vai, os cientistas que formam esses comitês, realizam pesquisas com animais. O que temos é um sistema muito corrupto que está preocupado em garantir o dinheiro de pesquisadores versus um sistema que está preocupado em encontrar curas para doenças e novos remédios.

Onde estaria a medicina se não fosse a pesquisa com animais?
No mesmo lugar em que ela está hoje. A maioria das drogas é descoberta utilizando computadores ou por meio da natureza. As drogas não são descobertas utilizando animais. Elas são testadas em animais depois que são descobertas. Essas drogas deveriam ser testadas em computadores, depois em tecido humano e daí sim, em seres humanos. Empresas farmacêuticas já admitiram que essa será a forma de testar remédios no futuro. Algumas empresas já admitiram inúmeras vezes em literatura científica que os animais não são preditivos para humanos. E essas empresas já perderam muito dinheiro porque cancelaram o desenvolvimento de remédios por causa de efeitos adversos em animais e que não necessariamente ocorreriam em seres humanos. Foram bilhões de dólares perdidos ao não desenvolver drogas que poderiam ter dado certo.

Como as pesquisas deveriam ser conduzidas?
Deveríamos estar fazendo pesquisa baseada em humanos. E com isso eu quero dizer pesquisas baseadas em tecidos e genes humanos. É daí que os grandes avanços da medicina estão vindo. Por exemplo, o Projeto Genoma, que foi concluído há 10 anos, possibilitou que muitos pesquisadores descobrissem o que genes específicos no corpo humano fazem. E agora, existem cerca de 10 drogas que não são receitadas antes que se saiba o perfil genético do paciente. É assim que a medicina deveria ser praticada.  Nesse momento, tratamos todos os seres humanos como se fossem idênticos, mas eles não são. Uma droga que poderia me matar pode te ajudar. Desse modo, as diferenças não são grandes apenas entre espécies, mas também entre os humanos. Então, a única maneira de termos um suprimento seguro e eficiente de remédios é testar as drogas e desenvolvê-las baseados na composição genética de indivíduos humanos. Para se ter uma ideia, a modelagem animal corresponde a apenas 1% de todos os testes e métodos que existem. Ou seja, ela é um pedaço insignificante do todo. O estudo dos genes humanos é uma alternativa. Quando fazemos isso, estamos olhando para grandes populações de pessoas. Por exemplo, você analisa 10.000 pessoas e 100 delas sofreram de ataque cardíaco. A partir daí analisamos as diferenças entre os genes dos dois grupos e é assim que você descobre quais genes estão ligados às doenças do coração. E isso está sendo feito, porém, não o bastante. Há também a pesquisa in vitro com tecido humano. Virtualmente tudo que sabemos sobre HIV aprendemos estudando tecido de pessoas que tiveram a doença e por meio de autópsias de pacientes. A modelagem computacional de doenças e drogas é outra saída. Se quisermos saber quais efeitos uma droga terá, podemos desenvolvê-la no computador e simular a interação com a célula.

Mas ainda não temos informações suficientes para simular o corpo humano no computador...
Temos sim. Não temos informações suficientes para criar 100% do corpo humano e isso não vai acontecer nos próximos 100 anos. Mas não precisamos de toda essa informação. O que precisamos é saber como e do que um receptor celular é constituído — isso já sabemos — e a partir daí podemos desenvolver, no computador, remédios baseados nas leis da química que se encaixem nesses receptores. Depois disso, a droga é testada em tecido humano e depois em seres humanos. Antes disso acontecer, contudo, muitos testes são feitos in vitro e em tecidos humanos até chegar em um voluntário humano.

Um computador não é um sistema vivo completo. Como é possível garantir que essa droga, que nunca foi testada em animais, não será nociva aos seres humanos?
A falácia nesse argumento é que os macacos e camundongos, por exemplo, são seres vivos, mas não são seres humanos intactos. E esse argumento seria muito bom, se ele não fosse tão ruim. Drogas são testadas em macacos e camundongos intactos por quase 100 anos e não há valor preditivo no sentido de dizer quais serão os efeitos da droga no ser humano. O que essas pesquisas têm feito, na verdade, é verificar o que essas drogas causam em macacos e em seres humanos separadamente e não há relação. Por isso, o que dizem é meramente retórico, não há nenhuma base científica.

O senhor já fez experimentos com animais. O que o fez mudar de ideia?
Meu posicionamento mudou apenas uma década depois que terminei a faculdade de medicina. Minha esposa é veterinária e comecei a notar como tratávamos nossos pacientes de maneira muito diferente. Comecei a notar também que alguns remédios funcionam muito bem em animais, mas não funcionam em humanos e algumas drogas funcionam em humanos, mas não podem ser usadas em cães, mas podem ser usadas em gatos e assim por diante. Não estou dizendo que os animais e os humanos são exatamente opostos, não é isso. Eles têm muito em comum.

A semelhança genética de 90% entre humanos e camundongos não é suficiente? 
Aparentemente não. Porque os dados científicos dizem que não. Não me interessa se somos suficientemente semelhantes aos animais para fazer testes neles ou não. A minha interpretação é científica. E a ciência diz que não somos. Na minha experiência clínica isso é verdade porque não conseguimos prever nem quais serão os efeitos de um remédio no seu irmão, realizando testes em você. Algumas drogas que você pode tomar, seu irmão não pode, por exemplo. Contudo, eu não sou contra todo tipo de experimento com animais. É possível recorrer aos animais para utilização de algumas partes. Por exemplo, podemos utilizar a válvula cardíaca de um porco para substituir a de seres humanos. Além disso, é possível cultivar vírus, insulina, mas isso não é pesquisa. O fracasso está em utilizar modelos animais para prever o que irá acontecer com um ser humano. Um ótimo exemplo disso é a Aids. Os animais não desenvolvem essa doença, de jeito nenhum. Eles sofrem de doenças parecidas com a Aids, mas por causa de vírus completamente diferentes. E os sintomas são muito diferentes dos manifestados em pacientes aidéticos. Por isso, não há correlação.

O senhor é contra o eventual sacrifício de animais em pesquisas científicas com o objetivo de salvar milhões de vidas humanas? 
Eu não tenho nenhum problema com isso. Meu problema com pesquisa animal não é de cunho ético e sim, científico. É como dizer que estamos em um cruzeiro atravessando o oceano Atlântico e um indivíduo cai na água e está se afogando. Ele precisa é de um salva-vidas mas não temos nenhum, então vamos arremessar 1.000 cães na água. Por que arremessar os cães na água já que eles não vão salvar a vida da pessoa? Você pode construir um argumento ético dizendo que é aceitável afogar esses cães mas o que eu quero dizer é que a pessoa precisa de um salva-vidas e não 1.000 cães afogados. E é exatamente isso que estamos fazendo com a pesquisa animal. Estamos matando cães pelo bem de matar cães. Não porque matá-los irá trazer a cura para doenças como a Aids ou o Alzheimer.

Pesquisadores encontram mais antiga evidência de consumo regular de carne


Pré-história

Osso com indícios de anemia mostra que alimento já era parte fundamental da dieta dos hominídeos há 1,5 milhão de anos

osso hominídeo pré-história anemia
Duas imagens do fóssil (abaixo), encontrado em sendimentos que datam de 1,5 milhão de anos atrás, comparado com o fragmento parietal de uma criança humana moderna da mesma idade (Domínguez-Rodrigo M, Pickering TR, Diez-Martín F, Mabulla A, Musiba C, et al. )
A descoberta de um osso parietal, escavado de sedimentos que datam de 1,5 milhão de anos atrás, tornou-se a mais antiga evidência de anemia causada por deficiência nutricional. Uma equipe de pesquisadores de diversos países, liderados por Manuel Domínguez-Rodrigo, da Universidade Complutense, em Madrid, recuperou um fragmento no sítio arqueológico de Olduvai Gorge, na Tanzânia, com lesões que indicam um tipo de anemia causada pela falta de vitamina B. Os cientistas acreditam que a anemia tenha sido originada por uma dieta pobre em carne.

Saiba mais

PLEISTOCENO
O pleistoceno corresponde ao intervalo entre 1,8 milhão e 11.500 anos atrás. Na escala geológica, faz parte do período Quaternário da era Cenozoica. O pleistoceno médio e o pleistoceno superior viram o surgimento de novos tipos de hominídeos, assim como o desenvolvimento de ferramentas mais elaboradas do que as encontradas em épocas anteriores. Pássaros e mamíferos gigantes, como mamutes e búfalos, caracterizam essa época. No pleistoceno ocorreram as mais recentes Eras do Gelo. 
"Esse tipo de hiperostose (patologia óssea relacionada com anemia) já tinha sido observada em ossos de homonídeos do pleistoceno superior e médio, mas nunca em hominídeos do pleistoceno inferior”, escrevem os pesquisadores. 
Estudos anteriores mostraram que os hominídeos da época consumiam carne, mas não se sabia se regularmente ou esporadicamente -- sabe-se com segurança que há um milhão de anos o alimento já era um componente importante da dieta dos hominídeos.
A descoberta na Tanzânia, conforme afirma Domínguez-Rodrigo em artigo na revistaPLOS One, indica que bem antes disso o consumo de carne era comum o bastante para, em caso de falta, levar à anemia. "Há pelo menos 1,5 milhão de anos, a fisiologia dos hominídeos já estava adaptada a uma dieta que incluía a consumo regular de carne", dizem os pesquisadores. O artigo lembra ainda que a disponibilidade de carne foi, ao longo das eras pré-históricas, importante para determinar a organização social das comunidades e os fluxos migratórios. 
O osso pertenceu a uma criança morta com menos de dois anos de idade. A anemia é mais comum na época do desmame, quando as crianças perdem a imunização que acompanha o leite materno. Dessa forma, a lesão pode ser explicada por dois fatores. Se o menino ou menina ainda estivesse em amamentação, a dieta da mãe seria pobre em carne. Caso o período de amamentação já tivesse se encerrado, a alimentação da própria criança seria deficiente. Não se pode definir com exatidão a qual espécie de hominídeo a criança pertencia. Os cientistas acreditam, no entanto, que o osso era de um Homo habilisHomo erectus ou Parantrhopus boisei.  
"A descoberta traz mais força para a hipótese de que alguns hominídeos estavam ativamente empenhados na caça há 1,5 milhão de anos", conclui a equipe de Domínguez-Rodrigo.

As dez lições do julgamento do mensalão(VEJA)


Crédito

Katia Rabello, ex-presidente do Banco Rural,
Empréstimos bancários não podem ter garantias frágeis ou duvidosas. Se os tomadores do dinheiro forem políticos ou partidos, as garantias devem ser ainda mais sólidas

Camaradagem

O ex-deputado Pedro Corrêa
Partido político não pode socorrer financeiramente uma legenda aliada sem prestação de contas. A camaradagem entre agremiações, sem registros contábeis à Justiça Eleitoral, pode ser classificada como corrupção

Caixa dois

O ex-deputado Roberto Jefferson
Caixa dois de campanha não pode ser o argumento para todos os males da política. A arrecadação não declarada de recursos eleitorais abre espaço para a condenação por outros crimes

Zona nebulosa

O publicitário e operador do mensalão, Marcos Valério
Com a condenação de políticos, o STF confirma a tese de que é intolerável a existência de zonas nebulosas entre o lícito e o ilícito na esfera pública

Corrupção

O ex-deputado federal Carlos Rodrigues, conhecido como Bispo Rodrigues
Não convence o réu dizer que não cumpriu as tarefas encomendadas pelo corruptor. Se recebeu vantagem ilegal, mesmo que não tenha consolidado a ação alvo da propina, pode ser condenado por corrupção

Rastros

O deputado João Paulo Cunha
Indícios, ainda que não comprovem explicitamente o ilícito, podem ser analisados por dedução e levar à conclusão que determinado fato ocorreu

Conhecimento

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil
Não adianta dizer que não sabia. Se o suspeito ocupa uma função hierárquica na qual seria impossível desconhecer o delito, pode ser condenado

Álibi

O deputado federal Valdemar Costa Neto
Quando inverte-se o ônus da prova, cabe a quem apresentou o álibi provar que ele é verdadeiro. O réu que invoca o álibi tem o dever de comprovar o álibi

Ordens

Simone Vasconcelos, diretora financeira da agência SMPB Comunicação, de Marcos Valério
Dizer que apenas cumpria ordens não é garantia para se livrar da acusação. Se há indícios de que o réu conhecia o crime, é caso de condenação

Defesa

O advogado Márcio Thomaz Bastos
Advogados de renome nem sempre resolvem a situação: Márcio Thomaz Bastos cobrou 20 milhões de reais do banqueiro José Roberto Salgado, mas o réu não escapou de uma acusação sequer

Os 5 piores argumentos de Lewandowski para absolver Dirceu(VEJA)


O ministro revisor do processo do mensalão teve de recorrer a argumentos questionáveis nesta quinta-feira para tentar livrar o petista da acusação de corrupção ativa. Será derrotado pela maioria dos ministros do STF. Não é por menos que os ministros mais experientes da corte contestaram o colega

Ele não sabia

"José Dirceu não tinha ingerência nenhuma nas atividades do PT"
Lewandowski está convencido de que o manda-chuva petista se afastou totalmente das atividades partidárias quando assumiu a Casa Civil do governo Lula, em 2003. Nem mesmo Dirceu foi tão longe.
E o Senado?
"Compra-se a Câmara e não se compra o Senado?"
Para Lewandowski, a acusação feita pelo Ministério Público Federal só faria sentido se Dirceu também tivesse tentado corromper senadores. Celso de Mello rebateu:  "Talvez porque não houvesse prova de que houve compra no Senado"

Portugueses honestos

"Portugal, país que faz parte da União Europeia, tem regras rígidas de ética"
Lewandowski, achando impossível que um ministro e um empresário português tenham discutido repasses ao esquema em reunião com o publicitário Marcos Valério.

O crédulo

 "Essa testemunha esclareceu que (...) a reunião nada teve de irregular ou ilícita"
O ministro repetiu várias vezes a estratégia de citar envolvidos no enredo para dizer que não houve crime. Fez isso, por exemplo, com o Presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado. Como se fosse natural o depoente se auto-incriminar...

O relativista

"Eu não estou dizendo que não possa ter havido compra de votos de um ou de outro, estou dizendo que há provas para todos os gostos"
Para Lewandowski, o julgamento é só uma questão de opinião; os ministros escolheriam, subjetivamente, as provas que mais lhe agradassem.






Os prejuízos de dormir pouco


Diminui a capacidade de o corpo queimar calorias


De acordo com uma pesquisa apresentada no encontro anual da Sociedade para Estudo de Comportamento Digestivo (SSIB, sigla em inglês), em julho de 2012, na Suíça, a restrição do sono faz com que um indivíduo consuma mais calorias e, além disso, reduz a capacidade do corpo de queimá-las. Isso ocorre porque dormir pouco aumenta os níveis de grelina, o ‘hormônio da fome’, conhecido assim por induzir a vontade de comer, na corrente sanguínea. Além disso, o hábito promove um maior cansaço, reduzindo a prática de atividades físicas e aumentando o tempo de sedentarismo.

Eleva o risco de câncer de mama agressivo


Um estudo publicado em agosto de 2012 no periódico Breast Cancer Research and Treatment sugeriu que dormir menos do que seis horas por dia eleva o risco de mulheres na pós-menopausa terem um tipo agressivo de câncer de mama e uma maior probabilidade de recorrência da doença.

Aumenta as chances de um derrame cerebral


Dormir menos do que seis horas por dia aumenta o risco de um acidente vacular cerebral (AVC) mesmo em pessoas com peso normal e sem histórico de doenças cardiovasculares, segundo um estudo apresentado em junho de 2012 no encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), na cidade americana de Boston.

Aumenta o apetite por comidas gordurosas


Dormir pouco ativa de maneira diferente os centros de recompensa do cérebro com a exposição a alimentos gordurosos em comparação com dormir adequadamente. Isso faz com que esses alimentos pareçam mais salientes e que a pessoa se sinta mais recompensada ao comer esse tipo de alimento. Essas descobertas foram apresentadas em junho deste ano no encontro anual das Sociedades de Sono Associadas (APSS, na sigla em inglês), na cidade americana de Boston. Além disso, uma pesquisa publicada em janeiro deste ano indicou que noites de sono mal dormidas ativam com mais intensidade uma área do cérebro responsável pela sensação de apetite.

Pode desencadear sintomas do TDAH


Segundo um estudo apresentado em junho de 2011 durante encontro das sociedades médicas para o sono, nos Estados Unidos, menos horas de sono podem desencadear problemas com hiperatividade e desatenção durante o começo da infância. Esses são sintomas comuns do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Eleva o risco de impotência sexual


A 25ª Reunião Anual da FeSBE (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), em agosto de 2010, trouxe uma pesquisa que relacionou a falta de sono e o problema sexual. De acordo com o trabalho, feito na Unifesp, além do maior risco de impotência, homens que dormem pouco têm maiores chances de desenvolver problemas cardiovasculares e de engordar.

Pode levar à obesidade


Um estudo apresentado em outrubro de 2011 no Encontro Anual do American College of Chest Physicians, mostrou que jovens que dormem menos de sete horas por dia têm índice de massa corporal (IMC) maior, e que isso pode estar relacionado diretamente com os hormônios grelina e leptina, que regulam as sensações de fome e saciedade.






Panorama das eleições nas capitais(2012)


São Paulo (SP) - A surpresa Russomanno

A tradicional batalha entre PT e PSDB ficou em segundo plano por boa parte do ano eleitoral em São Paulo. Na reta final, no entanto, o cenário começou a virar e o que se tem é uma chegada muito disputada entre Celso Russomanno, do PRB, José Serra, do PSDB, e Fernando Haddad, do PT. A única certeza é que haverá segundo turno, mas não é possível prever quem participará dele.
 
Ao longo da campanha, inúmeras teses foram formuladas para tentar explicar o “efeito Russomanno” – o candidato chegou a ter 35% da preferência do eleitorado paulistano. De subproduto do lulismo a patrulheiro da nova classe média, passando pela figura do anti-Kassab e do candidato ideal de um eleitor conservador. 
 
Mas, às vésperas do pleito, os eleitores parecem ter pensado melhor em seu voto. Talvez estimulados pelo fato de o passado pouco abonador do candidato do PRB ter vindo à tona. 

Belo Horizonte (MG) - A batalha de Dilma

Em sua cidade natal, Dilma Rousseff trava uma batalha que ultrapassa as eleições municipais. Para apoiar o candidato petista Patrus Ananias, ela desistiu do propósito de se manter afastada de palanques em 2012 e desembarcou em Belo Horizonte. Dilma passou a ver a disputa na cidade como uma prévia das eleições presidenciais de 2014 – em que pode ter como rival o também mineiro Aécio Neves, senador pelo PSDB.  
Antes de entrar no radar da presidente, o confronto na capital mineira já tinha resultado mais do que certo. Apoiado por PT e PSDB, o prefeito Marcio Lacerda, do PSB, tinha a reeleição praticamente assegurada. O rompimento da aliança pelos petistas para lançar Patrus Ananias, no entanto, mudou o quadro e colocou a disputa da cidade no patamar federal. O empurrão presidencial, porém, não foi o bastante para alavancar a candidatura de Patrus e, segundo as últimas pesquisas, há chance de Marcio Lacerda ser reeleito já no 1º turno.

Rio de Janeiro (RJ) - A ampla aliança por Paes

Eduardo Paes (PMDB) segue para reeleição já no primeiro turno. A fórmula: a combinação de uma coligação ampla, que lhe dá mais da metade do tempo de TV, com investimentos destinados aos grandes eventos que o Rio de Janeiro vai sediar nos próximos anos.
 
O alinhamento do prefeito com o governador Sérgio Cabral, do mesmo partido, e com a presidente Dilma Rousseff --sintonia entre as três esferas de Poder que não ocorria há décadas-- facilitou a chegada das verbas federais durante seu primeiro mandato.
 

Vitória (ES) - Mudança de cenário

Na última semana da disputa pela prefeitura de Vitória (ES), o que parecia apontar para uma eleição do ex-deputado federal Luiz Paulo Vellozo Lucas, do PSDB, ainda no primeiro turno, agora sinaliza uma decisão em segundo turno entre o próprio Vellozo Lucas, prefeito da cidade por dois mandatos (de 1999 a 2005), e o deputado estadual Luciano Rezende (PPS) ou a deputada federal Iriny Lopes (PT), ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do atual governo - com mais chance para Rezende.
 

 

Aracaju (SE) - Líder absoluto

O ex-governador João Alves Filho (DEM) figura como líder absoluto nas pesquisas, podendo vencer no 1º turno a disputa na capital sergipana. Valadares Filho, do PSB, está em segundo lugar, com aproximadamente trinta pontos percentuais a menos que o rival.  Alves Filho encerrou a sua campanha sem participar de debates eleitorais. 

Fortaleza (CE) - Disputa embolada

PT e PSB disputam até o último minuto a preferência do eleitor. O petista Elmano de Freitas e o socialista Roberto Cláudio estão empatados na liderança. Fortaleza é uma das poucas capitais onde o Partido dos Trabalhadores ainda está garantido na briga pelo segundo turno. Ainda assim, Roberto Cláudio oferece risco, pois cresceu pelo menos quatro pontos em pesquisas de intenção de voto na última semana, enquanto Elmano teve uma leve queda. Ele conta com o apoio do governador Cid Gomes e, nos prognósticos de 2º turno, venceria qualquer dos outros oponentes.
 
Em terceiro lugar, aparece o candidato do DEM, Moroni Torgan, que chegou a estar tecnicamente empatado com os outros dois concorrentes, mas vem caindo nos últimos levantamentos. 

João Pessoa (PB) - Petista favorito

Líder nas pesquisas mais recentes e apoiado pelo prefeito Luciano Agra (sem partido), o deputado estadual Luciano Cartaxo (PT) vai às urnas como favorito. Contudo, o quadro tem outros quatro fortes candidatos, o que indica que a disputa eleitoral na cidade deve ser decidida no 2º turno. Cícero Lucena (PSDB) e o ex-governador José Maranhão (PMDB), dois figurões da política paraibana, têm mais chances de enfrentar Cartaxo na reta final.

Maceió (AL) - O teste de Collor

Vinte anos depois do processo de impeachment que o tirou do poder, o ex-presidente Fernando Collor se juntou a velhos aliados da “República de Alagoas”. Uniu-se ao senador Renan Calheiros (PMDB), ao deputado usineiro João Lyra (PTB) e ao prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PSD), para tentar emplacar o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) na prefeitura da capital. Lessa era, até então, um antigo adversário de Collor nas urnas. O esforço foi em vão, já que, a três dias do pleito, a candidatura do ex-governador foi embargada pela Justiça Eleitoral.
Mesmo se tivesse permanecido na disputa, Lessa não teria chances contra o deputado Rui Palmeira (PSDB), que tem quase metade das intenções de voto e tem a possibilidade de ganhar ainda no 1º turno. 
O tucano conta com o apoio do pai, o ex-senador e ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Guilherme Palmeira e do governador Teotônio Vilela (PSDB). O fenômeno Rui Palmeira é curioso porque ele não herdou a rejeição de Vilela, seu principal apoiador. 
 

Natal (RN) - Gestão manchada

Mesmo sem disputar um novo mandato, é a prefeita Micarla de Souza (PV) quem protagoniza a disputa em Natal. Com os alarmantes 92% de rejeição de Micarla, nenhum candidato quer ter sua imagem colada à dela e boa parte das promessas de campanha levadas aos eleitores consiste em medidas para "recuperar" a cidade. O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, do PDT, é primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto e tem chances de vencer já no 1º turno.
 

Recife (PE) - Onde Eduardo Campos vence Lula

Uma semana depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter garantido ao senador e pré-candidato Humberto Costa que o PSB estaria com o PT na eleição no Recife, o governador de Pernambuco e presidente nacional socialista, Eduardo Campos, decidiu anunciar candidatura própria de seu partido na capital pernambucana. 
O escolhido do PSB foi Geraldo Júlio, ex-secretário estadual de Desenvolvimento Econômico. A estratégia de Campos deu certo e seu candidato, de acordo com as últimas pesquisas, tem mais de 40% de intenção de voto – ao menos vinte pontos porcentuais à frente do segundo colocado, Humberto Costa. Contra o petista pesa uma rejeição de mais de 40% do eleitorado.
 

Salvador (BA) - O renascimento do carlismo

O deputado federal ACM Neto (DEM) perdeu a liderança isolada na disputa pela prefeitura de Salvador, segundo pesquisas recentes , mas mantém boa inserção entre o eleitorado jovem da capital baiana. O dado contraria a tese de que o carlismo, herança do avô Antônio Carlos Magalhães, associa-se apenas a eleitores mais velhos que acompanharam a trajetória do ex-senador e ex-governador do estado, morto em 2007.
Especialistas dizem que ACM Neto pegou carona no desgaste do PT, devido às greves enfrentadas pelo governador do estado, Jaques Wagner, e tentou se dissociar de quadros tradicionais do carlismo desde a eleição passada, quando se reelegeu deputado.

Teresina (PI) - Mais disputada

A eleição em Teresina promete ser uma das mais disputadas entre as capitais do país. O enredo é intrincado, pois envolve a troca de apoios entre os principais partidos desde o último pleito. O PSDB tenta retomar o poder em um dos seus principais redutos depois de quatro anos. Já o atual prefeito, Elmano Férrer (PTB), que foi vice dos tucanos na gestão anterior, agora espera contar com o apoio do PT num eventual segundo turno, para se manter à frente da prefeitura.
 

São Luís (MA) - Empate técnico

A disputa pela prefeitura de São Luís está acirrada e há grande chance de um segundo turno. O atual prefeito, João Castelo (PSDB), e seu principal adversário, Edivaldo Holanda Jr (PTC), estão tecnicamente empatados, de acordo com pesquisas eleitorais. Castelo, contudo, conta com um empecilho, já que seu índice de rejeição é o maior da disputa. 
 

Curitiba (PR) - O filho do Ratinho

Com tempo reduzido de TV e num partido com pouca tradição, mas com o dinheiro e a popularidade do pai, Ratinho Junior (PSC), de 31 anos, virou o principal favorito na disputa pela Prefeitura de Curitiba.
Ele ultrapassou o prefeito e candidato à reeleição Luciano Ducci (PSB), tanto nas projeções do primeiro turno quanto nas do segundo turno.
 
A candidatura surfa na popularidade do pai, o apresentador homônimo do SBT, que faz campanha pelas ruas com o filho e já foi proibido pela Justiça de comandar os comícios, por ser um artista – os showmícios são proibidos pela Lei Eleitoral.

Florianópolis (SC) - Federal versus estadual

A eleição de Florianópolis aponta para o segundo turno entre Cesar Souza Junior (PSD) e Angela Albino (PCdoB), tecnicamente empatados nas pesquisas de intenção de votos. Souza Junior tem o apoio do governador Raimundo Colombo (PSD) e de lideranças tradicionais da política catarinense, como as famílias Amin e Bornhausen. Já Angela conta com o governo federal - incluindo a presidente Dilma Rousseff e a ministra Ideli Salvatti, que construiu sua carreira política no estado e é influente na região, além de outros ministros e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que gravou vídeo pedindo votos à candidata.

Porto Alegre (RS) - A derrocada do PT

A deputada Manuela D'Ávila (PCdoB) chegou a liderar a disputa na capital gaúcha, mas, com a proximidade do pleito, foi ultrapassada por José Fortunati (PDT), que tenta a reeleição. O prefeito tem boas chances de vencer já no 1º turno. 
 
Em terceiro lugar nas pesquisas, está o candidato petista Adão Villaverde, que não oferece risco aos líderes. Desde 2005 o PT está fora do poder na cidade, que era tradicionalmente um reduto petista. O partido chegou a ocupar a prefeitura por dezesseis anos - desde 1989, com Olívio Dutra, até 2005, com João Verle.
 

Goiânia (GO) - Possível reeleição

Atual prefeito da cidade, o petista Paulo Garcia lidera as pesquisas isolado, seguido por Jovair Arantes (PTB). Mesmo assim, é possível que haja segundo turno, já que Garcia não reúne mais de 50% das intenções de voto. 
 

Campo Grande (MS) - Queda peemedebista

Acontece uma mudança de cenário em Campo Grande. O PMDB liquidou as últimas três eleições no primeiro turno, mas, nas pesquisas de intenção de voto desse ano, o candidato do partido, Edson Giroto, aparece em segundo lugar. O líder é Alcides Bernal, do PP, radialista e deputado estadual que concorre com chapa pura e sem o apoio de lideranças da região.  Bernal protagonizou o pedido da prisão do presidente do Google no Brasil, Fábio José Silva Coelho, que se recusou de tirar do ar um vídeo com acusações ao candidato.

Cuiabá (MT) - Refúgio petista

Marcada por sucessivas gestões do PSDB, a capital de Mato Grosso pode ser pela primeira vez governada por um petista. O vereador em segundo mandato Lúdio Cabral (PT) assumiu na reta final a liderança pela prefeitura de Cuiabá contra o empresário Mauro Mendes (PSB), após dar a largada, em agosto, com ínfimos 8%.

Belém (PA) - PSOL na liderança

O candidato do PSOL, Edmilson Rodrigues, continua a liderar a disputa pela prefeitura de Belém (PA), com aproximadamente quarenta pontos percentuais, de acordo com as últimas pesquisas das intenções de voto. Ele é seguido pelo tucano Zenaldo Coutinho, com quem deve disputar o 2º turno. 
 

Boa Vista (RO) - Velha conhecida

Com quatro candidatos à prefeitura, as eleições em Boa Vista estão sendo lideradas por uma velha conhecida da população, que caminha para uma vitória já no primeiro turno. De acordo as últimas pesquisas, a deputada federal Teresa Surita (PMDB) – mulher de Romero Jucá - lidera a disputa com mais de 50% das intenções de voto. A candidata é seguida ao longe por Mecias de Jesus (PRB), Telmário Mota (PDT) e Robert Dagon (PSOL).

Macapá (AP) - Prefeito detido

Em Macapá, o atual prefeito, Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva (PDT), tenta se reeleger após ter passado dois meses de seu mandato na cadeia, depois de acusação de envolvimento em corrupção. Há chances de que a disputa seja decidida no 2º turno, com o segundo colocado Clécio Luis, do PSOL. Cristina Almeida, candidata apoiada por Camilo Capiberibe, atual governador do Amapá, figura na terceira posição das pesquisas.  
 

Manaus (AM) - Controvérsias e tensão

Ovada, cusparada, ação de hackers, distribuição de milhões de panfletos anônimos com acusações de cunho pessoal. A senadora e candidata Vanessa Grazziotin (PCdoB) chega à reta final da campanha eleitoral pela prefeitura de Manaus sob artilharia pesada, mas confiante de que terá vaga garantida no segundo turno. Ela está tecnicamente empatada com o tucano Arthur Virgilio Neto.

Palmas (TO) - Virada estrangeira

Entre as capitais brasileiras, Palmas é a que possui o menor eleitorado (150.000 votantes) e tende a assistir a uma das maiores viradas na campanha eleitoral para a prefeitura neste ano. O colombiano naturalizado brasileiro Carlos Amastha, do Partido Progressista (PP), subiu mais de vinte pontos percentuais nas pesquisas de intenção de voto em um mês e disparou na liderança. Nem mesmo o apoio do atual governador do estado, Siqueira Campos (PSDB), e da senadora Kátia Abreu (PSD) segurou o desempenho do principal adversário de Amastha, o ex-vereador e deputado estadual Marcelo Lelis (PV).
 
Quatro candidatos disputam voto a voto, em Porto Velho, um lugar no 2º turno contra o ex-deputado Lindomar Garçon (PV). É a primeira vez que a eleição na capital de Rondônia será decidida em duas etapas. O crescimento do município, acelerado pela construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, evidenciou problemas de infraestrutura urbana que se transformaram em um dos principais objetos de discussão da campanha.

Em Rio Branco, candidatos do PT e PSDB dominam a preferência dos votos. O petista Marcus Alexandre e o tucano Tião Bacalom seguem tecnicamente empatados em primeiro lugar, esboçando um possível 2º turno. 










Joaquim Barbosa é aplaudido por eleitores durante votação no Rio


Mensalão

Relator do processo do mensalão disse não acreditar que julgamento influencie eleições

O ministro Joaquim Barbosa tira foto com eleitora ao chegar para votar no Clube Monte Libano na zona sul do Rio de Janeiro
O ministro Joaquim Barbosa, tira foto com eleitora ao chegar para votar no Clube Monte Libano na zona sul do Rio de Janeiro ( Wilton Junior/AE)
O relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, recebeu cumprimentos calorosos de eleitores ao votar neste domingo no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. O ministro deu autógrafos e posou para fotos na chegada e na saída.
Barbosa disse não acreditar que o julgamento do mensalão tenha influência no voto dos eleitores nesta disputa. "É uma eleição local. As pessoas estão preocupadas com questões locais", afirmou.
Barbosa  ainda indicou não simpatizar com os partidos de oposição no Rio de Janeiro, ao revelar que nas eleições de 2008 não votou no candidato do PV, Fernando Gabeira, em quem já tinha votado outras vezes, segundo ele. "Não gostei da aliança", justificou o ministro. Gabeira concorreu por uma coligação com o PSDB, DEM e PPS e perdeu no segundo turno para o prefeito carioca Eduardo Paes (PMDB), que tenta a reeleição neste ano. Joaquim Barbosa, no entanto, não quis revelar em quem votou naquela ocasião e também não revelou em quem votou hoje.
O ministro disse que "é sempre boa" a realização de segundo turno das eleições, mas evitou palpitar  em que cidades  isso deve ocorrer. 
(Com Agência Estado)

FHC espera que peso do mensalão seja grande na eleição


Eleições 2012

Ex-presidente também questiona equilíbrio entre Russomanno, Serra e Haddad

Ex Presidente da república Fernando Henrique Cardoso comparece ao colégio Sion, em Higienópolis para votar durante as eleições em São Paulo
Ex Presidente da república Fernando Henrique Cardoso comparece ao colégio Sion, em Higienópolis para votar durante as eleições em São Paulo (Marcelo Machado de Melo/Fotoarena)
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falou, após votar por volta das 11h30 no Colégio Sion, em Higienópolis (zona oeste da capital), sobre o peso do julgamento do esquema conhecido como mensalão nas eleições municipais deste ano. "Espero que seja grande", disse. Ele classificou o julgamento como um marco histórico e disse que o Supremo Tribunal Federal (STF) está assumindo uma posição de vanguarda no país.
FHC comentou as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que não está preocupado com o julgamento do mensalão. "Ele, como líder, tinha que estar preocupado. E não deveria ter feito o que ele fez, que é fingir que não houve mensalão", disse. Sobre a participação da presidente Dilma Rousseff na campanha de Fernando Haddad, do PT, afirmou: "Ela tem a decisão dela, ela é cidadã. Eu, quando estive na presidência, não fiz isso, porque acho que presidente é de todos os brasileiros".
Para Fernando Henrique, o equilíbrio entre os três candidatos que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto na disputa pela prefeitura de São Paulo está "um pouco exagerado". "Olha que eu conheço bem esse negócio de pesquisa. Nunca vi, deve ser um (caso) em um bilhão ter três candidatos com 26%. Eu duvido", afirmou FHC. Na pesquisa Ibope, divulgada no sábado, tanto o candidato do PSDB, José Serra, quanto o petista Fernando Haddad e o candidato do PRB, Celso Russomano, aparecem com 26% das intenções de voto

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