sexta-feira 12 2013
Justiça determina que ANTT licite 2.000 linhas de ônibus rodoviários
Transportes
Sentença, que abrange 2.000 linhas, exige editais de licitação para trechos com extensão superior a 75 km; Agência ainda pode recorrer
Laryssa Borges, de Brasília
Rodoviária Novo Rio (Reynaldo Vasconcelos/Futura Press)
A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publique, no prazo máximo de dez dias, todos os editais de licitação das linhas de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros do país com extensão superior a 75 quilômetros. A sentença atinge cerca de 2.000 linhas que operam de forma irregular desde 2008. A agência pode recorrer da decisão.
De acordo com o Ministério Público Federal no Distrito Federal, que propôs ação civil em 2011, desde 2008 governo e empresas atuam irregularmente por não realizarem licitação prévia para exploração do serviço. A obrigatoriedade do processo licitatório está prevista na Constituição. Um decreto presidencial prorrogou os contratos de permissão em vigor pelo período de quinze anos para garantir tempo necessário para que todos os envolvidos se adequassem às exigências legais, o que não foi feito.
Segundo a ANTT, os estudos para viabilizar a licitação das linhas só tiveram início em 2007, às vésperas de expirar o prazo das permissões temporárias. Novos cronogramas foram propostos desde então, mas a licitação nunca foi concluída. De acordo com a última proposta da ANTT, a publicação dos editais deveria ter ocorrido em abril do ano passado e a transição dos serviços estaria completa até maio de 2013, o que também não ocorreu.
“Não se pode admitir que o prazo de quinze anos deferido para a tarefa seja insuficiente”, disse a juíza Lana Ligia Galati, da 9ª Vara Federal do DF, na sentença.
De acordo com o Ministério Público Federal no Distrito Federal, que propôs ação civil em 2011, desde 2008 governo e empresas atuam irregularmente por não realizarem licitação prévia para exploração do serviço. A obrigatoriedade do processo licitatório está prevista na Constituição. Um decreto presidencial prorrogou os contratos de permissão em vigor pelo período de quinze anos para garantir tempo necessário para que todos os envolvidos se adequassem às exigências legais, o que não foi feito.
Segundo a ANTT, os estudos para viabilizar a licitação das linhas só tiveram início em 2007, às vésperas de expirar o prazo das permissões temporárias. Novos cronogramas foram propostos desde então, mas a licitação nunca foi concluída. De acordo com a última proposta da ANTT, a publicação dos editais deveria ter ocorrido em abril do ano passado e a transição dos serviços estaria completa até maio de 2013, o que também não ocorreu.
“Não se pode admitir que o prazo de quinze anos deferido para a tarefa seja insuficiente”, disse a juíza Lana Ligia Galati, da 9ª Vara Federal do DF, na sentença.
‘Atrás do fio elétrico’, de Dora Kramer
veja.com
Publicado no Estadão desta sexta-feira
DORA KRAMER
Não houve greve geral nem comoção nacional. Na comparação, o “Dia Nacional de Lutas” ficou a léguas de distância do impacto provocado pelas três semanas de protestos que deixaram o país em transe e o poder público em pânico.
Contou a ausência do fator surpresa, é verdade, mas evidenciou-se também uma mudança de paradigma: a sociedade prefere conduzir a ser conduzida e dá conta do recado com muito mais competência.
Fala-se de falta de foco nos protestos de junho, na ausência de lideranças, na desorganização e no caráter apolítico visto com receio de que signifique repúdio à atividade inerente ao sistema democrático.
Mas, ao que se viu nos embates das centrais sindicais durante os preparativos para as manifestações de ontem, a garotada mobilizada pela internet tinha mais apelo, se fazia entender muito melhor com sua variedade de bandeiras que os sindicalistas organizados em suas centrais bem estruturadas, sustentadas com verbas públicas e ligadas a esse ou àquele partido.
A massa junina saiu de casa para dizer que queria ser mais bem atendida pelo Estado, respeitada por integrantes dos Poderes constituídos e representada pelos eleitos. Já as centrais, a partir da pauta de reivindicações tradicionais, digladiaram entre dois objetivos: de um lado marcar posição contra o governo, de outro abrir espaço para a defesa de interesses do governo, entre eles a ressurreição do plebiscito da reforma política.
Todo mundo entendeu o sentido do movimento iniciado pela juventude: “Não é só pelos R$ 0,20″; era e continua sendo pelo conjunto da obra. Causou espanto a forma, mas o conteúdo estava explícito.
No caso dos sindicatos a forma é familiar, os instrumentos, tradicionais, mas o conteúdo é subentendido: uma tentativa de recuperar um território perdido – ou melhor, abandonado – desde que os chamados movimentos sociais organizados resolveram trocar as demandas daqueles que representavam por uma parceria (mais das vezes remunerada) com o governo que supostamente detinha o monopólio de todos os anseios.
Sendo um “governo popular”, para todos os efeitos os movimentos sentiram-se desobrigados de cumprir cada um o seu papel de acordo com as demandas dos respectivos segmentos. O governo em si daria conta da tarefa. De fato, o mundo oficial ocupou todos os espaços, tirou de cena a intermediação, cortaram-se as cordas vocais da população.
Aconteceu com os estudantes, com os acadêmicos, com os sindicalistas e com todos os grupos que agora são recebidos em Palácio pela presidente Dilma Rousseff a fim de se construir um ambiente de diálogo onde antes havia o monólogo. Consentido, diga-se.
Ficou todo mundo muito bem comportado, a sociedade submergiu. A opinião do público se expressou por intermédio das pesquisas, sempre registrando altos e crescentes índices de popularidade aos inquilinos do poder central. Dilma, um sucesso de bilheteria ainda maior do que Lula.
Quando a população emergiu na fagulha acesa pelo Movimento Passe Livre na fogueira da insatisfação acumulada, viu-se o quanto de fantasia havia no cenário paradisíaco.
Desfeita a miragem, lá se foram centrais, UNE, sem-terra e companhia tentar recuperar o território perdido, disputar as ruas como instrumento de pressão da opinião pública junto às instituições.
Destreinadas, afônicas, atordoadas, ficaram a reboque do abrupto grito anterior e, se prestaram bem atenção no descompasso, são alvos de desconfiança, fazem parte do balaio genericamente chamado de crise de representação.
Vão precisar se reinventar. Por ora tentaram sem grande êxito imitar o inimitável, igualar-se ao inigualável.
TV Globo FANTÁSTICO - 21 04 13 - Deficiência estrutural faz Brasil despe...
A Ferrovia Norte-Sul do Brasil Maravilha e a estrada de ferro que se arrasta no país real: monumento à gastança e à incompetência
BRANCA NUNES
“O setor ferroviário brasileiro está em boa fase”, garante a repórter da TV PAC, no vídeo publicado em abril de 2012. “Entre os projeto de expansão está a Ferrovia Norte-Sul, onde o PAC 2 financiou mais de 3 bilhões de reais no trecho entre Palmas e Anápolis. 98% das obras já estão concluídas”.
Depois de mostrar os avanços da obra ─ “Pensada pela primeira vez em 1927 como uma grande espinha dorsal cruzando o país de norte a sul”, festeja Josias Cavalcanti, diretor de planejamento da Valec, empresa ligada ao Ministério dos Transportes ─, a jornalista entrevista um dos beneficiados pelo projeto: “Quem já está se preparando para a chegada da ferrovia é esse pequeno produtor do estado do Tocantins”, diz a repórter ao apresentar o vaqueiro Ademir dos Santos.
Ademir embarca no otimismo com o olhar do sertanejo que, a cada eleição, acredita na promessa de que aquela será a última das tantas secas que o atormentaram. “É muito bom a chegada da ferrovia aqui na nossa região. Vai valorizar muita coisa, vai ter muita economia”, sonha. “Muitas pessoas deixavam de plantar porque o frete hoje está muito alto. Aqui falta oportunidade de transporte e agora vai ter”.
Quem viu a fantasia da TV PAC deve ter acreditado que a obra estava a um passo da inauguração.
Um ano depois, a reportagem do Fantástico confirmou que o Brasil real continua muito longe do Brasil Maravilha. “Os 700 quilômetros entre Anápolis, em Goiás, e Palmas, no Tocantins, ainda não podem ser chamados de ferrovia”, constatou a jornalista Sônia Bridi (veja o vídeo abaixo). “O país gastou 5,1 bilhões de reais e, depois de duas décadas, continua esperando pelo trem. Ficaram tantos problemas acumulados que o Brasil ainda vai precisar gastar 400 milhões de reais”.
Os pareceres do Tribunal de Contas da União atestam que, além de superfaturada, o que o Lula do século passado chamava de Ferrovia do Sarney é um monumento à inépcia. Entre os problemas listados figuram taludes que se desmancham, curvas fechadas demais (que obrigam o trem a reduzir a velocidade para não descarrilar), trilhos que não foram soldados e outras provas incontestáveis de incompetência. A inexistência de pátios de manobra, por exemplo, impossibilita o carregamento ou o descarregamento e impede a passagem de outro trem em sentido contrário. Pior ainda: como o aço dos trilhos comprados na China não tem a dureza necessária, é preciso diminuir a carga transportada.
O ritmo exasperante das obras da Norte-Sul contrasta com a alta velocidade do enriquecimento de José Francisco das Neves, o Juquinha, presidente da Valec até ser preso em julho de 2012. Enquanto comandou a empresa, seu patrimônio saltou de R$ 500 mil para R$ 60 milhões. A anulação das escutas telefônicas que mostram a procissão de ladroagens livrou Juquinha da cadeia. Enquanto o processo judicial se arrasta tão vagarosamente quanto a ferrovia, ele gasta em liberdade o que embolsou.
Na contramão do ex-presidente da Valec, comerciantes como Osmar Albertine, diretor de uma empresa de farelo de grãos nas proximidades da Norte-Sul, não param de desembolsar dinheiro. “Essa promessa era para 2008, mas continua só no leito, nem mesmo os trilhos estão aí”, conta Osmar. “Com a ferrovia, haveria a economia de 4 mil quilômetros de transporte marítimo para exportamos para a Europa. É o custo Brasil”.
O Ministério dos Transportes segue a partitura do coro dos contentes. “A reportagem não aborda os benefícios já gerados pelos trechos em operação da Ferrovia Norte-Sul e omite parte de sua história”, protesta o ministro César Borges, disfarçado de nota da assessoria de imprensa. “Os 10% restantes de obras, entre o trecho entre Palmas e Anápolis, serão realizados até o final de 2013 e o segmento entrará em operação em 2014″ . promete. “A conclusão das obras no trecho Anápolis/Estrela d’Oeste será em julho de 2014″.
Se um dia ficar pronta, a ferrovia em construção desde 1987, no mandato de José Sarney, será uma espécie de memorial do Brasil Maravilha sobre trilhos: demorou o dobro do tempo para sair do papel, custou mais do que o triplo e, inaugurada no século 21, terá a cara de estrada de ferro dos tempos em que os vagões eram puxados pela maria-fumaça.
Brasília adere ao inglês de hospício e transfere o norte para o sul. Imagina na Copa
A sinalização instalada em Brasília nesta segunda-feira, a cinco dias do início da Copa das Confederações, reforçou a suspeita de que o país do futebol resolveu deixar atarantado qualquer turista estrangeiro. Depois do Rio Grande do Norte, do Rio de Janeiro, da Bahia e de Pernambuco, chegou a vez de o Distrito Federal aderir ao inglês de hospício. Como comprova a foto acima, a inscrição em português garante que ficam ao norte o setor hoteleiro que, em inglês, foi transferido para o sul.O “Northern Hotel Sector”, esse ninguém sabe onde está. Talvez não exista. Talvez esteja em obras.
A coluna convida o timaço de comentaristas a ampliar a galeria de imagens que conduzem à associação inevitável: imagina na Copa.
As manifestações aos olhos do mundo
veja.com
Veja como os protestos que tomaram as ruas de 12 capitais do país nesta segunda-feira foram vistos pela imprensa internacional:
A gastança com a Copa da Ladroagem já chegou a 467 mil casas populares
JÚLIA RODRIGUES
Ao alcançar a marca dos R$ 28 bilhões, a Copa de 2014 já entrou para a história como a mais cara de todos os tempos. A cifra recordista supera a soma dos gastos com a Copa da Alemanha em 2006 (R$ 10,7 bilhões) e com a Copa da África do Sul em 2010 (R$ 7,3 bilhões). A gastança não vai parar por aí. Em junho, Luis Manoel Rebelo Fernandes, secretário-executivo do Ministério dos Esportes e coordenador do Grupo Executivo da Copa do Mundo (Gecopa), avisou que, até o apito inicial do jogo de abertura, a conta deverá subir para R$ 33 bilhões.
Em 2007, Lula garantiu que não seria aplicado um único centavo de dinheiro público na festa do futebol explorada pela Fifa. Há duas semanas, acuada pela onda de manifestações de rua, que não pouparam o desperdício colossal, Dilma Rousseff repetiu uma das fantasias desfiadas pelo padrinho. “Quero esclarecer que o dinheiro dos estádios é fruto de financiamento e será devidamente pago pelos futuros gestores dessas arenas”, recitou a presidente. A recuperação das boladas que o BNDES bancou é tão improvável quanto o resgate da dinheirama emprestada pelo banco a Eike Batista.
“Jamais permitiria que esse dinheiro saísse do orçamento federal, que é usado para a educação e a saúde”, afirmou Dilma. O discurso tropeça em dados oficiais: 85% das obras serão custeadas pelos governos federal, estaduais e municipais. Segundo o Ministério do Esporte, R$ 9 bilhões serão investidos em “mobilidade urbana e transporte público”. Até agora, ninguém viu o que Aldo Rebelo considera “o grande legado do evento”.
A pouco mais de 300 dias do início da Copa da Ladroagem, o que se viu foi uma procissão de contratos superfaturados, projetos reformulados, licitações espertas e aditivos que engordam de modo obsceno os orçamentos originais. O preço dos novos estádios é de assustar príncipe saudita. A Arena Mané Garrincha, por exemplo, consumiu nada menos que R$ 1,7 bilhão. Como Brasília não tem nenhum time na série A do Campeonato Brasileira, vai abrigar o elefante branco mais caro do mundo.
Além de superar em 28% o valor destinado ao programa Bolsa Família em 2013, os R$ 28 bilhões investidos na Copa de 2014 seriam suficientes para construir:
─ 467 mil casas populares
─ 43 mil Unidades Básicas de Saúde
─ 31.748 escolas de Ensino Fundamental
─ 123 quilômetros de metrô
─ 5,6 mil quilômetros de ferrovia
─ 11,2 mil quilômetros de rodovia
─ 233 aeroportos
Também daria para comprar 13,2 milhões de passagens aéreas (ida e volta) na rota Natal-Rio de Janeiro. Ou 541 unidades de um dos modelos de avião usados pela FABTur. Se fosse doados à Câmara presidida por Henrique Alves, todo deputado teria um jatinho para chamar de seu.
No dia das manifestações organizadas por quem se apresenta como representante do povo, povo foi o que menos se viu
ATUALIZADO ÀS 14:29
BRANCA NUNES
Em vez dos cartazes de cartolina com dizeres manuscritos – NÃO SÃO SÓ 20 CENTAVOS, QUEREMOS HOSPITAIS PADRÃO FIFA, TOLERÂNCIA ZERO PARA A CORRUPÇÃO e várias reivindicações bem humoradas –, banners, a grande maioria vermelhos, com slogans como “O petróleo é nosso”, “Não à terceirização”, e “Pela taxação das grandes fortunas”. Em vez das bandeiras do Brasil e das caras pintadas de verde e amarelo, estandartes da CUT, da Força Sindical, do Sindicato dos Comerciários, do PSOL, da UNE, do PSTU, do MST e de dezenas de partidos e movimentos sociais. Em vez de palavras de ordem cantadas em coro, berros individuais vindos do carro de som.
Nesta quinta-feira, todas as bandeiras que haviam desaparecido – ou sido expulsas – das ruas nas manifestações que tomaram conta do país desde 6 de junho reapareceram na Avenida Paulista atendendo à convocação das centrais sindicais engajadas no Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações. Em compensação, a população apartidária sumiu – e o 11 de julho foi marcado por mais do mesmo: os mesmos discursos inflamados contra o capitalismo, a direita golpista, a Rede Globo e outros inimigos de sempre.
Ao contrário do que se via nas manifestações anteriores a pretendida greve geral desta quinta-feira teve mais bandeiras de centrais sindicais e partidos do que manifestantes. Os discursos no carro de som não provocavam nem aplausos nem vaias. E gritos de guerra como “eu, sou brasileiro, com muito orgulho”, que os dirigentes tentaram puxar mais de uma vez, morriam antes da segunda frase – nada a ver com os hinos entoados durante os protestos do Movimento Passe Livre, que contagiavam multidões.
O acordo intersindical que excluiu o “Fora Dilma” da pauta de reivindicações parece ter dado certo. Ainda assim, as bandeiras do PT eram as mais envergonhadas – e tanto Dilma quanto Lula não escaparam de críticas no asfalto e no palanque. Enquanto Ana Luiza, que disputou a prefeitura de São Paulo pelo PSTU clamava “contra a política econômica do governo Dilma, contra Alckmin e contra Haddad”, um representante do recém nascido Partido Pátria Livre (PPL) fez questão de “saudar o PT e saudar o Lula” nos três minutos a que teve direito no serviço de som. Algumas faixas chamavam José Eduardo Cardozo de Ministro da Injustiça e exigiam o mesmo reajuste salarial concedido aos ministros.
Se o objetivo das centrais era pegar carona na revolta da rua, elas podem considerar-se derrotadas. O contraste entre as duas manifestações foi tão gritante que apenas escancarou o abismo entre o que quer a população e o que lhes oferece quem está no poder (seja nos governos, nos partidos ou nos sindicatos), entre uma forma nova de expressar-se e outra completamente ultrapassada, entre o autêntico e o artificial. Embora se apresentem como representantes do povo, povo era o que menos se via entre as pouco mais de cinco mil pessoas que ocuparam duas quadras da avenida mais emblemática de São Paulo.
‘A terapia do susto’, por Nelson Motta
Publicado no Globo desta sexta-feira
NELSON MOTTA
Estamos vivendo dias de espanto, com Renan Calheiros se tornando o paladino das forças do bem, ávidas para atender prontamente as reivindicações populares, mesmo cortando na carne do Senado, e com o apoio de Sarney! Estamos dependendo da independência, da grandeza, da integridade e do espírito público do PMDB de Henrique Alves e Eduardo Cunha para evitar desastres armados pelos estrategistas do Planalto e apoiados pelo PT e o PCdoB, como o plebiscito de araque. Que fase!
Seguindo orientação de Lula, 25 governadores, 37 ministros, a base parlamentar aliada e os movimentos sociais foram recebidos pela presidente, filmados e fotografados, mas não falaram nada e nem foram consultados nas propostas e decisões do governo, só ouviram em silêncio, remoendo sua raiva, frustração e impotência. Os prefeitos pelo menos vaiaram.
Pela primeira vez na história deste país, prefeitos recebem dinheiro de um governo e vaiam. Mas todo mundo entendeu que eles não querem um jabá, mas negociar democraticamente a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios e depender menos do poder imperial de Brasília. Com o povo de suas cidades bufando nos seus cangotes, os prefeitos querem mostrar serviço, como nunca na história deste país.
Quando 81% dos brasileiros avaliam os políticos como “corruptos ou muito corruptos”, para conter sua voracidade, associada a empresários inescrupulosos e funcionários venais, são criados incontáveis mecanismos de controle, e de controle do controle, aumentando o poder da burocracia e atrasando os projetos e investimentos públicos. Criando mais dificuldades para vender novas facilidades, aumentam a corrupção. São mais mãos a serem molhadas, mas o custo é sempre repassado aos consumidores finais: nós.
Mas o presidente do PT atribui as dificuldades do governo a falhas de comunicação, como se o governo não gastasse mais de um bilhão de reais por ano em triunfais campanhas publicitárias de João Santana vendendo o Brasil Maravilha de Lula e Dilma. Pelo contrário, o governo é vítima de seu excesso de comunicação, contrastado fragorosamente pela realidade das ruas.
Do Papa para Cabral: ‘Gosto mais de ônibus, porque vejo a rua’
No clima da Jornada Mundial da Juventude, que acontece no Rio entre os dias 23 e 28 de julho, será lançado, na semana que vem, um livro com citações do Papa Francisco (Papa Francisco em suas Próprias Palavras, Editora Record, 19,90 reais). Conhecido como o ‘Papa da humildade’, algumas das citações são o que se poderia chamar de inspiradoras– especialmente para algumas figuras que dominam o cenário político brasileiro.
Diz Francisco, sobre o transporte público: “Uso o metrô quase sempre pela rapidez, mas gosto mais de ônibus, porque vejo a rua”. (Papa Francisco, 2013)
Centrais sindicais fazem dia de paralisações esvaziado
Greve Geral
veja.com
Sem adesão popular, as maiores centrais sindicais apresentaram reivindicações trabalhistas; grupos bloquearam rodovias em pelo menos dezoito estados
Depois de convocar dezenas de categorias e prometer parar o país, as oito principais centrais sindicais não conseguiram mobilizar a população em defesa de suas bandeiras trabalhistas nesta quinta-feira, no chamado “Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações".
Ao contrário dos protestos de junho, que nasceram espontaneamente nas redes sociais e foram alavancados pelo Movimento Passe Livre, o ato desta quinta foi convocado e propagandeado pelo movimento sindical. A pauta das passeatas também foi outra: no lugar da redução das tarifas de transporte público entraram antigas reivindicações trabalhistas, como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o fim do fator previdenciário. Nas ruas, a militância uniformizada não teve apoio da população e os atos reuniram apenas militantes de partidos de esquerda e filiados a sindicatos.
Os dirigentes das centrais, capitaneados pela CUT, o braço sindical do PT, também firmaram um acordo para poupar a presidente Dilma Rousseff de críticas. Apenas a Força Sindical, liderada pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), atacou a área econômica do governo, o que tampouco é novidade para a central.
O "Dia Nacional de Lutas" é promovido anualmente pelas centrais, mas tradicionalmente se concentrava em Brasília. Neste ano, entretanto, após a onda de manifestações de junho, os sindicalistas tentaram pulverizar suas ações. Outros movimentos ligados aos partidos de esquerda também tentaram pegar carona nas mobilizações, como o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra).
Mobilizações - Com atos em todos os estados e no Distrito Federal, o dia de greve não registrou confrontos com a polícia nem a série de cenas de depredação do mês anterior. No Rio de Janeiro, a marcha concentrou 10.000 pessoas e teve cenas isoladas de vandalismo protagonizadas por manifestantes infiltrados - encapuzados e sem os logotipos das centrais sindicais. Doze pessoas foram presas e oito menores apreendidos após os confrontos.
Em São Paulo, a principal passeata reuniu 7.000 pessoas e bloqueou a Avenida Paulista por três horas. A cidade, entretanto, que havia se programado para um dia de caos, não registrou problemas no trânsito e as linhas de trens e de metrô circularam normalmente.
Rodovias - Os transtornos acabaram sendo registrados nas estradas: pelo menos dezoito estados tiveram rodovias interditadas, a maioria nas regiões Sul e Sudeste. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram afetados: Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Mato Grosso, Goiás, Paraná, Alagoas, Sergipe, Ceará, Paraíba e Santa Catarina.
O balanço final da PRF informa que ocorreram 66 interdições em dezessete estados, nas rodovias federais. Somente no Rio Grande do Sul, foram dezenove pontos de bloqueio. No Paraná, quatro pessoas foram presas ao descumprir um mandado judicial que determinava a liberação da BR-277, em São Luiz do Purunã. Foram as únicas pessoas detidas pela corporação durante os atos desta quinta-feira.
Cerca de 5.000 pessoas fizeram uma das maiores interdições na Rodovia Presidente Dutra, em Guarulhos (SP). Mas, na maioria dos casos, grupos pequenos provocaram transtornos e filas quilométricas bloqueando as vias com pneus incendiados. No Sul do país, trabalhadores rurais usaram máquinas agrícolas para bloquear a rodovia BR-116.
Rodovias estaduais, que não são controladas pela PRF, também foram alvo de interdições, como a Anchieta, Cônego Domênico Rangoni e Mogi-Bertioga, que ligam a capital ao litoral paulista.
O acesso aos portos de Santos (SP), Suape (PE) e Itaguaí (RJ) foram fechados. Cerca de 250 estivadores invadiram pelo mar um terminal em Santos. A Polícia Federal teve de negociar. A categoria suspendeu atividades em Suape.
Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Porto Alegre (RS) tiveram problemas com transporte coletivo. Ônibus funcionaram sem a frota total nas três cidades e metrô e trens ficaram parados nas capitais mineira e gaúcha. Por causa das interrupções, empresas, escolas e universidades suspenderam atividades.
Partidos - Depois de ser hostilizado nas manifestações de junho, o PT conclamou militantes a ir às ruas, mas recomendou que não usassem ostensivamente bandeiras, bonés e camisas da sigla, segundo o presidente do diretório paulista, Edinho Silva. A participação de petistas foi tímida na capital e mais presente no ABC paulista e em Brasília. No Rio, militantes do PSTU e PSOL protestaram contra o governador Sérgio Cabral (PMDB).
Os sindicalistas marcharam seguindo carros de som e empunhando faixas, balões e bandeiras vermelhas (CUT), laranjas (Força Sindical) e brancas (União Geral dos Trabalhadores - UGT).
“Nossas principais reivindicações são o fim do fator previdenciário, da terceirização e redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário. Brigamos por elas”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
(Com reportagem de Renata Honorato, Felipe Frazão, Gabriel Castro, Cecília Ritto, Pâmela Oliveira e Eduardo Gonçalves)
Prévia do PIB indica retração econômica de 1,4% em maio - maior desde 2008
Conjuntura
veja.com
O IBC-Br, medido pelo Banco Central, caiu na comparação mensal, mas acumulou alta de 1,89% em 12 meses
Vendas do varejo aceleraram em um ano, mas a produção industrial ainda vai devagar (Alexandre Battibugli)
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 1,4% em maio ante abril, informou nesta sexta-feira o BC. Esta é a maior retração desde dezembro de 2008, quando o indicador caiu 4,3%. O resultado no mês ficou pior do que as expectativas do mercado, mas o indicador apresenta reação no acumulado em 12 meses, com alta de 1,89% em maio ante 1,66% em abril e 1,2% em março na mesma base de comparação.
Na comparação a maio do ano passado, a prévia do PIB indicou crescimento menos significativo - expansão de 2,61% - do que havia registrado no mês anterior (4,85%). Em 2013, o IBC-Br somou crescimento de 3,17%, ante expansão de 3,43% observada no primeiro quadrimestre, o que indica certa desaceleração do ritmo do desempenho econômico.
Analistas consultados pela agência Reuters esperavam queda mensal de 0,9% em maio, de acordo com a mediana de 17 projeções. As estimativas variaram de quedas de 1,6 a 0,3%.
Para este ano, o mercado financeiro voltou a reduzir a previsão para crescimento da economia brasileira em 2013 e em 2014. Economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o último relatório semanal Focus estimam alta de 2,34% para o PIB (2013) ante expectativa anterior de 2,4%. Depois do decepcionante desempenho da economia no primeiro trimestre, o governo já admitiu que vai revisar suas perspectivas, apesar de o próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, ter uma opinião destoante: ele disse a um jornal alemão que espera crescimento de 4,5% do PIB. Entre janeiro e março, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu 0,6% em comparação ao quarto trimestre de 2012, e 1,9% ante o primeiro trimestre de 2012. Para 2014, a perspectiva de PIB caiu de 3% para 2,8%.
Ao mesmo tempo, os economistas pioraram suas estimativas para a produção industrial. O crescimento esperado para este ano da indústria agora está em 2,34% em 2013, ante 2,49% na semana passada. Por outro lado, os economistas estão mais otimistas em relação ao ano que vem, ao passo que diminuíram sua projeção média de expansão de 3,2% para 3%.
Revisão - Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou novamente a projeção de crescimento da economia brasileira em 2013 e 2014, conforme relatório divulgado pelo órgão nesta terça-feira. A instituição agora prevê que o PIB brasileiro cresça 2,5% neste ano, ante expectativa de alta de 3% no último relatório, de abril. Para 2014, a revisão para baixo foi ainda maior: de 4% para 3,2%.
Em resposta à revisão para baixo, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo brasileiro "dispensa o receituário" da entidade. No documento, o FMI considera "um equívoco" a adoção de novos estímulos à economia. "O FMI tem todo direito de fazer previsão sobre as economias dos países. Mas dispensamos as sugestões e receituário para medidas adotadas pelo Brasil", assinalou Gleisi.
Para este ano, o mercado financeiro voltou a reduzir a previsão para crescimento da economia brasileira em 2013 e em 2014. Economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o último relatório semanal Focus estimam alta de 2,34% para o PIB (2013) ante expectativa anterior de 2,4%. Depois do decepcionante desempenho da economia no primeiro trimestre, o governo já admitiu que vai revisar suas perspectivas, apesar de o próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, ter uma opinião destoante: ele disse a um jornal alemão que espera crescimento de 4,5% do PIB. Entre janeiro e março, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu 0,6% em comparação ao quarto trimestre de 2012, e 1,9% ante o primeiro trimestre de 2012. Para 2014, a perspectiva de PIB caiu de 3% para 2,8%.
Ao mesmo tempo, os economistas pioraram suas estimativas para a produção industrial. O crescimento esperado para este ano da indústria agora está em 2,34% em 2013, ante 2,49% na semana passada. Por outro lado, os economistas estão mais otimistas em relação ao ano que vem, ao passo que diminuíram sua projeção média de expansão de 3,2% para 3%.
Revisão - Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou novamente a projeção de crescimento da economia brasileira em 2013 e 2014, conforme relatório divulgado pelo órgão nesta terça-feira. A instituição agora prevê que o PIB brasileiro cresça 2,5% neste ano, ante expectativa de alta de 3% no último relatório, de abril. Para 2014, a revisão para baixo foi ainda maior: de 4% para 3,2%.
Em resposta à revisão para baixo, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo brasileiro "dispensa o receituário" da entidade. No documento, o FMI considera "um equívoco" a adoção de novos estímulos à economia. "O FMI tem todo direito de fazer previsão sobre as economias dos países. Mas dispensamos as sugestões e receituário para medidas adotadas pelo Brasil", assinalou Gleisi.
Deputados pedem carona em voo da FAB para ver o papa
Passe livre aéreo
E o Povão vai de JEGUE!!!
Câmara organiza ida de líderes das bancadas à recepção do pontífice no Rio
Deputados no plenário da Câmara (Laycer Tomaz/Câmara dos Deputados)
A Câmara dos Deputados prepara um "voo do papa" para levar parlamentares à recepção oficial ao papa Francisco no dia 22 de julho, quando o pontífice estará no Rio de Janeiro por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, evento da Igreja Católica que deve receber mais de 2 milhões de pessoas. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deve sair de Brasília no dia do evento.
Pelo menos 20 deputados já pediram ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para entrar na comitiva que vai recepcionar o papa. Os líderes partidários, por sua vez, foram convidados por Alves e aguardam ainda mais informações para saber se será possível a carona em um avião da FAB para todos.
Um modelo de maior capacidade deverá ser requisitado, uma vez que a aeronave usada de forma mais constante pelos dirigentes do Legislativo dispõe de catorze poltronas. A viagem terá caráter oficial. O convite aos parlamentares foi feito pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, que organiza a Jornada Mundial da Juventude.
A composição da comitiva ainda não foi fechada pela presidência da Câmara, nem a aeronave foi solicitada oficialmente à FAB.
Além dos parlamentares, a presidente da República, Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o prefeito da cidade, Eduardo Paes (PMDB), farão a recepção ao pontífice no dia de sua chegada ao Brasil. Segundo a agenda oficial, a cerimônia de boas-vindas acontecerá no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense. Neste local, o papa Francisco fará seu primeiro discurso no Brasil. Esta será a primeira viagem internacional do papa desde sua ascensão ao cargo, em março deste ano.
Copa - A viagem para a recepção ao papa será a primeira de Alves ao Rio desde a final da Copa das Confederações, em 30 de junho. Naquela ocasião quem se beneficiou da carona foram amigos e familiares do presidente da Câmara. Alves levou a noiva, Laurita Arruda, o irmão dela, Arturo, e sua esposa, Larissa, além de um filho e dois enteados. O Ministério Público decidiu investigar a viagem de Alves e depois as do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro da Previdência, Garibaldi Alves (PMDB).
(Com Estadão Conteúdo)
Subsidiária da Delta na mira do Tribunal de Contas de SP
Concorrência
TCE pede que autarquia do governo paulista informe sobre favoritismo da Técnica Construções em concorrência de R$ 3,8 bi
Fernando Cavendish, dono da DELTA (Eduardo Knapp/Folhapress)
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo estipulou, nesta quinta-feira, prazo de 48 horas para que o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), vinculado à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do governo estadual, esclareça o favoritismo da Técnica Construções, subsidiária da Delta, em uma concorrência internacional de 3,8 bilhões de reais.
O conselheiro Sidney Beraldo, relator do processo no TCE, diz que outras empresas interessadas na licitação alegaram que a Técnica, constituída em 1º de fevereiro, seria subsidiária integral e teria como única acionista a Delta, de Fernando Cavendish. O consórcio da Técnica foi classificado provisoriamente em primeiro lugar após a abertura e análise do envelope com proposta econômica, destaca o TCE.
O edital do DAEE prevê que subsidiária de empresa rotulada inidônea não pode ser declarada vencedora. O TCE já havia sido provocado por concorrentes da Técnica, mas na ocasião observou que o certame ainda não estava na fase adequada para análise da situação jurídica das participantes e ponderou que não havia incorreção no fato de o DAEE dar andamento ao processo. Naquele momento, o TCE entendeu que não poderia paralisar a licitação porque a apreciação da documentação das empresas só deveria ser feita na última fase.
A declaração de inidoneidade da Delta, de junho de 2012, foi emitida pela Controladoria-Geral da União (CGU). A concorrência do DAEE tornou-se alvo do TCE a partir de representação de cinco empresas - Companhia das Águas do Brasil - CAB Ambiental, Encalso Construções Ltda., Tiisa - Triunfo Iesa Infraestrutura S.A., DP Barros Pavimentação e Construção Ltda. e Hidrostudio Engenharia Ltda., que formam o Consórcio PPP Reservatórios.
As empresas argumentam que a Delta está em processo de recuperação judicial e impedida de licitar ou contratar com a administração pública em decorrência de ter sido declarada inidônea pelo governo federal e pelo governo do Rio de Janeiro. Na semana passada, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou que a Corregedoria-Geral da Administração e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) já estavam apurando a participação da Técnica em concorrências no governo paulista. Alckmin advertiu que "nenhum contrato será assinado sem o parecer da PGE e o aval da corregedoria".
Dnit - Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Técnica também foi classificada em primeiro lugar em licitação promovida pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), por ter apresentado proposta de 4,3 milhões, a mais bem classificada entre as concorrentes, para obras em rodovia federal no Pará. Mas o órgão pretende barrar a habilitação da empresa.
(Com Estadão Conteúdo)
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...
Há tempos os militares estão avisando que há um golpe de Estado a caminho e hoje, o que ví aqui na rua das Laranjeiras, o intenso barulho das bombas e a correria na Pinheiro Machado em frente ao Palácio das Laranjeiras, o fogaréu dos fogos e incêndio das latas de lixo parecia uma guerra!
De 19h às 20:45h (pouco antes do jornal da Globo) tivemos que aguentar helicópteros da PM estolando aqui em cima sem parar, o que é proibido pois é um barulho altamente perturbador sobre população civil.
Mas o que ouví daqui de casa e acabei descendo para verificar foi algo que não deve sair no noticiário pois é demais: vozes masculinas e disciplinadas em côro cantando a 3a Internacional e sem errar a letra!
Foi espetacular sim, pois é uma das músicas mais bonitas que conheço. Mas também sentí uma forte e esquisita sensação de “desconexão” com a realidade, de algo digamos, fora do contexto. Ví a manipulação passando na minha frente e não podia fazer nada…. era tudo certinho demais, disciplinado, forte, dramático!
Perguntei à um monte de gente na rua se sabia que música era essa mas ninguém a conhecia, acharam “interessante” (!), empolgante, alguns desconfiaram se tratar de alguma marcha militar… Sugerí que quando fossem para casa clicassem no You Tube “3a Internacional” para entender o que se passava bem na sua frente!
Por que admitimos a depredação dos bens patrimoniais por minorias que, a pretexto de condenar o estelionato político do governo, investem contra as forças policiais, que não encontram respaldo de seus respectivos governadores, principalmente o do Rio de Janeiro, que se escafede vergonhosamente?
Por que não exigimos o nome de quem paga os artefatos com os quais os neorrebeldes destroem o patrimônio público e particular? O dinheiro é do contribuinte, sabemos, mas quem o libera?
Por que permitimos que os policiais militares sofram espancamentos e provocações de jornalistas militantes ligados ao governo e filmem a reação dos policiais, mas não a causa que os levou a se defenderem, para forjarem atos de violência nas matérias sensacionalistas de seus jornais?
Por que não exigimos dos governadores a defesa desses homens, que agem em defesa da parte ordeira da sociedade, sem direito a retornar às suas casas, após um dia de trabalho? Nada fazem por necessitarem da bengala de Brasília para sustentarem-se politicamente com o tradicional servilismo à presidente.
Por que permitimos a perseguição às Forças Armadas, principalmente ao Exército, pelos permanentes guerrilheiros que tentam, por meio de seus articuladores, atingi-las, psicologicamente, com imposições recebidas das organizações mundiais que exigem dela, presidente, obediência, ferindo continuamente a nossa soberania? De feroz mercenária, torna-se mansa e submissa nas mãos de qualquer OEA.
Por que permitimos mais uma afronta aos militares e não reagimos ao Grupo de Trabalho que pretende infestar os quartéis com os miasmas de civis que nunca trabalharam em favor do país?
Por que não usamos da mesma pressão psicológica empregada contra as Forças, a fim de dobrarmos a cerviz dessa inconsequente presidente, já sem prumo na aparência e na mente, pela pegajosa submissão aos sarneys do Caribe.
Por que permitimos que a presidente de direito e o presidente de fato enviem dinheiro da nação brasileira a países cujos dirigentes são perversos ditadores, a fim de beneficiarem o desqualificado torneiro mecânico em seus negócios escusos?
Por que permitimos continuarem esvaziando o erário sem que exijamos a reposição dos muitos milhões que recheiam as contas particulares dos políticos mais indignos e repugnantes que já surgiram em qualquer país do mundo?
Por que não nos unamos e damos a resposta merecida e na justeza do peso político e social que as Forças Armadas sempre tiveram num país de irresponsáveis que jogam nas suas costas os problemas causados pela desobediência civil?
Criemos, a nossa CVSG – a Comissão da Verdade Sobre os Guerrilheiros e vamos levar essa máfia insaciável, que trabalha incansavelmente para a desagregação das unidades étnica e territorial e o esboroamento das Instituições, às barras dos tribunais, antes que a Justiça acabe tragada pela corruptora PEC 37, a da Impunidade.
Que seja convocada em ato público, a presidente que acumula o cargo de Comandante em Chefe (Que Deus me perdoe esta heresia!) para esclarecer à Nação, quando era Dilma ou Estela ou Dulce ou Patrícia ou Wanda, a “camarada de armas” de José Dirceu.
Que seja convocada para confessar quem lançou a bomba que matou covardemente o jovem soldado Mário Kozel Filho.
Que seja convocada para dizer que mão programou a bomba que mutilou Orlando Lovecchio e a que matou e mutilou no Aeroporto Guararapes.
Que seja convocada para dizer onde estão ou como gastou ou onde depositou os dólares roubados do cofre do então governador Adhemar de Barros.
Que diga se foi mentor (assim mesmo, não ajeitemos o gênero da palavra ao gosto desta senhora) dos assaltos a bancos com vítimas de inocentes clientes que aguardavam a sua vez. Que mostre as sequelas das contínuas torturas que diz ter sofrido. Talvez seja o corte da cabeleira desgrenhada como mostra a foto empunhando seu amigo fuzil.
Que seja convocada para explicar tanta versatilidade numa cabeça que hoje se mostra vazia de inteligência, de raciocínio, de clareza na expressão de um simples pensamento de quatro palavras. Diante da amostragem de ineficiência no trono que sempre desejou, supõe-se que, ou a Dilma é outra, e esta é a Estela ou Wanda, ou nenhuma delas. O país precisa saber a verdade desta senhora e de tantos outros, peças excrescentes da política nacional.
Que seja convocada a Maria do Rosário, a de maus bofes, para informar qual a sua real função num ministério criado por imposição de organizações internacionais que interferem constantemente na soberania do Brasil, porém, é paga pela própria vítima: o contribuinte brasileiro. Quem é esta maquiavélica criatura que usa nome de beata, mas nada mais é do que a encarnação do mal?
Que seja convocada a tal “ministra da mulher” cujo nome faço questão de não pronunciar e não digitar, pelo asco que me causa a sua vida mais que pregressa.
Que sejam convocados o Dirceu, o falso Genoíno, o Vanucchi que recebeu de seus patrões da OEA um assento de urtiga na CDH para tramar contra o próprio país. Que sejam convocados todos os demais traidores, cujas fotos estão em desfile constante pela internet.
Que sejam, enfim, mostrados em público os mercenários desejosos de implantar a “democracia” cubana, e atiram-se como chacais ao dinheiro público, para jogá-lo na sarjeta dos senis Castros e dos criminosos ditadores de países africanos.
Ações antidemocráticas são a marca registrada do rebotalho vermelho.
Este é o momento de criarmos a nossa CVSG, a Comissão da Verdade Sobre os Guerrilheiros, de ontem e dos que estão começando a irromper no país.
Está lançada a ideia fundamental!
(*Dr.ª em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)