Jovens disseram ter sido pagos por centrais sindicais, que negaram a contratação de pessoas para os atos realizados no Dia Nacional de Lutas, nessa quinta-feira, 11
Os protestos desta quinta-feira, 11, das centrais sindicais em São Paulo foram engrossados por militantes contratados. A reportagem do Estado localizou dois jovens que disseram ter sido pagos pela Força Sindical e um terceiro que afirmou que iria receber da CUT. As centrais negaram a contratação de pessoas para os atos.
O cobrador de ônibus Antonio Roque de Castro, 19 anos, disse ao Estado que recebeu R$ 50 para agitar uma bandeira da Força Sindical das 9h às 14h na Avenida Paulista. O desempregado Paulo Fernando Gonçalves, 18 anos, também contava com "ajuda de custo". "Todo mundo vai receber os R$ 50 na Praça da Sé."
O jovem que disse ter sido contratado pela CUT não quis ser identificado. A reportagem da rádio CBN flagrou manifestantes sendo pagos - também com R$ 50 - na região do Masp. Eles disseram que o pagamento era realizado por sindicalistas da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
A Força Sindical negou ter pago cachê para militantes. A UGT também negou. "Não pagamos absolutamente ninguém", disse Ricardo Patah, presidente da entidade. "Mas não temos controle sobre todos os sindicatos. Algumas pessoas podem ter dado dinheiro para alimentação e transporte dos trabalhadores, porque muitos saíram de madrugada para vir ao ato."
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