sexta-feira 12 2013

Prévia do PIB indica retração econômica de 1,4% em maio - maior desde 2008

Conjuntura

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O IBC-Br, medido pelo Banco Central, caiu na comparação mensal, mas acumulou alta de 1,89% em 12 meses

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Vendas do varejo aceleraram em um ano, mas a produção industrial ainda vai devagar (Alexandre Battibugli)
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado um sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), caiu 1,4% em maio ante abril, informou nesta sexta-feira o BC. Esta é a maior retração desde dezembro de 2008, quando o indicador caiu 4,3%. O resultado no mês ficou pior do que as expectativas do mercado, mas o indicador apresenta reação no acumulado em 12 meses, com alta de 1,89% em maio ante 1,66% em abril e 1,2% em março na mesma base de comparação.
Na comparação a maio do ano passado, a prévia do PIB indicou crescimento menos significativo - expansão de 2,61% - do que havia registrado no mês anterior (4,85%). Em 2013, o IBC-Br somou crescimento de 3,17%, ante expansão de 3,43% observada no primeiro quadrimestre, o que indica certa desaceleração do ritmo do desempenho econômico.


Analistas consultados pela agência Reuters esperavam queda mensal de 0,9% em maio, de acordo com a mediana de 17 projeções. As estimativas variaram de quedas de 1,6 a 0,3%.

Para este ano, o mercado financeiro voltou a reduzir a previsão para crescimento da economia brasileira em 2013 e em 2014. Economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) para o último relatório semanal Focus estimam alta de 2,34% para o PIB (2013) ante expectativa anterior de 2,4%. Depois do decepcionante desempenho da economia no primeiro trimestre, o governo já admitiu que vai revisar suas perspectivas, apesar de o próprio presidente do BC, Alexandre Tombini, ter uma opinião destoante: ele disse a um jornal alemão que espera crescimento de 4,5% do PIB. Entre janeiro e março, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro subiu 0,6% em comparação ao quarto trimestre de 2012, e 1,9% ante o primeiro trimestre de 2012. Para 2014, a perspectiva de PIB caiu de 3% para 2,8%.

Ao mesmo tempo, os economistas pioraram suas estimativas para a produção industrial. O crescimento esperado para este ano da indústria agora está em 2,34% em 2013, ante 2,49% na semana passada. Por outro lado, os economistas estão mais otimistas em relação ao ano que vem, ao passo que diminuíram sua projeção média de expansão de 3,2% para 3%.

Revisão - Nesta semana, o Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou novamente a projeção de crescimento da economia brasileira em 2013 e 2014, conforme relatório divulgado pelo órgão nesta terça-feira. A instituição agora prevê que o PIB brasileiro cresça 2,5% neste ano, ante expectativa de alta de 3% no último relatório, de abril. Para 2014, a revisão para baixo foi ainda maior: de 4% para 3,2%.

Em resposta à revisão para baixo, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que o governo brasileiro "dispensa o receituário" da entidade. No documento, o FMI considera "um equívoco" a adoção de novos estímulos à economia. "O FMI tem todo direito de fazer previsão sobre as economias dos países. Mas dispensamos as sugestões e receituário para medidas adotadas pelo Brasil", assinalou Gleisi.

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