Eddie Sabe Toca um Cavaquinho Como Ninguém!!
sexta-feira 31 2014
Juiz dá prazo de 24h para Henry explicar sobre segundo emprego
Por Mateus Coutinho, estadao.com.br
Condenado no processo do mensalão começou a atuar como médico legista na segunda-feira 27, informou Secretaria de Segurança Pública do MT; ele já trabalha fora da prisão em outro hospital
Dida Sampaio/Estadão
"Ex-parlamentar pode ser desautorizado a trabalhar fora da prisão"
Após ter seu pedido para ter um segundo emprego negado pela Justiça, o ex-deputado Pedro Henry (PP-MT) foi intimado a explicar as denúncias de que estaria exercendo uma segunda profissão enquanto cumpre sua pena no regime semiaberto em Cuiabá (MT).
A decisão do juiz da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, Geraldo Fidelis Neto, foi divulgada na quinta-feira, 30. Ele deu prazo de 24 horas para que Henry e seus empregadores expliquem sobre seus horários e atividades exercidas no trabalho. Caso seja identificada alguma irregularidade o juiz pode desautorizar o trabalho externo de Henry
"O penitente não é senhor de seu tempo, pois deve informar onde será encontrado e os respectivos horários ao Juízo da Execução Penal", destaca o magistrado na decisão. O magistrado também determinou prazo de 10 dias, a partir do recebimento da intimação, para que o condenado pague a multa de R$ 1,3 milhão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso (Seds), desde o começo da semana Pedro Henry voltou a atuar como médico legista do Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá. Ele é funcionário concursado do Estado desde 1987 e atuava como legista antes de se eleger deputado, em 1996.
A Secretaria não soube informar o valor do salário de Henry, pois seu pagamento ainda está sendo atualizado pelo órgão, já que ele ficou muito tempo afastado. Atualmente, o salário inicial de um médico legista no IML do Estado é de cerca de R$ 7 mil para uma carga horária de 40 horas semanais.
Em janeiro, após começar a trabalhar como coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, a defesa do ex-parlamentar entrou com outro pedido de trabalho. Dessa vez, Henry pedia para trabalhar aos finais de semana no IML, cursar faculdade de fisioterapia e concluir sua pós-graduação em medicina hiperbárica. O pedido foi negado pela Justiça.
Cargo público. Mesmo com a condenação no mensalão, o ex-deputado não perdeu o cargo público e, segundo a Secretaria, por isso ele pôde retomar o emprego no IML. Cabe somente à Procuradoria-Geral da República solicitar a perda do cargo de Henry, o que não foi feito durante o julgamento do mensalão.
Dessa forma, além do cargo de coordenador administrativo do hospital particular Santa Rosa, ele estaria saindo à tarde para atuar como médico legista, das 13h às 19h.
Na autorização que obteve para trabalhar, a Justiça determinou que ele trabalharia das 7h às 17h no hospital Santa Rosa e deveria se reapresentar às 19h.
A defesa de Henry não foi encontrada pela reportagem para se manifestar sobre a decisão do magistrado.
MP investiga 84 empresas beneficiárias de fraude no IPTU em SP
Por Bruno Ribeiro, estadao.com.br
Empreendimentos, como shoppings e universidades, pagavam metade do valor devido à Prefeitura; esquema era praticado pelos fiscais envolvidos na máfia do ISS
Atualizado às 12h25
SÃO PAULO - O Ministério Público Estadual (MPE) investiga 84 empresas suspeitas de integrar um esquema de fraude no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em parceria com fiscais da Prefeitura da capital. A Controladoria Geral do Município, órgão de combate à corrupção, tinha indícios da fraude desde novembro do ano passado, mas apenas agora chegou a uma lista com os envolvidos.
A fraude consistia em alterar a metragem de grandes construções para que os empresários pagassem menos imposto. Segundo o promotor de Justiça responsável pelo caso, Marcelo Mendroni, o perfil das empresas envolvidas é amplo, incluindo shoppings centers, universidades e grandes construções.
O esquema foi descoberto durante a análise de documentos encontrados em posse do fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães, um dos envolvidos no escândalo do ISS (Imposto Sobre Serviços). O promotor afirmou que a análise de fichas cadastrais de imóveis preenchidas à mão pelo fiscal mostrou diferenças em relação a arquivos da Prefeitura. "A Controladoria Geral do município fez um levantamento usando fotos de satélite para descobrir a metragem das áreas."
O estudo mostrou que a metragem real de alguns imóveis chegava a ser o dobro dos valores lançados como a área, o que embasa o cálculo do IPTU. Mendroni citou o exemplo de um imóvel em que uma das fotos mostrava área "não inferior a 6 mil metros quadrados", mas a metragem nos arquivos da Prefeitura era de 3 mil metros quadrados.
Corrupção. Segundo o promotor de cinco a dez fiscais participavam do esquema, além dos auditores já investigados pela máfia do ISS. A propina era cobrada quando os fiscais faziam visitas às obras. Eles calculavam o imposto correto, mas lançavam apenas metade da área no sistema. A outra metade era o valor que os auditores cobravam de propina. A propina era cobrada apenas no primeiro ano e garantia aos empresários o pagamento de metade do imposto em todos os anos seguintes.
Os crimes investigados são falsidade ideológica, corrupção e lavagem de dinheiro. O promotor afirmou também que ainda há outros esquemas relacionados a sonegação de impostos que estão sendo investigados pelo MPE e devem vir a público em breve.
Os suspeitos estão sob investigação e até o momento ninguém foi preso.
Atividade física inibe apetite por alimentos calóricos
Alimentação
Conclusão faz parte de pesquisa que mediu atividade cerebral de pessoas após um exercício intenso
Alimentação: Impacto da atividade física no cérebro resulta em menor apetite por comida calórica (Thinkstock)
Praticar atividade física ajuda a controlar o peso. Mas não somente por gastar calorias e eliminar a gordura, mas também pelo fato de inibir o apetite por alimentos não saudáveis e aumentar a vontade por refeições que incluem legumes e frutas, por exemplo. Essa é a conclusão de uma nova pesquisa que usou imagens de ressonância magnética para analisar a resposta do cérebro diante de alimentos muito ou pouco calóricos após a prática de um exercício físico intenso.
O estudo, realizado na Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha, e publicado nesta sexta-feira no periódico American Journal of Clinical Nutrition, ajuda especialistas a entenderem melhor de que forma a atividade física pode ser aliada no combate à obesidade.
Análise — Na primeira parte do estudo, 15 homens saudáveis correram em uma velocidade alta durante uma hora. Depois, eles foram submetidos a um exame de ressonância magnética ao mesmo tempo em que olhavam para imagens de alimentos pouco ou muito saudáveis. Na segunda fase da pesquisa, os participantes foram submetidos ao mesmo um exame de ressonância, mas após terem passado uma hora descansando.
“Nosso foco estava em uma região do cérebro chamada ínsula. A ativação dessa área é aumentada antes de comermos e quando ingerimos alimentos que consideramos agradáveis”, diz Daniel Crabtree, que coordenou o estudo.
Diminuição da fome — De acordo com os resultados, após a prática do exercício físico, a atividade da ínsula foi menor quando os homens olharam para alimentos calóricos, como pizza e hambúrgueres, do que quando olharam para alimentos saudáveis, como maçãs e cenouras. Ou seja, eles sentiram menos apetite pelas comidas pouco saudáveis.
Para confirmar as conclusões, a equipe também recolheu amostras de sangue dos participantes nas duas fases do estudo. Os autores descobriram que exercitar-se, em comparação com ficar em repouso, diminui os níveis de um hormônio que estimula o apetite e aumenta a quantidade de outro que inibe a fome.
A teoria dos pesquisadores é a de que, após uma atividade física intensa, o corpo de uma pessoa precisa repor água – e o seu cérebro entende que alimentos mais saudáveis e frescos são melhor fonte do líquido e, portanto, conseguirão satisfazer essa necessidade.
Cientistas descobrem segunda doença genética mais antiga
Genética
A Síndrome de Imerslund-Gräsbeck impede a absorção de vitamina B12 pelo corpo. Sua origem remonta ao Oriente Médio, 13 mil anos atrás
DNA: cientistas identificaram segunda doença genética mais antiga, com mais de 13 mil anos (Thinkstock)
No ano 11.600 a.C., um habitante do Oriente Médio desenvolveu uma mutação genética que deu origem a uma doença caracterizada pela deficiência de vitamina B12. Seus descendentes herdaram os genes com defeito e os passaram para as gerações seguintes, em um processo que chegou aos dias de hoje.
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VITAMINA B12
Também conhecida como cobalamina, ajuda na formação do sangue, previne problemas cardíacos e age na manutenção do sistema nervoso e ajudando no metabolismo de aminoácidos e ácidos nucleicos.
Também conhecida como cobalamina, ajuda na formação do sangue, previne problemas cardíacos e age na manutenção do sistema nervoso e ajudando no metabolismo de aminoácidos e ácidos nucleicos.
Algumas de suas principais fontes são a carne bovina, principalmente fígado, ostras, ovos e derivados, peixes e leite. Como a maioria das fontes é de origem animal, vegetarianos devem tomar complementos com a vitamina.
Rara, a Síndrome de Imerslund-Gräsbeck (IGS, na sigla em inglês) aparece na infância, facilitando infecções, gerando fadiga, déficit de atenção, paralisia e uma forma de anemia potencialmente fatal. Estima-se entre 400 e 500 casos da doença descritos até hoje, mas o número pode ser bem maior, já que o diagnóstico é difícil. A doença não tem cura e é tratada com injeções de vitamina B12 durante toda a vida.
Cientistas da Universidade do Estado de Ohio, nos EUA, rastrearam a origem da mutação por meio de testes genéticos com pacientes que desenvolveram a doença. Foram examinados 20 doentes, 24 pais, oito irmãos imunes e quatro avós de 16 famílias com casos registrados. Os resultados da pesquisa, publicados no periódico Orphanet Journal of Rare Diseases, a colocam como a segunda mutação genética causadora de doença mais antiga já identificada. O primeiro lugar é ocupado por uma mutação na fibrose cística que surgiu entre 11.000 e 52.000 anos atrás.
Apesar de ser encontrada em diversos grupos étnicos, como judeus, turcos e árabes, a mutação que gera a IGS foi originada por um único indivíduo, segundo os pesquisadores. O fato é incomum. Normalmente, esse tipo de mutação fica restrita a um grupo isolado.
Para desenvolver a doença, o paciente precisa nascer com duas cópias de dois tipos de genes, o amnionless (AMN) ou o cubilin (CUBN), com mutações. Se isso acontece, a criança não consegue absorver vitamina B12 no intestino delgado. Cada cópia dos genes é proveniente de um dos pais. A mutação é recessiva, portanto não aparece quando só há uma cópia do gene modificado.
A doença foi identificada há 50 anos. "Diagnosticá-la é difícil e demorado, pois as deficiências de vitamina B12 têm muitas causas", diz Stephan M. Tanner, pesquisador em virologia molecular, imunologia e genética médica. "Nossas descobertas permitem um diagnóstico genético confiável em casos suspeitos", completou ele.
Cientistas da Universidade do Estado de Ohio, nos EUA, rastrearam a origem da mutação por meio de testes genéticos com pacientes que desenvolveram a doença. Foram examinados 20 doentes, 24 pais, oito irmãos imunes e quatro avós de 16 famílias com casos registrados. Os resultados da pesquisa, publicados no periódico Orphanet Journal of Rare Diseases, a colocam como a segunda mutação genética causadora de doença mais antiga já identificada. O primeiro lugar é ocupado por uma mutação na fibrose cística que surgiu entre 11.000 e 52.000 anos atrás.
Apesar de ser encontrada em diversos grupos étnicos, como judeus, turcos e árabes, a mutação que gera a IGS foi originada por um único indivíduo, segundo os pesquisadores. O fato é incomum. Normalmente, esse tipo de mutação fica restrita a um grupo isolado.
Para desenvolver a doença, o paciente precisa nascer com duas cópias de dois tipos de genes, o amnionless (AMN) ou o cubilin (CUBN), com mutações. Se isso acontece, a criança não consegue absorver vitamina B12 no intestino delgado. Cada cópia dos genes é proveniente de um dos pais. A mutação é recessiva, portanto não aparece quando só há uma cópia do gene modificado.
A doença foi identificada há 50 anos. "Diagnosticá-la é difícil e demorado, pois as deficiências de vitamina B12 têm muitas causas", diz Stephan M. Tanner, pesquisador em virologia molecular, imunologia e genética médica. "Nossas descobertas permitem um diagnóstico genético confiável em casos suspeitos", completou ele.
Gato transgênico fosforescente ajuda na pesquisa da aids
Genética
Cientistas desenvolvem método para inserir em óvulos genes que combatem a 'aids felina' - e provam a técnica com gene que faz o animal brilhar
Ainda sem cura, o vírus da imunodeficiência humana (HIV) atinge cerca de 34 milhões de pessoas no mundo (Thinkstock)
Mayo Clinic
Os gatos também receberam um gene de água-viva que os fazem brilhar sob luz ultravioleta
Cientistas do instituto médico americano Mayo Clinic desenvolveram uma terapia genética em gatos que poderá ajudar no combate à aids. Os especialistas conseguiram reproduzir felinos com um gene de macaco reso que é capaz de impedir a evolução do vírus da imunodeficiência felina(FIV, na sigla em inglês). A doença age em gatos da mesma forma do vírus do HIV em seres humanos. O estudo poderá ajudar cientistas a desenvolver abordagens semelhantes para impedir que humanos desenvolvam aids.
O gene TRIMCyp ataca e desabilita o escudo do vírus FIV assim que ele tenta invadir uma célula saudável. Os pesquisadores já viram que a técnica funciona em culturas de laboratório e agora querem testar os resultados em animais. Os médicos utilizaram uma técnica que insere genes em óvulos felinos - portanto antes da fertilização. É a primeira vez que cientistas conseguem concluir o procedimento com sucesso em carnívoros. Para confirmar o sucesso da técnica, um gene de água-viva também foi incluído no experimento, o que faz com que os felinos brilhem em tom esverdeado quando iluminados com luz ultravioleta.
Por enquanto, os especialistas sabem que o método de inserir genes no genoma felino é eficiente: dos 12 gatinhos que nasceram 11 manifestaram o gene do macaco reso. Além disso, um dos gatos já acasalou com três gatas e os filhotes herdaram os genes.
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FIVO vírus da imunodeficiência felina causa a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids, na sigla em inglês) em todas as 36 espécies de felinos, de gatos a leões. O vírus acaba com as células de defesa do organismo, de forma semelhante à ação do HIV em seres humanos. As proteínas que potencialmente defendem os animais contra a invasão de vírus em geral são ineficientes contra o FIV.
Cientistas criam primeiros macacos geneticamente modificados
Genética
Pesquisadores chineses produziram em laboratório dois animais com mutações. É o primeiro passo para o estudo em primatas de doenças como Alzheimer ou Parkinson, que ainda intrigam os cientistas
Gêmeos de macacos cinomologos (Macaca fascicularis) criados em laboratório por pesquisadores chineses são modelos próximos dos seres humanos e podem ajudar no estudo de doenças genéticas (Divulgação)
Pela primeira vez, uma equipe de cientistas criou dois macacos que nasceram com dois genes modificados por meio da técnica CRISPR/Cas9. Os detalhes da pesquisa chinesa foram publicados nesta quarta-feira no periódico Cell. Trata-se do primeiro passo para a criação de modelos animais primatas com desordens genéticas que podem ajudar no diagnóstico e tratamento de uma série de doenças humanas.
CONHEÇA A PESQUISATítulo original: Generation of Gene-Modified Cynomolgus Monkey via Cas9/RNA-Mediated Gene Targeting in One-Cell Embryos
Onde foi divulgada: periódico Cell
Quem fez: Jiahao Sha, Weizhi Ji, Xingxu Huang e outros
Instituição: Universidade Médica de Nanjing, na China, entre outras
Resultado: Pela primeira vez, uma equipe de cientistas criou dois macacos gêmeos que nasceram com dois de seus genes modificados com a técnica de edição genética CRISPR/Cas9.
Onde foi divulgada: periódico Cell
Quem fez: Jiahao Sha, Weizhi Ji, Xingxu Huang e outros
Instituição: Universidade Médica de Nanjing, na China, entre outras
Resultado: Pela primeira vez, uma equipe de cientistas criou dois macacos gêmeos que nasceram com dois de seus genes modificados com a técnica de edição genética CRISPR/Cas9.
Para fazer os transgênicos, pesquisadores ligados à Universidade Médica de Nanjing, na China, e a laboratórios de pesquisas genéticas e biomédicas do país, usou o sistema de edição genética que se tornou popular no ano passado. A técnica CRISPR/Cas9, que havia sido utilizada com sucesso em ratos e camundongos, pela primeira vez funcionou em primatas. Adaptada das bactérias, ela possibilita a mutação de genes específicos, sem alterar outros pedaços do genoma.
Os macacos cinomologos (Macaca fascicularis) foram escolhidos por seu tamanho e semelhanças com os humanos. Para conseguir criar os dois filhotes transgênicos, os cientistas tentaram modificar em quinze embriões três genes envolvidos em doenças como diabetes e câncer. O sequenciamento do DNA mostrou que a mutação de oito desses embriões tinha sido bem-sucedida para dois dos genes-alvo. O próximo passo foi inserir esses embriões em fêmeas. Uma delas foi capaz de gerar dois filhotes gêmeos.
Os modelos não apresentaram nenhuma outra mutação em seu genoma, o que leva a crer que a CRISPR/Cas9 não causa nenhum efeito colateral ao ser utilizada em macacos. "Com a precisão genética do sistema CRISPR, esperamos que muitos modelos de doenças possam ser gerados em macacos, o que trará um avanço significativo ao desenvolvimento de estratégias terapêuticas em pesquisas biomédicas", afirmou Weizhi Ji, um dos autores da pesquisa, do Laboratório Yunnan Key de Pesquisas Biomédicas em Primatas, na China.
Avanço Científico – A pesquisa chinesa pode ajudar cientistas de todo o mundo a estudar doenças causadas por mutações genéticas como diabetes, Parkinson ou Alzheimer. Por meio do estudo em modelos animais parecidos com humanos, seria possível compreender o funcionamento dessas enfermidades e desenvolver métodos mais eficazes de diagnóstico e tratamento.
A técnica CRISPR permite um tipo de edição genética singular no genoma dos macacos. Desde 1989, cientistas promovem alterações em animais inserindo genes a mais ou promovendo a modificação de um gene, que, cruzado com outro, geram descendentes. A nova técnica permite que a mudança seja provocada em apenas uma geração, diretamente no animal a ser estudado.
O risco de mutações fora dos genes-alvo não observado pela equipe chinesa. "Essa pesquisa é realmente importante para nós. Ela desenvolve uma ferramenta poderosa para gerarmos animais o mais próximo possível de humanos. Temos agora um modelo que podemos manipular geneticamente para estudar doença humanas", afirma Lygia da Veiga, chefe do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias da Universidade de São Paulo (USP).
Aposta para 2014 – A criação de macacos transgênicos com sistemas imunológicos enfraquecidos ou desordens cerebrais causadas pela técnica de edição genética CRISPR foi uma das apostas da revista Nature para 2014. A pesquisa da equipe chinesa mostra que já é possível a criação de macacos que ajudem pesquisadores a compreender como funcionam doenças ainda enigmáticas para os cientistas, como as que envolvem a mutação simultânea de vários genes.
Ainda não existem padrões éticos para determinar até onde podem ir as alterações genéticas aceitáveis feitas em animais como os macacos cinamologos e outros primatas. "Não sabemos se a sociedade contemporânea ainda aceita experimentos com macacos. Será que vamos querer pagar o preço de aumentar as pesquisas com primatas?", questiona a pesquisadora.
Planalto confirma troca de ministros
Atualizado: 30/01/2014 16:11 | Por Redação
Veja quem entra e quem sai com a reforma ministerial
Em nota divulgada na tarde desta quinta-feira, 30, no Blog do Planalto, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República confirmou a saída da ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (foto).
Ambos deixam o governo para disputar a sucessão estadual do Paraná e São Paulo, respectivamente.
A presidente Dilma Rousseff confirmou que no lugar de Gleisi ficará o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante (foto).
Mercadante será substituído, por sua vez, pelo atual secretário-executivo da pasta, José Henrique Paim Fernandes (foto).
A pasta da Saúde ficará à cargo do atual secretário municipal da Saúde de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, o médico Arthur Chioro (foto). A nota informa ainda que a posse dos novos ministros será na próxima segunda-feira, 3, no Palácio do Planalto.
Helena Chagas (foto) formalizou na sexta-feira, 31, o pedido de demissão da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). Em carta, a jornalista disse que trabalhou na divulgação das ações do governo 'com todo o entusiasmo e engajamento' e que contribuiu para criar uma imagem positiva da gestão federal.
Helena será substituída pelo também jornalista Thomas Traumann, que atuava como porta-voz da Presidência. A mudança possibilitará uma convergência maior entre a comunicação do governo, a do PT e a da campanha eleitoral da presidente Dilma.
Vinhos do Vale do Loire, expressivos, mas subestimados
| Por Eric Asimov- The New York Times News Service/Syndicate
Imagine uma extensão relativamente pequena cultivada basicamente por uma miríade de vinicultores, muitos dos quais produzem vinho há gerações, em solos bastante diversificados. Seus tintos geralmente são feitos a partir de uma uva só e, por isso, comparar vinhos de tamanha variedade de terroirs se torna fascinante.
Imagine uma extensão relativamente pequena cultivada basicamente por uma miríade de vinicultores, muitos dos quais produzem vinho há gerações, em solos bastante diversificados. Seus tintos geralmente são feitos a partir de uma uva só e, por isso, comparar vinhos de tamanha variedade de terroirs se torna fascinante.
Essa área tem muito em comum com a Borgonha, onde os vinhos e seus produtores capturam o imaginário de apreciadores da bebida do mundo inteiro ‒ e justamente por isso são bem mais caros; no caso dessa outra região, os vinhos não são muito procurados. Os preços são razoáveis e, dada a qualidade excepcional de muitos deles, às vezes representam verdadeiras pechinchas.
Esse é o dilema, ou a oportunidade, apresentada pelo Vale do Loire, principalmente Touraine, de onde são as denominações Chinon e Bourgueil. Esses vinhos são sempre muito elogiados pelos críticos, que os consideram maravilhosamente expressivos, mas subestimados, exatamente como os rieslings era há quinze ou vinte anos. Mais cedo ou mais tarde o público vai descobri-los, mas, enquanto isso não acontece, oferecem uma chance, a preços razoáveis, de se desfrutar de uma bebida agradável e intelectualmente estimulante, o que às vezes acontece na mesma garrafa.
E porque podem ser tão bons, o painel do New York Times gosta de dar uma conferida nos tintos de vez em quando. Nossa última 'inspeção' já faz quatro anos, por isso recentemente voltamos lá para degustar vinte garrafas da Chinon e Bourgueil, todas de safras mais recentes. Ao meu lado, Florence Fabricant, Michael Madrigale, sommelier chefe do Bar Boulud e Boulud Sud, e Pascaline Lepeltier, diretora de vinho do Rouge Tomate e que, por coincidência, é do Vale do Loire.
Esses dois últimos dizem vira e mexe encontrar certa relutância pública na aceitação dos vinhos. 'É preciso estipular um preço baixo para que o público lhes dê uma chance', explica Michael. E Pascaline acrescenta: 'Você tem que vender esses vinhos garrafa por garrafa.'
Por que a hesitação? Primeiro porque, apesar das semelhanças estruturais com a Borgonha, as características mais óbvias no copo são incrivelmente diferentes. Esses são vinhos feitos da uva cabernet franc que, em contraste com o charme inerente da pinot noir borgonhesa, parece mais austera e reservada ‒ e enquanto a segunda seduz com seus aromas e sabores doces e frutados, a primeira tem uma qualidade herbal peculiar que faz muitos norte-americanos, acostumados a um setor doméstico que teme o mais remoto sinal de 'verde' em seus vinhos, interpretá-la como não madura e proibitiva.
Embora o Vale do Loire seja uma região vinícola antiga, é nova em muitos aspectos. Aconteceram melhorias tremendas na última geração, tanto nos vinhedos como nas adegas. Sem dúvida era muito mais comum, há vinte anos, se deparar com garrafas um pouquinho verdes demais ou produzidas com muitas suspeitas.
Na época, poucos importadores dos EUA prestavam atenção ao Touraine, e menos ainda os que estavam dispostos a procurar ali o melhor vinho. Agora, eles vão até lá já apostando em uma seleção de qualidade superior que os fãs conhecem bem. São vinhos com um sabor muito mais acentuado da fruta madura e mineralidade, além do toque de ervas, bem diferente do gosto explícito de pimentão verde de antigamente.
O Vale do Loire também se tornou referência na vanguarda da bebida, adotando técnicas minimalistas para produzir vinhos naturais que, às vezes, são um sucesso brilhante; outras, falham miseravelmente, mas quase sempre fascinam. Seu impacto não pode ser subestimado, pois influenciam muitos produtores populares a trabalhar com mais ousadia e mais cuidado, passando a depender menos da viticultura química e da produção tecnológica.
Nossa degustação incluiu rótulos principalmente da safra de 2011, considerada não tão bem-sucedida, e da de 2010, um pouquinho melhor. Também experimentamos alguns de 2009 e da pequena colheita de 2012. Eles representam uma mistura de terroirs, incluindo solos aluviais que tendem a produzir exemplares mais leves e fáceis de beber; colinas de calcário, giz e argila, de onde saem os vinhos mais complexos, estruturados e que envelhecem melhor e os predominantemente argilosos, que produzem vinhos que refletem os dois estilos. A grande surpresa, pelo menos para mim, foi o fato de termos treze garrafas de Chinon e sete de Bourgueil, e cinco de cada entrarem para a nossa seleção dos dez melhores.
O melhor foi o La Croix Boissée 2011, vinho de ponta da linha da Bernard Baudry, um produtor favorito. É um vinho excelente, não importa o ano. E por ser um 2011, parece mais imediatamente acessível que o normal, embora gracioso e estruturado o suficiente para melhorar nos próximos anos, mesmo não sendo um dos envelhecidos da Baudry.
Por outro lado, nosso número 2, o La Varenne Tradition 2011 de Chinon, se mostrou muito mais simples, feito para ser bebido cedo, já exibindo uma gama de sabores terrosos. A US$18, também foi a maior pechincha. A seguir veio o delicioso Bourgueil Chatrois 2010 da Bertrand Galbrun.
O número 4 foi outro vinho com potencial de envelhecimento, o Bourgueil Les Perrières 2009 da Catherine & Pierre Breton, maravilhosamente aromático e com sabores frutados complexos. Outros destaques incluem o Bourgueil La Coudraye 2010 da Yannick Amirault, terroso e cheio de bossa; o perfumado e tanificado Chinon Bonnaventure 2010 da Château de Coulaine e o convidativo Chinon Clos de la Dioterie 2010 da Charles Joguet. Por coincidência, Joguet era um dos melhores domínios de Touraine disponíveis nos EUA depois que a Kermit Lynch começou a importar seus vinhos, no final dos anos 70. Depois que Joguet se aposentou, em 1997, os vinhos se tornaram muito irregulares, mas agora parece que estão em ascensão.
Chinon e Bourgueil não são, de forma nenhuma, os únicos tintos do Loire, assim como a cabernet franc não é a única uva. A Saumur-Champigny, em Anjou, é capaz de produzir excelentes cabernet francs, e também é possível encontrar maravilhas feitas de cabernet sauvignon, pineau d'Aunis, gamay, grolleau e côt, que é como a malbec é conhecida ali. No entanto, é melhor não se basear só em minha opinião, não. Explore os rótulos sozinho enquanto os preços ainda estão bons.
Relatório da degustação
O que as estrelas significam: a avaliação, até quatro estrelas, reflete a reação do painel aos vinhos, que foram saboreados com os rótulos cobertos. A seleção feita geralmente é encontrada nas boas lojas do ramo, em restaurantes e pela internet. Os preços são os praticados na região de Nova York. Coordenador da degustação: Bernard Kirsch.
Três estrelas
Bernard Baudry Chinon La Croix Boissée 2011 US$42
Leve e fresco, mas ao mesmo tempo denso, com sabores persistentes de fruta madura, ervas e minerais; pode se beneficiar do envelhecimento.
Melhores opções custo/benefício
Três estrelas
La Varenne Chinon Tradition 2011 US$18
Fácil de beber, com sabores de fruta terrosa, ervas e minerais.
Três estrelas
Bertrand Galbrun Bourgueil Chatrois 2010 US$20
Tende a ser mais contido; textura rica, mas não pesada, com sabores salgados de fruta escura.
Duas estrelas e meia
Catherine & Pierre Breton Bourgueil Les Perrières 2009 US$44
Maravilhosamente aromático, com sabores de fruta madura e especiarias.
Duas estrelas e meia
Yannick Amirault Bourgueil La Coudraye 2010 US$22
Denso e terroso, com um aroma cheio de bossa e sabor picante.
Duas estrelas e meia
Château de Coulaine Chinon Bonnaventure 2010 US$20
Perfume de fruta vermelha e flores, mas excesso de tanino.
Duas estrelas e meia
Charles Joguet Chinon Clos de la Dioterie 2010 US$43
Direto e aberto, com aromas de fruta madura, alcaçuz e carvalho.
Duas estrelas e meia
Marc Brédif Chinon 2011 US$22
Sólido e sem floreios, com sabor de fruta terrosa.
Duas estrelas
Domaine Guion Bourgueil Cuvée Domaine 2011 US$15
Encorpado e denso, com sabor picante de frutas e ervas.
Duas estrelas
Domaine de la Chanteleuserie Bourgueil Cuvée Alouettes 2012 US$15
Leve e fácil, com sabor suave e defumado de frutas.
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Economista comenta desigualdade no Brasil.. sensacional!
Este Homem Resolve Deixar a Baboseira de Lado e Resume o Maior do
Problema do Brasil em 2 Minutos.
Problema do Brasil em 2 Minutos.
“Desigualdade não é um mal em si; depende de como se chega a ela.”
Eduardo Giannetti, economista e pensador brasileiro, explica a origem do maior
problema do Brasil. Minha parte favorita nesse vídeo é ver a cara de
espanto/ponto de interrogação da Marília Gabriela e dos convidados no minuto
1:21. Fantástico.
Eduardo Giannetti, economista e pensador brasileiro, explica a origem do maior
problema do Brasil. Minha parte favorita nesse vídeo é ver a cara de
espanto/ponto de interrogação da Marília Gabriela e dos convidados no minuto
1:21. Fantástico.
"Se você, como nós, achou este homem brilhante,
é porque ele é". A gente recomenda você procurar saber mais sobre ele. Você pode
começar por aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Giannetti_da_Fonseca
é porque ele é". A gente recomenda você procurar saber mais sobre ele. Você pode
começar por aqui: http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Giannetti_da_Fonseca
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...