sexta-feira 31 2014

Atividade física inibe apetite por alimentos calóricos

Alimentação

Conclusão faz parte de pesquisa que mediu atividade cerebral de pessoas após um exercício intenso

Alimentação: Impacto da atividade física no cérebro resulta em menor apetite por comida calórica
Alimentação: Impacto da atividade física no cérebro resulta em menor apetite por comida calórica (Thinkstock)
Praticar atividade física ajuda a controlar o peso. Mas não somente por gastar calorias e eliminar a gordura, mas também pelo fato de inibir o apetite por alimentos não saudáveis e aumentar a vontade por refeições que incluem legumes e frutas, por exemplo. Essa é a conclusão de uma nova pesquisa que usou imagens de ressonância magnética para analisar a resposta do cérebro diante de alimentos muito ou pouco calóricos após a prática de um exercício físico intenso.
O estudo, realizado na Universidade de Aberdeen, na Grã-Bretanha, e publicado nesta sexta-feira no periódico American Journal of Clinical Nutrition, ajuda especialistas a entenderem melhor de que forma a atividade física pode ser aliada no combate à obesidade.
Análise — Na primeira parte do estudo, 15 homens saudáveis correram em uma velocidade alta durante uma hora. Depois, eles foram submetidos a um exame de ressonância magnética ao mesmo tempo em que olhavam para imagens de alimentos pouco ou muito saudáveis. Na segunda fase da pesquisa, os participantes foram submetidos ao mesmo um exame de ressonância, mas após terem passado uma hora descansando. 
“Nosso foco estava em uma região do cérebro chamada ínsula. A ativação dessa área é aumentada antes de comermos e quando ingerimos alimentos que consideramos agradáveis”, diz Daniel Crabtree, que coordenou o estudo.
Diminuição da fome — De acordo com os resultados, após a prática do exercício físico, a atividade da ínsula foi menor quando os homens olharam para alimentos calóricos, como pizza e hambúrgueres, do que quando olharam para alimentos saudáveis, como maçãs e cenouras. Ou seja, eles sentiram menos apetite pelas comidas pouco saudáveis.
Para confirmar as conclusões, a equipe também recolheu amostras de sangue dos participantes nas duas fases do estudo. Os autores descobriram que exercitar-se, em comparação com ficar em repouso, diminui os níveis de um hormônio que estimula o apetite e aumenta a quantidade de outro que inibe a fome.
A teoria dos pesquisadores é a de que, após uma atividade física intensa, o corpo de uma pessoa precisa repor água – e o seu cérebro entende que alimentos mais saudáveis e frescos são melhor fonte do líquido e, portanto, conseguirão satisfazer essa necessidade.

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