sexta-feira 19 2015

Céline Dion - It's All Coming Back To Me Now



Presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez são presos na Lava Jato


Nova fase da operação mira as duas gigantes da construção que, embora citadas por delatores do petrolão, ainda não tinham executivos entre os presos

Polícia Federal cumpre mandado na sede da Odebrecht em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (19). A ação faz parte da 14ª fase da Operação Lava Jato e está sendo cumprida em quatros estados pelo país
Polícia Federal cumpre mandado na sede da Odebrecht em São Paulo, na manhã desta sexta-feira (19). A ação faz parte da 14ª fase da Operação Lava Jato e está sendo cumprida em quatros estados pelo país (Marcos Bezerra/Futura Press)
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes (do latim, Vale para Todos), e mira agora as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Cerca de 220 agentes cumprem doze mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Alvos de mandados de prisão preventiva, o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, já foram presos.
Também foram expedidos mandados de prisão preventiva contra o diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado por delatores do petrolão como operador de propina na empreiteira, o diretor Rogério Araújo, da Odebrecht Plantas Industriais e Participações, e o executivo Márcio Faria, citado por delatores como o contato da construtora no Clube do Bilhão. Entre 2008 e 2012, Alencar encontrou-se diversas vezes com Rafael Angulo Lopez, auxiliar do doleiro Alberto Youssef que, além de distribuir a propina do petrolão para políticos, também fazia depósitos em contas no exterior para beneficiários do esquema criminoso. O executivo chegou a viajar com o ex-presidente Lula para o exterior em uma "missão oficial" do petista para Guiné Equatorial. Já Araújo foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como a pessoa que sugeriu a ele que abrisse uma conta no exterior para receber propina da empresa. Em nota, a construtora classificou os mandados como "desnecessários", uma vez que afirma que os executivos já colaboravam com as investigações.
Há mandados de prisão também contra Paulo Dalmazzo, ex-presidente da área de Engenharia da Andrade Gutierrez e citado por Paulo Roberto Costa como responsável pelo pagamento de propina na empresa. A empresa afirma, em nota, que não tem qualquer relação com os fatos investigados na Lava Jato.
Embora citadas por delatores do petrolão as duas gigantes da contrução hoje na mira da PF passavam ilesas até aqui: ao contrário das concorrentes OAS, Camargo Corrêa e UTC, por exemplo, ainda não tinha executivos presos na Lava Jato. Dentre as construtoras que integravam o chamado Clube do Bilhão, Odebrecht e Andrade Gutierez são algumas das mais próximas de poderosos em Brasília. A primeira chegou até a bancar viagens do ex-presidente Lula ao exterior. A Procuradoria da República no DF investiga se o petista cometeu tráfico de influência ao articular contratos em benefício da empreiteira.
Na nova fase da Lava Jato são cumpridos 59 mandados judiciais - além dos 38 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária. No cerco contra agentes que atuaram nas fraudes a contratos com a Petrobras, os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Jundiaí, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Os presos serão levados para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Confira, na íntegra, a nota da Odebrecht sobre a operação:
A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) confirma a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos.
Como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Confira a íntegra da nota da Andrade Gutierrez:
A Andrade Gutierrez informa que está acompanhando o andamento da 14ª fase da Operação Lava Jato e prestando todo o apoio necessário aos seus executivos nesse momento. A empresa informa ainda que está colaborando com as investigações no intuito de que todos os assuntos em pauta sejam esclarecidos o mais rapidamente possível. A Andrade Gutierrez reitera, como vem fazendo desde o início das investigações, que não tem ou teve qualquer relação com os fatos investigados pela Operação Lava Jato, e espera poder esclarecer todas os questionamentos da Justiça o quanto antes.

Justiça bloqueia bens de presidentes da Odebrecht e Andrade Gutierrez


Para Moro, há indícios de que Marcelo Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo podem destruir provas de participação no petrolão, o que justificou a prisão de ambos

O presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo
Os presidentes das construtoras Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, tiveram seus bens bloqueados pela Justiça na 14ª fase da Operação Lava Jato(Bruno Poletti/Zanone Fraissat/Folhapress)
O juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, decretou o bloqueio de bens dos presidentes das construtoras Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e de outras oito pessoas que integram ou já fizeram parte da cúpula das duas empreiteiras. Ao todo, deverão ser bloqueados até 20 milhões de reais de cada preso.
Para o juiz, além de haver indícios de que integrantes das duas companhias podem continuar a praticar crimes e destruir provas de participação no escândalo do petrolão, as duas maiores construtora do país, alvos da 14ª fase da Lava Jato, deveriam ter utilizado as investigações policiais como um "momento de clareza" para interromper a prática de crimes. "Nesse contexto em que as empresas permanecem ativas, com contratos ativos com a Petrobras, inclusive com suspeitas de sobrepreço (...) e não tomaram qualquer providência para apurar internamente os crimes ou para buscar acordos de leniência, é imprescindível, para prevenir a continuidade das práticas corruptas, a prisão cautelar dos executivos desviados", disse Sergio Moro ao justificar a necessidade das prisões desta sexta-feira.
No despacho que autoriza a prisão preventiva de oito executivos e a prisão temporária de outros quatro, Moro destaca que nesta 14ª fase da Lava Jato foi encontrado um "acúmulo progressivo de provas" de que as duas empreiteiras pagavam propina em contratos com a Petrobras e fraudavam concorrências com a petroleira em se unirem, em cartel, com o clube do bilhão. Em depoimentos de delação premiada, os dois principais delatores do escândalo do petrolão, Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, foram enfáticos ao citar dirigentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez como participantes do cartel e como responsáveis pelo pagamento de propinas, mas os indícios mais fortes do envolvimento das duas empresas, que sempre negaram participação no propinoduto, foram conseguidos a partir do rastreamento de contas secretas no exterior.
Ao decretar a prisão dos executivos, em despacho assinado no último dia 15 de junho, o juiz Sergio Moro destacou que Paulo Roberto Costa, por exemplo, escondeu cerca de 23 milhões de dólares na Suíça, enquanto o ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco admitiu ter embolsado propina cerca de 97 milhões de dólares, também mantidos ocultos em contas secretas na Suíça. Outros 20 milhões de euros do ex-diretor de Serviços da petroleira Renato Duque e a identificação de contas do ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró também no exterior reforçaram o entendimento dos investigadores de que existia um novo e profícuo franco de pagamento de vantagens indevidas a ex-funcionários da Petrobras.
A nova fase da Operação Lava Jato coloca luz na atuação do operador Bernardo Freiburghaus, que atuava com papel semelhante ao do doleiro Alberto Youssef como intermediário de propinas e de lavagem de dinheiro para a Odebrecht. Extratos das contas secretas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa mostram que, em várias das contas do ex-dirigente, Freiburghaus aparece como procurador, o que acontece também quando mapeadas as contas mantidas na Suíça pelo ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.
"Além do depoimento do criminoso colaborador [Paulo Roberto Costa], da repatriação dos milhões de dólares constantes nas contas, há também prova material da existência das contas na Suíça controladas por Paulo Roberto Costa e dos depósitos nela efetuados, provenientes quase todos de contas offshore por determinação, conforme declarado por ele, da Odebrecht", relatou Sergio Moro. "Também presente prova de repasses pela Andrade Gutierrez de valores à empresa de Fernando Soares [lobista que atuava em nome do PMDB] no Brasil", completa o juiz.
O cerco aos dirigentes da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, relata Moro, também ganhou força com os depoimentos de delação premiada de executivos da concorrente Camargo Corrêa e com a apresentação pelos delatores de uma troca de mensagens de e-mail entre as empresas que integravam o cartel. Nas oitivas de Dalton Avancini e Eduardo Leite, da cúpula da Camargo Correa, Márcio Faria, da Odebrecht, e Elton Negrão, da Andrade Gutierrez, são citados como os contatos das construtoras dentro do clube do bilhão. E mais: a Camargo, que estava consorciada com a Odebrecht no contrato pela obra de terraplanagem da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, confirmou que as empresas, juntas, pagaram propina para vencerem a concorrência fraudulenta.
Entre as obras fraudadas e com fortes indícios de pagamento de propina estão, por exemplo, a licitação para a implantação da Unidade de Destilação Atmosférica na Refinaria Abreu e Lima (vencida pelo consórcio Odebrecht- OAS), a concorrência para a implantação das unidades de hidrotratamento e unidades de geração de hidrogênio da Abreu e Lima (vencida pelo consórcio Odebrecht-OAS), a licitação para a implantação da Unidade de Coqueamento Retardado do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) (vencida pela Techint e Andrade Gutierrez).

Céline Dion & Barbra Streisand - Tell Him (1997) HD



Os velhos e os novos pecados Leandro Karnal



Delator entrega à Lava Jato registro de propina da Odebrecht


Pedro Barusco, que afirmou ter recebido quase US$ 1 mi da empreiteira, entregou comprovantes de depósito de offshore que seria usada para pagamentos no exterior

Pedro Barusco durante a CPI da Petrobras
Pedro Barusco durante a CPI da Petrobras (Ueslei Marcelino/Reuters)
O ex-gerente de Serviços da Petrobras Pedro Barusco entregou aos investigadores da Operação Lava Jato cópias de depósitos feitos pela offshore Constructora Del Sur em uma de suas contas em paraísos fiscais. A offshore seria usada pela empreiteira Odebrecht para pagamento de propina no megaesquema de corrupção instaurado na Petrobras. A gigante da construção é uma das únicas grandes empreiteiras do país que não teve diretores presos na Lava Jato, mas um dos braços da companhia, a Odebrecht Plantas Industriais, é alvo de inquérito policial na operação.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, ao menos dez depósitos da Constructora Del Sur foram identificados para a conta da offshore Pexo Corporation, registrada por Barusco em 2008, ao longo do ano de 2009. Aberta no Panamá, a Construtora também fez pagamentos diretos ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso pela Polícia Federal e apontado como operador do PT no petrolão.
Em depoimento à Justiça, Barusco já havia afirmado que recebeu 916.697 dólares da Odebrecht referentes a pagamento de propina. Segundo o executivo, que firmou acordo de delação premiada, o valor foi transferido de maio a setembro de 2009. Barusco era braço-direito de Renato Duque, que comandava a Diretoria de Serviços por indicação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
Barusco detalhou a engenharia do processo: o dinheiro era transferido para uma conta localizada do Panamá, de propriedade da offshore Constructora Internacional Del Sur SA. Em seguida, o dinheiro era repassado para outra conta dele também localizada no Panamá. Essa estratégia servia para dificultar o rastreamento do dinheiro.
Conforme o delator, o diretor da Odebrecht Rogério Araújo atuava como operador nos pagamentos das propinas. Barusco afirmou que "mantinha contato direto com Rogério, pois o recebia com frequência por encontros de trabalhos e às vezes almoçava com ele". Em depoimento à Justiça, o executivo disse ainda que a Odebrecht era "jogo duro", porque não concordava com o pagamento de propinas em determinados contratos.
Barusco anexou à Justiça documentos que mostram que a empreiteira firmou nove contratos com a Petrobras, sendo cinco na área de Gás e Energia, um na Área de Exploração e Produção e três na área de Abastecimento. O valor total dos contratos era de 8,6 bilhões de reais em um "período de 2004 a 2010 ou 2011".
Em nota, a Odebrecht afirma que "não possui, nem nunca possuiu, qualquer vínculo com a empresa Construtora Internacional del Sur, a qual não é, nem nunca foi de sua propriedade, ou de qualquer outra empresa controlada ou coligada". Diz ainda que nunca fez pagamentos à referida empresa.
(Da redação)

MP pede informações a Lula sobre viagens pagas pela Odebrecht


Procuradoria da República no DF quer investigar se petista cometeu tráfico de influência ao articular contratos em benefício da empreiteira

O ex-presidente Lula durante manifestações do Dia do Trabalhador no Anhangabaú em São Paulo - 01/05/2015
O ex-presidente Lula durante manifestações do Dia do Trabalhador no Anhangabaú em São Paulo(Victor Moriyama/Getty Images)
A Procuradoria da República do Distrito Federal cobrou nesta terça-feira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esclarecimentos sobre a relação dele com a construtora Odebrecht e determinou que o petista explique viagens que fez, pagas pela empreiteira, para países da América Latina e da África. As suspeitas da procuradora da República Mirella de Carvalho Aguiar são de que o petista, entre 2011 e 2014, tenha praticado tráfico de influência em favor da empresa. Para o MP, é preciso apurar ainda a atuação de Lula na concessão de empréstimos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o contexto em que o petista viajou, às custas de empresas, para negociar contratos.
Reportagem de VEJA revelou que Taiguara Rodrigues dos Santos ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. Em 2012, por exemplo, a Exergia Brasil, de Taiguara, foi contratada pela Odebrecht para trabalhar na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a Odebrecht conseguiu no BNDES um financiamento para realizar esse projeto na África. Taiguara é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, conhecido como Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente. Funcionários do governo e executivos de empreiteiras costumam identificá-lo como "o sobrinho do Lula".
A procuradoria deu prazo de 15 dias para que Lula se explique. Mas o Ministério Público quer saber também a versão da Odebrecht, empresa citada por delatores da Operação Lava Jato como um das integrantes do Clube do Bilhão, cartel de construtoras que fraudava obras na Petrobras e distribuía propina a políticos.
No pedido em que reúne informações para apurar se Lula cometeu tráfico de influência, o MP cita diversas menções de que o petista viajou com recursos da Odebrecht em busca de contratos no exterior. Em um dos casos, a empreiteira teria desembolsado 435.000 reais, por meio da DAG Construtora, para pagar um voo fretado para que Lula fizesse suas transações em Cuba e na República Dominicana. "Considerando que as obras [da Odebrecht] são custeadas, em parte, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos praticados pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do art. 332 do Código Penal [tráfico de influência]", analisa a procuradora.
Na lista de pedidos de informação, o MP quer saber as relações entre Lula e Taiguara Rodrigues dos Santos, a agenda do petista em países da América Latina nos anos em que se suspeita de tráfico de influência, as justificativas do BNDES sobre os contratos com a Odebrecht e a manifestação da construtora sobre viagens pagas a Lula, custos de possíveis palestras do ex-presidente contratadas pela empresa, custos extras arcados pela companhia com o petista e contratos firmados pela empreiteira com países da América Latina e da África.

Confrontos religiosos e fundamentalismos -- Leandro Karnal



"A paz liberal que resultaria da globalização foi abalada por espetaculares atentados atribuídos ao fundamentalismo religioso. O mundo tecnológico do século XXI é abalado por movimentos em nome de Deus. O velho espírito de Cruzada e Guerra Santa, nunca apagado de fato, parece ser a marca de um novo tipo de conflito e uma nova estrutura de Guerra Fria que não mais opõe socialismo e capitalismo, mas os diversos credos e suas respectivas representações civilizacionais. Seriam, as expressões religiosas, conceitos porte-manteaux para encobrir outros conflitos? Quais os aspectos mais relevantes dos choques religiosos? Os choques do passado seriam muito distintos dos atuais? Quais são as possibilidades da convivência e do diálogo entre as religiões?

Leandro Karnal é doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (1994), atualmente é RDIDP da Universidade Estadual de Campinas. Suas áreas de interesse incluem os temas da Catequese, Representação e Conquista Espiritual".


PF prende presidente da Odebrecht em nova fase da Lava Jato


Outra construtora alvo da ação é a Andrade Gutierrez. Agentes cumprem doze mandados de prisão em quatro estados nesta sexta

Marcelo Odebrecht, diretor presidente da Odebrecht S/A
Marcelo Odebrecht, diretor presidente da Odebrecht S/A(Julio Bittencourt/VEJA)
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes (do latim, Contra Todos), e mira agora as construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. Cerca de 220 agentes cumprem doze mandados de prisão e 38 de busca e apreensão em quatro estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Alvo de um mandado de prisão preventiva, o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, já está preso.
Também foram expedidos mandados de prisão preventiva contra o diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, apontado por delatores do petrolão como operador de propina na empreiteira, o diretor Rogério Araújo, da Odebrecht Plantas Industriais e Participações, e o executivo Márcio Faria, citado por delatores como o contato da construtora no Clube do Bilhão. Entre 2008 e 2012, Alencar encontrou-se diversas vezes com Rafael Angulo Lopez, auxiliar do doleiro Alberto Youssef que, além de distribuir a propina do petrolão para políticos, também fazia depósitos em contas no exterior para beneficiários do esquema criminoso. O executivo chegou a viajar com o ex-presidente Lula para o exterior em uma "missão oficial" do petista para Guiné Equatorial. Já Araújo foi apontado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa como a pessoa que sugeriu a ele que abrisse uma conta no exterior para receber propina da empresa.
Embora citadas por delatores do petrolão as duas gigantes da contrução hoje na mira da PF passavam ilesas até aqui: ao contrário das concorrentes OAS, Camargo Corrêa e UTC, por exemplo, ainda não tinha executivos presos.
Na nova fase da Lava Jato são cumpridos 59 mandados judiciais - além dos 38 de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, oito de prisão preventiva e quatro de prisão temporária. No cerco contra agentes que atuaram nas fraudes a contratos com a Petrobras, os mandados estão sendo cumpridos em São Paulo, Jundiaí, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Os presos serão levados para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

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