segunda-feira 13 2015
Ex-juiz Rocha Mattos é condenado a 17 anos e cinco meses de prisão
Sentença é referente à acusação de que ele e a mulher movimentaram 12 milhões de dólares de forma ilegal em conta na Suíça
O ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos foi condenado pela Justiça Federal de São Paulo a 17 anos e cinco meses de prisão pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Essa é mais uma condenação do ex-magistrado, que perdeu a toga em 2003, quando foi alvo junto com outros 12 réus da operação Anaconda, da Polícia Federal, por vender sentenças judiciais.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal, em ação penal que tramita desde 2011, Rocha Mattos movimentou 12 milhões de dólares em uma conta ilegal que mantinha junto com a mulher, Norma Regina Emílio Cunha, no banco suíço BNP Paribas. As remessas não foram declaradas às autoridades brasileiras.
Em agosto de 2011, ele já havia sido condenado pela Justiça Federal de São Paulo a seis anos e seis meses de prisão por corrupção. A pena incluiu a perda de bens, entre eles, um apartamento de cobertura no bairro nobre Higienópolis e uma casa no Alto da Boa Vista, em São Paulo. No âmbito da operação Anaconda, em 2003, o ex-juiz recebeu pena de três anos de cadeia pelo crime de formação de quadrilha.
Deputado petista contrata irmão de André Vargas
Loester Vargas foi nomeado para um cargo de confiança no gabinete do deputado Toninho Wandscheer (PT-PR) um dia antes da prisão do seu irmão na Lava Jato
Por:
Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
Deputado de primeiro mandato, Toninho Wandscheer (PT-PR) nomeou na quinta-feira passada Loester Vargas Ilário, irmão do ex-petista e deputado cassado André Vargas (sem partido-PR), para um cargo de confiança em seu gabinete. A contratação se deu um dia antes da prisão de André Vargas na 11ª etapa da Operação Lava Jato, justamente por uma fraude milionária articulada em parceria com outros dois irmãos - Milton e Leon Vargas.
Conforme publicado no suplemento da Câmara, Loester Vargas exercerá a função de secretário parlamentar - contratado por indicação, não por concurso público. Ele receberá um salário de 4.720 reais e atuará no escritório de Wandscheer em Curitiba. A contratação do irmão de André Vargas é uma espécie de retribuição: em 29 de setembro do ano passado, na reta final da campanha eleitoral, ele doou 11.000 reais para a campanha de Toninho à Câmara Federal.
Quem procurar por Leoster na Casa terá dificuldades. Não há nenhum telefone registrado em sua ficha cadastral. Assessores de Toninho informaram que os contatos da família Vargas foram trocados em meio à investigação da Polícia Federal. Questionada sobre os critérios da contratação do irmão de Vargas, a assessoria de imprensa do deputado afirmou que ele somente se pronunciará na terça-feira.
Loester foi Secretário de Meio Ambiente do município de Araucária (PR) - posto do qual foi demitido três meses após a nomeação. Em seguida, em julho do ano passado, assumiu a direção da Companhia de Habitação da cidade paranaense.
Lava Jato - Primeiro parlamentar flagrado em negociatas com o doleiro Alberto Youssef, André Vargas foi preso na última sexta-feira em decorrência da investigação sobre desvios de dinheiro envolvendo contratos na Caixa Econômica Federal e no Ministério da Saúde. Somente na Caixa, Vargas faturou pelo menos 50 milhões de reais em contratos firmados entre o banco e a empresa IT7 Sistemas, da qual Leon Vargas foi sócio. O Ministério Público Federal investiga se os serviços contratados pela Caixa foram, de fato, prestados.
Além de transferências para conta bancária, as empresas da família de Vargas receberam pagamentos da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde por meio de contratos com a agência de publicidade Borghi Lowe com o banco público. Ricardo Hoffmann, representante da Borghi Lowe, também foi preso na última sexta.
Polícia investiga desvio de verbas da merenda escolar em São Gonçalo, no RJ
É estimado a quantia desviada seja de 5,2 milhões de reais. A prefeitura da cidade negou ter conhecimento do caso
Policiais civis promovem, nesta segunda-feira, ações para desarticular um esquema de desvio de verbas públicas destinadas à merenda escolar no município de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Os agentes investigam o desvio de recursos destinados à alimentação de crianças matriculadas em creches conveniadas com a prefeitura local, por diretores de creches e empresas.
Em nota, a Polícia Civil estima que o esquema tenha desviado 5,2 milhões de reais, prejudicando a merenda escolar de mais de 700 crianças de creches de São Gonçalo.
A Justiça expediu 21 mandados de busca e apreensão de bens de pessoas investigadas pela Delegacia Fazendária. Os suspeitos podem responder por crimes como fraude à licitação, falsidade de documento particular e público, falsidade ideológica, formação de quadrilha, peculato, crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Segundo nota divulgada pela Prefeitura de São Gonçalo, a Secretaria Municipal de Educação teria tomado conhecimento do esquema pela imprensa e "está reunida com a equipe do departamento jurídico e assim que tiver oficialmente ciência dos fatos tomará as medidas cabíveis."
(Com Agência Brasil)
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