quarta-feira 20 2013

Emílio Santiago critica MPB atual: "É tudo muito cool"


Saudade...

Lançando o DVD "Só danço samba", cantor fala sobre o cenário musical brasileiro, maconha e casamento gay em entrevista ao iG

Valmir Moratelli, iG Rio de Janeiro | 

Selmy Yassuda
Emílio Santiago, 65 anos, tendo ao fundo seu retrato feito pelo arista plástico Albery

Emílio Santiago é daquelas vozes que se reconhece facilmente. De longe. Antes mesmo de surgir na sala de sua ampla cobertura no Flamengo, zona sul do Rio, ele já vem falando. “Estou aqui, cheguei. Desculpe a demora. Vim do mercado, acabei me enrolando com as compras”. Não houve demora alguma. Na hora marcada, lá está ele, a voz marcante da Música Popular Brasileira, para um bate-papo com a reportagem do iG .
Ao falar sobre o perfeito timbre de voz que mantém, aos 65 anos, Emílio critica a pasteurização dos intérpretes da MPB. “Na minha geração, na hora se identificava quem estava cantando no rádio. Agora não é mais assim”, diz ele, que acaba de lançar o DVD “Só danço samba”. Perguntando sobre como surgiu o projeto, ele não titubeia. “Um dono de banco, que é meu fã, me convidou para almoçar e perguntou o que poderia fazer por mim. Eu não estava precisando de nada. Mas ele insistiu e falei para ele me dar o patrocínio de um DVD. Aproveitei para comemorar os 40 anos de carreira, com um disco mais dançante”, conta.
É com igual sinceridade que Emílio exibe resposta para tudo. Tudo mesmo. Sem medo de pisar em polêmicas. Das drogas – “fumar maconha é tão cafona” - à opção sexual - “Ninguém nunca escreveu que ‘Emílio é gay’, nem tive necessidade de abrir mão da minha personalidade”, diz. E, após um breve suspiro, revela, pela primeira vez, o que prometeu a sua mãe adotiva, antes de ela falecer. “Como fui adotado e bem criado, ela achava que eu devia fazer o mesmo com outra criança. É um projeto de vida”, afirma.


Selmy Yassuda
Não é culpa minha que a música atual não tenha alma, não tenha sentimento. Continuo fazendo minha parte

iG: O prazer de gravar um DVD substitui o de gravar um CD? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Ah, sim. Fazer DVD é mais fácil. Sou mais do ‘ao vivo’ do palco, do que daquela irritação de estar todo dia em estúdio. Se puder, gravo tudo num dia só. Acho DVD importante na medida em que o mundo inteiro pode te ver em fração de segundos. Basta jogar a imagem na internet.
iG: Você gosta mais de se ver ou de se ouvir? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Nenhum dos dois ( risos ). Sou muito crítico, me cobro o tempo todo. Agora estou até mais relaxado. Quarenta anos depois, não tenho o que provar mais nada a ninguém. Assim canto melhor. A maturidade tem lá suas vantagens. É prazeroso não sentir o peso de que tem que dar certo o tempo todo.

O Brasil sempre teve este estigma de ter mais cantoras do que cantores”
iG: Em entrevista ao iG, Pedro Bial, ao lançar documentário sobre Jorge Mautner , disse que a “música brasileira vive um momento não muito atrativo”. Concorda? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Concordo. Sou cantor dos anos 1970, vindo de uma bossa nova maravilhosa, entrando numa MPB deslumbrante. Era um momento de plenitude da música. Essa boa fase da MPB veio até o começo dos anos 1990. A renovação é que não aparece. Talvez se os jovens escutassem mais Chico Buarque, João Donato, Carlos Lyra, Djavan, Marcos Vale, teriam mais inspiração. A atual juventude não escuta, não tem conhecimento musical como o que eu tinha na minha época.

iG: Como define este atual momento da MPB? 
EMÍLIO SANTIAGO: 
É tudo muito cool. Na minha geração, na hora se identificava quem estava cantando no rádio. Alcione, Nana Caymmi, Lenny Andrade, Angela Maria eram as vozes ( com ênfase). Hoje, não. Todas as cantoras têm o mesmo comportamento. Agora elas ( as novas cantoras ) seguem o padrão Marisa Monte de cantar, de se vestir. E as baianas seguiram Daniela Mercury.
iG: Você só citou mulheres. As vozes masculinas têm mais personalidade? 
EMÍLIO SANTIAGO: 
Tudo na mesma. O Brasil sempre teve este estigma de ter mais cantoras do que cantores, apesar de ter mais compositores do que compositoras. Só a partir dos anos 80 os compositores começaram a cantar, no meio da questão dos direitos autorais, de ser dono da própria música. Hoje sambista faz show todo dia. Pique Novo, Arlindo Cruz, Exaltassamba, Thiaguinho, Rodriguinho, Fernandinho, ‘queridinho’, são muitos inhos... ( risos ) Cada um conta sua história com a música.

Não tive necessidade, mas fui criado por pais adotivos”
iG: Fale um pouco da sua infância. Você teve origem humilde, foi adotado... 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Sim, mas em certo momento, voltei a morar com meu pai biológico. Morei um período na extinta favela Praia do Pinto, lá em cima da Gávea. Foi interessante, mas não era para mim. Então voltei para a minha mãe adotiva. Dizem que houve um incêndio criminoso para acabar com a comunidade. Uma parte foi morar na favela da Cruzada, no Leblon, e outra foi para a Cidade de Deus, na zona oeste. Não tive necessidade, mas fui criado por pais adotivos.

iG: Ficou algum trauma daquela época? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Trauma? De jeito nenhum. Como poderia ter trauma ( abre os braços mostrando seu apartamento )? Minha mãe adotiva me fez ver, desde cedo que, mesmo que meus pais biológicos não pudessem me criar, jamais deveria esquecer que os tinha por perto. O que aconteceu é que meus pais brigaram e não assumiram a paternidade. Então essa minha mãe adotiva me pegou para criar com seis dias de nascido.


Selmy Yassuda
As pessoas comentam muito isso comigo: 'Emílio, você nunca fica velho'. Velhice é o que você sente

iG: Já sofreu algum tipo de preconceito? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 É outra coisa que minha mãe me ensinou. Na medida em que você vai crescendo na vida, todos os preconceitos vão desaparecendo. Preconceito não sobe com você nos degraus da vida. Se subir, você pisa em cima e continua.

Como fui adotado e bem criado, ela (sua mãe) achava que eu devia fazer o mesmo”
iG: Aos 65 anos, não sente falta de deixar um herdeiro biológico? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Não sei. Ainda dá tempo, ué! Isso pode ser feito de outras tantas maneiras. Tem uma coisa que minha mãe pediu e que tem muito a ver com o que você está me perguntando. Minha mãe falou que antes de eu partir, teria que deixar uma coisa bem especifica. É um segredo nosso que nunca revelei.

iG: Sente-se confortável em falar agora? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 ( Ele fica pensativo, respira fundo ) Como fui adotado e bem criado, ela achava que eu devia fazer o mesmo com outra criança. É um projeto de vida. Adotar é muita responsabilidade, e não tenho o tipo de vida para isso. É preciso ter babás, empregada... Passo dez dias fora de casa em shows, com vida em hotéis. Dessa forma, posso me associar a um orfanato e participar da instituição.
iG: Você tem alguém? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Não. Solteiríssimo. Não é nem questão de gostar. Procuro ser uma pessoa feliz todo dia ao acordar. Não me apaixono fácil.
iG: Por que nunca se engajou no movimento gay? 
EMÍLIO SANTIAGO: 
Não quis e nem quero levantar bandeira. Sempre tive minha vida de forma muito natural. Sou totalmente liberto de qualquer preconceito, medo ou receio sobre este aspecto. Nunca me escondi. Sou autêntico com minha vida.
iG: É a favor da união civil entre homossexuais? 
EMÍLIO SANTIAGO: 
Tenho 40 anos de carreira e as pessoas sempre me respeitaram. Ninguém nunca escreveu que ‘Emílio é gay’, nem tive necessidade de abrir mão da minha personalidade. Vivo de maneira natural. Conheço vários famosos que vivem juntos há quinhentos mil anos e não precisam levantar bandeira. As pessoas têm o direito de querer abrir ou não sua vida.

Nos anos 60 era romântico fumar maconha. Acho isso tão antigo, cafona”
iG: Mas você não respondeu a pergunta. 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Sou a favor ( do casamento gay ), até para preservar os direitos legais do parceiro em uma união. Um casal constrói bens materiais, afetivos e morais. O casamento protege judicialmente tudo isso.

iG: O que pensa sobre a legalização das drogas? 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Não posso incentivar esta abertura, porque da maconha se pode partir para algo mais complicado. Sou, sim, a favor de um controle mais rígido, maior do que existe hoje. Nos anos 60 era romântico fumar maconha. Nem naquela época fumei, ainda que muitas pessoas a minha volta fumassem, e ainda fumem. Acho isso tão antigo, cafona. O cheiro é horroroso.
iG: É um pensamento contrário ao de muitos artistas. Djavan, por exemplo, já declarou ao iG que não só é a favor da legalização, como fuma maconha . 
EMÍLIO SANTIAGO:
 Tudo bem. É o direito de cada um. Se o Djavan fuma maconha para fazer aquelas músicas lindas, como ele sempre fez, que continue fumando maconha pro resto da vida. Agora, se você cheirar um quilo de cocaína para ficar caindo pelos cantos, vai acabar se matando. Você vê Amy Winehouse, Elis Regina, Whitney Houston... é triste.


Selmy Yassuda
Na porta de casa, a letra "E"

Verônica Sabino e Emílio Santiago - Tudo que se quer



Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até q amanhecesse o dia.
William Shakespeare

Senado aprova, em 1º turno, PEC das domésticas


 Por RICARDO BRITO, estadao.com.br
A proposta que garante aos trabalhadores domésticos 17 novos direitos, de forma a igualar a realidade desses trabalhadores...

A proposta que garante aos trabalhadores domésticos 17 novos direitos, de forma a igualar a realidade desses trabalhadores com a dos demais empregados, foi aprovada nesta terça-feira, em primeiro turno, em votação no plenário do Senado. Essa é a primeira etapa de votação que, por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), ainda precisa passar por um segundo turno de votação, agendada para a próxima semana, e ser promulgada em sessão do Congresso Nacional.
Pela unanimidade de 70 votos favoráveis, os senadores confirmaram o texto aprovado em dezembro na Câmara dos Deputados, sem grandes discussões e debates, por se tratar de uma matéria de consenso na Casa. A proposta estabelece regras como jornada de trabalho diária de oito horas e 44 horas semanais, pagamento de hora extra no mínimo 50% à hora normal, e garantia de salário no valor, pelo menos, do mínimo. Os direitos vão se somar aos já existentes como 13º salário, e descanso semanal.
Apesar de representar avanço, sete dos 17 itens ainda precisam ser regulamentados antes de a proposta entrar em vigor. Nessa condição estão o direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), hoje facultativo, o seguro contra acidentes de trabalho, o seguro-desemprego, a obrigação de creches e de pré-escolas para filhos e dependentes até seis anos de idade, o salário-família, o adicional noturno e a demissão sem justa causa.
Os senadores também deram aval à emenda de redação acatada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, de autoria de Paulo Bauer (PSDB-SC), que assegura a concessão de licença à gestante para as trabalhadoras do setor sem depender de edição de lei ordinária após promulgação de emenda constitucional. Por ser emenda de redação, regimentalmente a matéria não precisará ser votada novamente pela Câmara dos Deputados.
Empregadores
Uma das grandes preocupações para os patrões, é o aumento de custos que a aprovação da PEC vai gerar. Embora a favor da emenda, a ONG Doméstica Legal critica a aprovação do texto sem especificar redução de custos para o empregador. O presidente da instituição, Mario Avelino, acompanhou toda a tramitação da matéria e voltou a defender a redução da contribuição patronal ao INSS, hoje de 12%, para 4%. Segundo ele, sem essa economia aos empregadores, existe um risco de demissão de até 815 mil empregadas domésticas.
Durante as votações da proposta, senadores se revezaram ao microfone para elogiar a aprovação da matéria, classificando-a até de "segunda abolição". "Estamos devendo isso ao trabalho doméstico no Brasil, nós temos 25 anos tentando estender direitos aos trabalhadores urbanos e rurais aos domésticos", afirmou a senadora Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da proposta na CCJ do Senado. "Esta Casa está acabando com os trabalhadores de primeira e segunda categoria", afirmou o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).

Saigon - Emilio Santiago


Toda despedida é dor... tão doce todavia, que eu te diria boa noite até q amanhecesse o dia.
William Shakespeare

Fraxel – rejuvenescimento a laser



O efeito rejuvenescedor dos tratamentos a laser é fascinante. Eles renovam a pele, melhoram a textura, suavizam rugas, removem manchas. Apesar dessa tecnologia ser relativamente recente, ela já evoluiu muito e hoje existem vários tipos de laseres disponíveis. A vantagem é poder escolher o mais indicado para o seu caso.
Nessa coluna vou falar sobre o Fraxel, um dos laseres mais modernos, extremamente eficiente no poder de recuperação da pele envelhecida. Para você entender o diferencial desse aparelho, aí vai uma breve explicação sobre laseres rejuvenescedores. Antes do Fraxel, os laseres eram divididos em dois grupos básicos: os que machucam muito a pele e os que machucam pouco. Todos eles com a característica de atingir inteiramente a superfície da pele tratada: toda a pele do rosto, do pescoço ou das mãos (característica diferente do Fraxel, como você vai perceber mais adiante).
Na hora de escolher o tratamento, médico e paciente decidiam entre uma agressão mais profunda ou mais suave.
No tratamento mais agressivo, a vantagem é o resultado extremamente eficiente com apenas uma sessão. Há notável suavização das rugas, até das mais profundas; melhora das rugas ao redor dos olhos e lábios; melhora de manchas; retração da pele, num efeito parecido ao de um lifting suave. Em grande parte, o efeito rejuvenescedor desse tratamento vem do estímulo à proliferação do colágeno. Mas esse tratamento é sofrido, pois as camadas mais superficiais da pele são removidas. A pele fica muito machucada e bem avermelhada por pelo menos duas semanas. O tratamento dói, requer curativos e reclusão por um período que pode chegar a um mês. Na correria da vida moderna, para a maioria das pessoas, isso é impraticável.
No tratamento mais suave, a camada mais externa da pele é poupada. As manchas são removidas e estimula-se o colágeno sem deixar a pele ferida. O tratamento é excelente e provoca muito menos lágrimas. São necessárias algumas sessões para o resultado final, que no entanto não vai ser tão bom quanto o do tratamento agressivo.
E finalmente chegamos ao Fraxel, um intermediário entre os dois tipos de tratamento já citados. Ele surgiu de uma descoberta interessante: fazendo uma agressão potente, mas que atinge pontos microscópicos da pele, espalhados pela área de tratamento, o resultado final é muito bom. Para compreender o que significa atingir a pele em pontos isolados, pense em um cano jorrando água. Isso é o laser "comum". Agora, visualize um chuveiro. Isso é o Fraxel. Ele atinge nossa pele em milhares de pontinhos microscópicos, muito mais finos que um fio de cabelo, mas agressivos. Cada pontinho de agressão penetra profundamente da pele, criando colunas de pele tratada entremeadas a áreas de pele sã. O médico seleciona a profundidade da penetração na pele e a densidade da agressão.
Observou-se que a agressão salteada da pele faz com que o corpo, através de um mecanismo de cicatrização e reparo de feridas, produza colágeno. Com isso, a pele por inteira fica mais firme e rugas são apagadas. A agressão salteada também elimina células envelhecidas. Manchas de idade melhoram e a pele rejuvenesce, fica mais macia, mais uniforme e mais tensa. O tratamento também suaviza cicatrizes de acne. Isso tudo com a vantagem de uma recuperação rápida. O Fraxel pode ser aplicado em qualquer local da nossa pele, como rosto, pescoço, colo, braços ou mãos.
Para um bom resultado são necessárias de três a cinco sessões, com intervalos de duas a quatro semanas. Há sensação de queimação por poucas horas, a pele fica inchada por um dia, e avermelhada por menos de uma semana. Nada parecido com o sofrimento causado pelos laseres mais agressivos. E, comparando com os mais suaves, o resultado em relação à suavização das rugas e firmeza da pele é melhor.
Por Lucia Mandel
http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/arquivo/fraxel-rejuvenescimento-a-laser/

Botox precoce



Thonkstock
Tenho 23 anos e sou vaidosa. Penso em usar botox para prevenir rugas. Minha dúvida é: quando começo a usar?(Camila)
Rugas de expressão
Rugas de expressão são o resultado de movimentação facial repetida por anos e anos, somada com a perda de elasticidade da pele. O tratamento com botox relaxa os músculos de expressão facial, e com isso a pele deixa de ficar sobrecarregada. A consequência são rugas mais suaves. Mas, além de suavizar rugas, o botox funciona também para preveni-las.
Prevenção – quando começar?
Para alguém com pele jovem e sem rugas, como é o seu caso, recomendo cremes hidratantes, cremes antioxidantes, cremes à base de ácido, um bom filtro solar e óculos de sol. Não é  hora de botox.
Perto dos 30 anos começam a aparecer rugas suaves. Tão suaves que são imperceptíveis com o rosto relaxado. Só se fazem notar ao sorrir ou ao contrair a testa. Se a ideia é evitar a formação de rugas de expressão, essa é a hora: assim que aparecer um início de pés-de-galinha, de rugas entre as sobrancelhas ou na testa, inicie a prevenção com botox.
Fica bom?
Uma aplicação de botox bem dosada relaxa a expressão facial, sem prejudicar a naturalidade. Iniciar cedo as aplicações não prejudica futuras aplicações. O tratamento pode ser repetido inúmeras vezes, conforme o desejo ou a necessidade individual.
Por Lucia Mandel
http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/beleza/botox-precoce/

'Depilação à brasileira' aumenta risco de infecção viral


Infecção

Estudo concluiu que aumento da popularidade de depilação pubiana justifica maior número de casos de infecção da pele transmitida pelo contato sexual

Depilação pubiana favorece infecção viral, conclui pequeno estudo francês
Depilação pubiana favorece infecção viral, conclui pequeno estudo francês (Thinkstock)
Um pequeno estudo feito na França relacionou o aumento do número de uma infecção viral da pele no país à crescente popularidade de depilações pubianas — entre elas, a chamada 'depilação à brasileira', que remove a maior parte dos pelos da região. As conclusões do trabalho foram publicadas nesta segunda-feira no periódico Sexually Transmitted Infections, que faz parte grupo British Medical Journal (BMJ).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Pubic hair removal: a risk factor for ‘minor’ STI such as molluscum contagiosum?

Onde foi divulgada:  periódico Sexually Transmitted

Quem fez: François Desruelles, Solveig Argeseanu Cunningham e Dominique Dubois

Instituição: Hospital Archet, França

Dados de amostragem: 30 pacientes com molusco contagioso

Resultado: Quase todos os pacientes com molusco contagioso fizeram algum tipo de depilação nos pelos pubianos. Isso sugere que a depilação pode justificar o aumento do número dessa infecção transmitida por contato sexual.
A doença em questão é o molusco contagioso (ou Molluscum contagiosum virus - MCV), que, apesar do nome, é causada por um vírus que provoca pequenas protuberâncias de cor branca ou rosada na pele. O vírus responsável por essa infecção geralmente é transmitido por contato físico direto com e pele e é mais comum na infância. Porém, com menor frequência, ele pode ser passado pelo contato sexual, formando lesões genitais. A maioria dessas lesões desaparece entre um e dois anos sem a necessidade de tratamento.
De acordo com os autores desse estudo, o número de casos dessa infecção transmitidos pelo sexo aumentou. Para descobrir o que estava relacionado a esse aumento, os pesquisadores analisaram os 30 casos de molusco contagioso registrados entre 2011 e 2012 em uma clínica privada na cidade francesa de Nice. Os pacientes que apresentaram o problema, que eram de ambos os sexos, tinham, em média, 29 anos de idade.
Segundo a pesquisa, quase todos esses pacientes (93%) removeram seus pelos pubianos de alguma forma. A maioria (70%) raspou parte deles com lâmina, outros optaram por cortá-los (13%) ou removê-los com cera (10%). Os autores do trabalho sugerem que as pequenas lesões na pele causadas pela depilação facilitam a propagação dessa infecção. Portanto, a popularização de depilações que removem grande parte dos pelos pubianos, ao menos em países como a França, está relacionada à prevalência de tal infecção.
"Apesar de pequeno, nosso estudo sugere que a depilação (com exceção da feita com laser) pode ser um fator de risco para doenças sexualmente transmissíveis menores, como o molusco contagioso. Nós acreditamos que, como essa infecção pode se propagar com machucados na pele, a depilação também pode favorecer que o problema se espalhe e seja transmitido", escreveram os autores no artigo, que consideram que estudos maiores são necessários para que essa associação fique mais clara.
Lucia Mandel

Opinião do especialista

Lucia Mandel
Dermatologista e colunista do site de VEJA

"É muito difícil observar molusco contagioso transmitido por contato sexual. Os casos mais comuns são em crianças, quando o vírus é transmitido por contato com a pele. Eu não vejo na prática clínica que a depilação está relacionada à infecção, como mostrou o estudo francês. Porém, o que eu recomendo a um paciente em relação à depilação é que ele esteja atento à higiene. Dessa forma, é possível se prevenir qualquer infecção."

Cantor Emílio Santiago morre, aos 66 anos, no Rio


Música


INFELIZMENTE!!

Artista estava internado desde o dia 7 de março depois de sofrer um AVC

O cantor Emílio Santiago
O cantor Emílio Santiago (Dario Zalis)
O cantor e compositor Emílio Santiago morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 66 anos, no Rio de Janeiro. O cantor carioca estava internado desde o dia 7 de março no Hospital Samaritano, em Botafogo, depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico -- quando não há hemorragia.

Emílio Santiago começou sua carreira nos anos 1970, e lançou seu primeiro disco, que levava o seu nome, em 1975. No entanto, ele só começou a fazer sucesso em 1988, quando lançou Aquarela Brasileira, projeto de sete volumes dedicado ao repertório da MPB. Seu trabalho mais recente é Só Danço Samba - Ao Vivo, que dividiu o prêmio de melhor álbum de samba/pagode com Nosso Samba Tá na Rua, de Beth Carvalho, no Grammy Latino, em novembro do ano passado.