domingo 28 2012

Irmão de Genoino ouve gritos de ‘cuecão’ em Fortaleza

veja.com

Irmão do ex-presidente do PT José Genoino, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha e corrupção ativa, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) acompanhou neste domingo a votação do petista Elmano de Freitas, candidato à prefeitura de Fortaleza, e ouviu de militantes do PSB palavras de protesto pelo esquema do mensalão.
Em um curto trajeto entre o portão da Assembleia Legislativa do Ceará e o local de votação do candidato do PT, José Guimarães também ouviu gritos de “cuecão”, uma referência ao fato de, em 2005, um de seus assessores ter sido preso com dinheiro na cueca. Na época, o congressista era deputado estadual e líder do PT na mesma assembleia onde foi hostilizado neste domingo.
Sem responder aos manifestantes, José Guimarães preferiu exaltar potenciais conquistas do PT em cidades como São Paulo e Campinas e disse que a possível eleição do ex-ministro da Educação Fernando Haddad consagra a estratégia do ex-presidente Lula de lançar um novato na política. “A eleição do país é São Paulo. Se o PT perdesse São Paulo, iriam dizer ‘Lula derrotado’. Como eu acho que vai ganhar em São Paulo e em Campinas, o PT vai ter o maior resultado eleitoral em ambas as cidades paulistas”, afirmou ele.
(Laryssa Borges, de Fortaleza)

Ao votar, Fernando Henrique defende renovação no PSDB


São Paulo

Ex-presidente afirmou que não crê que julgamento do mensalão influencie pleito

O ex presidente Fernando Henrique Cardoso votou em São Paulo no Colégio Sion, no bairro de Higienópolis
O ex presidente Fernando Henrique Cardoso votou em São Paulo no Colégio Sion, no bairro de Higienópolis (Ale Frata/Frame)
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso insistiu neste domingo na necessidade de renovação dentro do PSDB e de o partido voltar a se afinar com o sentimento da população. "A renovação é necessária sempre e o Brasil está mostrando isso mais uma vez hoje", afirmou o ex-presidente, ao votar no Colégio Nossa Senhora de Sion, na zona oeste da capital paulista, por volta das 12h30.
Fernando Henrique, no entanto, disse que o candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra, fez uma campanha "tenaz". "O Serra é mais jovem do que eu e ele ainda tem a possibilidade de continuar a sua carreira, mas o partido, no geral, precisa de renovação. O momento é de mudança de gerações, mas isso também não quer dizer que os antigos líderes vão desaparecer. Eles têm apenas que empurrar os novos para a frente", comentou Fernando Henrique.
Questionado por uma eleitora sobre por que não participou mais ativamente na campanha de Serra, Fernando Henrique respondeu que fez tudo que o partido lhe pediu. Ele disse que não acha que o PSDB errou ao escolher Serra ao invés de um novo nome para disputar a prefeitura da capital paulista neste ano. "Não é erro de campanha que decide a vitória ou a derrota. Como eu disse, é preciso sintonizar com a população. Nem sempre o novo é bom, é preciso ter capacidade para realizar", afirmou.
Mensalão - Em relação ao julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Fernando Henrique acredita que o caso não provocou grande impacto nas eleições municipais. Segundo ele, o mensalão não se traduz apenas eleitoralmente, "é uma coisa que diz respeito à conduta das pessoas". "O PT não pode passar impune pelo mensalão, fingir que nada aconteceu. O mensalão aconteceu e envolveu o comando do partido, então é preciso pensar: Eu vou contra tudo o que eu defendi a vida inteira ou vou enfrentar essa questão? Será que eu devo tratar como herói quem foi condenado?", questionou. O ex-presidente afirmou que não torce pela condenação dos envolvidos, mas espera que a decisão da Corte de punir os políticos acusados impeça que casos semelhantes voltem a acontecer.
Ao fazer uma análise da eleição, o ex-presidente disse que o PSDB se saiu melhor do que em 2008, conquistando mais capitais e sendo o segundo partido a eleger o maior número de vereadores, atrás apenas do PMDB.
Questionado sobre a aproximação do tucano Aécio Neves com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no segundo turno das eleições municipais, Fernando Henrique disse ver uma possível aliança entre os dois com naturalidade. "Se houver uma aliança em 2014 eu acharei ótimo. Se o Eduardo Campos escolher pela oposição há duas hipóteses: ele nos apoiar ou sair com uma chapa separada", disse. "Eu acho mais razoável que o PSDB lidere a chapa, porque o partido é maior e mais consolidado."
(Com Estadão Conteúdo)

Marta e FHC ao votar: dois flagrantes que explicam muita coisa


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Eu lhes mostro em dois flagrantes qual é a natureza do PSDB e qual é natureza do PT.  Vamos lá. Ambos mostram por que um partido exerce o terceiro mandato consecutivo, e o outro continua a ter o seu patrimônio depredado.
A ex-prefeita Marta Suplicy foi votar neste domingo. É ministra de Estado. Isso quer dizer que deva ter alguma — nem precisa muita… — compostura. Levando os conta os resultados das pesquisas divulgadas ontem, deu a seguinte declaração:
“Desta vez, [Serra] se enforcou com a própria corda (…). Ficaram evidentes as armadilhas que fazia, a pessoa que ele é. Foi bom ver que os paulistanos perceberam e deram o troco”.
É uma fala estúpida!
Quais armadilhas?
Ainda se referindo a Serra, afirmou: “Não é fácil disputar com alguém muito experiente e traiçoeiro”. Entenderam? Serra não seria, assim, um adversário, mas alguém “traiçoeiro”. E por que o tucano a teria “traído”? Suponho que seja porque a venceu em 2004. Em 2008, ela foi derrotada por Gilberto Kassab. Traição também?
Marta, sabe-se, só entrou na campanha de Haddad depois de ter recebido da presidente Dilma um ministério de presente. Enquanto esteve fora da campanha,  contribuía para desgastar a imagem de Fernando Haddad mais do que qualquer adversário.
Fica evidente em sua fala, e isso encontra eco na imprensa paulistana, o esforço de criminalização do adversário. Marta, a gente nota, acha absurdo e ilegítimo que adversários tenham disputado a prefeitura com ela três vezes e que só tenha vencido uma. Para quem disse que Lula é Deus — e ela voltou ao assunto hoje —, não é estranha a concepção de que o poder é um merecimento que só passa acidentalmente pelas urnas.
Eis aí: uma estrela do partido, mesmo se considerando vitoriosa, aproveita para espezinhar aquele que já dá como derrotado. E isso evidencia a sua superioridade moral.
Agora FHCAgora vamos falar um pouco do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que teve a sua biografia política espicaçada ao longo de, atenção!, 16 anos: durante o seu mandato de oito anos, e durante os oito seguintes, no mandato de Lula. Na gestão Dilma, as coisas melhoraram um pouco — o que não quer dizer que ele seja sempre preservado. Agora mesmo, na campanha em São Paulo, os tucanos voltaram a ser acusados de ter privatizado estatais a preço de banana, e o ex-presidente voltou a ser acusado de ter tentando vender a Petrobras e o Banco do Brasil, o que é mentira.
O que disse FHC neste domingo? Na prática, vênia máxima, aderiu, ainda que de modo oblíquo, à metafísica petista. Fazendo eco ao discurso da “renovação” — como se isso se resumisse a pessoas, não a ideias — afirmou que o PSDB “precisa voltar a ter uma atitude muito mais próxima do que o povo está sentindo (…) Tem de estar alinhado com o futuro.” Não sei o que isso quer dizer, mas concordo. Com isso, com a Lei da Gravidade e com a Terceira Lei de Newton. Foi ainda mais explícito: disse que “o partido vai precisar de renovação”. E mais: “A gente tem que empurrar os novos para ir para a frente”,
Se Marta chama Serra de “traiçoeiro” e usa metáforas de paz como “corda” e “pescoço”, o ex-presidente age de outro modo. Considera, destaca a Folha, “Haddad uma pessoa séria”. Falou também sobre o mensalão e coisa e tal, mas é evidente que isso não iria parar no lead de reportagem nenhuma.
Caminhando para a conclusãoAinda voltarei a esse tema, claro! Os sinais que estão aí remetem a coisas mais relevantes do que dão entender à primeira vista. Ah, sim: o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também se pronunciou sobre a eleição anunciando um troço estranho: “a maior derrota municipal da história do PSDB” — seja lá o que isso signifique. Supõe-se que esta mesma derrota já tenha sido do PT, quando, em 2004, perdeu para o PSDB… Com raciocínios assim tão singelos, conduz a educação do país.
Os petistas já não escondem: deram a largada para o que consideram a tomada do “Palácio de Inverno”: o governo de São Paulo. Vão insistir nos próximos dois anos no discurso da “renovação”, como se Geraldo Alckmin estivesse a cometer um crime em disputar a reeleição em 2014. É a turma comandada por Lula, que, amante no novo, disputou a Presidência da República CINCO vezes! E só não disputou uma sexta porque o Senado recusaria a emenda da (re)reeleição.
O caminho para tentar chegar aos Bandeirantes já está dado, e as tropas já estão prontas. Há muitos aliados objetivos na jornada (ver o conceito de “aliado objetivo”): de setores importantes da imprensa ao PCC.
Mas não só: também o PSDB costuma ser um entusiasmado aliado objetivo do PT. O mais impressionante é que, quanto mais o remédio se mostra errado, mais convictos se mostram os tucanos de sua eficácia.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Serra a VEJA: 'Quero debater a cidade, não especular sobre 2014'


Entrevista

Candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo diz que pretende tornar a cidade "mais acolhedora", defende a gestão de Gilberto Kassab e afirma que o PT se tornou um partido especialista em "se apropriar da máquina do estado"

Carolina Freitas
José Serra disputa a prefeitura da maior cidade do país, mas não consegue se desvencilhar da imagem de presidenciável. A sina tanto pode ser um trunfo quanto um fardo para a campanha do tucano. Em entrevista ao site de VEJA, o ex-prefeito, ex-governador e duas vezes candidato a presidente José Serra não discutiu o cenário eleitoral para 2014 e prometeu, caso eleito, cumprir "plenamente" seu mandato de prefeito.
 
“Eu quero debater a cidade, não especular sobre 2014”, disse Serra. “Sou candidato a prefeito para exercer plenamente o meu mandato, mas não vou me aposentar da vida pública, ainda tenho muitos anos pela frente.”
 
O candidato tucano diz que o impacto de eleições municipais sobre o pleito nacional seguinte é sempre incerto, mas acredita que a disputa em São Paulo tem um significado político que transcende a esfera local: "Um problema que atrapalha o desenvolvimento da democracia brasileira é a apropriação do estado por um partido. O PT é especialista nisso. Para a democracia brasileira, é importante que São Paulo não entre nessa esfera de manipulação".
 
Coligado ao PSD, do prefeito Gilberto Kassab, o candidato disse não ver problemas em associar sua imagem à do prefeito – que está com a popularidade em baixa. Segundo a última pesquisa Datafolha, apenas 24% dos paulistanos avalia a gestão Kassab como boa ou ótima. Na entrevista concedida ao site de VEJA, Serra falou ainda sobre suas propostas para a cidade e sobre as divergências internas do PSDB.
 
O que motiva o senhor a disputar a prefeitura de São Paulo? Meu amor pela cidade, minha vocação para atuar na vida pública e as circunstâncias políticas. É muito importante em São Paulo ter uma prefeitura afinada com o governo do estado, que prossiga programas, mantenha a situação financeira em bom estado e continue a impulsionar São Paulo para frente. 
 
Como foi o processo de tomada de decisão para disputar a prefeitura? É sempre uma questão de meditação. É mais um processo interior do que de ouvir opiniões aqui ou acolá, embora a gente acabe ouvindo, porque as pessoas vêm e dão opinião mesmo que você não peça. É uma decisão que aparece em um determinado momento. 
 
O senhor é apontado como favorito. Concorda com essa avaliação? Hoje, pelas pesquisas, sim, mas pesquisa não ganha eleição. A primeira condição para ganhar é não achar que já ganhou.  Você tem de dar a batalha até o último dia. 
 
O resultado de São Paulo influencia as eleições presidenciais de 2014? Sempre tem algum reflexo, mas não é algo unívoco. Depende do que acontecer com o Brasil. Por exemplo, Erundina ganhou em São Paulo em 1988. No ano seguinte, Lula foi o quarto colocado em São Paulo na eleição presidencial. Ou seja, a vitória do PT, ao invés de ajudar, acabou prejudicando. Às vezes ajuda, às vezes atrapalha. 
 
O senhor disse no primeiro dia de campanha que a vitória do PSDB em São Paulo firmaria a democracia no Brasil. Por quê? Um problema que atrapalha o desenvolvimento da democracia brasileira é a apropriação do estado por um partido. É um novo tipo de patrimonialismo, o patrimonialismo bolchevique e sindical. Você pega o estado para si e usa a seu bel prazer. O PT é especialista nisso. Só falta a eles São Paulo, a capital ou o estado. Para a democracia brasileira, é importante que São Paulo não entre nessa esfera de manipulação. 
 
O ex-presidente Lula tem colocado muita energia na campanha deste ano em São Paulo. Como o senhor vai fazer frente a essa força? Nada especial. É um direito dele. Ele já se posicionou em eleições anteriores. Em 2004, quando eu fui eleito prefeito, ele apoiou a Marta Suplicy. Em 2006, quando eu fui eleito governador no primeiro turno, ele apoiou Aloizio Mercadante - foi a época em que eles fizeram o Dossiê dos Aloprados. Em 2010, ele apoiou a Dilma, mas em São Paulo eu ganhei, na capital e no estado. Faz parte da democracia. Eu não sou contra Lula nem ninguém participar. É normal.
 
O senhor acha que o fato de o julgamento do mensalão ser em agosto influenciará no debate eleitoral? Não sei. Alguma influência vai ter. De que natureza? Não sei. Tenho muita curiosidade, mas vamos ter de aguardar para ver.
 
Por que o senhor resolveu aceitar o apoio do PR, de Valdemar Costa Neto, réu do processo do mensalão? Porque o PR participa da prefeitura, apoia o governo do estado e não fez exigências de natureza doutrinária ou de cargos. Não vi nada de especial em aceitar esse apoio.
 
Levantamento feito pelo Ibope mostrou que seis em cada dez paulistanos mudariam de cidade se pudesse. O que o poder público pode fazer para melhorar a autoestima da cidade? O fato é que continua vindo gente para cá, de altos executivos a trabalhadores. As pessoas amam a cidade. Ela poderia ser mais acolhedora, mas é uma cidade dinâmica, de trabalho. O que temos de fazer é melhorar as condições ambientais de vida: transporte, serviços públicos, tornar a cidade mais amistosa. Esse é meu propósito fundamental como prefeito. 
 
Pesquisa do Datafolha de junho mostra que, para a população, o maior problema da cidade é a saúde pública. Que proposta o senhor tem para essa área? Melhoramos muito a saúde, mas fica coisa por fazer.  Hoje temos, por exemplo, um problema de marcação de consulta que não se justifica. Vejamos o caso das  ressonâncias magnéticas. São Paulo, segundo critérios do Ministério da Saúde, tem de ter um aparelho de ressonância para cada 400.000 habitantes. São Paulo precisaria ter uns 27, do SUS. Já tem. De repente tem fila para a ressonância. Isso decorre de falta de organização. Temos de fazer uma gestão integrada em São Paulo, da prefeitura, estado e setores da área privada. 
 
Kassab não deve conseguir entregar os hospitais que prometeu. O senhor vai conclui-los em que prazo se eleito? As obras estão em andamento e terminam até o fim do ano com toda a certeza. 
 
Se o senhor tivesse de escolher um único projeto para realizar na cidade, qual seria?Como governador, expandi de 20 para 45 o número de escolas técnicas no estado. O número de alunos mais que duplicou na capital.  Na prefeitura, eu vou criar o sistema municipal do ensino técnico e profissional, para jogar em tabelinha com o estado, e nós vamos também duplicar o número de alunos atendidos. 
 
A gestão Kassab tem apenas 24% de avaliação como “bom e ótimo” segundo a última pesquisa Datafolha. O prefeito vai subir ao seu palanque? Kassab fez uma boa prefeitura e tem avanços em muitas áreas: Cidade Limpa, urbanização de favelas, Virada Esportiva, Virada Cultural, participação com recursos para o Metrô. Ele tem uma folha de serviços boa, agora, paralelamente ele criou um partido. Ele está cuidando da cidade, mas diversificou. A questão política deu a impressão de que ele poderia estar prestando menos atenção à cidade, o que não é fato. Eu acho que ao longo do tempo, essa avaliação vai tender a melhorar. Ele vai ser um dos apoios que eu tenho, como eu tenho vários outros.
 
Incomoda o fato de seu principal aliado, o PSD, apoiar também o PT em Belo Horizonte?Mas por que incomodaria? Nem isso, nem o contrário. Não é um assunto que me concerne. Em São Paulo o PT e o PSB estão juntos, não estão comigo. Para mim o que eles façam em Belo Horizonte é assunto deles. Lá estão brigando, mas aqui estão contra mim. Isso é Brasil.
 
Alguns tucanos, como o  secretário estadual de Energia José Aníbal, criticam o fato de a campanha dar muito espaço ao PSD. Essa crítica procede? Não, não. Isso é tititi, é fofoquinha. É fofoquinha menor que não merece ser tratada com seriedade. Não tem sentido. 
 
O senhor acredita que o PSD vai estar aliado ao PSDB nas eleições de 2014? Não tenho a menor ideia. 
 
O senhor sente que o PSDB vai chegar unido a 2014? Eu não vou falar sobre 2014. Eu sou candidato a prefeito, eu quero debater a cidade, não especular sobre 2014.
 
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse na semana passada que os partidos brasileiros se tornaram “apenas siglas”. O senhor concorda com essa avaliação? Os partidos têm ficado cada vez mais fracos, pela manipulação do aparelho do estado em função da política conjuntural e eleitoral, na qual o PT é especialista. Isso fragiliza todo mundo, inclusive eles próprios. O aparelho de estado do Executivo está dedicado à manipulação de natureza eleitoral. É uma doença do sistema político brasileiro. 
 
O senhor disse, ao anunciar sua candidatura neste ano, que o sonho da presidência está adormecido. Que condições o fariam reavivar esse sonho? Como é que eu posso prever? Eu sou candidato a prefeito para exercer plenamente o meu mandato, mas não vou me aposentar da vida pública, ainda tenho muitos anos pela frente.

Em São Paulo, uma eleição acirrada e o projeto político de Lula


Eleições 2012

Campanhas sacaram todas as armas, dando o tom hostil que marcou o segundo turno entre José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT)

José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, faz caminhada pelo bairro da Vila Formosa
José Serra, candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, faz caminhada pelo bairro da Vila Formosa - Nelson Antoine/Fotoarena


























O paulistano vai às urnas neste domingo para escolher o prefeito da cidade após uma campanha de segundo turno marcada pelo clima hostil que predominou no horário eleitoral, nos debates e na campanha na rua. José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) concentraram suas campanhas em exibir ao eleitor os calcanhares de Aquiles do adversário, numa “guerra ética” declarada, além de confrontarem as realizações das gestões do PT e do PSDB em São Paulo.
Do lado tucano, Serra explorou a condenação de petistas no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), na semana seguinte à votação do primeiro turno das eleições municipais. Serra questionou a honestidade do partido e vinculou a figura de Haddad aos mensaleiros, afirmando que se o petista for eleito, os condenados voltarão à política em cargos na prefeitura. “Não vai ter desempregado do mensalão no meu governo”, afirmou Serra durante debate no SBT. No primeiro dia da propaganda eleitoral na TV, o tucano disse que ganhar a eleição em São Paulo é para o PT "ponto de honra para esconder o mensalão". Eleger Haddad em São Paulo é o projeto políEleiçõestico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no ano do julgamento do mensalão, que tentou evitar que coincidisse com o pleito municipal. Foi Lula quem impôs a candidatura de Haddad ao PT na capital paulista.
Serra também criticou a atuação de Haddad como ministro da Educação, afirmando que o petista foi o "pior ministro" do MEC, colocando em xeque sua capacidade gestora. Também houve menção ao kit gay – material didático anti-homofobia elaborado pelo MEC, mas vetado pela presidente Dilma Rousseff por pressão da bancada evangélica.
Para Haddad, o trunfo maior continuou sendo a renúncia de Serra em 2006, quando era prefeito de São Paulo, para concorrer ao governo do estado. Na campanha da TV, usou imagens do próprio Serra dizendo que não deixaria a prefeitura e também afirmando que não se candidataria ao pleito que agora disputa. A campanha também relacionou Serra a continuidade da gestão Kassab, mal avaliada pelo paulistano.
Saúde – Um dos principais temas do segundo turno foi a saúde, considerada a maior preocupação dos paulistanos. As campanhas petista e tucana travaram uma guerra de informação e contrainformação sobre a contratação de organizações sociais (OS) para a gestão de hospitais públicos.
Os tucanos entregaram em cinco bairros da periferia milhares de folhetos que acusam o PT de querer encerrar a parceria de entidades privadas com hospitais públicos. Em resposta, aliados e cabos eleitorais de Haddad passaram a visitar unidades de saúde para dizer a usuários e funcionários que a informação é falsa.
Na reta final, o Bilhete Único foi a bola da vez. Serra anunciou, na última semana antes da votação, uma proposta de ampliar os benefícios do bilhete, causando a reação de Haddad. O petista afirmou que se tratava de uma “cópia malfeita" do seu projeto de criar o Bilhete Único Mensal. Já Serra afirmou que o petista tem "inveja" de seu plano.
Vale lembrar que o tema é delicado, pois uma proposta mal elaborada de tarifa proporcional tirou da disputa Celso Russomanno, que liderou as pesquisas na maior parte do primeiro turno. O candidato derrotado decidiu não apoiar ninguém no segundo turno. Serra recebeu apoio de Soninha Francine (PPS) e Paulinho da Força (PDT), enquanto Haddad foi apoiado por Gabriel Chalita (PMDB). 
Nas pesquisas do segundo turno, Haddad aparece na frente nas três consultas divulgadas pelo Instituto Datafolha. Na última delas, a diferença era de 15 pontos, com Haddad registrando 49% das intenções de votos e Serra, 34%. Mas, a despeito dos números, é o paulistano quem decide o próximo a ocupar a cadeira de prefeito no quinto andar do Edifício Matarazzo. Serra venceu o primeiro turno com uma pequena diferença de Haddad – o tucano obteve 30,75% dos votos válidos, contra 28,99% do petista –, o que cria a expectativa de uma disputa que será decidida voto a voto.

Serra cita Chacrinha: “A eleição acaba quando termina”


Eleições

Ao votar em um colégio na zona oeste de São Paulo, o candidato à prefeitura pelo PSDB afirmou estar otimista

Carol Freitas
O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra vota no Colégio Santa Cruz, zona oeste de São Paulo (SP), na manhã deste domingo (28)
O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSDB, José Serra pousa com seu neto Antônio após votar na zona oeste de São Paulo (Adriana Spaca/Brazil Photo Press/Folhapress)
O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, votou às 10h30 deste domingo acompanhado de aliados, de sua filha Verônica e de seus três netos, Quico, Gabriela e Antônio. Depois do voto, o tucano fez um rápido pronunciamento na quadra do Colégio Santa Cruz, na zona oeste da cidade, em que disse estar otimista: “Foi uma caminhada difícil. Agora quem fala é o eleitor. Fizemos uma campanha limpa e propositiva, em defesa da ética.”
Serra encerrou a sua fala citando o apresentador de TV Chacrinha: “A eleição acaba quando termina”. A frase faz referência à desvantagem em que está Serra em relação a Fernando Haddad (PT), segundo pesquisa de intenção de voto divulgada na véspera da eleição.
Acompanharam o tucano na hora de votar um grupo de mais de dez aliados, entre eles o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB). Esses três e o neto Antônio, de nove anos, subiram ao lado de Serra em um mini palco montado para o pronunciamento. Antônio fez a festa dos fotógrafos ao posar fazendo caras e bocas e, principalmente, o sinal de V, de vitória, com as mãos.
Serra aparentava serenidade, sorria bastante e dessa vez até respondeu ao repórter de um programa humorístico. O jornalista quis saber se Serra tinha perdido o sono depois de ter sido beijado na boca por duas eleitoras durante a campanha de rua. “Na hora do beijo toda mulher é bonita”, respondeu Serra aos risos.
Apoio de Alckmin — Depois de votar, Serra acompanhou o voto de Alckmin no colégio Santo Américo, no Morumbi. Quem apertou os botões da urna eletrônica pelo governador foi o neto de Serra, Antônio. O governador disse ter “toda a confiança” na candidatura de Serra. Alckmin foi questionado insistentemente por jornalistas sobre a situação na segurança pública no estado. Nessa madrugada, mais cinco assassinatos foram registrados. O governador disse apenas que não falaria sobre o assunto e ignorou os repórteres.

TSE: 191 urnas apresentam problemas em todo o país


Eleições

Ainda de acordo com o tribunal, 120 eleitores foram flagrados cometendo algum crime eleitoral no país. Ao todo, onze pessoas foram presas

Tai Nalon, de Brasília
Teclado da urna eletrônica
Teclado da urna eletrônica (Divulgação)
Balanço do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgado no início da tarde deste domingo informa que 191 urnas apresentaram problemas nas 50 cidades com segundo turno no país. De acordo com o tribunal, todos os equipamentos foram substituídos por novas urnas eletrônicas e a votação foi retomada normalmente.
Ainda de acordo com o TSE, nesta manhã, dos 120 eleitores flagrados cometendo algum tipo de crime eleitoral no país, onze foram presos. Os dados foram divulgados no início da tarde deste domingo. As principais ocorrências incluem boca de urna, com 100 casos em todo o país, transporte ilegal de eleitores e fornecimento de alimentos.
Minas Gerais teve maior número de ocorrências, com 41. O Rio de Janeiro teve o maior número de prisões: nove. São Paulo não registrou nenhuma ocorrência até às 13 horas deste domingo, segundo boletim do TSE.

Abílio e Klein - Questão de segurança



Abílio e Klein: gastos com segurança
O Casino mandou fazer uma auditoria sobre os gastos de segurança no Pão de Açúcar e na Via Varejo (Casas Bahia Extra e Ponto Frio). O resultado foi que, juntas, as famílias de Abílio Diniz e de Michel Klein gastam 98 milhões de reais por ano neste item. Mais de 800 homens participam do esquema. O tema será discutido no conselho de administração do grupo. Promete sair faísca.
Por Lauro Jardim
http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/economia/abilio-diniz-e-michel-klein-98-milhoes-de-reais-com-seguranca-particular-por-ano-para-eles-e-para-os-familiares/

ELEIÇÕES: São Paulo (SP)


VEJA.COM

Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB)
O segundo turno das eleições para prefeito de São Paulo será disputado entre os candidatos José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Serra teve 30,75% dos votos válidos. Haddad recebeu 28,98%. Após vencerem o adversário em comum, Celso Russomanno, no primeiro turno do pleito, Serra e Haddad travaram uma verdadeira batalha durante a campanha eleitoral para o segundo turno. Durante encontros em debates transmitidos por emissoras de TV, os candidatos trocaram acusações. 

Vitória (ES)

Luciano Rezende (PPS) e Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB)
Contrariando o resultado das últimas pesquisas de intenções de voto do primeiro turno, o candidato Luciano Rezende (PPS) ultrapassou Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) na corrida pela prefeitura da capital do Espírito Santo e acabou na primeira posição. Rezende obteve 39,14% dos votos válidos contra 36,69% do tucano. 

Florianópolis (SC)

Cesar Souza Júnior (PSD) e Gean Loureiro (PMDB)
A eleição para prefeito em Florianópolis será decidida no segundo turno entre os candidatos Cesar Souza Júnior (PSD) e Gean Loureiro (PMDB), que foram os mais votados no primeiro turno. Cesar Souza Júnior recebeu 31,68% dos votos válidos e  Gean Loureiro teve 27,37%.

Curitiba (PR)

Ratinho Jr. (PSC) e Gustavo Fruet (PDT)
Na disputa em Curitiba, Ratinho Junior alcançou 34,09% dos votos válidos contra 27,22% de Gustavo Fruet (PDT). A ida de Fruet para o segundo turno foi uma surpresa, já que ele aparecia em terceiro lugar nas pesquisas desde o início da corrida eleitoral. Luciano Ducci (PSB), que era considerado favorito a disputar com Ratinho Junior, alcançou 26,77% dos votos. Ducci foi o único candidato à reeleição, entre todos das capitais brasileiras, que não chegou ao segundo turno. A diferença entre ele e o pedetista foi de 4.402 votos.

Campo Grande (MS)

Alcides Bernal (PP) e Edson Giroto (PMDB)
A eleição para a prefeitura de Campo Grande tem no segundo turno os candidatos Alcides Bernal (PP) e Edson Giroto (PMDB). Bernal recebeu 40,18% dos votos válidos, enquanto Giroto teve 27,99%. Bernal prometeu aumentar o número de médicos e profissionais da saúde, criar novas linhas de ônibus dos bairros até os polos industriais, valorizar e garantir a dignidade à guarda municipal. Ele não fez alianças partidárias e saiu com chapa pura para concorrer ao pleito no primeiro turno. Contudo, na segunda etapa conta com apoio do PSDB

Cuiabá (MT)

Lúdio Cabral (PT) e Mauro Mendes (PSB)
O candidato Mauro Mendes (PSB) conseguiu 43,98% dos votos válidos contra 42,23% de Lúdio Cabral (PT). Empresário do ramo de metalúrgica, Mauro Mendes é o candidato mais rico das capitais brasileiras. Ele declarou à Justiça Eleitoral possuir 116 milhões de reais em bens. Mendes presidiu a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) por dois mandatos e foi vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias. Em 2008, perdeu a disputa pela prefeitura de Cuiabá e, em 2010, fracassou na eleição ao governo do estado.

Fortaleza (CE)

Elmano de Freitas (PT) e Roberto Claudio (PSB)
A eleição para a prefeitura de Fortaleza será decidida em segundo turno entre Elmano de Freitas (PT) e Roberto Claudio (PSB). Elmano recebeu 25,44% dos votos válidos e Roberto Claudio teve 23,32%. No pleito desse ano, o PSB ratificou sua força na Região Nordeste do país. O presidente do partido, Eduardo Campos, sai da disputa ainda mais fortalecido, e com o apoio para as eleições presidenciais almejado. 

João Pessoa (PB)

Luciano Cartaxo (PT) e Cícero Lucena (PSDB)
O deputado estadual Luciano Cartaxo Pires de Sá (PT), com 38,32%, vai disputar o segundo turno da eleição para a Prefeitura de João Pessoa contra o senador Cícero de Lucena Filho (PSDB), que ficou com 20,27%. Cartaxo tem o apoio do atual prefeito Luciano Agra (sem partido), que se desfiliou do PSB após o partido negar sua candidatura à reeleição, e lançar Estelizabel Bezerra de Souza (PSB). Agra tem a gestão bem avaliada em João Pessoa, segundo levantamento de institutos de pesquisa

Natal (RN)

Hermano Moraes (PMDB) e Carlos Eduardo (PDT)
A disputa pela prefeitura do Natal será definida entre Carlos Eduardo (PDT-RN), com 40,41% dos votos no primeiro turno, e Hermano Morais, com 23,02%. Contudo, recai sobre Carlos Eduardo o risco de vencer a eleição e não poder governar, caso seu registro seja impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ocorre que a atual administração contesta, desde março, as contas deixadas pelo candidato durante sua gestão na prefeitura. 

Salvador (BA)

Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM)
A eleição para a prefeitura de Salvador será decidida no segundo turno entre ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT).  ACM Neto recebeu 40,17% dos votos válidos. Pelegrino teve o equivalente a 39,73%. Herdeiro do carlismo do avô Antônio Carlos Magalhães, o candidato do DEM conseguiu também atrair o eleitorado mais jovem, o que foi fundamental para a ascensão de sua candidatura.

São Luís (MA)

Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e João Castelo (PSDB)
A eleição para a prefeitura de São Luís será decidida entre os candidatos Edivaldo Holanda Júnior (PTC) e João Castelo (PSDB). No primeiro turno, o candidato petecista obteve 36,44% dos votos válidos, contra 30,60% (156.320) do candidato tucano.
 

Manaus (AM)

Vanessa Grazziottin (PCdoB) e Arthur Virgílio Neto (PSDB)
Com pouco mais de 40% dos votos válidos, ex-senador Artur Virgílio Neto (PSDB) ficou em primeiro lugar nas eleições para a capital amazonense. Esta é uma das principais disputas do PSDB no segundo turno. O tucano concorre contra Vanessa Grazziotin (PC do B), que conseguiu 19,94% dos votos. 
 

Porto Velho (RO)

Lindomar Garçon (PV) e Dr. Mauro Nazif (PSB)
A eleição para a prefeitura de Porto Velho será decidida no segundo turno entre os candidatos Lindomar Garçon e Dr. Mauro Nazif. Lindomar Garçon recebeu 24,76% dos votos válidos, excluindo brancos e nulos. Mauro Nazif obteve 18,99%. Durante o período de campanha, Lindomar Garçon apresentou em suas propostas que implantará a educação em tempo integral. Na saúde, vai construir o Hospital Municipal de Urgência e Emergência e fará a descentralização do Samu.

Rio Branco (AC)

Marcus Alexandre (PT) e Tião Bocalom (PSDB)
Com 48,30% dos votos no 1º pleito, Marcus Alexandre (PT) vai disputar o 2º turno da eleição à prefeitura de Rio Branco com Tião Bocalom (PSDB), que teve 43,85%. Esse resultado na capital do Acre não era aguardado pelo PT. Durante a campanha eleitoral, os dois apareciam tecnicamente empatados nas pesquisas, mas, no último levantamento, o petista apareceu com 15 pontos percentuais a mais que o tucano.










Mais de 30 milhões de eleitores escolhem hoje 50 prefeitos


Eleições 2012

Segundo turno reforça polarização de PSDB e PT e racha entre petistas e PSB

Jean-Philip Struck
Depois de um primeiro turno que mostrou a ascensão do PSB, a manutenção do PMDB como o maior partido do país em número de prefeituras administradas, e a polarização entre PT e PSDB no maior colégio eleitoral do país entre as capitais - a cidade de São Paulo -, eleitores de 50 municípios voltam às urnas neste domingo para escolher seus prefeitos. Em jogo está um eleitorado de 31,6 milhões, ou 22,5% do país, em alguns dos mais ricos e mais populosos municípios brasileiros.   
Em São Paulo, Fortaleza, Campinas e Manaus, o segundo turno seguiu "nacionalizado" dada a atuação de políticos de influência nacional e o empenho pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff em derrotar adversários de partidos de oposição no plano federal. Entre as 17 capitais em disputa neste segundo turno, cinco devem ser conquistadas por partidos da oposição (PSDB, DEM e PPS). Em outras duas, Rio Branco e Macapá, candidatos do PSDB e do PSOL têm chances de ganhar.
O PT lidera pesquisas em João Pessoa e São Paulo. Já as disputas que o partido trava em Fortaleza e Rio Branco seguem indefinidas, apesar de leve vantagem dos petistas.
Em Salvador, Nelson Pelegrino, do PT, enfrenta ACM Neto, do DEM. A campanha foi marcada por ataques violentos de petistas a ACM Neto, incluindo confronto de militantes. Ao todo, o PT concorre em 21 cidades no segundo turno.
O PMDB concorre em 16 cidades no segundo turno, com chances, segundo pesquisas, em Florianópolis, onde enfrenta um candidato do PSD. 
Nos 50 municípios onde ocorrem eleições, as pesquisas disponíveis apontam que sete disputas, entre elas a de Maringá (PR) e São Gonçalo (RJ) estão empatadas. Em cinco há vantagem de um candidato, mas a disputa segue apertada. Nas pesquisas de 33 cidades que apontam vitória clara de um candidato, o PT aparece na liderança, com oito candidatos. O PSDB aparece com seis. O PMDB tem três.
Lula - Os resultados vão ser um teste para determinar a influência de Dilma e Lula nos municípios onde concorrem candidatos fartamente apoiados por eles. 
Em Diadema, na grande São Paulo, o PT corre o risco de sofrer uma derrota simbólica. A cidade foi a primeira prefeitura conquistada pelo PT na sua história. Desde 1982, o partido só não administrou o município entre 1997 e 2000.  Pesquisas indicam vantagem de Lauro Michels (PV), sobre o petista Mario Reali (PT), que busca a reeleição. A derrota pode significar um revés na estratégia do PT em dominar as prefeituras da região metropolitana de São Paulo. No primeiro turno, o partido ganhou em São Bernardo e Osasco, e ainda concorre em Santo André, Guarulhos e Mauá. 
PSB - Após as derrotas em Belo Horizonte e Recife, onde petistas perderam para candidatos do PSB no primeiro turno, o PT, tenta neste domingo, mais uma vez anular a crescente influência do partido comandado pelo governador Eduardo Campos. A sigla foi o que mais cresceu nestas eleições.
Apesar de ser um dos partidos da base aliada, o PSB passou a ser visto como uma ameaça pelos petistas, que estão inseguros com os eventuais planos de Campos nas eleições de 2014. Para compensar as derrotas no dia 7, o PT passou a investir pesado nas disputas que trava com candidatos do PSB em Campinas, Cuiabá e Fortaleza. 
Em Campinas, apesar de viagens de Lula e Dilma à cidade, a vantagem é do candidato do PSB nas pesquisas.
O PSB disputa em sete cidades, três delas capitais, e nesta eleição se aproximou dos tucanos, em especial do senador Aécio Neves, que tenta influenciar os socialistas para compor uma eventual aliança em 2014. Os resultados podem mostrar um PSB ainda mais fortalecido.
PSDB - Para os tucanos, o segundo turno deve, após resultados negativos no primeiro (o partido perdeu quase cem prefeituras em relação a 2008), significar um crescimento em praças que costumam garantir boas votações ao PT em eleições presidenciais, no Norte e no Nordeste. O partido concorre em sete cidades nessas regiões, e deve ganhar as eleições em Manaus, Belém, Campina Grande (PB) e Teresina. Tem ainda boas chances em Rio Branco e São Luís.
No estado de São Paulo, onde o PSDB perdeu prefeituras em relação a 2008 - de 204 foi para 173 - o cenário também não é muito animador no segundo turno. O partido concorre em sete cidades paulistas, mas só deve ganhar em duas, Taubaté e Franca. Ainda tem chances em Sorocaba, mas pode perder em Jundiaí, Ribeirão Preto e Guarulhos. Ainda assim, o PSDB se mantém como o segundo partido com mais prefeituras no país.  
PT x PSDB - Nos confrontos diretos entre o PT e o PSDB, que ocorrem em seis cidades, as pesquisas apontam que os petistas devem levar a melhor sobre os tucanos. É quase certo que ganhem em três (São Paulo, João Pessoa e Guarulhos). Em Pelotas e Rio Branco a disputa entre as duas siglas segue indefinida, mas na capital do Acre a vantagem é dos petistas. Em Taubaté (SP), os tucanos devem vencer. 
Entre as outras siglas, o PDT pode ganhar em duas capitais: Natal e Curitiba. Segue ainda na liderança em Macapá. O PSD concorre em cinco cidades, e tem grande chance de ganhar em Ribeirão Preto e Blumenau. 
Já para o pequeno e novato PSOL, que conseguiu bons resultados no primeiro turno, a eleição deste domingo vai mostrar se a estratégia de adotar um discurso “light”, adotada em algumas disputas por correntes menos radicais, pode produzir resultados em Belém e Macapá
Viradas - As eleições deste domingo também tendem a oficializar, conforme pesquisas, a virada de candidatos que terminaram em segundo lugar no primeiro turnos. Nesse grupo estão Fernando Haddad (São Paulo), Gustavo Fruet (Curitiba) e Zenaldo Coutinho (Belém).
As eleições também devem marcar a derrota de mais um candidato com apelo midiático, Ratinho Jr,.filho do apresentador Carlos Massa, o Ratinho, em Curitiba. O mesmo ocorreu com Celso Russomanno (PRB) em São Paulo no primeiro turno. A provável vitória de Gustavo Fruet (PDT) deve fortalecer o projeto do casal de ministros petistas Paulo Bernardo (Comunicações) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que foram os principais patrocinadores da coligação com o candidato do PDT, apesar da resistência de muitos petistas. Hoffmann pretende se candidatar ao governo do estado em 2014, e a vitória de Fruet enfraquece a influência do atual governador Beto Richa (PSDB) na capital do estado. 

Goldie Hawn sai de casa sem maquiagem e fica quase irreconhecível


Gente

Goldie Hawn ao natural e produzida
Goldie Hawn ao natural e produzida (Reprodução/Huffington Post e Stephen Lovekin/Getty Images)
A caça às celebridades em "estado natural" é um dos ramos mais cruéis da indústria de fofocas. Seu alvo são as imperfeições de gente bela e talentosa. O propósito é satisfazer os baixos instintos de quem acompanha os famosos - embora muitas vezes objetivos "filosóficos" como mostrar que todos são humanos e que todos envelhecem sejam mencionados. A vítima mais recente da indiscrição dos fotógrafos foi a atriz americana Goldie Hawn. O site The Huffington Post publicou foto da atriz sem maquiagem e apontou a passagem do tempo para a protagonista de A Morte lhe Cai Bem (1992), de 66 anos. Vista em outra foto, tirada em abril, durante o jantar de gala dos correspondentes estrangeiros na Casa Branca, Goldie parece outra pessoa. A publicação, como é de costume, ofereceu uma moral para a história: até as celebridades, disse o texto, têm seus dias de briga com o espelho.

Descoberto o mais antigo enterro real maia na Mesoamérica


Arqueologia

Figura de abutre encontrada entre artefatos na Guatemala indica que a tumba teria sido feita para um governante ou importante líder religioso

Contas de jade encontradas na tumba real
Peças de jade encontradas na tumba real na Guatemala (AFP)
Arqueólogos guatemaltecos anunciaram nesta quinta-feira a descoberta de uma tumba real maia que pode ser a mais antiga da Mesoamérica (região que engloba o sul do México e os territórios da Guatemala, El Salvador, Belize e algumas partes da Nicarágua, Honduras e Costa Rica). No parque arqueológico Tak'alik Ab'aj, a cerca de 200 quilômetros da capital do país, Cidade da Guatemala, foram encontrados adereços -- como braceletes e colares -- e peças em miniatura de jade azul que teriam pertencido a um governante ou líder religioso dos primeiros anos da civilização maia. De acordo com o arqueólogo Miguel Orrego, do Instituto de Antropologia e Historia de Guatemala, a tumba data de 700 a 400 antes de Cristo.
Entre os objetos de jade, foi encontrado um colar no qual estava retratada uma figura humana com cabeça de abutre. Em razão disso, o governante recebeu o nome de K’utz Chaman, que em maia quer dizer “avô abutre”. O colar com a figura de abutre indica que a pessoa enterrada era um ajaw, um governante, porque o símbolo representava poder e status econômico e era entregue a anciãos respeitados. Não havia ossos no local, os quais provavelmente se desintegraram ao longo dos séculos. Os arqueólogos calcularam a data por exames de radiocarbono.
"Este enterro se situa no amanhecer da era maia, razão pela qual pode ser considerado o mais antigo enterro real com um enxoval tão sofisticado encontrado na Mesoamérica", afirmou Christa Schieber, também antropóloga do Instituto de Antropologia e História da Guatemala.
A costa sul guatemalteca foi habitada a princípio por olmecas, cultura que entrou em declínio por volta de 400 a.C, quando os maias estavam começando se desenvolver.  
Pelo período em que viveu, o "avô abutre" pode ter sido “uma ponte entre as duas culturas”, de acordo com Orrego. Isso porque ele pode ter sido o primeiro a introduzir elementos característicos da cultura maia, como a construção de pirâmides e a representação de famílias reais. 
Os maias chegaram a dominar uma área da América Central que englobava os atuais territórios de Honduras ao centro do México entre 250 e 800 depois de Cristo.

Três orientações para a semana do Enem



Diminua o ritmo de estudo

Para Alessandra Venturi, coordenadora pedagógica do Cursinho da Poli, é hora de desacelerar, mesclando turnos dedicados a revisão do conteúdo e momentos de relaxamento. Confira abaixo outras orientações:
1. Revise conteúdos
O que não foi aprendido ao longo do ano dificilmente será assimilado na última semana. Por isso, a regra agora é revisar conteúdos já conhecidos. Isso deve aumentar a confiança do estudante. Se fizer o contrário, tentando reter informações novas, ele provavelmente se sentirá inseguro e achará que não sabe nada.

2. Diminua o ritmo de estudo
Ainda que o foco seja apenas revisão, é importante não exagerar:
- dedique no máximo 50 minutos a cada disciplina
- faça intervalos de 10 minutos a cada 50 minutos de estudo
- evite jornadas muito extensas, comuns na reta final de exames: dedique-se no máximo cinco horas por dia. De preferência, divida o estudo entre os períodos da manhã e da tarde
3. Visite o local da prova
Para evitar atropelos na hora da prova, escolha um dia da semana para visitar o local onde fará o exame. Faça todo o trajeto que de fato será utilizado no dia da avaliação. O mesmo vale para o meio de transporte: quem pretende ir de ônibus para a prova, deve simular o trajeto de ônibus (raciocínio idêntico serve para quem vai de carro, a pé etc.). Informe-se ainda sobre eventuais alterações no tráfego de veículos aos finais de semana, tendo em mente que o Enem ocorre no sábado e domingo. Preocupar-se com isso agora é fundamental. Lembre-se de que, todos os anos, muitos candidatos chegam atrasados e ficam de fora da avaliação: a organização não permite a entrada de ninguém após o horário determinado.

Controle stress e ansiedade

O psicólogo Alexandre Maia, autor do livro Preparo Emocional para Passar em Provas e Concursos, dá orientações para manter o equilíbrio:
1. Faça exercícios físicos
Ansiedade é um sentimento crescente faltando uma semana para as provas. A melhor forma de aliviar a tensão é colocar o corpo em movimento. Os estudantes habituados a realizar atividades físicas devem manter a rotina. Para os sedentários, a orientação é simples: caminhe ao menos três vezes na semana – cada passeio deve durar ao menos 30 minutos.
2. Durma bem
Noites bem dormidas são essenciais para renovar mente e corpo para os momentos de vigília. Para evitar a temida insônia, valem três orientações antes de ir para a cama à noite:
- tome um banho morno
- encerre os estudos três horas antes de se deitar
- entre o fim dos estudos e a hora de ir para cama, realize atividades prazerosas (game, TV etc.)
3. Exercite a respiração
Quando nos sentimos muito ansiosos ou receosos, como às vésperas do Enem, descuidamos de algumas rotinas essenciais ao equilíbrio. É o caso da respiração: os mais agitados chegam a desenvolver até uma respiração ofegante em situações extremas. Uma forma de buscar o equilíbrio é exercitar a respiração. Basta sentar-se em um lugar tranquilo e, em seguida, inspirar e expirar o ar pausadamente durante 20 ou 30 vezes. O exercício pode ser realizado duas vezes ao dia.
4.  Divirta-se, mas sem excessos
Relaxar é a palavra de ordem para sexta-feira, véspera do Enem. Nesse dia, vale passear com o cachorro, ir ao cinema, ao parque ou a algum restaurante de sua preferência. Ir à balada não é uma boa ideia: agitação em excesso pode prejudicar corpo e mente.

Cuide da alimentação e garanta energia para provas

A nutricionista Patrícia Frenhani, professora da PUC-Campinas, indica cardápios para evitar sonolência e garantir energia:
1. Alimente-se a cada três horas
Realizar longos jejuns prejudica o raciocínio e pode provocar tonturas – tudo o que estudante não quer às vésperas do exame. A recomendação, neste caso, é comer a cada três horas, totalizando cinco refeições diárias: café da manhã, lanche matinal, almoço, lanche vespertino e jantar. Confira sugestões de cardápio para cada uma das refeições:
café da manha: leite ou iogurte desnatado, pão integral com queijo branco magro
lanche da manhã: barra de cereal ou fruta ou suco
almoço: arroz integral, feijão, carne magra (de preferência frango ou peixe), legumes e salada. Massa integral é uma boa opção
lanche vespertino: fruta ou suco
jantar: siga as mesmas orientações do almoço
2. Coma frutas e cereais
Para combater a ansiedade e auxiliar no raciocínio, inclua na dieta alimentos que contêm vitaminas do complexo B, como cereais, pães e bolos integrais, leite, vegetais e frutas.
3. Beba muito líquido
O ideal é ingerir cerca de dois litros de água por dia – o que representa de oito a dez corpos. Sucos naturais de fruta e água de coco também são recomendados. Refrigerantes, vale lembrar, provocam sensação de estufamento e devem ser evitados nesta fase.
4. Evite bebidas estimulantes
Às vésperas da prova, muitos estudantes abusam de bebidas estimulantes, como energéticos e café. É um erro. Em doses excessivas, as bebidas causam insônia e podem inclusive aumentar a ansiedade.