segunda-feira 13 2014

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Café Filosófico: A utopia do autoconhecimento - Ricardo Goldenberg



Café de Ideias - Leandro Karnal - 06.12.2013



7 Pecados Capitais - A inveja e a tristeza sobre a felicidade alheia - L...



Mude a dieta para ficar irresistível sem roupa


Ponha no prato alimentos que acabam com celulite, estrias e gordura localizada
Protetor solar, creme hidratante, loção creme pós-barba (ou depilação), secador de cabelo: a rotina de vaidade inclui muitos apetrechos. Mas, mesmo com a ajuda deles, difícil quem não esconda uma ou outra neura embaixo das roupas, como estrias, gordura localizada e flacidez. Se você faz parte desse grupo e quer se livrar das preocupações, é melhor começar a fazer mudanças na dieta - as correções na alimentação são o segredo para seus cremes fazerem efeito e luz acesa nenhuma causar insegurança. 

Pele firme
A flacidez nos braços, pernas e bumbum não incomoda só o toque, mas também a aparência. O problema tem fim com uma receita combinada de exercícios e alimentos que estimulam a produção e colágeno. O nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) explica que a ingestão de proteínas, como carne, leite e ovos, está na lista de cuidados que favorecem a rigidez da pele. Além das proteínas, a ingestão de frutas secas, chá verde, uvas e até chocolate amargo contribuem no combate a flacidez. "Eles são ricos em flavonoides, substâncias com poder antioxidante e anti-inflamatório, que combatem os radicais livres e ajudam na produção de colágeno". 

Manchas no corpo
Para as peles que estão mais suscetíveis a manchas causadas pelo sol ou mesmo mais sensíveis a esse tipo de problema, a dieta rica em vitaminas E e C precisa ser regra. Segundo o dermatologista Mario Chaves, da clínica Derma Gávea, no Rio de Janeiro, a vitamina C tem poder antioxidante e oferece proteção solar, ajudando a clarear a pele. "A vitamina E oferece proteção contra os danos causados pelo sol e estabiliza as membranas celulares, protegendo-as contra as agressões externas", afirma o especialista. Ele completa dizendo que a ação dessas vitaminas é ainda mais eficiente quando são consumidas em conjunto, pois a vitamina E tem a função de recobrar o poder antioxidante da vitamina C, que se oxida facilmente. Boas fontes de vitamina C são laranja, acerola, kiwi e limão. Já a vitamina E pode ser encontrada em óleos vegetais, gérmen de trigo e oleaginosas. 

Músculos definidos
Para ter músculos fortes, é necessário praticar uma atividade física, principalmente musculação. No entanto, a alimentação adequada faz os resultados aparecerem mais rapidamente na academia. A nutricionista especializada em Nutrição Esportiva Maria Luiza Bellotto, de Campinas, conta que se você quer turbinar o treino, deve investir em alimentos como ovos, abacaxi e soja.

A especialista explica que os ovos possuem aminoácidos essenciais para formar o tecido muscular e também para mantê-lo funcionando bem, e o abacaxi é fonte de minerais envolvidos na contração muscular (potássio, magnésio e cálcio) e vitaminas que impedem a oxidação dos músculos (vitaminas A, B1 e C). "Já a soja atua na síntese e na reposição de proteínas perdidas durante a atividade física", afirma.  

Cintura sem gordura
A cintura enxuta preocupa homens e mulheres - elas querem medidas finas, enquanto eles querem distância da barriga. O nutrólogo Roberto explica que a ingestão diária de duas colheres de sopa de azeite pode ajudar a diminuir o acúmulo de gordura abdominal. "As gorduras monoinsaturadas presentes do azeite evitam o acúmulo de gordura abdominal", diz.

Além disso, o chá de hortelã, o chá verde e o chá mate também são ótimas pedidas quando o assunto é afinar a cintura. "Eles ajudam o organismo a digerir gorduras e têm efeito termogênico, contribuindo para o emagrecimento", afirma o especialista. 

Elimine a gordura localizada
Aquelas gordurinhas que sobram no abdômen denunciam que faltou cuidado com a dieta e os exercícios. "Na maioria das vezes, este acúmulo de gordura vem da ingestão de carboidratos simples, presentes em pães, massas, doces, refrigerantes, e bebidas alcoólicas", afirma a nutróloga Tamara Mazaracki, da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Se você quer se livrar da gordura localizada, alimentos como peixes, frutas vermelhas e abacate podem ajudar. "Eles possuem substâncias que dissolvem a gordura localizada e aceleram a perda de medidas", afirma.  

Passando uma borracha na celulite
Apesar de mais comum nas mulheres, a celulite também atrapalha os homens e indica que mudanças urgentes na dieta precisam ser feitas. De acordo com a nutricionista Alice Carvalhais, do Instituto Mineiro de Endocrinologia, as inflamações causadoras da celulite normalmente são resultado da ingestão de gordura trans, gordura saturada, sal, alimentos industrializados, carboidratos refinados e açúcar. "Por outro lado, alguns nutrientes podem ajudar o organismo a combater essas inflamações e estimular a produção de substâncias capazes de eliminar as marcas", diz a especialista. Aveia, lima da pérsia e maçã são alguns dos alimentos que, segundo a especialista, estimulam o sistema linfático e ajudam na reorganização das fibras de sustentação da pele, desintoxicando o organismo das inflamações e renovando a pele.  

Sem estrias


As estrias são difíceis de tratar, porque são cicatrizes que se formam quando há um estiramento muito intenso das fibras da pele, que se rompe. "Existem tratamentos capazes de melhorar o aspecto das lesões, mas não as estrias em si", afirma o dermatologista Mario. "O ideal é investir em hábitos saudáveis, fortalecendo a pele e prevenindo o surgimento de novas cicatrizes". O efeito sanfona e o crescimento repentino são as principais causas das estrias, mas algumas pessoas têm a pele mais sensível ao problema e apresentam marcas mesmo sem ter passado por nenhuma das duas situações. Para aproveitar esse benefício, mantenha seu corpo sempre hidratado e consuma alimentos ricos em vitamina D e zinco. "A vitamina estimula a produção de colágeno, renovando a pele, e o zinco tem ação cicatrizante", afirma o especialista.

A Religião e o Fundamentalismo - Leandro Karnal




Saiba como prevenir e tratar as manchas nas axilas


Tratamentos resolvem o escurecimento da pele

Com o tempo esquentando, o drama de muitas mulheres volta a incomodar: a pele das axilas escurecida. No inverno, o problema fica escondido, já no verão é o motivo número 1 para que as peças com mangas dêem lugar às regatas e alcinhas muito mais fresquinhas.

O escurecimento da pele é mais comum nas peles morenas e negras, mas quem tem pele clara também pode sofrer com as manchas. Isso porque, elas podem ser causadas pelo excesso de melanina ou por agressões que a pele sofre.

"Em geral, as agressões são ocasionadas pelo atrito da pele com o tecido da roupa, depilação, alterações hormonais e desodorantes que contem álcool em suas fórmulas", explica o dermatologista Jorge Mariz. A quantidade de suor também pode causar as manchas, assim como a obesidade (já que, quando há excesso de peso, o atrito é maior. 
Manchas nas axilas
Mas existem tratamentos que são capazes de clarear as axilas, deixando a região livre da pigmentação escura. São boas opções para solucionar o problema os clareamentos com laser, que removem parte da pigmentação escura, ácidos clareadores e peelings superficiais. "O tipo de tratamento, o número de sessões e os resultados vão depender do grau de hiperpigmentação da pele", explica Jorge Mariz. "Nas peles onde o problema é superficial os tratamentos mais comuns são feitos com cremes despigmentantes, que são aplicados diretamente sobre o local", diz o especialista.

Peeling 
O peeling é o tratamento mais eficaz, mas também o mais agressivo, já que queima a região escurecida. "No peeling, usamos uma substância ácida para queimar a região. Esta queimadura superficial provoca uma descamação e consequente remoção da hiperpigmentação total ou parcial da pele", explica o dermatologista Cesar Cuono. Mas, por ser superficial, o tratamento não resolve os casos em que a área está escura demais. Durante a aplicação, você sente apenas um ardor. Mas a sensação passa em minutos e nenhum desconforto permanece (a não ser a descamação que irá acontecer).

Luz pulsada 
É um dos tratamentos mais recomendados para as manchas muito escuras. A luz pulsada funciona à base de raios luminosos que ajudam a diminuir a pigmentação extra da pele. "Os raios são absorvidos pela melanina acumulada e destroem este pigmento. Dependendo do tipo de pele e da concentração de melanina, pode-se sentir uma picada no disparo da luz, seguida de uma sensação de ardor. Mas o desconforto some em poucos minutos", explica o dermatologista Cesar Cuono. 



Tratando em casa
Já existem desodorantes que prometem ajudar a reverter o problema. Os produtos são livres de álcool e possuem nutrientes que ajudam acelerar o processo de renovação da pele, ajudando a remover as células escuras.

E muito cuidado com as receitinhas caseiras para clarear a pele. Elas não funcionam e podem até colocar sua saúde em risco. "O limão, por exemplo, é ácido e quando exposto ao sol, pode queimar e provocar lesões graves na pele. O ideal é procurar um especialista e investir em tratamentos seguros", explica a dermatologista da Unifesp, Solange Teixeira. Conheça outros perigos:

-Maisena: o amido realmente acalma a irritação aliviando o problema, mas não é capaz de clarear a pele, por isso, não funciona.

-Limão com açúcar: essa é a pior saída. Se exposto ao sol, você poderá sofrer queimaduras graves.

-Fubá com aveia: a espessura granulada da mistura pode ferir ainda mais a pele, provocando o escurecimento mais intenso.

-Água oxigenada: é um produto químico que pode agredir a pele de forma intensa, provocando lesões, queimaduras e até intoxicação.

-Talco: ele ajuda a diminuir o atrito no local, porém, sua composição química pode irritar a pele causando o efeito contrário. Faça o teste antes de usar.

Previna as manchas escuras 
Algumas medidas preventivas ajudam a afastar as manchas das axilas. Veja quais são elas:

-Nunca use desodorantes ou cremes com álcool na fórmula

-Use e abuse de cremes hidratantes -Prefira a depilação com cera ou a laser à feita com lâmina

-Use roupas mais leves e menos coladas ao corpo para não irritar a pele

-Prefira desodorantes com substâncias hidratantes e que controlam o suor (antitranspirantes) 

Tratamentos simples clareiam as axilas


Volte a levantar os braços e usar blusas cavadas sem sentir vergonha

Quando passa pela vitrine, você fica encantada pelo vestido. Mas, ao notar os braços cavados, desiste. O mesmo acontece com as blusinhas de treino: todas têm manga, por vergonha das axilas escuras, problema causado pela depilação freqüente e até pelo uso de desodorantes. Mas não precisa se preocupar: para acabar com ele não é o caso de deixar os pelos crescerem demais ou ter de suportar o mau cheiro nos braços.

"Alguns tratamentos são capazes de clarear as axilas, deixando a região livre da pigmentação escura", afirma o dermatologista Cesar Cuono, especialista do MinhaVida. De acordo com ele, o escurecimento acontece quando a pele é exposta a uma série de agressões (desde o atrito das roupas e da própria pele) até o uso de produtos químicos.

"A quantidade de suor também pode causar manchas, assim como a obesidade (já que, quando há excesso de peso, o atrito é maior). Isso aumenta a produção de melanina", afirma o médico. É justamente a maior quantidade de melanina que explica as manchas mais comuns nas peles morena e negra.
Axilas - Getty Images
Os tratamentos destinados a acabar de vez com esse escurecimento variam de acordo com o caso. "Normalmente, ele começa com produtos despigmentantes, que devem ser aplicados sobre a pele. Podemos usar, ainda, peelings e Luz Pulsada quando as manchas são mais escuras e resistem aos cremes", afirma Cesar Cuono.

Peeling
O peeling é realmente o tratamento mais eficaz, mas também o mais agressivo, já que queima a região escurecida. "No peeling, usamos uma substância ácida para queimar a região. esta queimadura superficial provoca uma descamação e conseqüente remoção da hiperpigmentação total ou parcial da pele", explica o especialista. Mas, por ser superficial, o tratamento não resolve os casos em que a área está escura demais. Durante a aplicação, você sente apenas um ardor. Mas a sensação passa em minutos e nenhum desconforto permanece (a não ser a descamação que irá acontecer).
"Alguns tratamentos são capazes de clarear as axilas, deixando a região livre da pigmentação escura"
Luz PulsadaA luz pulsada funciona à base de raios luminosos que ajudam a diminuir a pigmentação extra da pele. "Os raios são absorvidos pela melanina acumulada e destroem este pigmento. Dependendo do tipo de pele e da concentração de melanina, pode-se sentir uma picada no disparo da luz, seguida de uma sensação de ardor. Mas o desconforto some em poucos minutos", explica o dermatologista.

Prolongue o efeito do desodorante e afaste o mau cheiro


Atravesse a jornada de trabalho sem preocupação com o suor


Ele é tão importante quanto o sabonete ou a pasta de dentes, por exemplo. O seu desodorante garante um corpo refrescante por horas a mais, além de preservar suas axilas e a roupa do cheiro desconfortável de suor. Que tal, então, prolongar o feito do seu produto favorito por mais tempo?

Para que o desodorante aguente a jornada de trabalho, sem correr o risco de ver as manchas surgirem na camisa, o especialista Angel Lizárraga, diretor da Associação Brasileira de Cosméticos, recomenda que os cuidados comecem durante o banho. A flora bacteriana existente nas axilas reduz a eficiência do produto , explica.

Primeiro, lave a região com sabonete antibacteriano para eliminar os microorganismos causadores do mau cheiro. Seque-se bem, pois a pele úmida dificulta a penetração do produto.

Também é importante prestar atenção no tipo de tecido que constitui suas roupas. Os sintéticos abafam demais e dificultam a transpiração, favorecendo o odor desagradável. Quem sua demais, deve evitar esse tipo de material em qualquer época do ano. Já quem não sofre com o problema deve privilegiar as roupas de algodão nos dias quentes, pelo menos. 

Se você costuma tomar banho e seguir direto para a cama, pode dispensar o uso noturno dos desodorantes. Isso porque a maioria das fórmulas conta com agentes que bloqueiam as glândulas sudoríparas (que mal trabalham enquanto o corpo repousa). Além disso, a pele vai permanecer com resíduos químicos até o dia seguinte, sem necessidade , afirma Angel. 

Afaste as preocupações com o suor, seguindo estas dicas:


Na hora do banho - Getty Images



Na hora do banho 

Lave bem as axilas com buchas e sabonetes anti-sépticos. Seque bem a pele após o banho. 
Recheie o guarda-roupa

Prefira peças de algodão. Os tecidos sintéticos, como o elastano e a elanca, retêm o suor e dão mais chance para as bactérias entrarem em ação. Durante o dia, privilegie roupas de cores claras e que não apertem as axilas. Evite também tecidos grossos ou pesados, pois eles impedem a transpiração eficaz. Não repita roupas usadas de maneira nenhuma e evite usar roupas de outras pessoas. 
Menos suor

Mantenha a virilha e as axilas depiladas, pois isso ajuda a evaporar o suor e a diminuir o odor causado pelas bactérias, cuja proliferação é favorecida pela umidade retida nos pêlos. Compressas com chá preto ajudam a diminuir o suor, graças à presença de ácido tânico, que desacelera a produção da glândula sudorípara. Desodorantes antiperspirantes obstruem os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor. 
Sem perfume

Nunca escolha o desodorante pelo cheiro. Ele pode ser com ou sem perfume, porque seu efeito depende mesmo é da produção potencial de suor de cada indivíduo, da sua propensão a atrair bactérias e da capacidade desodorante do produto. 
Repassar

Os desodorantes antitranspirantes têm efeito mais prolongado, podendo inclusive ser usados uma vez ao dia, enquanto os mais suaves costumam exigir reaplicação - para quem transpira muito, de cinco a oito aplicações por dia. 
Hidratação

O uso de talco, soluções caseiras e perfumes nas axilas não são aconselháveis pelos médicos, porque podem comprometer a transpiração ou irritar a pele. Uma solução à base de hidróxido de magnésio (leite de magnésia comum) pode ser manipulada. Para evitar o suor excessivo, ela deve ser passada duas vezes ao dia, após o banho. Fale com o seu dermatologista sobre isso. 
Mais sensível 

Após a depilação, sua pele fica naturalmente mais sensível, irritando-se com facilidade. Por isso, evite passar desodorantes, e outros produtos químicos, nas 24 horas seguintes à eliminação dos pelos. http://www.minhavida.com.br/beleza/galerias/3193-prolongue-o-efeito-do-desodorante-e-afaste-o-mau-cheiro

Seis passos para ter axilas lisinhas todos os dias


Com estas medidas, você fica livre das manchas e irritações

Axilas manchadas, ressecadas e cheias de bolinhas detonam qualquer visual. Não é à toa que a região sofre com as marcas e irritações. Depilação, suor, atrito são alguns dos fatores que maltratam a pele das axilas. Some a isso a falta de cuidados, que também pode provocar mau cheiro. "Por serem dobras, tendem a reter impurezas e bactérias, causadoras do odor forte e de outras irritações", explica a dermatologista Meire Parada Brasil, da Unifesp. A seguir, aprenda como deixá-las lisinhas e macias em cinco passos muito simples de seguir.

Axilas lisinhas - Foto: Getty Images

1.Lave com água e sabonete para remover impurezas e o excesso de desodorante. Prefira os sabonetes antissépticos e use uma esponja macia para não agredir a pele.
2.Esfolie a região a cada 15 dias para remover impurezas e evitar que o pelo encrave. Usando a ponta dos dedos promova movimentos suaves e circulares. A esfoliação deve ser feita com moderação. "As axilas são dobras que vivem em constante atrito com a pele. Esfoliar em excesso uma região que é mais sensível, pode gerar irritação e favorecer lesões na região", explica a dermatologista Meire Parada Brasil.
3. Depois, seque bem a região com uma toalha limpa. "Isso evita a umidade no local, que somada ao calor, tornam-se condições perfeitas para a proliferação de fungos e bactérias, causadoras do mau cheiro", diz Meire.
4. Para ficar com a pele das axilas bem macia, aplique o mesmo hidratante corporal que você usa para hidratar as demais partes do corpo. "Você deve passar o creme da mesma maneira e com a mesma frequência, porém, antes de usá-lo certifique-se de que as axilas estão bem secas, para evitar a umidade", explica Meire.
5. Aplique um desodorante com função hidratante, que além de controlar a transpiração também vai hidratar as axilas. A diferença entre um bom desodorante hidratante e um que não faz tanto efeito está na sua fórmula e textura. Além de conter um teor de creme hidratante em sua composição, existem consistências que são mais apropriadas para a hidratação."Desodorantes nas versões creme, bastão e roll-on são sempre as melhores opções para quem quer ficar com a axila hidratada, além de cheirosa. Já os líquidos, com base alcoólica, não hidratam e ainda ressecam a pele", explica a dermatologista Meire Parada Brasil.
6. Tenha cuidado extra com a depilação. Pelos encravados, manchas e pele irritada são uma constante? Experimente substituir o método de depilação que você normalmente usa por um outro para resolver o problema. Depois da depilação, evite aplicar o desodorante, principalmente aqueles com álcool na formulação que irrita a pele.

Siga sete cuidados com o corpo nos dias de calor intenso


Saiba como evitar desidratação, suor excessivo e problemas para dormir

 Apesar de o clima quente ser mais comum no verão, nada impede o sol de aparecer com toda a força em pleno inverno - e é preciso estar preparado até mesmo nessas situações adversas. Dias de calor intenso podem causar danos à saúde se não forem tomados os cuidados adequados. "O organismo perde líquidos naturalmente ao longo do dia e esse quadro se agrava nos dias quentes, podendo causar alterações metabólicas", explica a nutricionista Flávia Ferazzo, de Goiânia. A seguir, confira como passar qualquer dia de calorão sem ficar no sufoco! 
mulher bebendo um copo d'água - Foto Getty Images

Hidratação em primeiro lugar
Nos dias quentes, o corpo precisa liberar calor por meio do suor para manter a temperatura corporal - eliminando água e sais minerais. De acordo com a nutricionista Flávia Ferazzo, sem a quantidade de água e sais minerais necessários, a pessoa fica com o metabolismo comprometido, podendo ter mais chances de sofrer lesões musculares, tonturas, cãibras, diminuição do desempenho físico, menor disposição e dificuldades de concentração.

"A sede é um sintoma tardio de falta de água - significa que o nosso corpo já está sofrendo uma pequena desidratação", explica a nutricionista. Por isso, é recomendado beber água aos poucos durante o dia, antes que a sede apareça. Uma dica para saber se seu corpo precisa de líquido é a urina - se for ao banheiro e perceber que ela está com cor escura e odores fortes, você está ingerindo pouca água. A urina deve estar bem clara, quase transparente! 
Alimente-se bem
Algumas frutas e vegetais apresentam grandes quantidades de água em sua composição. A melancia, por exemplo, tem mais de 90% do seu peso em água, assim como as folhas verdes. "Outra fonte importante é o leite, que possui mais de 80% de água em sua composição", declara Flávia Ferazzo. Além de serem ricas em líquidos, as frutas e verduras são fonte de potássio, mineral que precisa ser resposto quando há uma produção de suor muito intensa. "Portanto, invista também nos sucos de frutas para repor a água e os sais minerais perdidos em dias quentes", recomenda a nutricionista.

O consumo de gorduras deve ser evitado em dias muito quentes, pois elas não são bem metabolizadas, por conta da perda de líquidos do organismo. O resultado de um almoço cheio de frituras, por exemplo, pode ser uma sensação de mal-estar e desconforto algum tempo depois.  
Exercícios físicos
Durante a atividade física, a pessoa se desidrata e perde muito sódio e potássio. É preciso ingerir líquidos: "Apesar de não fornecer todos os nutrientes que os isotônicos possuem, a água já pode ser suficiente para controlar a temperatura corporal, retardar fadiga, prevenir câimbras e evitar o aumento da frequência cardíaca", conta.

Nos dias quentes, a perda de fluídos no suor é ainda maior e pode variar conforme a intensidade do exercício. Quanto mais intensa e longa for a atividade física, maior deverá ser a quantidade de água ou bebida isotônica ingerida. Confira a dica da nutricionista Flávia Ferazzo para manter a hidratação antes, durante a após a atividade física nos dias quentes:

- Antes do exercício: tome de 400 a 600ml de água no mínimo duas horas antes de iniciar o exercício;

- Durante o exercício: caso o exercício tenha mais de uma hora de duração, tomar de 150ml a 350ml a cada 20 ou 30 minutos;

- Após o exercício: beba o suficiente para matar a sua sede. 
Use roupas leves
A dermatologista Sara Bragança, membro da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, explica que o ideal é usar tecidos de algodão e malha - que absorvem o suor - e evitar tecidos sintéticos, que atrapalham a evaporação da transpiração. "Também é importante evitar roupas de cores escuras, que absorvem mais o calor por não refletir a luz solar", conta. Para evitar alergias e outros problemas de pele, procure lavar as roupas sempre que usá-las, sem repeti-las, e não usar peças de outras pessoas. 
Para dormir fresquinho
Um dos maiores incômodos dos dias quentes é a hora de dormir, principalmente para pessoas que não têm um ventilador no quarto. A dermatologista Sara Bragança aconselha tomar um banho frio antes de deitar e evitar alimentos como chás e leite quente. "O ideal é usar roupas de dormir frescas, manter o quarto arejado com as janelas abertas e não usar qualquer tipo de cobertor", diz.  
Transpirando demais?
Para manter o efeito do desodorante o dia inteiro, a dermatologista Sara Bragança recomenda aplicar um antitranspirante logo após o banho, pois ele obstrui os ductos das glândulas sudoríparas, reduzindo a produção de suor. Manter axilas e virilha também depiladas ajuda a evaporar o suor e diminuir a proliferação de bactérias, responsáveis pelo mau cheiro. Caso você sofra com suor nos pés, é possível usar talco ou mesmo o antitranspirante usado nas axilas, que funcionará reduzindo a transpiração dessa área também.  
Fuja do sol!
A temperatura corporal interna de uma pessoa deve ser de 37º C, independente do horário do dia. Para que o corpo não perca muito líquidos no esforço de se manter essa temperatura ideal, evite ficar exposto ao sol, principalmente, das 10 às 16 horas.

A exposição excessiva ao sol pode causar hipertermia, que é quando o corpo não consegue mais estabilizar o calor interno. "Nesse estágio, o organismo direciona toda sua energia para tentar dissipar o calor e, assim, algumas células param de funcionar, podendo causar desmaios graves", diz o fisiologista do esporte Daniel Portella, da Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul. 

O discurso em que Lula afirma que Bolsa Família deixa o sujeito vagabundo, sem vontade de plantar macaxeira!!! E a prova documental de quem foi o criador do programa


Como é mesmo? Segundo um novo Datafolha, a diferença entre Dilma e Serra oscilou para 20 pontos? Os petralhas não descansam nem de madrugada — creiam (devem ganhar bem!) — e anunciam que eu já perdi a eleição? Então eu vou lhes mostrar como me comporto em meio àqueles que já disputam o seu lugar à grama. E por que vou fazer o que segue? Por apreço à verdade. E porque, como escrevi naquele texto quanto estava em Dois Córregos, Corisco só se entrega na morte de parabelo na mão, hehe.
Ontem, na impressionante coleção de invencionices a que se entregou em cima do palanque, Lula afirmou que setores “elitistas” o criticaram por causa do Bolsa Família. Também é mentira. O único “elitista” contrário ao programa era… Lula!!! E dá para provar. Quando o Babalorixá chegou ao poder, inventou que o Brasil padecia de uma fome africana — que já havia sido superado havia duas décadas ao menos. E criou o natimorto programa Fome Zero, lembram-se? O que era mero golpe publicitário de Duda Mendonça virou estandarte do governo. Havia quatro programas de renda do governo FHC: Auxílio-Gás, Bolsa Alimentação, Bolsa Escola e Bolsa Renda. Lula os juntou depois e os chamou de Bolsa Família. Isso é história. Mas, antes de fazê-lo, falou muita bobagem. E depois também.
No dia 9 de abril de 2003, com o Fome Zero empacado, Lula fez um discurso no semi-árido nordestino, na presença de Ciro Gomes, em que disse com todas as letras que acreditava que os programas que geraram o Bolsa Família levavam os assistidos à vagabundagem. Querem ler? Pois não!
Eu, um dia desses, Ciro [Gomes, ministro da Integração Nacional], estava em Cabedelo, na Paraíba, e tinha um encontro com os trabalhadores rurais, Manoel Serra [presidente da Contag - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura], e um deles falava assim para mim: “Lula, sabe o que está acontecendo aqui, na nossa região? O povo está acostumado a receber muita coisa de favor. Antigamente, quando chovia, o povo logo corria para plantar o seu feijão, o seu milho, a sua macaxeira, porque ele sabia que ia colher, alguns meses depois. E, agora, tem gente que já não quer mais isso porque fica esperando o ‘vale-isso’, o ‘vale-aquilo’, as coisas que o Governo criou para dar para as pessoas.” Acho que isso não contribui com as reformas estruturais que o Brasil precisa ter para que as pessoas possam viver condignamente, às custas do seu trabalho. Eu sempre disse que não há nada mais digno para um homem e para uma mulher do que levantar de manhã, trabalhar e, no final do mês ou no final da colheita, poder comer às custas do seu trabalho, às custas daquilo que produziu, às custas daquilo que plantou. Isso é o que dá dignidade. Isso é o que faz as pessoas andarem de cabeça erguida. Isso é o que faz as pessoas aprenderem a escolher melhor quem é seu candidato a vereador, a prefeito, a deputado, a senador, a governador, a presidente da República. Isso é o que motiva as pessoas a quererem aprender um pouco mais.
Notaram a verdade de suas palavras? A convicção profunda? Então…
No dia 27 de fevereiro de 2003, Lula já tinha mudando o nome do programa Bolsa Renda, que dava R$ 60 ao assistido, para “Cartão Alimentação”. Vocês devem se lembrar da confusão que o assunto gerou: o cartão serviria só para comprar alimentos?; seria permitido ou não comprar cachaça com ele?; o beneficiado teria de retirar tudo em espécie ou poderia pegar o dinheiro e fazer o que bem entendesse?
A questão se arrastou por meses. O tal programa Fome Zero, coitado!, não saía do papel. Capa de uma edição da revista Primeira Leitura da época: “O Fome Zero não existe”. A imprensa petista chiou pra chuchu.
No dia 20 de outubro, aquele mesmo Lula que acreditava que os programas de renda do governo FHC geravam vagabundos, que não queriam mais plantar macaxeira, fez o quê? Editou uma Medida Provisória e criou o Bolsa Família? E o que era o Bolsa Família? A reunião de todos os programas que ele atacara em um só. Assaltava o cofre dos programas alheios, afirmando ter descoberto a pólvora. O texto da MP não deixa a menor dúvida:
(…) programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação - “Bolsa Escola”, instituído pela Lei n.° 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação - PNAA, criado pela Lei n.° 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde – “Bolsa Alimentação”, instituído pela medida provisória n.° 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás,instituído pelo Decreto n.° 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto n.° 3.877, de 24 de julho de 2001.
Compreenderam? Bastaram sete meses para que o programa que impedia o trabalhador de fazer a sua rocinha virasse a salvação da lavoura de Lula. E os assistidos passariam a receber dinheiro vivo. Contrapartidas: que as crianças freqüentassem a escola, como  já exigia o Bolsa Escola, e que fossem vacinadas, como já exigia o Bolsa Alimentação, que cobrava também que as gestantes fizessem o pré-natal! Esse programa era do Ministério da Saúde e foi implementado por Serra.
E qual passou a ser, então, o discurso de Lula?Ora, Lula passou a atacar aqueles que diziam que programas de renda acomodavam os plantadores de macaxeira, tornando-os vagabundos, como se aquele não fosse rigorosamente o seu próprio discurso.
No dia 23 de março de 2005, em Cuiabá, atirava contra as pessoas supostamente contrárias ao Bolsa Família. Leiam e confrontem com o que ele próprio dizia em 2003:
Eu sei que tem gente que fala: “Não, mas esse presidente está com essa política do programa Fome Zero, do Bolsa Família, isso é proselitismo, isso é esmola.” Eu sei que tem gente que fala assim. Lógico, o cidadão que toma café de manhã, almoça e janta todo santo dia, para ele Bolsa Família não significa nada, ele não precisa. E ainda mais se ele puder fazer uma crítica a mim tomando uma Coca-Cola em um bar, um uísque ou uma cerveja. Agora, tem pessoas que, se a gente não der essa ajuda, não conseguem comer as calorias e as proteínas necessárias à vida humana. E se for uma criança de antes de seis anos de idade, nós sabemos que essa criança poderá ter o seu cérebro atrofiado e nunca mais se recuperar.
Quando eu vou parar de evidenciar as mistificações de Lula? Nunca! Quanto mais “popular” ele fica, mais considero este trabalho uma obrigação moral.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-discurso-em-que-lula-afirma-que-bolsa-familia-deixa-o-sujeito-vagabundo-sem-vontade-de-plantar-macaxeira-e-a-prova-documental-de-quem-foi-o-criador-do-programa/

Por que o número de beneficiários do Bolsa Família só cresce

Veja.Com

Por Gabriel Castro, na VEJA.com. Volto no próximo post.
Há oito meses, boatos sobre o fim do Bolsa Família causaram pânico e levaram milhares de pessoas a agências da Caixa Econômica Federal em todo o país. Em meio ao episódio, duas cenas exibidas em telejornais foram reproduzidas na internet por seu aspecto inusitado. Elas mostravam beneficiárias do programa fazendo queixas incomuns. Francisca Flores, de São Luís (MA), reclamava: “Só ganho 134 reais e não está dando nem para comprar uma calça para minha filha, que tem 16 anos. Porque uma calça para uma jovem de 16 anos (sic) é mais de 300 reais”. Diana dos Santos, de Fortaleza (CE), contou diante das câmeras: “Eu fui à lotérica, como vou de costume, fazer um depósito na poupança do meu esposo. Fui depositar o dinheiro. Como eu já estava lá, aproveitei, levei o cartão, e tirei o Bolsa Família”.
Francisca acreditava que o dinheiro do auxílio do governo deveria ser usado para bancar bens de consumo mais caros do que os que o trabalhador médio pode bancar com seu salário. Diana revelou, sem se incomodar, que sua família poupa dinheiro mensalmente – e quem faz poupança evidentemente não está em situação de emergência financeira. É difícil estimar a quantidade de beneficiários irregulares do Bolsa Família: mas os exemplos de Francisca e Diana mostram que há algo de errado com o programa. Os números de 2013 reforçam esta impressão.
No ano passado, o total de beneficiários e o valor gasto com o programa atingiram novos recordes. Foram 20,6 bilhões de reais, pagos a 14,1 milhões de famílias. O próprio Ministério do Desenvolvimento Social aponta que mais de 50 milhões de pessoas, ou seja, mais de 25% da população brasileira, são atendidas pelo Bolsa Família. É o equivalente à população da África do Sul.
Em 2004, as dimensões eram bem menores: o total pago foi de 5,5 bilhões de reais, divididos por 6,6 milhões de famílias. Para 2014, os números indicam que deve surgir um novo recorde: o Orçamento previsto para o programa é de 25,2 bilhões de reais. Uma elevação tão acelerado no número de dependentes de auxílio governamental não aconteceu nem na parte da Europa que mergulhou em uma grave crise econômica nos últimos anos. Comparado com o total do orçamento, o valor significa pouco mais de 1% dos gastos do governo. O problema é a ampliação indefinida no programa. Não é exagero afirmar que, se fosse mantida a curva de crescimento, metade dos brasileiros poderia ser beneficiada com o dinheiro do Bolsa Família daqui a dez anos.
A presidente Dilma Rousseff tem como meta para 2014 incluir no programa outras 500.000 famílias – cerca de 1,8 milhão de pessoas – que teriam direito ao benefício mas estão fora do cadastro dos programas sociais do governo. Fora isso, o crescimento vegetativo e as oscilações da economia podem lançar no Bolsa Família novos beneficiários. É fácil entrar no programa – e a saída não é tão rápida: mesmo que a família passe a receber acima do limite de 140 reais mensais per capita, o corte no auxílio financeiro não é automático. Se a renda per capita não ultrapassar meio salário mínimo (362 reais), o cancelamento do benefício só é feito durante o período de revisão cadastral, em outubro de cada ano.
O governo usa o Bolsa Família como exemplo de uma medida bem sucedida. Mas como um programa criado para tirar pessoas da pobreza pode ser elogiado se o número de dependentes aumenta a cada ano? O crescimento vegetativo da população é uma explicação insuficiente, já que a quantidade de beneficiários sobe muito mais rapidamente do que a de brasileiros. “Se uma em cada quatro pessoas recebe Bolsa Família, isso quer dizer que três em cada quatro pagam por uma quarta. Não me parece que a longo prazo isso seja sustentável”, diz o economista Adolfo Sachsida, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O combate à pobreza é necessário, e o Bolsa Família cumpre essa função. Mas a expansão indiscriminada no número de atendidos pode não ser um simples lapso. Para o governo, há pouco a perder e muito a ganhar com o crescimento descontrolado no número de assistidos pelo dinheiro público: um programa relativamente barato, que tem pouca rejeição popular, mantém dependente do Estado uma parcela cada vez maior dos cidadãos. Com a devida propaganda, a lealdade desse eleitorado a cada quatro anos costuma ser elevada.
Fiscalização
As falhas na fiscalização também ajudam a explicar o número cada vez maior de beneficiários, apesar do crescimento da economia. Trabalhadores que possuem empregos informais – segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 40 milhões de pessoas – por vezes acabam burlando as regras e recebendo o benefício. “Não tem sido feito um controle adequado e isso desvirtua o programa”, diz o professor Newton Marques, da Faculdade de Economia da Universidade de Brasília (UnB).
Relatos de fraudes no programa não são raros: algumas das irregularidades descobertas envolvem pagamentos em nome de crianças, estrangeiros, mortos e até animais. As dificuldades na verificação dos critérios facilitam os desvios. A fiscalização é feita no plano municipal, com o uso de ferramentas oferecidas pelo governo federal.
Em um fórum virtual que reúne gestores do Bolsa Família, os relatos sobre as dificuldades são frequentes. Em uma das mensagens publicadas na página, um funcionário admite que não pretende cancelar os pagamentos a uma beneficiária que, pelas regras, já ultrapassou a renda exigida para participar do Bolsa Família: “Eu me sinto frustrado em ter que fazer parte desse processo. Será por iniciativa minha que ela deixará de receber o dinheiro que já está acostumada a receber. Sou eu quem irá explicar o motivo de ela estar com o beneficio bloqueado. Enfim, serei eu quem irá escutar as reclamações, ameaças e tudo mais”, diz ele.
O Bolsa Família contempla os núcleos familiares com menos de 70 reais de renda per capita ou famílias que tenham renda de até 140 reais per capita e possuam ao menos um jovem menor de quinze anos. O menor auxílio pago aos beneficiários do programa é de 32 reais. De acordo com a renda familiar e a quantidade de filhos, o valor pode subir muito: há beneficiários que recebem 600, 700 e até 800 reais por mês. O valor médio pago é de 120 reais.
Um dos problemas mais graves do Bolsa Família é a falta das tão propaladas portas de saída. Apenas 12% dos atendidos pelo programa abriram mão do benefício até hoje, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social. E não se pode dizer que eles superaram a miséria necessariamente graças ao auxílio do governo.
O efeito do programa também pode ser uma das explicações para a baixa no índice de desemprego. A metodologia aplicada pelo IBGE só considera desempregada a pessoa que, tendo mais de dez anos, procurou um emprego nos trinta dias anteriores à pesquisa e não encontrou. Com o Bolsa Família garantido por tempo indeterminado, argumentam alguns economistas, muitas pessoas não se dedicam com afinco à procura por um novo trabalho. Como consequência, elas não são vistas estatisticamente como desempregadas.
Adolfo Sachsida e Newton Marques concordam que seria adequado instituir um limite temporal – três ou quatro anos, sugere o pesquisador do Ipea – para que os beneficiários busquem uma qualificação e adquiram uma fonte de renda por conta própria. Mas, dado o potencial eleitoral do programa, nenhum partido político encampa uma proposta do tipo.
Eleições
No período eleitoral de 2014, não haverá debates sobre o fim do Bolsa Família, nem sobre a instituição de limites temporais ao programa. O candidato do principal partido de oposição, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), já se vacinou contra os potenciais boatos de que iria encerrar o programa: apresentou um projeto de lei transformando o benefício em política de Estado.
“Não se pode falar disso durante a eleição. E a principal razão é esta: 50 milhões de pessoas dependem do programa”, diz o professor Paulo Kramer, do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB). Ele lembra que, em 1996, o governo americano implementou uma reforma no sistema de assistência social para impor limites temporais aos benefícios concedidos às famílias pobres. As mudanças implementadas por Bill Clinton alteraram o modelo implementado três décadas antes, no governo de Lyndon Johnson.
O desgaste do sistema anterior era evidente: muitas pessoas em perfeitas condições de procurar trabalho deixaram de fazê-lo para não perder os benefícios; o número de crianças nascidas fora do casamento aumentou, já que os homens solteiros já não se sentiam obrigados a assumir a responsabilidade financeira sobre as crianças; e os gastos federais com a assistência social impediam o saneamento das contas públicas.
A regra aprovada em 1996, após um esforço suprapartidário, instituía um prazo de dois anos para que o beneficiário encontrasse um trabalho; depois disso, ele perderia direito ao auxílio financeiro. Durante toda a vida, o cidadão poderia receber o benefício por no máximo cinco anos. Também foram criados incentivos para a responsabilidade individual dos assistidos. É bom lembrar: Bill Clinton pertence ao Partido Democrata, mais à esquerda. Isso não impediu a reforma moralizadora.
É razoável que o governo auxilie famílias que, por razões diversas, estejam à beira da miséria. O debate gira em torno do modelo aplicado: sem critérios rigorosos e apoio à autonomia dos mais pobres, programas de assistência social podem causar efeitos negativos. É a lição que os Estados Unidos aprenderam e que, aparentemente, o Brasil ainda precisa aprender.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/por-que-o-numero-de-beneficiarios-do-bolsa-familia-so-cresce/

O Bolsa Família e os “vagabundos” de Lula, que não plantavam mais macaxeira

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A VEJA.com desta segunda publica uma excelente reportagem de Gabriel Castro sobre o Bolsa Família. Já escrevi aqui algumas vezes que uma das medidas do sucesso do programa seria a diminuição do número de famílias atendidas, certo? Não preciso explicar os motivos, acho… Mas quê! Em Banânia, dá-se justamente o contrário: o governo bate no peito, cheio de satisfação, quando cresce o número de atendidos.
Pensem um pouquinho: faz sentido o país estar com o menor desemprego de sua história e com o Bolsa Família em expansão? Faz, mas de um modo que muito talvez não suspeitem (leiam a reportagem). Nessa história toda, muita coisa está errada — envolta em mistificações — desde a origem. Pra começo de conversa, a renda derivada do trabalho informal não entra na conta do estabelecimento da linha de corte para a concessão do benefício. Vamos ao extremo: consumidores de crack que vagam pelas cracolândias Brasil afora, sem casa, sem mais nada, consomem em pedra um valor muitas vezes superior aos R$ 70 per capita que habilitam alguém a se candidatar ao programa.
Recorro a esse exemplo extremo porque esse grupo acaba sendo uma espécie de emblema de pessoas que vivem à margem da sociedade. Atenção! Um consumidor de crack pode gastar com a droga R$ 70 por dia — não por mês. E qual a origem dessa “renda”? A esmola e pequenos serviços prestados informalmente.
Só 1%
Os mistificadores agora deram para acusar de crueldade os críticos da expansão do Bolsa Família porque, afinal, o programa consome apenas 1% do PIB brasileiro, e isso não passaria de uma migalha. Por outro lado, o governo gastaria muito mais com os tais “rentistas” (são os alvos da hora dos esquerdopatas) por intermédio do pagamento de juros.
É uma crítica que concentra várias formas de vigarice. Começo pelo mais óbvio: o governo paga aos ditos “rentistas” pelo dinheiro que é obrigado a tomar emprestado em troca de títulos que põe no mercado. E só faz isso porque precisa de recursos para se financiar. E só precisa fazer isso porque gasta mais do que arrecada, já que concede mais benefícios — se quiserem, a pobres e ricos — do que teria condições de fazê-lo e porque a máquina é cara e ineficiente.
Em segundo lugar, fica parecendo que o Bolsa Família é o único programa social vigente no país. Não! É preciso colocar na conta a saúde, educação e programas de moradia — nas três esferas da administração — e a Previdência Social. O 1% do PIB do Bolsa Família é, com efeito, a menor fatia do desembolso social.
O problema é que o programa se converteu — vejam os números na reportagem — numa ação que tem forte apelo eleitoral; na verdade, eleitoreiro. Não há corrente política no país capaz de falar com a parte da sociedade que paga a conta; todos preferem ter como interlocutores os beneficiários. Nas disputas eleitorais de 2006 e 2010, os petistas fizeram terrorismo aberto, acusando a oposição de querer pôr fim ao programa. Desta feita, o PSDB se blindou da fofoca: Aécio Neves apresentou um projeto incorporando o Bolsa Família aos benefícios permanentes, que não dependam da boa vontade de governos. É uma medida eleitoralmente prudente, dada a vigarice oficial. Mas é inescapável constatar que isso só nos distancia de uma resposta adequada.
Sem medo de ser feliz
E pensar que, de fato, o Bolsa Família foi criado pelo PSDB. Não é mera questão de opinião, não. É matéria de fato. Como já demonstrei aqui por A + B, quem achava que programas de bolsa deixavam o pobre vagabundo é Lula. No dia 9 de abril de 2003, com o Fome Zero empacado, ele fez um discurso no semiárido nordestino, na presença de Ciro Gomes, em que disse com todas as letras que acreditava que os programas que geraram o Bolsa Família levavam os assistidos à vagabundagem. Querem ler? Pois não! Em vermelho.
Eu, um dia desses, Ciro [Gomes, ministro da Integração Nacional], estava em Cabedelo, na Paraíba, e tinha um encontro com os trabalhadores rurais, Manoel Serra [presidente da Contag - Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura], e um deles falava assim para mim: “Lula, sabe o que está acontecendo aqui, na nossa região? O povo está acostumado a receber muita coisa de favor. Antigamente, quando chovia, o povo logo corria para plantar o seu feijão, o seu milho, a sua macaxeira, porque ele sabia que ia colher, alguns meses depois. E, agora, tem gente que já não quer mais isso porque fica esperando o ‘vale-isso’, o ‘vale-aquilo’, as coisas que o Governo criou para dar para as pessoas.” Acho que isso não contribui com as reformas estruturais que o Brasil precisa ter para que as pessoas possam viver condignamente, às custas do seu trabalho. Eu sempre disse que não há nada mais digno para um homem e para uma mulher do que levantar de manhã, trabalhar e, no final do mês ou no final da colheita, poder comer às custas do seu trabalho, às custas daquilo que produziu, às custas daquilo que plantou. Isso é o que dá dignidade. Isso é o que faz as pessoas andarem de cabeça erguida. Isso é o que faz as pessoas aprenderem a escolher melhor quem é seu candidato a vereador, a prefeito, a deputado, a senador, a governador, a presidente da República. Isso é o que motiva as pessoas a quererem aprender um pouco mais.
Notaram a verdade de suas palavras? A convicção profunda? Então…
No dia 27 de fevereiro de 2003, Lula já tinha mudando o nome do programa Bolsa Renda, que dava R$ 60 ao assistido, para “Cartão Alimentação”. Vocês devem se lembrar da confusão que o assunto gerou: o cartão serviria só para comprar alimentos?; seria permitido ou não comprar cachaça com ele?; o beneficiado teria de retirar tudo em espécie ou poderia pegar o dinheiro e fazer o que bem entendesse?
A questão se arrastou por meses. O tal programa Fome Zero, coitado!, não saía do papel. Capa de uma edição da revista Primeira Leitura da época: “O Fome Zero não existe”. A imprensa petista chiou pra chuchu.
No dia 20 de outubro, aquele mesmo Lula que acreditava que os programas de renda do governo FHC geravam vagabundos, que não queriam mais plantar macaxeira, fez o quê? Editou uma Medida Provisória e criou o Bolsa Família? E o que era o Bolsa Família? A reunião de todos os programas que ele atacara em um só. Assaltava o cofre dos programas alheios, afirmando ter descoberto a pólvora. O texto da MP não deixa a menor dúvida (em vermelho):
(…) programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação – “Bolsa Escola”, instituído pela Lei n.° 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação – PNAA, criado pela Lei n.° 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde – “Bolsa Alimentação”, instituído pela medida provisória n.° 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás,instituído pelo Decreto n.° 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto n.° 3.877, de 24 de julho de 2001.
Compreenderam? Bastaram sete meses para que o programa que impedia o trabalhador de fazer a sua rocinha virasse a salvação da lavoura de Lula. E os assistidos passariam a receber dinheiro vivo. Contrapartidas: que as crianças frequentassem a escola, como já exigia o Bolsa Escola, e que fossem vacinadas, como já exigia o Bolsa Alimentação, que cobrava também que as gestantes fizessem o pré-natal! Esse programa era do Ministério da Saúde e foi implementado por Serra.
E qual passou a ser, então, o discurso de Lula?
Ora, o Apedeuta passou a atacar aqueles que diziam que programas de renda deixavam acomodados os plantadores de macaxeira, tornando-os vagabundos, como se aquele não fosse rigorosamente o seu próprio discurso. No dia 23 de março de 2005, em Cuiabá, atirava contra as pessoas supostamente contrárias ao Bolsa Família. Leiam e confrontem com o que ele próprio dizia em 2003:
Eu sei que tem gente que fala: “Não, mas esse presidente está com essa política do programa Fome Zero, do Bolsa Família, isso é proselitismo, isso é esmola.” Eu sei que tem gente que fala assim. Lógico, o cidadão que toma café de manhã, almoça e janta todo santo dia, para ele Bolsa Família não significa nada, ele não precisa. E ainda mais se ele puder fazer uma crítica a mim tomando uma Coca-Cola em um bar, um uísque ou uma cerveja. Agora, tem pessoas que, se a gente não der essa ajuda, não conseguem comer as calorias e as proteínas necessárias à vida humana. E se for uma criança de antes de seis anos de idade, nós sabemos que essa criança poderá ter o seu cérebro atrofiado e nunca mais se recuperar.
Fora do horário eleitoral; imprensa crítica
Estudar como se deu a mudança desse discurso explica, em boa parte, como se construiu a hegemonia petista. Em 2002, havia nada menos de 5 milhões de famílias atendidas por alguma das bolsas do governo FHC — que depois foram reunidas sob a rubrica Bolsa Família.
As concessões, acreditem, não foram usadas pelo PSDB na campanha eleitoral de 2002. Ao contrário até: havia certo esforço para escondê-las. Não se deve criticar apenas o partido por isso. Quem consultar o noticiário da época vai constatar que a própria imprensa — contaminada pelo petismo — dispensava às bolsas tratamento semelhante ao de Lula: NÃO PASSAVAM DE ESMOLAS.
Os analistas “de esquerda”, isentos como um táxi, tachavam os programas de meras “medidas compensatórias” para minimizar os efeitos de um suposto ajuste neoliberal na economia, que teria sido operado por FHC. Era conversa mole; era bobagem, mas a coisa colou. Assim, o PSDB preferiu esconder, em 2002, que havia 5 milhões de famílias recebendo benefícios — o que atingia bem uns 25 milhões de pessoas. Os tucanos, vejam vocês!, na verdade, se envergonhavam daqueles programas e achavam que eles depunham contra o Brasil. No particular, então, concordavam com… Lula!
Com menos de um ano de poder, o Apedeuta percebeu que poderia transformar o que considerava uma titica em ouro eleitoral puro. Como se vê acima, unificou todos os programas num só, chamou de “Bolsa Família”, anunciou a redenção dos pobres e, três anos depois, já havia dobrado o número de famílias beneficiadas: 10 milhões. Na eleição de 2006, sugeriu que os tucanos é que achavam os beneficiários “vagabundos”, não ele.
E, é fato, na imprensa, o Bolsa Família passou a ter um prestígio realmente inédito. Também os analistas isentos como um táxi acreditam que só reacionários de maus bofes criticam o Bolsa Família; também eles acham que o aumento de pessoas atendidas é uma medida de sucesso do governo.
E assim vamos.

Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-bolsa-familia-e-os-vagabundos-de-lula-que-nao-plantam-mais-macaxeira/

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