Alerta: O glúten está presente nos seguintes cereais: trigo, cevada, centeio e na aveia. A indústria alimentícia é obrigada (por lei) a esclarecer a existência ou não de glúten nos rótulos de seus produtos.
Por Carla Pernambuco 30/dez/2013 11:26
Durante muito tempo as pessoas que tinham intolerância ao glúten, ficaram proibidas de experimentar alguns sabores bem interessantes.
Como o desconforto (inclusive perigo de vida) era muito grande, os Celíacos (como são chamados os que tem essa patologia) se resignavam, buscando outras alternativas alimentares. E diga-se de passagem, não são poucas.
Essa doença - pelo que se supõe - está presente na humanidade desde priscas eras.
No século II, um grego - chamado Aretaeus da Capadócia - descreveu um determinado tipo de diarreia crônica, usando a palavra "Koiliakos" (aqueles que sofrem do intestino). Tudo leva a crer que já naquela época ele se referia à doença celíaca que, em 1888, Samuel Gee - médico pesquisador inglês - descreveu a moléstia em detalhes, achando que as farinhas poderiam ser as causadoras.
Em 1950, o Prof. Dicke, pediatra holandês de Utrecht, divulgou que as crianças com essa "afecção celíaca" melhoraram da sua doença apesar da grave carência de alimentos causada, durante a 2ª guerra mundial, pelo racionamento de alimentos imposto pela ocupação alemã que reduziu drasticamente o fornecimento de pão à população holandesa. Dicke associou então este fato, com o baixo consumo da dieta em cereais.
Desde que, há 60 anos, o glúten foi identificado como causa da doença.
Recentemente (2010), pesquisadores pertencem ao Instituto de I investigação Médica Walter & Elisa Hall, em Melbourne, na Austrália, fizeram a descoberta (comprovação científica) da causa da doença celíaca. Determinados compostos nocivos presentes no glúten, chamados de pépticos são os vilões dessa intolerância.
Como uma profissional do ramo da alimentação, sempre me preocupei com essas (ditas) minorias desfavorecidas (intolerantes a lactose e glúten) e busco oferecer em meus cardápios opções - igualmente - saborosas e nutritivas.
Estamos no Sec. XXI, não faltam alternativas, nem informações, nem conhecimento.
É só se ligar.
Já há algum tempo, além da existência de casas especializadas, encontramos na maior parte dos supermercados, prateleiras específicas com produtos compatíveis.
O Bifum (Vermicelli do Arroz), macarrão de arroz tradicional na culinária oriental, Talharins e outros tantos produtos com base de Arroz, são opções que substituem - sem ficar devendo em sabor e consistência - às massas tradicionais de "grano duro".
Em 2004: o mestre cervejeiro inglês, Derek Green (celíaco também) colocou no mercado a Green's - uma linha completa de cervejas sem glúten. Derek garante que além de não conter glúten, esta cerveja artesanal inglesa, sendo composta de trigo sarraceno.
O trigo Mourisco ou Sarraceno, na realidade não é trigo (trata-se de uma gramínea que está mais para arroz que pra trigo) é uma excelente opção para substituir alguns desses cereais comprometidos.
Essa cerveja já se encontra no Brasil nas boas casas do ramo. Eu provei na casa de um amigo celíaco e só fiquei sabendo que não tinha glúten porque ele mesmo falou. Achei saborosíssima.
Ou seja... intolerantes a isso ou aquilo... só comem mal se quiserem.
Olha só esse bolo feito a base de farinha de milho branco e farinha de arroz.
Bolo de fubá branco “SEM GLÚTEN”
Procedimento:
No liquidificador junte o leite, o óleo, os ovos, o fubá, a farinha e o açúcar, bata bem.
Com o liquidificador desligado junte o fermento e a erva-doce, misture com uma espátula.
Unte uma forma de buraco no meio com manteiga e açúcar, despeje a massa e leve ao forno preaquecido à 170°C por cerca de 40 minutos ou até que o palito saia seco ao espetar no centro do bolo.
Desenforme, polvilhe açúcar de confeiteiro e sirva.
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