terça-feira 23 2013

‘Fala, Francisco’, por Ricardo Noblat


Publicado no Globo desta segunda-feira
RICARDO NOBLAT
“Algo aconteceu com nossa política, ficou defasada em relação às ideias, às propostas. As ideias saíram das plataformas políticas para a estética. Hoje importa mais a imagem que o que se propõe. (…) Endeusamos a estatística e o marketing. Participar da vida política é uma maneira de honrar a democracia. Seria necessário distinguir entre a Política com P maiúsculo e a política com P minúsculo.” [Papa Francisco]
Cidadania. “A sociedade política só irá resistir se a satisfação das necessidades humanas for a nossa vocação. Esse é o papel do cidadão. (…) As pessoas são sujeitos históricos, o que significa cidadãos e membros da nação. O Estado e a sociedade devem gerar condições sociais que promovam e atuem como guardiãs de seus direitos, permitindo que sejam construtoras de seu próprio destino”.
Dignidade. “Não existe uma única violação da dignidade de um homem ou de uma mulher que possa ser justificada por qualquer outra coisa ou ideia. Nem uma única. (…) Quando uma pessoa ou um povo vende sua dignidade, ou a barganha, todo o resto perde consistência e deixa de ter valor”.
Verdade. “Em uma sociedade na qual as mentiras, os disfarces e a hipocrisia fizeram com que as pessoas perdessem a confiança básica no contrato social, o que poderia ser mais revolucionário do que a verdade?”
Marginalização. “Antes, em nossa sociedade, podíamos falar de opressores e oprimidos. Com o tempo, notamos que essa categorização não era suficiente, havia que acrescentar mais uma, a de incluídos e excluídos. Hoje em dia, a coisa ficou muito mais selvagem e temos que acrescentar outra antinomia: os que entram e os que sobram. Nesta civilização consumista, hedonista, narcisista, estamos nos acostumando ao fato de que certas pessoas são descartáveis.”
Neoliberalismo. “A crise socioeconômica e o consequente aumento da pobreza têm suas origens em políticas inspiradas por formas de neoliberalismo, que consideram o lucro e as leis do marcado como parâmetros absolutos acima da dignidade das pessoas ou dos povos. (…) Na predominante cultura neoliberal, o externo, o imediato, o visível, o rápido, o superficial: estes ocupam o primeiro lugar, e o real cede terreno às aparências”.
Globalização. “A globalização que uniformiza é essencialmente imperialista e instrumentalmente liberal, mas não é humana. Em última instância, é uma maneira de escravizar os povos. (…) A globalização, como uma imposição unidirecional e uniforme de valores, práticas e bens, anda de mãos dadas com a imitação e a subordinação cultural, intelectual e espiritual”.
Pátria. “A Pátria é o patrimônio dos pais, o que recebemos daqueles que a fundaram. São os valores que nos entregaram em custódia, mas não para que os guardemos em uma lata de conserva, e sim para que, com o desafio do presente, os façamos crescer e os lancemos à utopia do futuro. Esse é o nosso patrimônio”.
Religião e Política. “Pensar que o poder é impor o meu caminho, alinhar todo mundo e fazê-los andar por essa trilha me parece errado. Agora, se concebo o poder de uma maneira antropológica, como um serviço à comunidade, é outra coisa. A religião tem um patrimônio e o põe a serviço do povo, mas, se começa a se misturar com politicagem e a impor coisas por baixo do pano, se transforma em um mau agente de poder. (…) “Algumas pessoas me dizem: ‘Padre, os políticos não estão fazendo nada’. Mas e você, o que está fazendo? Se não faz nada, então grite”.

Reynaldo-BH: Bem-vindo, Francisco. E fique tranquilo. Eles não nos representam

veja.com
REYNALDO ROCHA
Francisco, o Papa, pode ser uma surpresa para muitos. E ─ confesso ─ até para mim. Não pretendo fazer uma análise teológica do Cardeal Bergoglio, nem mesmo histórica (da história desta instituição com mais de 2.000 anos).
É possível que Bergoglio seja um novo Angelo Giuseppe Roncalli. Seria uma bênção. Uma nova Igreja, que renasceu com João XXIII e agora acorda com Francisco.
São diversas as leituras. Após um teólogo de intensa produção filosófica, como Ratzinger, temos um Papa que prefere os sapatos pretos às sapatilhas vermelhas. Ou carros populares a limusines. Que ri. E é alegre na fé que professa. Que cada um em seu quadrado leia o que Francisco diz (e principalmente, veja como se porta).
Ontem, vimos um triste espetáculo: a diminuição absurda do momento histórico a alguns minutos de palanque. Enquanto Francisco pedia licença para “tocar suavemente nos corações brasileiros”,  quem nos deveria representar reduziu o Brasil a dez anos!
Misturando conceitos universais (caros aos budistas, umbandistas, evangélico e até aos ateus honestos), parecia ter-se apossado dos mesmos.  Francisco falou de inclusão. Dilma ressaltou a divisão que é a obra maior do lulopetismo.
Senti vergonha. Sempre sinto. Dilma confundiu fé com seita, e recepção a um líder religioso com palanque. Ela continua a ver-nos  como uma imensa massa que deve, antes de qualquer outro valor, venerar os bezerros (e novilhas) de ouro. Fez da doce figura de Francisco uma plataforma de ódio. De pedidos de votos. De vergonha.
Nada menos cristão do que a adoração a ídolos de barro. E ninguém mais preparado que Francisco para reconhecer de longe essa gente. Alguém duvida? Veremos.
Não há como falar algo aos jovens sem que Dilma seja atingida. E não será por opção política ou posicionamento ideológico do pastor Bergoglio. Somente por causas naturais… Justiça, decência, fé e moral, por exemplo. Dilma nunca saberá o que são tais conceitos. Ela prefere acreditar em Gilbertinho I, papa do mensalão.
Bem-vindo, Francisco. E fique tranquilo!
Eles não nos representam!

NELSON GONÇALVES 21 MUSICAS



Pular o café da manhã faz mal ao coração, diz estudo

Alimentação

Segundo pesquisa americana, homens que não fazem o desejejum regularmente têm um risco maior de infartar ou morrer por doença coronariana

Homem tomando café-da-manhã
Alimentação: deixar de tomar café da manhã pode ser um hábito ruim para a saúde cardíaca (Thinkstock)
O café da manhã é a refeição mais importante do dia por uma série de motivos — entre eles, por fornecer ao corpo energia suficiente para começar o dia e evitar que uma pessoa tenha muita fome na hora de almoçar e, consequentemente, coma exageradamente. Uma nova pesquisa feita na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, confirma a importância do desjejum ao engrossar a lista de problemas que essa refeição ajuda a evitar. Segundo o estudo, homens que pulam o café da manhã têm 27% mais riscos de infartar ou de sofrer uma doença coronariana fatal.

Saiba mais

DOENÇA CORONARIANA
Também chamada de coronariopatia, é uma doença cardiovascular na qual as artérias coronárias, que levam o sangue ao músculo cardíaco, encontram-se bloqueadas parcial ou completamente. Esse bloqueio é provocado pelo depósito de colesterol e outras gorduras nas paredes das artérias. Atinge os homens, em geral, dez anos mais cedo que as mulheres, que costumam desenvolver a doença após a menopausa. Idade avançada, pertencer ao sexo masculino e ter histórico familiar da doença na família são alguns dos fatores de risco do problema — que também envolvem hábitos de vida, como tabagismo, má alimentação, sedentarismo e obesidade.
De acordo com Leah Cahill, pesquisadora do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública de Harvard e coordenadora do estudo, pular o café da manhã pode levar a um ou mais fatores de risco ao coração, como obesidade, pressão alta e diabetes. 
A pesquisa, publicada nesta segunda-feira no periódico Circulation, aplicou, ao longo de 16 anos, vários questionários sobre hábitos alimentares em 26.902 homens de 45 a 82 anos de idade. 
Resultados — Ao final do estudo, a equipe descobriu que os participantes que tinham o hábito de pular o desjejum apresentaram um risco 27% maior de infartar ou de morrer em decorrência de uma coronariopatia, em comparação com aqueles que faziam a refeição. De acordo com o levantamento, os homens que não tomavam café da manhã tendiam a ser mais jovens, eram mais propensos a fumar, a trabalhar em período integral, e a ser solteiros e sedentários.
“Não pule o café da manhã. Essa refeição está associada a uma diminuição do risco de ataques cardíacos. Incorporar alimentos saudáveis é uma forma fácil de garantir que a refeição forneça uma quantidade de energia adequada e um equilíbrio de nutrientes saudáveis”, diz Leah. “Adicionar nozes e frutas picadas em uma tigela com cereal integral, por exemplo, é uma ótima maneira de começar o dia.”

Eddie Vedder

Pearl Jam-Release (Live Argentina 2013)





Médicos de pelo menos dez estados suspenderão atendimentos nesta terça-feira

Saúde pública

Paralisação deve atingir tanto a rede pública como a privada e é um protesto contra o programa Mais Médicos e os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico

Médico
Protestos: Médicos de diversos estados brasileiros pretendem suspender atendimentos na rede pública e na privada nesta terça-feira (Thinkstock)
Médicos de pelo menos dez estados brasileiros vão suspender o atendimento a pacientes nesta terça-feira. A paralisação, que deve atingir tanto a rede pública como a privada, é um protesto contra o programa Mais Médicos e os vetos da presidente Dilma Rousseff à lei do Ato Médico. Os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos. De acordo com a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), os sindicatos que já aderiram à paralisação são os dos seguintes estados: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Norte. 
Os sindicatos do Distrito Federal e do Piauí informaram que vão protestar de outras formas, sem suspender o atendimento — uma das sugestões é a de que os médicos usem uma faixa preta no braço, simbolizando luto. Até a manhã desta terça-feira, a Fenam ainda aguardava a posição dos sindicatos dos demais estados. Ao site de VEJA, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) informou que não fará paralisação, mas sim uma manifestação na Avenida Liberdade às 16 horas.
Proposta — O programa Mais Médicos, elaborado pelos Ministérios da Saúde e da Educação, prevê a importação de médicos estrangeiros para ocupar as vagas não preenchidas por profissionais brasileiros. A medida dispensa os profissionais do exterior do exame que autoriza a atuação de estrangeiros no país, o Revalida: pelo texto, três semanas de experiência em universidades serão suficientes para atestar a qualidade do médico. O programa também aumenta a duração dos cursos de medicina de seis para oito anos. Durante esses dois anos extras, os estudantes terão de atuar no Sistema Único de Saúde (SUS).
Ato Médico — O projeto de lei conhecido como Ato Médico restringe aos médicos procedimentos como prescrição de medicamentos, diagnóstico de doença e aplicação de anestesia geral. A proposta, que tramitou por 11 anos no Congresso, foi aprovada pela presidente na última quinta-feira, com 10 vetos.
Atualizado às 10h06

Presidente da Câmara descumpriu regra ao bancar jantar do PMDB

Congresso

Henrique Eduardo Alves não poderia ter efetuado a despesa por meio de suprimento de fundos - modalidade emergencial que não exige licitação

Gabriel Castro e Silvio Navarro, de Brasília
Nota de jantar realizado na residência oficial da câmara dos deputados
Nota de jantar realizado na residência oficial da Câmara dos Deputados (Contas Abertas) (Reprodução)
Os 28 400 reais que a Câmara dos Deputados usou para bancar um jantar do PMDB na semana passada, conforme revelou o site de VEJA, ultrapassam o limite de 4 000 reais permitido para gastos com "suprimento de fundos", como a despesa foi classificada. Essa modalidade de gasto é usada quando a despesa é emergencial e não há tempo hábil para a realização de licitação. A assessoria do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que ele deu autorização expressa para efetuar a despesa, o que permitiria um pagamento acima do limite previsto. A norma da Câmara, no entanto, não prevê essa exceção.
A regra que disciplina o uso dos suprimentos de fundos na Câmara consta da portaria 154, de 1997. A medida estabelece que esses gastos – pequenas despesas cotidianas autorizadas sem necessidade de consulta de preços – só podem chegar aos 4 000 reais.
Em nota, a assessoria de imprensa de Henrique Alves apresentou a seguinte justificativa para o gasto de 28 400 reais: “O Ministério da Fazenda, por seu turno, estabelece, no § 3º do artigo 1º da Portaria 95/2002, que, excepcionalmente, a critério da autoridade de nível ministerial, podem ser concedidos suprimentos de fundos em valores superiores ao limite de 4 000 reais”.
O texto também menciona uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) que ratificou a portaria. Mas a regra do Ministério da Fazenda, que se refere a “autoridade de nível ministerial”, vale apenas para os órgãos do Executivo e não poderia ser aplicada ao Legislativo. A decisão do tribunal não alterou isso.
A Controladoria-Geral da União, consultada pelo site de VEJA, também informou que as regras estabelecidas pelo Ministério da Fazenda não valem para o Legislativo.
Professor da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em direito administrativo, Mamede Said afirma que a justificativa apresentada pela Câmara não é válida. “É inconcebível achar que a existência de uma portaria do Ministério da Fazenda justifica a aplicação da regra pelo Legislativo”, afirmou. “Teria de haver um ato específico da Câmara”, disse. 
Normalmente, a modalidade de suprimento de fundos é usada para despesas de pequeno porte, como de material de escritório: o servidor pode receber o dinheiro de forma antecipada para custear a despesa ou pedir ressarcimento depois do gasto. No caso do jantar da bancada do PMDB, a servidora Bernadette Amaral obteve os 28 400 reais antes do evento.
A própria Bernadette Amaral Soares, administradora da residência oficial da Câmara e responsável pela despesa, nunca havia gasto mais do que o teto: ela fez cinco compras de 4 000 reais e uma de 1 813 reais neste ano, de acordo com a ONG Contas Abertas.


http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/camara-descumpriu-regra-ao-bancar-jantar-do-pmdb

Preciso me Encontrar - Cartola



Silvio Santos em Palestra



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