segunda-feira 09 2013
Nasa descobre local que pode ter abrigado lago com vida em Marte
Espaço
Revelação foi feita a partir de amostras de rochas capturadas pelo robô Curiosity
Imagens do robô Curiosity mostram Marte (Divulgação/Nasa)
A sonda americana Curiosity encontrou pela primeira vez na superfície de Marte evidências diretas da existência, no passado, de um lago de água doce que pode ter abrigado vida no planeta. O anúncio foi feito em seis artigos publicados nesta segunda-feira na revista Science.
Já não há água no local, mas amostras de rochas sólidas capturadas pelo robô Curiosity, que investiga o solo de Marte desde agosto de 2012, sugerem condições para ter existido vida microbiana no lago, há 3,6 bilhões de anos. As rochas analisadas contêm traços de carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e enxofre, e "proporcionam condições ideais para uma vida microbiana básica", informaram os cientistas.
Semelhança com a Terra – Formas microscópicas de vida bacteriana, chamadas quimiolitoautótrofas, prosperam em condições similares na Terra. Elas costumam ser encontradas em cavernas ou debaixo do mar em fontes hidrotérmicas. Embora não tenha sido detectada nenhuma forma de vida nas rochas, os pesquisadores explicaram que o Curiosity executou perfurações em fragmentos de pedra e barro e encontrou minerais argilosos que sugerem uma interação com a água.
"É fantástico, porque os lagos são um ambiente ideal para que uma vida microbiana elementar possa se desenvolver e se preservar", afirmou Sanjeev Gupta, professor do Imperial College de Londres e coautor da pesquisa. A rocha encontrada é similar à existente nos rios da Terra, o que sugere, segundo cientistas, que um curso d'água desaguava neste lago, que se localiza aos pés de uma pequena montanha. Em estudos anteriores, os pesquisadores encontraram provas da existência de água em Marte em outro local da superfície do planeta vermelho.
Cratera Gale – O Curiosity, que chegou à cratera Gale no equador marciano no ano passado, é o veículo mais sofisticado enviado até agora a outro planeta. A Nasa, agência espacial americana, escolheu a cratera por suas diferentes camadas sedimentares, que poderiam permitir datar os períodos em que Marte foi apto a abrigar vida. A próxima etapa consistirá em analisar amostras de uma grossa pilha de rochas na superfície da cratera para reunir mais provas de um entorno habitável, disse o professor Gupta.
(Com AFP)
Funeral de Mandela: um quebra-cabeça logístico e de segurança
Por Joanesburgo (AFP), AFP
AFP
Soldados sul-africanos fazem a segurança da casa de Nelson Mandela em Qunu, em 9 de dezembro de 2013
Cerca de cem líderes estrangeiros, um grande número de anônimos e a série de cerimônias até o enterro em um pequeno vilarejo rural fazem com que o funeral de Nelson Mandela represente um grande desafio logístico e de segurança para a África do Sul.
"Todos os semáforos estão verdes, seguimos um programa que foi estabelecido há três ou quatro anos", assegura a ministra da Defesa, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, citada pela agência de notícias Sapa.
As autoridades se preparam de fato há anos para a partida do herói da luta contra o apartheid e primeiro presidente negro do país, falecido quinta-feira aos 95 anos após um longo calvário.
Elas apresentaram rapidamente o programa da semana de luto nacional com três momentos de destaque: uma homenagem oficial na terça-feira em Johannesburgo, a exposição ao público do corpo em Pretória entre quarta e sexta-feira, e o funeral domingo em Qunu (sul), aldeia onde passou a infância.
Em um país marcado por um índice de criminalidade recorde, com 45 homicídios por dia, o governo tem prestado atenção especial à segurança.
A coordenação foi confiada a um "centro de operações conjuntas", uma estrutura dirigida pela polícia em parceria com o Exército - que mobiliza 11.000 militares para o evento - e os ministérios envolvidos.
Sua primeira missão: proteger os líderes estrangeiros, incluindo cerca de 100 chefes de Estado e de Governo (Barack Obama, Dilma Rousseff, François Hollande, David Cameron...), mas também artistas (Bono), empresários (Richard Branson)...
"Receber tantos chefes de Estado não é um quebra-cabeça: temos experiência e vamos trabalhar em conjunto com os serviços de segurança", declarou à AFP o porta-voz da polícia, Solomon Makgale.
A embaixada dos Estados Unidos corroborou o discurso, explicando que tem "trabalhado em estreita colaboração" com os serviços sul-africanos. "Como o presidente Obama já veio à África do Sul, há cinco meses, conhecemos muito bem os nossos colegas", acrescentou Jack Hillmeyer, porta-voz da embaixada.
"Pesadelo" em Qunu
A África do Sul também se baseia nas lições aprendidas durante a tomada de posse de Nelson Mandela após sua eleição em 1994, que contou com mais de 50 líderes estrangeiros.
Mais recentemente, organizou, sem grandes problemas, a Copa do Mundo de 2010.
Como durante a Copa, "uma de suas abordagens é tentar limitar o fluxo de pessoas no local", observou Johan Berger, do Instituto de Estudos de Segurança (ISS).
A cerimônia de terça-feira será realizada no estádio Soccer City, em Soweto, capaz de acomodar cerca de 80.000 pessoas, e também será transmitida ao vivo pela televisão, em três outros estádios de Johannesburgo e em 150 telões espalhados por todo o país.
Para evitar superlotação, as principais vias de acesso ao estádio serão fechadas ao trânsito, enquanto linhas de ônibus e trens vão garantir o transporte gratuitamente.
O acesso à Pretória também será controlado durante os três dias de velório de Nelson Mandela.
Para que os sul-africanos que desejarem prestar uma última homenagem ao pai da Nação Arco-Íris não fiquem restritos ao perímetro de segurança, o governo abriu uma linha direta para ajudá-los a se organizar.
Um outro desafio é a organização do enterro no domingo em Qunu, pequeno vilarejo que possui apenas uma estrada de acesso.
As autoridades "tentaram desaconselhar os líderes a comparecerem ao enterro por causa da infraestrutura limitada nesta região (...) e pelo fato de ser mais difícil garantir a segurança", revelou Berger.
O porta-voz da diplomacia sul-africana, Clayson Monyela, também mencionou no domingo o "pesadelo" logístico em Qunu se todos comparecerem.
A mensagem parece ter sido ouvida, já que apenas o príncipe Charles da Inglaterra anunciou sua participação no enterro.
Ao final, considera Berger, "haverá, sem dúvida, soluços aqui e ali, mas, no geral, existem as estruturas, a experiência, e eles serão capazes de garantir a segurança da operação".
50 empresas suspeitas de envolvimento na máfia do ISS são identificadas
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DE SÃO PAULO
O Ministério Público de São Paulo já conseguiu identificar cerca de 50 empresas suspeitas de pagamento de propina à chamada máfia do ISS para obtenção irregular de desconto no imposto.
Os promotores chegaram aos supostos corruptores após cruzar dados oficiais, fornecidos pela prefeitura, com uma planilha achada no computador apreendido com um dos auditores suspeitos.
As datas e os valores citados no documento coincidem exatamente, até os centavos, com as informações oficiais de beneficiados.
Isso explica a afirmação do promotor Roberto Bodini quando disse que "os documentos falam por si".
Os nomes estão sendo mantidos em sigilo, para não atrapalhar as investigações, mas a Folha apurou que entre eles há grandes construtoras, ao menos um shopping e até um hospital.
A planilha estava em um computador do auditor fiscal Luís Alexandre Magalhães, apontado como membro da quadrilha responsável pelo contato com as empresas e recolhimento da propina.
Nessa documentação estão 410 supostos beneficiários do esquema. Para a Promotoria, esse número poderá ser muito maior, pois a relação foi encontrada em único computador e ainda existem outros a serem analisados.
Outro fato que reforça essa tese é a lista referir-se a apenas 16 meses. Os auditores já confessaram, em acordo de delação premiada, que o esquema ocorreu ao menos desde 2005.
Até agora, o Ministério Público tinha identificado poucas empresas com base na confissão do grupo: BKO, Tarjab, Tecnisa, Trisul, Alimonti, Company, e Brookfield.
A Brookfield admite ter pago R$ 4 milhões de propina, mas alega que era vítima.
As outras empresas negam envolvimento com a máfia.
POLÍCIA
A relação de empresas suspeitas deve ser repassada à Polícia Civil na segunda-feira, após uma reunião entre o promotor Roberto Bodini e o secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira.
Nesse dia, serão acertados os detalhes dessa participação, mas, em princípio, dois delegados deverão ser designados. "Veremos como eles poderão ajudar o Ministério Público", disse Bodini.
Assim, a polícia poderá abrir 410 inquéritos para investigar os supostos corruptores. Mas o número pode ser menor, já que a lista pode trazer um mesmo nome beneficiado mais de uma vez.
Essa reunião entre Promotoria e Segurança Pública ocorre após um mal-estar criado durante a investigação sobre a máfia do ISS.
Conforme a Folha revelou, a Polícia Civil abriu ao menos 12 investigações paralelas para apurar o caso após a prefeitura não repassar dados sobre os servidores suspeitos de enriquecimento ilícito.
Entre os alvos dos inquéritos estão as empresas citadas pela Promotoria. A situação desses inquéritos também será discutida na segunda.
Questionado, Bodini disse desconhecer oficialmente a existência de inquéritos.
Shopping, hospital e grandes construtoras estão em 'lista da propina' do ISS
Atualizado às 17h37.
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ROGÉRIO PAGNAN
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE SÃO PAULO
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DE SÃO PAULO
A lista de empresas suspeitas de envolvimento com a chamada máfia do ISS (Imposto sobre Serviços) inclui desde grandes construtores do país, shopping e até um hospital de São Paulo.
No total são 410 nomes de empreendimentos suspeitos de terem pago propina para a redução ilegal do valor devido à Prefeitura de São Paulo, segundo o documento em poder da Controladoria Geral do Município e do Ministério Público estadual.
Essa relação foi encontrada em um dos computadores apreendidos com o auditor fiscal Luís Alexandre Cardoso de Magalhães.
A Folha teve acesso a essa lista, que aponta que o grupo arrecadou R$ 29 milhões em propina entre junho de 2010 e outubro de 2011, durante a gestão Gilberto Kassab (PSD).
A confirmação de que houve pagamento de propina, porém, ainda necessita de mais investigações.
Segundo o Ministério Público, os empreendimentos listados teriam que ter pago em torno de R$ 61,3 milhões em impostos. Porém, a planilha indica que só foram pagos R$ 2,5 milhões de ISS.
Os investigadores já descobriram que os registros de recolhimento do ISS batem com os dados da prefeitura. O documento descreve o nome de cada um dos empreendimentos e o endereço dos imóveis.
O Ministério Público já afirmou que a máfia do ISS pode ter começado a operar em São Paulo em 2005, durante gestão José Serra (PSDB).
O prefeito Fernando Haddad (PT) informou que vai rever todos os processos que passaram pelas mãos dos fiscais suspeitos de receber propina para reduzir o ISS devido por construtoras.
Haddad afirmou que, se houve um pagamento inferior ao que seria o correto, a diferença será cobrada de volta aos cofres do município.
EMPRESAS
Entre os nomes presentes na lista estão uma série de prédios da Brookfield. Entre eles o Fascination Penthouse, localizado no Campo Belo, um prédio residencial de luxo, com apartamentos de até quatro suítes e 229 m².
A Brookfield já confirmou ter entregue R$ 4 milhões ao grupo de auditores da prefeitura. Em nota, a empresa afirmou ser vítima de extorsão e disse que manteria o silêncio para não prejudicar a investigação, além de apontar que colabora com o Ministério Público no caso.
No total, a Brookfield deveria ter recolhido R$ 1,930 milhão em seis empreendimentos, mas o valor das guias, segundo a tabela, caiu a R$ 58.030. Em troca foi pago R$ 908 mil aos fiscais.
O nome da Cyrela, uma das maiores incorporadoras do país, aparece quatro vezes. A lista diz que a empresa devia R$ 719 mil de ISS, mas recolheu aproximadamente R$ 20 mil. Para conseguir essa redução ela teria pago R$ 295 mil de propina, dividido em quatro partes iguais de acordo com os registros.
Procurada, a assessoria de imprensa da empresa disse em nota que "preza pela transparência e seriedade" e que está a "disposição dos órgãos públicos pertinentes para qualquer esclarecimento". Afirmou ainda que "desconhece qualquer irregularidade em seus empreendimentos" e "cumpre com as obrigações fiscais e tributárias".
Outra empresa citada é a PDG. Um dos empreendimentos apontados é o Ecolife Tatuapé, na rua Celso Garcia. A empresa devia cerca de R$ 329 mil de ISS, mas teria pago R$ 144 mil para reduzi-lo para R$ 4.900, segundo registro da planilha.
Também em nota, a PDG disse que "não recebeu nenhum comunicado a respeito da lista" e que está a disposição para prestar esclarecimento.
A Plano Aroeira, que também aparece na lista, disse não ter sido informada pelo Ministério Público da investigação e que não iria se pronunciar.
Outro endereço presente na lista é o Trend Pacaembu, da Helbor. O prédio com apartamentos de três dormitórios fica em Perdizes. Segundo a lista, ele devia R$ 140 mil de ISS, mas pagou apenas R$ 5 mil. A propina, no caso, teria sido de R$ 55 mil. A empresa disse que não iria se manifestar sobre o caso.
Com desvalorização do real, RJ vira opção "barata" para profissionais do exterior
Por InfoMoney, InfoMoney
A cidade caiu 66 posições em um ano e ficou em 130º lugar entre as mais caras do mundo
A ECA Internacional calcula o custo de vida de 440 cidades do mundo com base em cesta de bens e serviços do dia a dia (Divulgação)
SÃO PAULO - A desvalorização do real perante ao dólar dos Estados Unidos, nos últimos 12 meses, fez do Brasil um lugar consideravelmente “barato” para muitos expatriados. Segundo o ranking da consultoria ECA Internacional, a cidade do Rio de Janeiro caiu 66 posições e ficou em 130º lugar entre as mais caras do mundo para expatriados.
Já no topo da lista, pela primeira vez, está a capital da Venezuela. Resultado de uma inflação galopante e da escassez de mercadorias exportadas, Caracas subiu sete posições e ultrapassou Luanda, Oslo e Tóquio - cidades que normalmente lideram a lista, mas agora figuram a 2ª, 3ª e 10ª posição, respectivamente.
Entre as cidades mais caras do mundo ainda aparecem Juba, no Sudão do Sul, Stavanger, na Noruega, e Zurique na Suíça.
Para levantar as cidades mais caras para os profissionais que trabalham no exterior, a ECA Internacional calcula o custo de vida de 440 cidades do mundo com base em cesta de bens e serviços, como alimentação, habitação, transportes, entre outras despesas gerais.
Nas Américas, Manhattan é a segunda cidade mais cara da região e, no ranking geral, ela aparece na 33ª posição. Dentro da América Latina, Caracas é seguida pelo Haiti e Buenos Aires. Confira abaixo as 15 cidades mais caras do mundo para expatriados:
Posições | Cidades | Países |
*ECA Internacional | ||
1 | Caracas | Venezuela |
2 | Luanda | Angola |
3 | Oslo | Noruega |
4 | Juba | Sudão do Sul |
5 | Stavanger | Noruega |
6 | Zurique | Suíça |
7 | Genebra | Suíça |
8 | Berna | Suíça |
9 | Basileia | Suíça |
10 | Tóquio | Japão |
11 | Copenhague | Dinamarca |
12 | Moscou | Rússia |
13 | Brazzaville | Congo |
14 | Helsinque | Finlândia |
15 | Pequim | China http://dinheiro.br.msn.com/comportamento/com-desvaloriza%C3%A7%C3%A3o-do-real-rj-vira-op%C3%A7%C3%A3o-barata-para-profissionais-do-exterior?page=0 |
Oposição também quer ouvir Gilberto Carvalho sobre livro
Política
DEM protocolou requerimento convocando Carvalho para comparecer em duas comissões da Câmara dos Deputados
Marcela Mattos e Gabriel Castro, de Brasília
O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho (André Dusek/Estadão Conteúdo)
Além do esforço para levar o ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Junior ao Congresso para dar mais detalhes sobre as afirmações feitas em seu livro “Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado”, a oposição também quer que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, preste depoimento sobre as revelações de um esquema orquestrado para "produzir e esquentar" dossiês contra adversários do governo Lula, conforme revelou VEJA esta semana.
Nesta segunda-feira, o DEM protocolou requerimento convocando Carvalho para comparecer em duas comissões da Câmara dos Deputados: Segurança Pública e Fiscalização Financeira e Controle. A expectativa é que a proposta seja votada na próxima quarta-feira. Se aprovada, por ser uma convocação e não um convite –, o ministro não pode se recusar a prestar esclarecimentos aos parlamentares.
Segundo Tuma Junior narra em seu livro, em 2010, o então chefe de gabinete de Lula encomendou uma investigação contra o ex-senador e atual governador de Goiás, Marconi Perillo, do PSDB, após o surgimento de um documento apócrifo que afirmava a existência de contas no exterior em nome do tucano. Também esteve na mira da “fábrica de dossiês” petista o então senador Tasso Jereissati (CE).
“A par das medidas particulares que possam ser adotadas pelo ministro, faz-se necessária sua oitiva, vez que estão em jogo denúncias contra órgãos estatais, que estariam prevaricando em investigações a cabo do Ministério da Justiça”, afirmou o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), no requerimento. “Vê-se também que recursos públicos podem ter sido desviados para paraísos fiscais, o que demandaria uma atuação tempestiva dos órgãos estatais, o que, nos parece, não ocorreu”, continuou, referindo-se a uma conta criada nas Ilhas Cayman, no Caribe, para guardar dinheiro desviado no esquema do mensalão.
Senado – Tuma Junior também deve ser ouvido no Senado. Em requerimento apresentado nesta segunda-feira com o convite para audiência na Comissão de Constituição e Justiça, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) cita as revelações de que o Ministério da Justiça foi utilizado para produzir dossiês contra adversários políticos do PT. "São revelações que mostram a apropriação da máquina do Estado por um grupo que a coloca a seu próprio serviço", diz o senador, no pedido. A expectativa do tucano é de que o requerimento seja votado ainda nesta semana.
Descubra o quanto você deveria ganhar
Por Jacquelyn Smith, Forbes Brasil
Quer saber o quanto sua mão-de-obra vale? É possível ter uma noção básica por meio de alguns sinalizadores de mercado e pesquisas. FORBES reuniu especialistas em carreira e ambiente profissional para ajudar com dicas preciosas.
Um deles é Andy Teach, escritor de um livro de consultoria profissional. Também dão conselhos o especialista em recursos humanos Steve Kane, Samantha Zupan, porta-voz de um site de busca de emprego, e Lynn Taylor, expert em ambiente profissional e também autora de livros na área.
Pesquise on-line
Os especialistas sugerem uma busca on-line sobre estatísticas dos trabalhadores de sua área e a média salarial deles. Isso providenciará uma noção básica do quanto está sendo pago para os profissionais e de como está o seu ordenado comparado a essa média.
Mas isso não é tudo, às vezes, as informações não levam em conta todas suas habilidades e contribuições, o que muitas vezes pode ser um diferencial importante
Saiba que nem sempre você precisa ter um salário “na média”
A média salarial é apenas uma média. É bom para ter uma base de quanto profissionais de sua área estão ganhando. 'Isso não significa, no entanto, que seja o valor que você merece ganhar”, diz Lynn.
“Há muitos fatores que podem pesar para um salário maior, como diferenciais em relacionamento e tecnologia, entre outros recursos.”
Valorize experiências anteriores
Se você é novo em sua corporação, empresa ou profissão, provavelmente vai ganhar menos do que alguém mais experiente.
Portanto, quando pesquisar a faixa salarial on-line, espere um ordenado mais baixo. Caso tenha experiência e algum diferencial, peça um salário acima da média.
Considere sua cidade
Você mora em uma grande capital ou em uma modesta cidade do interior? Os salários variam muito de região para região, pois o custo de vida é diferente entre as cidades.
Grau de escolaridade
Em algumas profissões, um bacharelado ou mestrado pode turbinar o salário de um profissional significantemente. Se, durante seu período de trabalho, você resolver fazer um curso que acrescente em seu currículo, exponha para o seu chefe a existência desse diferencial.
Responsabilidades
Um fator importante a ser considerado é a carga de responsabilidades que você terá em relação aos outros funcionários.
“Se seu gerente lhe dá responsabilidades em um grau maior de dificuldade, é justo que você tenha um salário maior”, explica Teach.
“Ele confia em você, por isso, você merece ganhar mais.”
Considere cursos de extensão e conquistas na empresa
Qualquer conquista que aponte resultados concretos, como mais vendas, redução de custos ou um diploma de um curso de extensão, aumenta o seu valor profissional.
“Com esses atributos, você deve cobrar um salário maior. Caso você seja sempre o ‘funcionário do mês’, também não é justo estagnar com o mesmo salário por muito tempo”, afirma Lynn.
Confiança dos funcionários
Você é um bom gerente ou um bom líder? Você motiva o restante da corporação? Se comunica bem e está sempre presente? Esses são fatores que podem ajudar em um aumento salarial.
“Essas características contam muito. Se você tem a confiança de seu chefe nesse tipo de atributo, pode ser bem valorizado”, sugere Lynn.
Resultado é o que importa
Segundo Kane, o pagamento é “diretamente determinado pelo seu nível de contribuição”.
Teach concorda. “O que você deve receber é o que você realmente produz. Depende muito das coisas que você já alcançou intermanente”, afirma o especialista.
“Uma vez um chefe me disse que se preocupa apenas com resultados, ou seja, o funcionário que mais apresenta resultados positivos tem muita chance de ganhar um salário mais elevado.”
Discuta com outros profissionais da área
Peça um conselho ou um feedback sobre seu trabalho pessoal. Fale sobre seu trabalho e sobre seu histórico na empresa. Ele pode ser útil para lhe dar uma noção do nível salarial a que você está sendo exposto.
http://forbesbrasil.br.msn.com/fotos/descubra-o-quanto-voc%C3%AA-deveria-ganhar#image=11
Um deles é Andy Teach, escritor de um livro de consultoria profissional. Também dão conselhos o especialista em recursos humanos Steve Kane, Samantha Zupan, porta-voz de um site de busca de emprego, e Lynn Taylor, expert em ambiente profissional e também autora de livros na área.
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Mas isso não é tudo, às vezes, as informações não levam em conta todas suas habilidades e contribuições, o que muitas vezes pode ser um diferencial importante
Saiba que nem sempre você precisa ter um salário “na média”
A média salarial é apenas uma média. É bom para ter uma base de quanto profissionais de sua área estão ganhando. 'Isso não significa, no entanto, que seja o valor que você merece ganhar”, diz Lynn.
“Há muitos fatores que podem pesar para um salário maior, como diferenciais em relacionamento e tecnologia, entre outros recursos.”
Valorize experiências anteriores
Se você é novo em sua corporação, empresa ou profissão, provavelmente vai ganhar menos do que alguém mais experiente.
Portanto, quando pesquisar a faixa salarial on-line, espere um ordenado mais baixo. Caso tenha experiência e algum diferencial, peça um salário acima da média.
Considere sua cidade
Você mora em uma grande capital ou em uma modesta cidade do interior? Os salários variam muito de região para região, pois o custo de vida é diferente entre as cidades.
Grau de escolaridade
Em algumas profissões, um bacharelado ou mestrado pode turbinar o salário de um profissional significantemente. Se, durante seu período de trabalho, você resolver fazer um curso que acrescente em seu currículo, exponha para o seu chefe a existência desse diferencial.
Responsabilidades
Um fator importante a ser considerado é a carga de responsabilidades que você terá em relação aos outros funcionários.
“Se seu gerente lhe dá responsabilidades em um grau maior de dificuldade, é justo que você tenha um salário maior”, explica Teach.
“Ele confia em você, por isso, você merece ganhar mais.”
Considere cursos de extensão e conquistas na empresa
Qualquer conquista que aponte resultados concretos, como mais vendas, redução de custos ou um diploma de um curso de extensão, aumenta o seu valor profissional.
“Com esses atributos, você deve cobrar um salário maior. Caso você seja sempre o ‘funcionário do mês’, também não é justo estagnar com o mesmo salário por muito tempo”, afirma Lynn.
Confiança dos funcionários
Você é um bom gerente ou um bom líder? Você motiva o restante da corporação? Se comunica bem e está sempre presente? Esses são fatores que podem ajudar em um aumento salarial.
“Essas características contam muito. Se você tem a confiança de seu chefe nesse tipo de atributo, pode ser bem valorizado”, sugere Lynn.
Resultado é o que importa
Segundo Kane, o pagamento é “diretamente determinado pelo seu nível de contribuição”.
Teach concorda. “O que você deve receber é o que você realmente produz. Depende muito das coisas que você já alcançou intermanente”, afirma o especialista.
“Uma vez um chefe me disse que se preocupa apenas com resultados, ou seja, o funcionário que mais apresenta resultados positivos tem muita chance de ganhar um salário mais elevado.”
Discuta com outros profissionais da área
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"Hospitais serão obsoletos em dez anos", diz cientista da Intel
Entrevista: Eric Dishman
Americano que coordenou pesquisa em oito países, incluindo o Brasil, afirma que tecnologia permitirá a ampliação dos tratamentos domésticos
Renata Honorato
Eric Dishman, pesquisador da Intel (Reprodução/Twitter)
A Intel divulgou nesta segunda-feira uma pesquisa sobre o papel da tecnologia na inovação dos tratamentos de saúde. O estudo foi conduzido pelo instituto Penn Schoen Berland, sob a coordenação do americano Eric Dishman, gerente geral do grupo de Ciências da Saúde e Vida da Intel. Mais de 12.000 pessoas foram entrevistadas em oito países: Estados Unidos, Japão, França, Itália, Brasil, China, Índia e Indonésia. Segundo o levantamento, mais de 80% das pessoas disseram estar otimistas em relação ao uso da tecnologia na saúde. Metade dos entrevistados acredita que os hospitais tradicionais se tornarão obsoletos no futuro. Em entrevista exclusiva ao site de VEJA, Dishman diz que o Brasil é simpático às novas tecnologias. "De acordo com a pesquisa, 75% dos brasileiros testariam sensores para coletar dados sobre a sua saúde. Globalmente, 70% dos entrevistados aceitariam fazer a mesma coisa", explica. Dishman defende a ideia de tratamentos domésticos e do uso de equipamentos que possam monitorar a saúde dos pacientes a partir de uma base de dados. Para o cientista, o big data (processamento e análise de imensas quantidades de dados, provenientes de sistemas digitais) e os dispositivos "wearable" (gadgets para uso pessoal que podem monitora sinais do organismo do usuário) permitirão aos médicos oferecer tratamentos personalizados. Confira a entrevista a seguir:
Como a tecnologia pode ajudar o sistema de saúde no mundo? A tecnologia pode fazer da nossa casa o nosso hospital. O sistema de saúde em todo o mundo é caro e há ainda o risco de uma infecção hospitalar. Uma das linhas de pesquisa prioritária para a Intel e também a mais importante para o consumidor final, segundo mostra a pesquisa, prevê a capacidade de produzirmos um diagnóstico em casa, de forma independente, por meio de dispositivos de uso doméstico. Por exemplo: através de um smartphone ou tablet seria possível coletar dados sobre a saúde de uma pessoa e compartilhar essas informações com o médico. Mais da metade dos participantes da pesquisa afirmou que o hospital se tornará obsoleto. Isso significa que, no futuro, muitos dos tratamentos poderão ser realizados em casa e somente a tecnologia permitirá essa migração.
O que deve acontecer com os hospitais nesse novo cenário? Os hospitais serão utilizados apenas em casos extremos. Se você precisar fazer uma cirurgia, então terá que ir a um hospital, é claro. Agora, se o problema de saúde for uma gripe, por exemplo, não será necessário ir ao hospital. Alguns países, como os da Escandinávia, estão fechando leitos hospitalares e investindo em tratamento domiciliar. As consultas acontecem via videoconferência. As visitas são virtuais e utilizam alguns softwares inteligentes capazes de personalizar o tratamento para cada paciente, ainda que o diagnóstico seja o mesmo. Esse é o futuro. Em dez anos, os tratamentos de saúde acontecerão em casa, e não no hospital.
Escandinávia esta na frente, então? Na Escandinávia, há um programa nacional de monitoramento à distância, que permite aos médicos avaliar sinais vitais, rotina de exercícios ou ainda medir a pressão arterial. Os dispositivos e os sensores wearable permitem a pacientes e médicos coletar informações o tempo todo, ou com maior frequência, ao invés de apenas uma vez por ano, quando os pacientes fazem os tradicionais check-ups. É o caso do controle da pressão arterial. Algumas vezes, os pacientes são avaliados a partir de poucas medições, que não são suficientes para um diagnóstico correto. Se um paciente usar um aparelho wearable, ou mesmo um smartphone que colete informações, o diagnóstico será mais correto. Isso permitirá que os tratamentos sejam mais personalizados e individualizados.
Mais de 70% dos entrevistados são receptivos a usar sensores em banheiros (pias ou vasos sanitários), embalagens de medicamentos capazes de avisar ao médico se o paciente esqueceu de tomar uma pílula, ou mesmo a engolir um sensor para coletar informações sobre a saúde. Quão longe estamos dessa realidade? Temos que separar o que já existe, ainda que em fase de testes, do que já é adotado em larga escala. Todas essas inovações citadas na pesquisa já estão sendo usadas por médicos e pacientes, mas apenas em um pequeno número de países emergentes. Esses sensores estarão disponíveis em grande escala em cinco ou seis anos. Os brasileiros, inclusive, estão acima da média: 78% das pessoas ouvidas são receptivas à adoção desses sensores, enquanto a média global é de 70%.
A pesquisa mostra que somos muito recepctivos a novas tecnologias porque acreditamos que elas podem reduzir preços de remédios e também dos planos de saúde. Sim. Nos últimos dois anos, conversei com políticos e esse problema de custo é real. As novas tecnologias permitirão diagnósticos mais rápidos e melhores resultados. Se você usar a tecnologia para personalizar o tratamento dos indivíduos, a cura também será mais rápida e efetiva. Hoje em dia, coletamos dados apenas dos pacientes que vão ao hospital. Quanto mais dados forem cruzados, mais fácil serão os tratamentos.
Já existem softwares capazes de coletar e cruzar as informações dos pacientes? O que existe hoje é um dispositivo que coleta apenas um tipo de dado. O médico pode deixar um aparelho na casa de um paciente e assim monitorar uma determinada informação. Com a ajuda de técnicas de big data, será possível cruzar informações como pressão arterial, desempenho físico ou mesmo mapeamento genético. Combinando todos esses dados, será possível entender perfeitamente o que acontece no organismo de cada pessoa. Esses experimentos estão apenas começando e devem se tornar populares em dez anos.
Os millennials (pessoas nascidas entre 1980 e 2000) se sentem menos confortáveis em compartilhar informações sobre saúde, como resultados laboratoriais, do que as pessoas acima de 55 anos. Em contrapartida, eles não se importam em compartilhar informações pessoais. Por que isso ocorre? O que acontece é que os jovens, no geral, não refletem sobre a saúde. Essa é a grande diferença entre eles a as pessoas mais velhas. Essa turma pensa que será jovem para sempre. Eles acham que são imortais. Os millennialsnão veem necessidade em colaborar para um sistema de saúde melhor. O grande desafio para a imprensa e para o poder público é conseguir convencer os jovens da importância da prevenção.
Qual dado mais chamou a atenção do senhor na pesquisa? O que me surpreendeu foi perceber que as pessoas estão prontas para usar as novas tecnologias em favor da saúde.
Por que a Índia foi o país que se mostrou mais disposto a compartilhar dados para contribuir com a inovação no que se refere à saúde? Trata-se de um país com uma população muito grande e o sistema de saúde não consegue atender todos da mesma maneira. Não há hospitais para tanta gente. Então a busca de uma alternativa é natural. Assim como na China, a população de idosos cresce. Não é economicamente viável investir na construção de mais hospitais. Eles definitivamente estão prontos para um sistema de saúde virtual. Em países geograficamente extensos e populosos, como é o caso do Brasil, há quem tenha que viajar horas para chegar até um hospital. As consultas via videoconferência podem resolver esse problema.
Por que o senhor decidiu dedicar sua carreira à inovação tecnológica na saúde? Eu não escolhi trabalhar nessa área. Foi o contrário: o sistema de saúde me escolheu. Recebi o diagnóstico de um tipo raro e perigoso de câncer de rim quando tinha 19 anos. Recebi também o prognóstico de que viveria pouco mais de um ano. Eu acabei vivendo um pouquinho mais, afinal, hoje tenho 45 anos (risos). Vivi em hospitais e clínicas fazendo quimioterapia e outros tratamentos. Percebi que meu médico não tinha muitos dados sobre mim. Eles me medicavam com base em suposições, o que incluía perigosos coquetéis de remédios. Aquilo estava me matando. Se existissem dados que pudessem mostrar o que estava acontecendo com o meu corpo, talvez tudo fosse diferente. Foi por isso que decidi trabalhar com tecnologia e saúde. A cada vez que minha situação se agravava, não era o câncer que estava tentando me matar, mas infecções. Foi, então, que comecei a questionar por que as consultas não podiam ser virtuais. Sempre soube que isso podia dar certo. Tudo começou com uma necessidade pessoal.
Selvageria em SC choca até Argentina, campeã em brigas
Futebol
As cenas de guerra no fim do Brasileirão ganharam destaque na imprensa da América do Sul e Europa. Ministro do Esporte e Bom Senso FC pedem reação
Torcedor do Atlético PR, espancando por vascaínos, é atendido pelo helicóptero da Polícia Militar, após briga entre torcidas durante a partida entre Atlético PR e Vasco válida pela última rodada do Campeonato Brasileiro 2013 no Estádio Arena Joinville - Joka Madruga/Futura Press
O Bom Senso FC fala em "tolerância zero" para a violência nos estádios: "Os verdadeiros torcedores e suas famílias merecem isso"
O grave confronto entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, na rodada de encerramento do Campeonato Brasileiro, teve grande destaque na imprensa internacional, principalmente nos países da América do Sul e Europa. Como a pancadaria no estádio de Joinville aconteceu apenas dois dias depois do sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2014, as referências ao evento foram inevitáveis. As imagens chocaram até mesmo os argentinos, que enfrentam uma grave crise em seus estádios - onde a truculência das torcidas organizadas saiu do controle e as mortes no futebol são frequentes. O diárioOlé usou o termo "selvageria" e lamentou as "imagens de terror no Brasil apenas dois dias depois do sorteio na Costa do Sauípe".
Na Europa, a batalha entre torcedores também teve bastante repercussão. O diário espanholMarca colocou o assunto entre suas principais manchetes, descrevendo a "violência brutal" no fim do Brasileirão. Outra publicação espanhola, o El Pais, exibiu um vídeo do que classificou de "batalha campal". Já o italiano Gazzetta dello Sport exibiu as imagens de um torcedor chutado por outros enquanto estava no chão. O britânico The Guardian relatou os ferimentos dos torcedores no confronto nas arquibancadas da Arena Joinville. Assim como os argentinos, o jornal também afirma que a briga em Santa Catarina representa mais um motivo de preocupação para a Copa do Mundo em junho do ano que vem.
Punição - Algumas horas depois do confronto, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, divulgou uma nota cobrando a punição dos torcedores envolvidos. ''O Ministério do Esporte condena a violência que tomou conta das arquibancadas da Arena Joinville. Os responsáveis devem ser identificados e punidos, cumprindo-se o Estatuto do Torcedor, que prevê penas de reclusão e de banimento dos estádios aos torcedores que cometerem atos de violência". Aldo também prometeu discutir como garantir a segurança dos torcedores nos estádios - avaliando, por exemplo, se a Polícia Militar deve ou não estar dentro das arenas. No domingo, só seguranças particulares estavam no local quando a briga começou. O governo promete debater o assunto com o Ministério Público.
O movimento Bom Senso FC também divulgou uma nota para lamentar a pancadaria e pedir providências das autoridades. "Esperamos que os culpados, em todos os âmbitos, sejam punidos e que medidas drásticas sejam tomadas por toda a coletividade do futebol para que cenas como essas jamais voltem a ocorrer." O grupo, que reúne mais de mil jogadores, fala em "tolerância zero para a violência nos estádios". "Os verdadeiros torcedores e suas famílias merecem isso", diz a nota do grupo. Na manhã desta segunda, três torcedores permaneciam internados no Hospital São José, em Joinville. Segundo os médicos, nenhum deles corria risco de vida. Um quarto torcedor ferido foi levado ao local, mas acabou recebendo alta ainda no domingo.
Roberto Jefferson pode cumprir pena na cadeia, dizem médicos. Pergunta: não haverá protestos nas redes sociais?
A junta de oncologistas que examinou o ex-deputado Roberto Jefferson afirma que ele não precisa de acompanhamento médico hospitalar ou doméstico, o que significa, na prática, que pode cumprir a pena na cadela, também em regime semiaberto, como Jose Genoino. Segundo os doutores, e certamente Jefferson considerou esta uma boa notícia, não existem evidências de um câncer em atividade.
O deputado, como todo mundo já viu, está com uma aparência ainda bastante abatida, certamente em decorrência da agressividade da doença e do tratamento. Mas vocês podem apostar: não haverá protesto nas redes sociais, não haverá manifestações de solidariedade, nem mesmo alguns dos nossos queridos jornalistas vão escrever textos comovidos, alertando para o risco de morte do ex-deputado.
Eu realmente acho essas coisas bastante curiosas. Parece que os mensaleiros se dividem em duas categorias distintas: uma superior, aristocrática, composta de petistas — e outra inferior, meio mixuruca, formada pelos demais.
A situação é de tal sorte acintosa que, na sexta-feira, foi preciso que a Justiça ordenasse que Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, que é governado pelo PT, pusesse um fim aos privilégios dos mensaleiros — privilégios que só existem, é bom que se destaque, por causa dos petistas que estão lá. Agora, eles não terão dia especial de visitas, e seus familiares serão submetidos à mesma rotina dos familiares dos demais presos.
Pode parecer impressionante, mas é verdade: em pouco mais de três semanas de prisão, já havia se estabelecido no presídio uma rotina inaceitável de privilégios. A mulher de um dos presos comuns protestou: quis saber por que os mensaleiros tinham tratamento especial e perguntou à queima roupa: “É por que eles roubaram dinheiro do povo?” Pergunta muito sábia a desta senhora. Ela poderia não saber, mas estava repetindo um sermão do grande Padre Antônio Vieira, que, já no século XVII, afirmava: “Alguns ladrões furtam e são enforcados; outros furtam e enforcam”.
Eu espero que José Genoino, Roberto Jefferson e todos os que foram condenados sejam tratados com dignidade. Aliás, eis um bom momento, ainda que por más razoes, para que se corrija a situação lastimável em que vivem os presídios no Brasil. Infelizmente, o tema só está sendo debatido porque alguns bacanas estão tendo de passar lá uma temporada. Mas não podemos deixar que o assunto seja esquecido. Quem errou tem de pagar. Quem cometeu crimes e foi condenado tem de cumprir a pena. Mas é evidente que essa pena tem de ser aplicada de maneira digna.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já chegou a dizer uma vez que preferiria morrer a cumprir pena em cadeia brasileira. É uma fala infeliz. Sobretudo porque, em último caso, os presídios estão subordinados à sua pasta. Infelizmente, neste ano, o ministério da Justiça vai investir na área menos do que investiu no ano passado. E isso acontece num momento em que a criminalidade no Brasil cresce em vez de diminuir. Que bela chance ele perdeu de ficar calado! Mais uma!
Texto publicado originalmente às 5h23
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/roberto-jefferson-pode-cumprir-pena-na-cadeia-dizem-medicos-pergunta-nao-havera-protestos-nas-redes-sociais/
Laudo médico contraria pedido de Roberto Jefferson
Mensalão
Junta médica constatou que o ex-deputado, condenado a sete anos de prisão, não precisa obrigatoriamente ser tratado em casa ou em hospital
Laudo médico diz que Roberto Jefferson não precisa necessariamente ser tratado em casa ou em hospital (Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo)
O laudo da junta médica atestou que o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) não tem que obrigatoriamente ser tratado em casa ou em hospital "do ponto de vista oncológico". O atestado servirá de base para a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, sobre o regime de prisão a ser cumprido pelo ex-parlamentar, e foi anexado ao processo na semana passada.
Jefferson fez uma cirurgia para extirpar um tumor no pâncreas, em 2012. O ex-deputado, que denunciou o mensalão em 2005, foi condenado a sete anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no julgamento do mensalão. A assessoria de Jefferson confirmou que ele já foi informado sobre o teor do laudo e continua aguardando a decisão de Joaquim Barbosa em sua casa de campo, no município de Comendador Levy Gasparian, na região serrana do Rio de Janeiro.
Os assessores do ex-deputado, porém, acenaram com a possibilidade de apresentar um recurso em uma eventual decisão pela prisão do parlamentar em regime semiaberto. A alegação é de que o problema dele não seria mais oncológico, já que o tumor foi extirpado, mas dificuldades metabólicas decorrentes da cirurgia.
O advogado de Jefferson, Marcos Pinheiro de Lemos, disse que ainda não teve acesso ao laudo médico completo. Segundo ele, o documento foi anexado ao processo na quarta-feira passada, mas Barbosa não permitiu acesso de imediato ao material. "O ministro já intimou. Esperava ter acesso ao laudo na sexta-feira, o que não ocorreu. Nossa expectativa é ver o laudo na segunda ou terça-feira." O advogado afirmou ter ouvido boatos sobre as conclusões do laudo. "Uma análise do ponto de vista oncológico é muito restrita. Tinha que ter uma visão médica (mais ampla)", disse Lemos. "Vamos aguardar."
Também condenado no mensalão, o ex-deputado José Genoino está cumprindo pena em regime domiciliar temporário por problemas de saúde. No entanto, laudo entregue ao STF no fim do mês passado concluiu que Genoino não tem cardiopatia grave e, portanto, não é imprescindível a sua permanência em prisão domiciliar para tratamento.
(Com Estadão Conteúdo)
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/laudo-contraria-pedido-de-jeffersonJogo de empurra: Polícia, MP, Prefeitura e Atlético-PR fogem de responsabilidade após barbárie em Joinville
Por Tiago Leme, de Joinville (SC), para o ESPN.com.br- espn.com.br
Três torcedores presos, quatro feridos levados para o hospital e centenas de envolvidos em uma briga generalizada que paralisou o jogo entre Atlético-PR e Vasco, neste domingo, na Arena Joinville...
Gazeta Press
Torcedor ferido recebe atendimento médico durante partida
Três torcedores presos, quatro feridos levados para o hospital e centenas de envolvidos em uma briga generalizada que paralisou o jogo entre Atlético-PR e Vasco, neste domingo, na Arena Joinville. As fortes cenas de violência na última rodada do Campeonato Brasileiro rodaram o mundo, mas as autoridades fugiram da responsabilidade pela confusão. Em um verdadeiro jogo de empurra, Polícia Militar, Ministério Público de Santa Catarina, Prefeitura e o clube paranaense, mandante da partida, jogam a culpa para o outro lado e negam ser responsáveis pela segurança no estádio.
O ESPN.com.br teve acesso ao contrato assinado pelo prefeito de Joinville, Udo Döhler, e pelo presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, para a utilização da Arena Joinville. Pelo documento, o clube paranaense, que pagou R$ 25 mil pelo aluguel do estádio, teria a responsabilidade de garantir a segurança do jogo. Quatro artigos da cláusula terceira do contrato mostram exatamente as obrigações da diretoria rubro-negra:
"c) providenciar o aparato policial militar com o recolhimentos dos custos correspondentes; d) providenciar segurança privada com contingente suficiente para garantir a segurança do público; e) providenciar serviço médico, de enfermagem e ambulância conforme regem as competições; i) contartar seguro para cobertura de riscos; responsabilidade civil, obrigatórios na realização de eventos, danos pessoais de invalidez e assistência médica de eventuais sinistros que possa ocorrer no dia do jogo".
A principal polêmica após a pancadaria nas arquibancadas aconteceu por causa da ausência de policiais do lado de dentro do estádio. O procedimento teria acontecido devido a um pedido do Ministério Público de Santa Catarina para que a PM não fizesse a segurança de eventos particulares, como é o caso de uma partida de futebol. Esta decisão, no entanto, ainda não teria sido aprovada judicialmente, segundo explicação de Marco Aurélio Braga, secretário de comunicação da Prefeitura de Joinville.
"Tudo é uma questão de interpretação. O MP entrou com uma ação civil pública dizendo que nãoé responsabilidade do Estado ou da Polícia a segurança de eventos privados. Foi dada a entrada nessa ação agora no dia 2 de dezembro, e isso foi repassado à PM, que resolveu não enviar mais agentes para o estádio. Mas ainda não houve nenhuma decisão judicial sobre o caso, a Prefeitura nem sequer foi notificada ainda", explicou o secretário, que ainda falou sobre o contrato assinado entre a Prefeitura e o Atlético-PR.
"O Atlético-PR era responsável por contratar a segurança, isso está no contrato que foi assinado. O clube sabia que os policiais não poderia entrar dentro do estádio e contratou 90 seguranças particulares, número que foi discutido e aceito pela PM".
Além dos 90 seguranças de uma empresa privada, a Polícia Militar colocou 180 homens trabalhando apenas do lado de fora do estádio. Depois do início da briga entre atleticanos e vascaínos, que paralisou o jogo ainda no primeiro tempo, os policiais entraram para tentar separar a confusão nas arquibancadas e tiveram muito trabalho, usando bombas de gás lacrimogêneo. Antes disso, apenas uma corda, uma pequena grade e três pessoas faziam a separação entre as duas torcidas adversárias, o que facilitou o confronto no local. No total, o público pagante neste domingo foi de 8.978 pagantes.
A PM de Santa Catarina, no entanto, rebateu o Ministério Público e se isentou de culpa pela segurança nas arquibancadas durante a partida.
"Houve consenso da PM de Joinville que não seria feito o policiamento dentro do estádio e essa decisão foi ratificada pelo Ministério Público de Santa Catarina. Mas avisamos que, se fosse necessário, haveria uma pronta intervenção dentro do estádio. A segurança deveria ser feita por seguranças privados por ser um evento privado. O Atlético-PR solicitou esse policiamento, mas confirmamos que não seria feito", disse o comandante da PM, Adilson Moreira.
Em entrevista à rádio do Atlético-PR, o presidente do clube, Mario Celso Petraglia criticou a ausência de policiais dentro da Arena Joinville e também não assumiu a responsabilidade pelo comportamento dos torcedores vândalos.
"Como que a gente vem mandar o jogo aqui em Santa Catarina em condições de ter seguranças próprios se eles não têm o poder de polícia? Aquele grupo de marginais e quantos seguranças teriam que ter? E quem paga isso? O ingresso a cinquentão?", questionou Petraglia.
A briga entre torcedores paranaenses e cariocas levantou mais uma vez a questão sobre a responsabilidade da segurança em jogos de futebol e sobre a ação de policiais dentro do estádios. Na Inglaterra, por exemplo, depois de muitos problemas e violência com os hoolingas, medidas severas foram tomadas e punições aplicadas. Atualmente, apenas os chamados stewards (seguranças privados) atuam na parte interna dos estádio, com um chefe do policiamento observando o comportamento dos torcedores em uma sala de monitoramento com TVs.
Após o reinício do duelo em campo em Joinville neste domingo, o Atlético-PR goleou por 5 a 1 e confirmou a vaga na Libertadores, enquanto o Vasco foi rebaixado para a Série B do Brasileiro.
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