domingo 29 2013
O que querem os mensaleiros e o que diz a lei
Veja.Com
Estudos
A Lei de Execução Penal permite que condenados em regime fechado ou semiaberto possam ter parte da pena total descontada se estudarem durante o cumprimento da sentença. É abatido um dia da pena a cada 12 horas de frequência escolar, seja no ensino fundamental, médio, profissionalizante, superior ou em cursos de requalificação profissional. Os estudos podem ser presenciais ou à distância e precisam ser certificados pelas autoridades responsáveis pelos cursos.
No caso do mensalão, o ex-tesoureiro do extinto PL, Jacinto Lamas, pediu autorização para cursar graduação em fisioterapia, mas obteve parecer negativo da procuradoria-geral da República porque queria estudar à noite, período em que já teria de estar recolhido no presídio.
Visitas
O preso tem direito a visitas de parentes, amigos e cônjuges em dias previamente determinados. Pelas regras da Papuda, complexo penitenciário onde está parte dos mensaleiros, as visitações são autorizadas às quartas e quintas-feiras. No caso dos mensaleiros, as visitas ocorriam às sextas-feiras, mas foram suspensas após o Ministério Público pedir o fim das regalias a esses condenados. A Secretaria de Segurança Pública do DF discute a adoção de um novo dia de visitação.
No caso de condenados em regime semiaberto, como o do ex-ministro José Dirceu, poderão ser permitidas visitas periódicas à família em datas ou ocasiões especiais. Com escolta, o preso também pode conseguir autorização para acompanhar velório de parentes.
São autorizadas visitas íntimas, sendo que cada presídio é responsável por suas próprias regras. Não é permitido excluir relacionamentos homoafetivos, exigir comprovações de vínculo, como certidões de casamento, ou obrigar o visitante a se submeter a exames de HIV.
Trabalho interno e externo
O condenado pode trabalhar enquanto cumpre pena, inclusive no regime fechado, sendo remunerado a partir de três quartos de salário mínimo. A cada três dias de trabalho, o preso tem direito a redução de um dia da pena. Os condenados com pena em regime fechado, como o operador do mensalão Marcos Valério, podem conseguir o direito de trabalhar fora do presídio em obras públicas, por exemplo. Nos primeiros dias de cumprimento de pena, o ex-dirigente do Banco Rural, José Roberto Salgado, também condenado a regime fechado, começou a trabalhar na biblioteca da Papuda, em Brasília.
Pela Lei de Execução Penal, a jornada de trabalho é de seis a oito horas diárias, com descanso aos domingos e feriados. Para os que cumprem pena em regime semiaberto, como José Dirceu e Delúbio Soares, o trabalho pode ser autorizado após inspeção da Vara de Execuções Penais e comprovação de que há finalidade educativa e produtiva.
Depois de tentar ser gerente de um hotel e ganhar 20.000 reais mensais, Dirceu quer agora organizar a biblioteca do escritório do advogado José Gerardo Grossi. O salário combinado é de 2.100 reais.
A Lei de Execução Penal prevê que o trabalho externo dependerá do cumprimento mínimo de um sexto da pena, mas existem diversas decisões da Justiça liberando a observância desse prazo.
Prisão domiciliar e indulto
O benefício da prisão domiciliar permite que o condenado cumpra pena em sua casa, só podendo ausentar-se com autorização judicial. A pena domiciliar é permitida em casos específicos, como os de condenados idosos, portadores de doenças graves ou grávidas com gestações de risco.
No caso do mensalão, a domiciliar é pleiteada pelo deputado cassado Roberto Jefferson, e pelo ex-presidente do PT José Genoino. Ambos alegam que seus quadros clínicos os impedem de ser levados a um presídio. Sob a alegação de quem tem saúde frágil, os dois também cogitam entrar com pedidos de indulto.
De acordo com o Tribunal de Justiça do DF, responsável por detalhes da execução das penas dos condenados, o indulto significa o perdão ou o reajuste da pena e normalmente é concedido a detentos de bom comportamento, paraplégicos, tetraplégicos, portadores de cegueira completa, mães de filhos menores de 14 anos e àqueles que tenham cumprido pelo menos dois quintos da pena em regime fechado ou semiaberto. Cabe à presidente da República conceder ou não o perdão.
Recorrer à OEA
Assim que foram condenados, alguns mensaleiros alegaram que recorreriam à Organização dos Estados Americanos (OEA) alegando que o STF desrespeitou o Pacto de San José da Costa Rica por não ter cumprido o duplo grau de jurisdição, situação que permite que um condenado possa apelar a uma instância superior e, na prática, ser julgado no mínimo duas vezes.
De acordo com o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, Diego García-Sayán, o colegiado não substitui, não interfere e tampouco pode anular as condenações impostas pelo Supremo.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos não pode ser considerada um “tribunal de apelação” nem uma instância contra decisões do Executivo ou dos tribunais internos de cada país.
Mensaleiros e a lei: regalias e pedidos improváveis
Mensalão
Encarcerados na Papuda, mensaleiros tentam atenuar suas penas com benefícios não aplicados a tantos outros presos 'comuns' no país
Laryssa Borges, de Brasília
Oito anos depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmar que se sentia “traído” por “práticas inaceitáveis” trazidas à tona pelo escândalo do mensalão, os principais condenados tentam a todo custo desqualificar o julgamento que levou a antiga cúpula do PT ao banco dos réus. Na nova fase de execução das sentenças pelo Supremo Tribunal Federal (STF), petistas reclamam até do juiz que analisa questões acessórias do processo, como autorizações para trabalho externo e transferência de condenados.
Do Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumprem pena, os petistas José Dirceu e Delúbio Soares tentam assumir o papel de vítima de uma suposta "perseguição das elites". O ex-presidente do PT José Genoino, que de punho erguido se apresentou à Polícia Federal em São Paulo, agora suplica pelo benefício da prisão domiciliar. Em todos os casos alegam ser presos políticos condenados em um julgamento de exceção.
Para o jurista Guilherme de Souza Nucci, citado pelo ministro Ricardo Lewandowski para absolver os réus, e pelo ministro Joaquim Barbosa para condenar outros tantos, “não houve injustiça nenhuma” na pena imposta aos mensaleiros.
“Li o acórdão do STF inteiro, mais de 8.000 páginas. Há provas mais que suficientes para condenar todo mundo. Não houve injustiça nenhuma. São provas de todos os tipos, mas principalmente provas indiciárias. Ao contrário do que muitos dizem, a prova indiciária presta, sim, para condenação. Ela é absolutamente válida”, disse ao site de VEJA. “No dia a dia, réus sem nome nem sobrenome são condenados aos montes por indícios porque prova direta está cada vez mais difícil. Quem vai cometer corrupção documentada? Vai ter recibo de propina? Só se for doente mental.”
Sem chances de reverter a maior parte das condenações – que se tornou definitiva com o fim de parte do processo – os mensaleiros, sob custódia do Estado desde o dia 15 de novembro, tentam agora se valer de benefícios previstos em lei para tornar o cumprimento da pena mais leve, e com privilégios não aplicados a tantos outros presos "comuns". Os mensaleiros apresentaram pedidos de autorização para trabalhar e estudar fora do presídio, querem ser abrigados em instituições perto de familiares e, em casos específicos, ser agraciados com prisão domiciliar – ou até com o perdão presidencial.
Paralelamente, insistem na tese de que têm direito a um novo julgamento porque foram condenados diretamente na mais alta Corte do país, em suposta violação ao princípio do duplo grau de jurisdição.
O julgamento ocorreu no Supremo porque três réus tinham direito a foro privilegiado por serem parlamentares á época dos crimes. São eles: Valdemar Costa Neto, Pedro Henry e João Paulo Cunha. Agora, parte dos 25 condenados falam até em apelar à Organização dos Estados Americanos (OEA).
“Os congressistas se deram, em 1988, o foro privilegiado na mais alta Corte do Brasil. Eles se julgam tão especiais que querem ser julgados pelo pleno do Supremo, no qual onze ministros, cuja tarefa primordial é cuidar de temas constitucionais, são levados a julgar crimes comuns. Ainda querem direito a outra instância? Duplo grau é recorrer para um órgão superior. Eles já estão no ápice, já se deram o privilégio que outros mortais não têm”, diz Nucci.
Trabalho - De acordo com Lei de Execução Penal, o trabalho externo só é autorizado quando o condenado tiver cumprido, no mínimo, um sexto da pena. Desde 2002, porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem autorizado em sucessivos processos o trabalho independentemente deste tempo transcorrido. O Supremo, por sua vez, tem decisões em sentido contrário, exigindo a comprovação de cumprimento prévio de parte da sentença. No caso do mensalão, a possibilidade de trabalho externo para condenados em regime semiaberto, como Dirceu e Delúbio, está sob responsabilidade da Vara de Execuções Penais do DF.
Saudáveis - Especialista em direito processual penal e juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo, Nucci também questiona a alegação de que mensaleiros com problemas de saúde, como Genoino e Roberto Jefferson, teriam direito a prisão domiciliar. “Se um preso no semiaberto tem problemas cardíacos, como José Genoino, não encontra nenhum mecanismo na lei que lhe permita cumprir automaticamente a pena em casa”, afirma. “Quantos réus não perecem nas cadeias por uma série de problemas de saúde e ninguém fala nada? Por que os militantes que se indignam com a prisão dos mensaleiros não falam dos pobres sem nome e sem sobrenome, os que estão abandonados em cárceres superlotados?”, diz.
Amy Winehouse - Our Day Will Come
Muito pode ser dito sobre o final de Amy Winehouse, uma das vocalistas mais emblemáticos do Reino Unido durante os anos 2000. A imprensa e os tablóides britânicos parecia concentrar-se em seu comportamento desordeiro , o consumo pesado de álcool , e trágico fim , mas os fãs e críticos abraçou charme robusto , o senso de humor ousado , e vocais soulful e jazzy distintamente . Seu álbum de platina avanço, Frank (2003) , provocou comparações que vão de Billie Holiday e Sarah Vaughan para Macy Gray e Lauryn Hill. Curiosamente, apesar de seu forte sotaque e vernáculo , pode-se ouvir muitas vezes aspectos de cada um repertório vocal desses cantores na própria voz de Winehouse. No entanto , seu fascínio sempre foi sua composição - quase sempre profundamente pessoal, mas mais conhecida por sua irreverência e sinceridade brutal.
Nascido de um pai - de condução de táxi e uma farmacêutica , Winehouse cresceu na área de Southgate , no norte de Londres. Sua educação foi cercado por jazz. Muitos dos tios do lado de sua mãe eram músicos de jazz profissionais, e até mesmo sua avó paterna estava envolvido romanticamente com a lenda do jazz britânico Ronnie Scott ao mesmo tempo. Enquanto em casa , ela ouviu e absorveu seleção de grandes nomes de seus pais : Dinah Washington , Ella Fitzgerald e Frank Sinatra , entre outros. No entanto, em sua adolescência, ela foi atraída para o espírito rebelde de TLC , Salt -N- Pepa , e outros R & B e hip-hop atos americanos da época . Na idade de 16 anos, depois de ter sido expulso da Sylvia Young Theatre School , em Londres , ela pegou seu primeiro intervalo, quando a cantora pop Tyler James , um colega de escola e amigo próximo , passou em sua fita demo para o seu A & R representante, que estava à procura de um vocalista de jazz . Essa oportunidade levou a seu contrato de gravação com a Island Records. Até o final de 2003, quando ela tinha 20 anos , Ilha tinha lançado seu álbum de estreia , Frank. Com contribuições do produtor de hip- hop / tecladista Salaam Remi , amálgama de jazz, pop, soul e hip-hop de Winehouse recebeu elogios . O álbum foi indicado para o Prêmio de Música 2004 Mercury , bem como dois Brit Awards , e seu primeiro single , "Stronger Than Me ", ganhou um Ivor Novello Award de Melhor Canção Contemporânea.
Após estreia de Winehouse, os elogios e as entrevistas perguntando apareceu simultaneamente na imprensa com sua vida pública tempestuoso. Várias vezes ela apareceu para seu clube ou performances de TV bêbado demais para cantar todo um conjunto . Em 2006 , sua empresa de gestão de finalmente sugeriu que ela entrar em reabilitação por abuso de álcool, mas em vez disso , ela largou a empresa e transcritas a provação no UK Top Ten hit " Rehab", o primeiro single de seu segundo , álbum aclamado pela crítica , Back to preto . Contendo produções evocativas de Salaam Remi e britânica DJ / multi -instrumentista Mark Ronson , o álbum um pouco abandonado jazz , investigando os sons dos anos 50 / 60 harmonias da era do grupo menina, rock & roll , e alma. A fanfarra sobre o lançamento foi tão grande que ela começou a se espalhar na costa dos EUA , vários rappers e DJs fizeram os seus próprios remixes de várias canções , para não mencionar as tampas pelo príncipe e os Arctic Monkeys .
Um mês depois de Winehouse ganhou Melhor Artista Feminina no Brit Awards em fevereiro de 2007, a Universal lançou Back to Black em os EUA O LP traçado mais alto do que qualquer outra estréia americana por uma artista feminina britânica , antes disso, e manteve-se no Top Ten para vários meses , vendendo um milhão de cópias até o final daquele verão . Assim como no Reino Unido, ela se tornou a falar da cidade , aterrissando nas capas das revistas Rolling Stone e girar. Não muito tempo depois , no entanto, Winehouse cancelou sua turnê norte-americana . Os primeiros relatos revelou que ela estava entrando em reabilitação para álcool e drogas , mas sua nova gestão negou as alegações , afirmando que era devido à exaustão severa. Seu comportamento errático manteve ela e seu novo marido, Blake Fielder- Civil, nos tablóides constantemente , dentro e fora estágios em ambos os lados do Atlântico , mas no final de 2007 , os fãs norte-americanos foram finalmente dada a oportunidade de ouvir os primeiros trabalhos de Winehouse, com um pouco abreviado ( duas canções retiradas e envio ) versão de Frank .
Infelizmente, nos próximos quatro anos estavam cheios de drama, decepção, e muito pouco de música. Até 2009 , seu casamento havia terminado em divórcio , ela havia sido repetidamente preso sob a acusação de assalto e / ou ofensas à ordem pública , suas lutas com o abuso de substâncias e problemas de saúde mental, tragicamente jogados fora na imprensa. Apresentações públicas transformaram em desastres incoerentes , o pior deles publicado em sites de compartilhamento de vídeo para que todos possam ver . A faixa do Quincy Jones tributo Q : Soul Bossa Nostra apareceu em 2010, enquanto um dueto com Tony Bennett foi anunciado no início de 2011 , mas um acompanhamento planejado para Back to Black nunca iria fazê-lo após a fase de demonstração. Winehouse foi encontrada morta em seu apartamento de Camden , em Londres em 23 de julho de 2011. O relatório do médico legista , entregue três meses depois, revelou que seu conteúdo de álcool no sangue tinham alcançado um nível potencialmente fatal.
Quase dois meses depois de sua morte, a primeira aparição póstuma de Winehouse foi lançado em Tony Bennett Duets II , onde ela fez um dueto com Bennett em " Body and Soul ". Perto do final de 2011, a fundação de sua família anunciou o lançamento de Lioness : Hidden Treasures , uma compilação póstuma com gravações de toda a sua carreira (embora alguns dos arranjos foram gravados depois de sua morte ) . Um ano depois de Lioness veio na BBC, um conjunto de CD / DVD deluxe - disponível tanto como uma caixa de quatro discos e um menor de compilação de dois discos - o arredondamento para cima todas as suas apresentações ao vivo para a British Broadcasting Company. ~ Cyril Cordor
OMS: Mortes por câncer de mama no mundo cresceram 14% em quatro anos
Mortalidade
Segundo novo relatório, doença foi a principal responsável pelo aumento do número de mortes por todos os tipos de câncer de 2008 a 2012
Câncer de mama: doença causou 522 000 mortes no mundo no ano passado, diz OMS (Thinkstock)
A mortalidade por câncer no mundo cresceu 8% entre 2008 e 2012, passando de 7,6 milhões para 8,2 milhões de óbitos anuais. O aumento mais acentuado aconteceu no número de mortes causadas pelo câncer de mama, que foi 14% maior no ano passado. Esses dados foram divulgados nesta quinta-feira pela Agência Internacional para a Pesquisa em Câncer (Iarc, sigla em inglês), órgão vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS).
A agência estima que 14,1 milhões de pessoas no mundo tenham desenvolvido câncer em 2012, 11% a mais do que em 2008. Além disso, houve 1,7 milhão de diagnósticos de câncer de mama no ano passado, um número 20% maior do que o registrado quatro anos antes. Essa doença causou 522 000 mortes de mulheres no ano passado.
Segundo a Iarc, embora o crescimento da mortalidade por câncer no mundo reflita principalmente a expansão da doença nos países em desenvolvimento, os tumores na mama também são uma importante causa de morte em regiões mais pobres. Para David Forman, diretor do Departamento de Informação sobre o Câncer do órgão, tal aumento se deve em parte a uma mudança no estilo de vida da população desses países, e em parte porque os avanços para o combate à doença não estão chegando às mulheres dessas nações.
Tipos comuns — O relatório da Iarc, chamado Globocan 2012, oferece estimativas sobre 28 tipos de câncer em 184 países. Os tipos da doença mais comuns entre a população são os de pulmão, mama e colorretal. Já os mais letais são os de pulmão, fígado e estômago. A agência prevê um "aumento substancial" nos casos mundiais de câncer, que podem chegar a 19,3 milhões em 2025, acompanhando a expansão e envelhecimento da população.
(Com Reuters)
SP oferece mamografia sem agendamento a mulheres com mais de 50 anos de idade
São Paulo
Exame poderá ser feito em 300 ambulatórios médicos de especialidades (Ames) e em quatro unidades itinerantes, que percorrerão a capital e o interior
Câncer de mama: Secretaria do Estado da Saúde de SP prevê a necessidade de 50 biópsias para cada 1 000 mamografias (Thinkstock)
As moradoras do Estado de São Paulo com mais de 50 anos de idade poderão fazer mamografia no mês de aniversário, sem necessidade de agendamento, em mais de 300 ambulatórios médicos de especialidades (Ames) e em quatro unidades itinerantes, que percorrerão a capital e o interior. O primeiro veículo de exames será inaugurado nesta quinta-feira em Santo Amaro, na Zona Sul da capital, pela Secretaria de Estado de Saúde. O atendimento nas Ames e nas outras unidades começará em janeiro.
A expectativa é de que cada ponto itinerante do projeto, batizado de "Mulheres de Peito", faça 1.000 atendimentos por mês. As carretas de exames terão estrutura para realizar mamografias, biópsias, exames histológicos (para detecção de câncer) e marcação de consultas, em caso de resultado positivo. Para cada 1.000 mamografias, é prevista a necessidade de cerca de 50 biópsias (retirada de amostras de tecido para análise).
"Queremos que todas as mulheres do Estado de São Paulo se previnam contra a principal causa de morte por câncer entre elas", diz o secretário estadual de Saúde, David Uip. O programa não tem prazo para terminar, e a pasta ainda definirá os trajetos das unidades móveis de exame. Serão privilegiados os pontos de maior vulnerabilidade no acesso às unidades médicas onde há aparelhos de mamografia. A ideia é que elas fiquem entre 15 e 20 dias em um local e depois migrem para atendimento em outra região.
Cuidados — O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), José Luiz Pedrini, alerta para a importância do diagnóstico rápido. "A identificação precoce da doença evita cerca de 30% das mortes", afirma. Embora a recomendação do governo brasileiro seja a de que a mamografia seja realizada a cada dois anos em pacientes com mais de 50 anos, a SBM recomenda que os primeiros exames de mama sejam feitos em faixa etária ainda mais jovem, a partir dos 40 anos. "A idade mínima ainda é motivo de debates acadêmicos no Brasil e no exterior", diz Pedrini.
Pedrini alerta, no entanto, para o índice de exames que não conseguem identificar a doença. Em cerca de 20% dos casos, de acordo com ele, a mamografia não detecta o câncer. "É necessário que os programas de governo prevejam ainda mais consultas e acompanhamento das pacientes", diz.
Para ele, unidades itinerantes de consulta servem como incentivo, mas é fundamental conscientizar as mulheres sobre a prevenção. "É mais barato convencer as pessoas a irem aos locais de exame do que levar toda a tecnologia de diagnóstico para vários lugares.”
(Com Estadão Conteúdo)
Após décadas de descrédito, imunoterapia contra o câncer é o 'Avanço do Ano'
Veja.Com
O estímulo do sistema imunológico dos doentes teimava em não ser alternativa à altura para a radioterapia e a quimioterapia. Agora, ele se impõe com os extraordinários resultados práticos de tratamento de tumores malignos
Raquel Beer
ESPERANÇA: Emma, aos 6 (à esquerda) e aos 7 anos: a imunoterapia lhe deu chance contra a leucemia (Jeff Swensen/The New York Times)
A revista americana Science, a mais prestigiada publicação científica do mundo, surpreendeu a comunidade de pesquisadores ao dar o prêmio de Avanço do Ano à imunoterapia contra o câncer. Há mais de cinquenta anos surgiu como uma solução mágica a ideia de curar o câncer pela estimulação do sistema imunológico dos doentes. Gradativamente, porém, essa frente de luta ficou em segundo plano, por falta de resultados satisfatórios. Cada descoberta teórica, cada novo estimulante do sistema imunológico sintetizado, produzia enorme esperança, que logo era frustrada pela realidade da prática médica. Foi assim com a vacina anticâncer produzida nos anos 80, a vacina da tuberculose, adaptada por uma série de médicos para se tornar também anticâncer. A terapia é um fracasso na grande maioria dos casos. Mais tarde o mesmo padrão de euforia seguido de decepção se deu com o interferon sintético, que se mostrou capaz de melhorar a resposta imunológica dos pacientes, mas só fez o tumor regredir em poucos casos. Nunca totalmente abandonada, a imunoterapia teimava em não ser alternativa à altura para a radioterapia e a quimioterapia.
Os editores da revista justificaram a escolha da imunoterapia exatamente pelos extraordinários resultados práticos de tratamento de tumores malignos pela estimulação do sistema imunológico. “O que era apenas um conjunto de relatos esparsos foi se encorpando e tomando a forma de evidência científica”, escreveu a Science sobre a cena científica em 2013, ano em que ficou célebre o caso da americana Emily “Emma” Whitehead, que em maio comemorou doze meses de remissão de uma leucemia tratada por imunoterapia. Desde a aprovação do primeiro tratamento imunoterápico, em 1997, nada de animador acontecera. Tudo mudou com o aumento do conhecimento. Descobriu-se que certos componentes do sistema, paradoxalmente, precisam ser inibidos. É o caso da CTLA-4, substância que impede o sistema imunológico de trabalhar sempre com carga máxima. Os melhores resultados vieram de terapias em que essa substância foi inibida, permitindo assim que o corpo se mantivesse em guerra total e permanente contra os tumores. Avalia o oncologista Bernardo Garicochea, do Hospital Sírio-Libanês: “Espero que a imunoterapia ganhe mais espaço e substitua progressivamente outras formas de tratamento mais tóxicas e invasivas”.
ESPERANÇA: Emma, aos 6 (à esquerda) e aos 7 anos: a imunoterapia lhe deu chance contra a leucemia (Jeff Swensen/The New York Times)
Simone de Beauvoir e… Jorge Amado
Quando Simone de Beauvoir esteve no Brasil, em 1960, cultivou uma profunda amizade com Jorge Amado e Zélia Gattai. O texto abaixo – que escrevi originalmente para o Umbigo das Coisas - é uma homenagem a essa amizade. Com o texto, inicio uma nova série de posts sobre as relações duradouras ou efêmeras que Simone de Beauvoir estabeleceu ao longo da vida. E aproveito para lembrar Jorge Amado, cujo centenário se comemora neste ano. Jorge nasceu em 10 de agosto.
Quando o existencialismo descobriu a saudade
“Sartre era Oxalá, e eu, Oxum”. É assim, direta e curta, a revelação que Simone de Beauvoir faz, no terceiro volume de suas memórias, A força das coisas, sobre o momento em que foi acolhida pelo candomblé. Ateus convictos, ele judeu e ela católica por filiação, Simone e Sartre viram-se, em agosto de 1960, no terreiro de Mãe Senhora, em Salvador, numa consulta espiritual. O encontro dos filósofos com a mãe de santo foi promovido pelo então Obá de Xangô do Ilê Apó Afonjá. Ou, para os leigos na religião, o escritor – cujo centenário se comemora neste ano – Jorge Amado.
A cena do comunista brasileiro recepcionando os existencialistas franceses – na época não exatamente em paz com o comunismo – em um terreiro na Bahia é emblemática de uma relação que foi capaz de transpor todas as diferenças culturais e ideológicas para se transformar em uma profunda amizade. Uma amizade daquelas que nos revelam novidades, que nos protegem e nos lançam em aventuras ao mesmo tempo. Amizade temperada com risos e conversas sérias, boas bebedeiras, reflexões filosóficas e políticas, discordâncias e diversão.
Simone e Sartre conheciam Amado de sua temporada de exílio em Paris, entre 1948 e 1950. Foram por ele convidados a conhecer o Brasil em 1960 e, após uma viagem fracionada em várias conexões aéreas complicadas, chegaram a Recife num avião cujo trem de pouso insistia em não funcionar. O pouso foi quase um milagre e o alívio do desembarque foi aumentado quando eles avistaram, no meio da multidão que os esperava no aeroporto, o rosto conhecido de Jorge Amado. “Compreendemos com satisfação que Amado, que viera especialmente para nos receber, iria servir-nos de guia pelo menos durante um mês”, relata Simone em suas memórias.
Começava ali, no aeroporto de Recife, uma relação afetiva e peculiar. Sartre e Simone de Beauvoir vieram ao Brasil com propósitos políticos: falar sobre as realizações da Revolução em Cuba, que eles haviam acabado de testemunhar. Também queriam falar sobre os crimes que a França cometia para reprimir as forças que lutavam pela independência da Argélia.
Com Jorge Amado como cicerone, podiam esquecer um pouco a política. Ele, segundo Simone, tinha gosto pelas “coisinhas boas da vida”: as comidas, as paisagens, as conversas e o riso. Orgulhoso de seu país e seu povo e de seu título honorífico no candomblé, disposto a acolher os amigos, Jorge Amado programou com Zélia Gattai uma agenda de viagem em que a cultura brasileira ficava em primeiro plano e a política, sempre que possível, em segundo. Levar os filósofos ateus ao terreiro de Mãe Senhora era prova disso. Foi um dos momentos mais impressionantes da viagem, para Simone: depois de testemunhar os rituais da religião e consultar-se com Mãe Senhora, ela fez uma bela reflexão sobre o poder dos rituais nas vidas das pessoas. Para ela, o candomblé, com seus êxtases e transes, era uma religião que permitia aos indivíduos a libertação da dominação da vida cotidiana e um encontro com a própria verdade.
Candomblé ao mar de Itapuã. As praias de Copacabana e Ipanema. Belo Horizonte. São Paulo – que “não era bonita, mas transbordava de vida”, como Simone definiu. A confusão dos mercados populares que exalavam o perfume da mistura de mercadorias e figuras humanas e cintilavam com as cores de adornos típicos e figuras de exus – esses “espíritos mais maliciosos do que malignos”. Disso tudo era feita a visita que tornou Jorge e Zélia, Sartre e Simone inseparáveis. Juntos, foram à igreja de São Francisco, a fazendas nordestinas, a plantações de café e de cacau, a Brasília, ao encontro com Oscar Niemeyer e do presidente Juscelino Kubitschek, ao Rio, ao Pelourinho e só não chegaram juntos numa tribo indígena do Mato Grosso porque Jorge Amado não era fã de aviões. Preferiu ficar em Brasília enquanto os amigos e a esposa embarcavam num suspeito teco-teco.
Amado logo conquistou a simpatia de Simone de Beauvoir por querer apresentar a ela e Sartre todos os sabores do Brasil: suco de caju, cacau, maracujá, feijoada, feijão mulatinho, mandioca, batata-doce, carne seca, rapadura, caipirinha e batidas variadas… Tanto Simone quanto Amado acreditavam que um país se conhece por seus sabores. Sartre, adoentado e sensível a sabores fortes, ressentia-se dessa convicção do amigo e evitava, sempre que possível, a diversidade de sabores do Brasil.
Mesmo deixando a política em segundo plano, Jorge fez questão de colocar os amigos a par da campanha eleitoral para presidente que se desenrolava no País. Explicou que o MarechalLott receberia o voto dos comunistas e da esquerda, mas o fato de ouvirem insistentemente, por onde andavam, o “Varre Vassourinha” de Jânio Quadros era emblemático. Sim, eles podiam ter certeza, Jânio ganharia as eleições.
Zélia era a motorista oficial dos passeios, impressionava Simone com sua agilidade ao volante pelas ruas tortuosas e montanhas e morros de Salvador e do Rio. E também por trazer sempre um amuleto contra acidentes, no qual Simone, se não confiava cegamente, encontrava algum conforto.
Em Araraquara, impressionada com o sucesso de Sartre entre os estudantes, Simone comentou com Amado, durante um passeio numa tarde de domingo: “– Dir-se-ia que são todos revolucionários!” “– Quando eles se tornarem médicos e advogados isso passará. (…) Não irão reivindicar mais nada além de um capitalismo nacional, independente dos EUA…”, foi a resposta sincera que ouviu do amigo.
Simone retribuía a atenção dos amigos com um interesse redobrado: lera Roger Bastide e Gilberto Freyre para compreender a cultura brasileira, e dedicava-se também à leitura dos livros de Jorge Amado: Gabriela Cravo e Canela, Cacau e Terras do Sem-Fim.
Os casais se separaram depois de visitarem Brasília. Dali, Sartre e Simone partiriam para Belém e Amazônia – recomendações de viagem de Claude Lévi-Strauss – e, então, para uma segunda visita a Havana. Os Amado rumariam para o Rio. Simone comovia-se ao deixá-los. “Depois de seis semanas de tão bom relacionamento, era difícil imaginar que só os reveríamos muitos anos depois, ou talvez nunca mais”, relatou ela. Depois de tantos dias com os amigos, vendo e experimentando tudo o que o Brasil tem, a separação mostrava a ela um aspecto da cultura brasileira que ainda desconhecia: a saudade.
Em Belém e Manaus, Sartre e Simone não podiam retornar imediatamente à França e a viagem para Havana esbarrava em problemas burocráticos. Ressentiam-se da solidão, do clima, da falta de companhia para os passeios e as conversas. Tentaram contato com os amigos por telegramas, que nunca chegaram. Algumas semanas depois, na viagem rumo a Havana, desembarcaram novamente no Rio exaustos, tristes, preocupados. Ali reencontraram o escritor, político, amante das “coisinhas boas da vida” e Obá de Xangô Jorge Amado. Ou, para Simone de Beauvoir, apenas o amigo embaixador da saudade.
Simone de Beauvoir Nasceu em Uma Família Pequeno-Burguesa Parisiense em 9 de Janeiro de 1908.
Simone de Beauvoir nasceu em uma família pequeno-burguesa parisiense em 9 de janeiro de 1908. Sua mãe, muito católica, garantiu que ela e sua irmã mais nova, Hélène (apelidada Poupette), tivessem uma educação conservadora no tradicional Institut Adeline Désir, o Cours Désir, onde meninas eram formadas para serem esposas dedicadas, mães de família e donas de casa. Foi na escola, aos dez anos, que Simone de Beauvoir conheceu sua melhor amiga da infância e juventude: Elisabeth Mabille, mais conhecida por seu apelido, Zaza. A morte de Zaza, quando ambas tinham por volta de 20 anos, foi uma das mais doloridas perdas da vida de Simone.
Apesar de ser sempre a melhor – ou segunda melhor – aluna da classe, a formação conservadora não conseguiu aplacar os desejos de liberdade da jovem Simone. Aos 13 anos, ela estava decidida a se tornar escritora. Simone, adolescente, começou a escrever diários e tentativas de romances. Aos 14 anos, deixou de acreditar em Deus, embora fizesse dessa descrença um segredo para a família e as colegas do Cours Désir. Aos 15, Simone tem sua primeira paixão: seu primo Jacques. A família desejava o casamento, mas aos poucos ela percebe que a relação – que nunca chegou a se configurar como um namoro – não teria futuro.
Em 1926, entrou para a Universidade de Paris – Sorbonne, no curso de Filosofia. Eram seus colegas de faculdade futuros intelectuais como Simone Weil (com quem se revezava no lugar de primeira aluna), Claude Lévi-Strauss, Maurice Merleau-Ponty. Em 1929, quando preparava seu exame de agrégation, Simone de Beauvoir conheceu o também aluno da Sorbonne Jean-Paul Sartre. Pouco mais velho que Simone, Sartre era polêmico na universidade, considerado um jovem gênio, mas havia sido reprovado no exame de agrégation em 1928 e refazia, então, sua preparação. Ambos foram aprovados no exame, Sartre em primeiro lugar; Simone, em segundo, como a pessoa mais jovem e a nona mulher a obter o título, que permitia ensinar Filosofia nas escolas francesas.
A morte de Zaza, que Simone atribui a condições ligadas ao conservadorismo da família, o inconformismo com o tratamento diferenciado para homens e mulheres, os conflitos com as restrições impostas por sua própria família levam Simone a romper com os padrões de comportamento considerados aceitáveis para uma mulher na época. Ela se recusa a se casar, a permanecer na casa dos pais, a sacrificar sua liberdade por qualquer convenção.
A partir de 1931, Simone se tornou professora de Filosofia, primeiro em Marseille, depois em Rouen, e começou a escrever romances em seu tempo livre. Sua vida passou a ser dedicada à escrita, ao amor e à cumplicidade afetiva e intelectual com Sartre, à rede de amigos que eles começam a construir, ao prazer dos livros, das discussões filosóficas, da descoberta do mundo e das viagens. Sem grandes pretensões, Sartre começava a pensar sobre o mundo e a esboçar as primeiras teses do que depois iria embasar o Existencialismo. Tinha em Simone sua principal questionadora e colaboradora. Juntos, criavam uma doutrina filosófica.
Em 1943, a escritora Simone estava pronta para o mundo. Publicou então seu primeiro romance, A Convidada. Em 1944, O Sangue dos Outros. Além dos romances, ela se dedicava também aos ensaios filosóficos e, alguns anos mais tarde, às memórias. Simone é hoje considerada uma das mais importantes memorialistas do século 20. Em 1945, Sartre e Simone fundaram a revista Les Temps Modernes, que atualmente é publicada pelas Éditions Gallimard. Em 1947, ela foi convidada para uma série de conferências nos Estados Unidos, e lá conheceu o escritor Nelson Algren, com quem viveu um romance à distância, marcado por muitas cartas e muitas viagens.
Em 1949, após longa pesquisa, ela publicou: O Segundo Sexo, primeiro grande e detalhado ensaio sobre a condição da mulher. Apesar de Simone não ser feminista à época, o livro se tornou o mais importante trabalho de reflexão filosófica e sociológica sobre a mulher e ajudou a traçar os caminhos do feminismo a partir de então. O livro é uma análise sobre a hierarquia dos sexos e a opressão da mulher em termos biológicos, históricos, sociais e políticos.
Para a sociedade da década de 1950, o livro foi um escândalo. As reações contra a obra foram violentas. Direita e esquerda passaram a ter algo em comum: reprovavam veementemente as ideias de Simone de Beauvoir, sobretudo aquelas expostas no capítulo sobre a maternidade, em que ela falava sobre o direito ao aborto. A Igreja Católica incluiu o livro no Index, a lista de obras proibidas. Com a repercussão do livro, a permanêcia de Simone em Paris se tornou insustentável e ela partiu em viagem com Algren pela Europa e norte da África.
Entre os anos 1950 e 1960, a ação política de Sartre colocou o casal em evidência no mundo. Eles viajaram à então União Soviética, à China, à Suécia, ao Brasil. Ambos eram definitivamente reconhecidos por unir sua força intelectual ao engajamento político. Em 1954, Simone publica Os Mandarins, por muitos considerado seu melhor romance. O livro lhe rendeu o Prêmio Goncourt daquele ano. Todas as atenções se voltavam, então, para a vida intelectual, mas também sexual e amorosa de Simone. Depois de Os Mandarins, Simone começou a trabalhar em seus livros de memórias: Memórias de uma Moça Bem-Comportada (1958), A Força da Idade(1960) e A Força das Coisas (1963). Publicou também vários ensaios, relatos de viagens, a obra em que fala sobre a morte de sua mãe, Uma Morte Muito Suave(1964), e a novela A Mulher Desiludida (1967).
Nos anos 1970, Simone de Beauvoir publicou o quarto volume de suas memórias, Balanço Final (1972) e passou a apoiar oficialmente as ações do movimento feminista. Em 1974, criou a Ligue du Droit des Femmes. Ao final da década, Sartre estava seriamente debilitado, sua saúde frágil não permitiu que ele se recuperasse de uma pneumonia. Ele faleceu em 15 de abril de 1980. Pouco mais de um ano depois, em maio de 1981, morreu Nelson Algren. Simone enfrentou as perdas com lucidez e refletiu sobre a morte em seus últimos escritos. A Cerimônia do Adeus (1981) foi o último livro publicado em vida pela escritora, filósofa e memorialista. Sua saúde começou, então, a se debilitar.
Simone morreu em 14 de abril de 1986, um dia antes do aniversário da morte de Sartre, tendo realizado seus dois sonhos de infância: o de se tornar escritora e o de ser uma mulher independente. Mas também sem realizar um de seus maiores desejos desde que conheceu Sartre: o de que seu companheiro de toda a vida não morresse antes dela.
A felicidade Segundo Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir não era uma mulher. Era várias. Um exemplo: ao mesmo tempo em que era conhecida como uma filósofa de comportamento escandaloso para sua época, de vida desregrada e boêmia, era controlada e organizada em tudo o que fazia.
Durante suas pesquisas para o livro O Segundo Sexo, ela acordava cedo quase todos os dias e enfrentava a fila diante da Bibliothèque nationale de France (BnF), em Paris. Ali, uma legião de pesquisadores e estudantes esperava por um lugar em uma das mesas do prédio e pelo acesso a seus milhares de livros. Simone, então já reconhecida como intelectual, era apenas mais uma dessas pessoas. Simone fazia isso por disciplina e por acreditar que não deveria ter privilégios em relação aos outros usuários da instituição pública.
Simone mantinha uma rotina diária em seus encontros pessoais e em seus trabalhos. Organizava seus dias, semanas e meses para dar conta de tudo a ser feito. (Ela contou um pouco dessa rotina à Paris Review, o trecho em inglês você pode ler aqui:
Simone de Beauvoir
ENTREVISTADOR
As pessoas dizem que você tem uma grande auto-disciplina e que você nunca deixe passar um dia sem trabalhar. Em que momento você começa?
As pessoas dizem que você tem uma grande auto-disciplina e que você nunca deixe passar um dia sem trabalhar. Em que momento você começa?
De Beauvoir
Eu estou sempre com pressa de ir, embora, em geral, eu não gosto de começar o dia. A primeira vez que tomar chá e, em seguida, por volta das dez horas, eu fico em curso e trabalhar até um. Então eu vejo meus amigos e depois disso, às cinco horas, eu vou voltar a trabalhar e continuar até nove. Não tenho nenhuma dificuldade em pegar o fio da tarde. Quando você sair, eu vou ler o jornal ou talvez ir às compras. Na maioria das vezes é um prazer trabalhar.
Eu estou sempre com pressa de ir, embora, em geral, eu não gosto de começar o dia. A primeira vez que tomar chá e, em seguida, por volta das dez horas, eu fico em curso e trabalhar até um. Então eu vejo meus amigos e depois disso, às cinco horas, eu vou voltar a trabalhar e continuar até nove. Não tenho nenhuma dificuldade em pegar o fio da tarde. Quando você sair, eu vou ler o jornal ou talvez ir às compras. Na maioria das vezes é um prazer trabalhar.
Entrevistador
Quando você vê Sartre?
Quando você vê Sartre?
De Beauvoir
Todas as noites e muitas vezes na hora do almoço. Eu geralmente trabalho em seu lugar durante a tarde.
Todas as noites e muitas vezes na hora do almoço. Eu geralmente trabalho em seu lugar durante a tarde.
Entrevistador
Não te incomoda que você vá de um apartamento para outro?
Não te incomoda que você vá de um apartamento para outro?
De Beauvoir
Não. Desde que eu não escrevo livros acadêmicos, eu tomo todos os meus papéis com me e ele funciona muito bem.
Não. Desde que eu não escrevo livros acadêmicos, eu tomo todos os meus papéis com me e ele funciona muito bem.
Entrevistador
Você mergulhar imediatamente?
Você mergulhar imediatamente?
De Beauvoir
Ele depende em certa medida do que eu estou escrevendo. Se o trabalho está indo bem, eu gasto um quarto ou meia hora de ler o que eu escrevi no dia anterior, e eu faço algumas correções. Então eu continuar a partir daí. A fim de pegar o fio eu tenho que ler o que eu fiz.
Ele depende em certa medida do que eu estou escrevendo. Se o trabalho está indo bem, eu gasto um quarto ou meia hora de ler o que eu escrevi no dia anterior, e eu faço algumas correções. Então eu continuar a partir daí. A fim de pegar o fio eu tenho que ler o que eu fiz.
Entrevistador
Os seus amigos escritores têm os mesmos hábitos como você?
Os seus amigos escritores têm os mesmos hábitos como você?
De Beauvoir
Não, é uma questão muito pessoal. Genet, por exemplo, funciona de forma bastante diferente. Ele coloca em cerca de doze horas por dia, durante seis meses, quando ele está trabalhando em algo e quando ele terminou, ele pode deixar passar seis meses sem fazer nada. Como eu disse, eu trabalho todos os dias com exceção de dois ou três meses de férias, quando eu viajo e geralmente não funciona em todos. Eu li muito pouco durante o ano, e quando eu ir embora eu dar um grande valise cheia de livros, livros que eu não tenho tempo para ler. Mas se a viagem dura um mês ou seis semanas, eu me sinto desconfortável, especialmente se estou entre dois livros. Eu fico entediado, se eu não trabalhar.
Não, é uma questão muito pessoal. Genet, por exemplo, funciona de forma bastante diferente. Ele coloca em cerca de doze horas por dia, durante seis meses, quando ele está trabalhando em algo e quando ele terminou, ele pode deixar passar seis meses sem fazer nada. Como eu disse, eu trabalho todos os dias com exceção de dois ou três meses de férias, quando eu viajo e geralmente não funciona em todos. Eu li muito pouco durante o ano, e quando eu ir embora eu dar um grande valise cheia de livros, livros que eu não tenho tempo para ler. Mas se a viagem dura um mês ou seis semanas, eu me sinto desconfortável, especialmente se estou entre dois livros. Eu fico entediado, se eu não trabalhar.
The Paris Review , Primavera-Verão 1965
( Graças a Marcine Miller. )
Postado em 24 de fevereiro de 2009
WH Auden
Talvez o melhor escritor que nunca para usar a velocidade de forma sistemática, no entanto, foi WH Auden. Ele engoliu Benzedrine todas as manhãs durante vinte anos, de 1938 em diante, equilibrando seu efeito com o Seconal barbitúricos quando queria dormir.(Ele também manteve um copo de vodka ao lado da cama, de gole, se ele acordar durante a noite.) Ele tomou uma atitude pragmática para as anfetaminas, considerando-os como um "dispositivo de economia de trabalho", na "cozinha mental", com o importante ressalva de que "estes mecanismos são muito bruto, passível de ferir o cozinheiro, e constantemente quebrar."
John Lanchester, " High Style , " The New Yorker , 06 de janeiro de 2003
Postado em 20 de fevereiro de 2009
Michael Lewis
Como você começar a escrever?
Fitfully. Eu vou escrever alguma coisa, mas não vai ser o começo ou no meio ou no final - eu estou apenas começando uma idéia para fora da página. Então, como as palavras se acumulam, eu começo a pensar em como eles precisam ser organizados.
Fitfully. Eu vou escrever alguma coisa, mas não vai ser o começo ou no meio ou no final - eu estou apenas começando uma idéia para fora da página. Então, como as palavras se acumulam, eu começo a pensar em como eles precisam ser organizados.
O que é na frente de você quando você começar a escrever?
Nada, exceto para a tela do computador. Escrevo a partir da memória, como se eu estivesse escrevendo um romance. Quando eu terminar de escrever um dia eu volte e verifique o texto contra as minhas notas para certificar-se os fatos e citações são retos, e que eu não tenha, inadvertidamente, feito nada. As citações são quase sempre preciso, porque por esse ponto que eu fui sobre o material tantas vezes na minha cabeça.
Nada, exceto para a tela do computador. Escrevo a partir da memória, como se eu estivesse escrevendo um romance. Quando eu terminar de escrever um dia eu volte e verifique o texto contra as minhas notas para certificar-se os fatos e citações são retos, e que eu não tenha, inadvertidamente, feito nada. As citações são quase sempre preciso, porque por esse ponto que eu fui sobre o material tantas vezes na minha cabeça.
Há qualquer hora do dia que você gosta de escrever?
Sempre escrevi muito melhor no início da manhã e muito tarde da noite. Eu escrevo muito pouco no meio do dia. Se eu fizer qualquer trabalho no meio do dia, é a edição que eu escrevi naquela manhã.
Sempre escrevi muito melhor no início da manhã e muito tarde da noite. Eu escrevo muito pouco no meio do dia. Se eu fizer qualquer trabalho no meio do dia, é a edição que eu escrevi naquela manhã.
Qual seria o seu dia de escrita ideal?
Esquerda com meus próprios recursos, sem família, eu começar a escrever às sete horas e parar às quatro da manhã Essa é a maneira que eu costumava escrever. Eu gostava de ficar à frente de todos. Eu penso comigo mesmo: "Eu estou começando dia de trabalho de amanhã, hoje à noite!" Tarde da noite são maravilhosamente tranquila. Nenhum telefonema, sem interrupções. Eu gosto da sensação de saber que ninguém está tentando me atingir.
Esquerda com meus próprios recursos, sem família, eu começar a escrever às sete horas e parar às quatro da manhã Essa é a maneira que eu costumava escrever. Eu gostava de ficar à frente de todos. Eu penso comigo mesmo: "Eu estou começando dia de trabalho de amanhã, hoje à noite!" Tarde da noite são maravilhosamente tranquila. Nenhum telefonema, sem interrupções. Eu gosto da sensação de saber que ninguém está tentando me atingir.
Há algum lugar que você precisa para estar em ordem para escrever?
Não, eu escrevi em todas as circunstâncias possíveis. Eu gosto de escrever no meu gabinete, que é um velho pau-brasil cabine cerca de cem metros de minha casa em Berkeley. Tem uma cozinha, um pequeno quarto, um banheiro e uma sala de estar, que eu uso como como estudo. Mas eu escrevi em situações horríveis suficientes que eu sei que a qualidade da prosa não depende da circunstância em que é composta. Eu não acredito que a musa visita você. Eu acredito que você visitar a musa. Se você esperar por esse "momento perfeito", você não vai ser muito produtivo.
Não, eu escrevi em todas as circunstâncias possíveis. Eu gosto de escrever no meu gabinete, que é um velho pau-brasil cabine cerca de cem metros de minha casa em Berkeley. Tem uma cozinha, um pequeno quarto, um banheiro e uma sala de estar, que eu uso como como estudo. Mas eu escrevi em situações horríveis suficientes que eu sei que a qualidade da prosa não depende da circunstância em que é composta. Eu não acredito que a musa visita você. Eu acredito que você visitar a musa. Se você esperar por esse "momento perfeito", você não vai ser muito produtivo.
Robert Boynton, The New New Journalism
( Graças a Jennifer Lou . )
Postado em 20 de fevereiro de 2009
Jonathan Lethem e Paul Auster
JONATHAN Lethem: O que você estava fazendo antes de eu hoje apareceu na sua casa?
Paul Auster: O de sempre. Levantei-me de manhã. Eu li o jornal. Eu bebi um bule de chá.E então eu fui para o pequeno apartamento que tenho no bairro e trabalhou por cerca de seis horas. Depois disso, eu tive que fazer alguns negócios. Minha mãe morreu há dois anos, e não havia uma última coisa para cuidar sobre sua propriedade, uma espécie de seguro-caução que eu tinha que assinar. Então, eu fui a um cartório para ter os papéis carimbados, em seguida, enviado-os para o advogado. Voltei para casa. Eu li cartão de relatório final da minha filha. E então eu fui lá em cima e pago um monte de contas. Um dia típico, eu suponho. Uma mistura de trabalhar no livro e lidar com um monte de coisas chatas, prático.
JL: Para mim, cinco ou seis horas de escrita é muito. Isso é um monte. Então, se eu conseguir que muitas horas as outras coisas se sente satisfatório. As outras coisas se sente como uma espécie de graça. Mas se eu tiver que fazer essas coisas quando eu não tenho escrito-
PA: Oh, isso é terrível.
JL: Isso é uma coisa terrível.
PA: Eu descobri que escrever romances é uma experiência, tanto todo-absorvente física e mental, e eu tenho que fazer isso todos os dias, a fim de manter o ritmo, para me manter focado no que estou fazendo. Mesmo domingo, se possível. Se não há coisa de família acontecendo naquele dia, eu vou pelo menos trabalho na parte da manhã. Sempre que viajo, são jogados fora completamente. Se eu for embora, durante duas semanas, leva-me uma boa semana para voltar a entrar no ritmo do que eu estava fazendo antes.
JL: Eu gosto da palavra "física". Eu tenho o mesmo fetiche por continuidade. Eu realmente não me pergunte de mim uma determinada palavra ou página contagem ou número de horas. Para trabalhar todos os dias, que é o meu único fetiche. E há uma qualidade física a ela quando uma novela está prosperando. Tem um componente atlética.Você está mantendo uma raia indo.
PA: Escrever é físico para mim. Eu sempre tenho a sensação de que as palavras estão saindo do meu corpo, e não apenas minha mente. Eu escrevo à mão ea caneta está arranhando as palavras na página. Posso até ouvir as palavras sendo escritas. Assim, grande parte do esforço que vai para prosa para mim é sobre fazer sentenças que capturam a música que estou ouvindo na minha cabeça. É preciso muito trabalho, escrevendo, escrevendo e reescrevendo para obter a música exatamente do jeito que você quer que seja. Essa música é uma força física. Não só você escrever livros fisicamente, mas você ler livros fisicamente também. Há algo sobre os ritmos da linguagem que correspondem aos ritmos dos nossos próprios corpos. Um leitor atento é encontrar significados no livro que não pode ser articulada, encontrá-los em seu corpo. Eu acho que isso é o que muitas pessoas não entendem sobre ficção. Poesia é suposto ser musical. Mas as pessoas não entendem prosa. Eles estão tão acostumados a ler jornalismo-desajeitado, frases funcionais que transmitem informações factuais-fatos, mais do que apenas a superfície das coisas.
O Crente , fevereiro de 2005
( Graças a Felix Davey .)
Postado em 18 de fevereiro de 2009
Robert Caro
Por formação, Robert Caro é jornalista. Por profissão, ele é um biógrafo, entre os vivos mais aclamado, graças aos seus quatro livros de três volumes sobre [Lyndon] Johnson e uma saga sobre o titan de obras públicas de Nova York Robert Moses. Mas, em sua vida diária, Caro mais se assemelha a um cientista, impulsionado pelo princípio de que você entende alguma coisa só por observá-lo, vê-lo com grande concentração e por um longo tempo. Em seu escritório em Nova York, onde tudo tem o seu lugar especial, ele trabalha longas horas, sete dias por semana, estudando através transcrições das entrevistas e notas de fonte primária, trabalhando de forma lenta e deliberadamente em livros que ele publica, em média, uma vez a cada 10 anos. Sua rotina meticulosa às vezes é dolorosa, diz ele, mas necessário. Só por reunir o maior número possível de fatos, catalogá-los, aferindo-as e sentando-se com eles em grande extensão, ele pode escolher as palavras certas para recriar o passado dentro da cabeça de seus leitores. Palavras importa Caro."Eu sempre pensei," ele disse-me neste inverno ", que em não-ficção, o nível da escrita tem que ser tão bom quanto qualquer romance se ele vai durar." [...]
"Este edifício costumava ser preenchido com os escritores," Caro diz que ele permite que um visitante em seu escritório em Manhattan, duas quadras ao sul do Central Park. "Eles já se foram. Agora é só comigo."
Caro recebe seus próprios convidados aqui. Ele não tem nenhum secretário ou jovem assistente brilhante para buscar café ou vasculhar arquivos. A única pessoa que ele realmente confia em seu trabalho é Ina [sua mulher], ela mantém seu próprio escritório mais uptown. Ele não usa um computador. Ele tem um telefone, mas sua virtude principal, Caro diz, é que ele "pode ser desligado." Há raramente bate à porta. Ainda assim, Caro veste um casaco e gravata para o escritório todas as manhãs para que ele nunca se esquece de quando ele se senta com sua pesquisa que ele está indo para o trabalho.
Cada centímetro do escritório de Nova York é regida por regras. Existem normas para a colocação de livro (não-ficção em geral no pós-Guerra Fria está mais distante do balcão de Caro; livros sobre seu objeto imediato são mantidos o mais próximo) eo empilhamento de notebooks (novos entrevistados, como o redator de discursos JFK Theodore Sorensen, sentar-se no topo da pilha, enquanto as entrevistas mais antigas, como o irmão de Johnson, Sam Houston, habitam o fundo). O muro ocidental contém apenas um gigante outline-20 páginas que ficam Caro desde o início até ao final de cada livro. "Eu me treinado para ser organizado", explica ele, apontando quase se desculpando pelo seu enorme mapa do escritor. "Se você está tateando ao redor tentando lembrar o notebook tem que citar, você não pode estar no quarto com as pessoas que você está escrevendo."
Mesmo a casa de Caro é regida por um código que ele criou para se manter produtivo e saudável. A Caros 'apartamento no Upper West Side está cheia de livros, a sua colecção e dela, mas nenhum se sentar na sala de jantar ou sala de estar. "Quando ele está em casa, ele não quer pensar em seu trabalho", explica Ina. De fato, apesar de terem cada dedicaram suas vidas a ele por mais de três décadas, a Caros temos uma política de não discutir Lyndon Johnson, no jantar ou em qualquer outro lugar. Ina apresenta sua pesquisa de Bob em relatórios digitados, que, em seguida, o marido dela marcam-se. "Eu sei o que ele está procurando, sem ele a dizer-me", ela explica. Ela raramente lê o seu trabalho até que esteja em forma de manuscrito.
Jonathan Darman, " The Marathon Man ", Newsweek , 16 de fevereiro de 2009
( Graças a Ryan férias . )
Postado em 16 de fevereiro de 2009
Stephen King
"Há certas coisas que eu faço se eu me sentar para escrever", disse ele. "Eu tenho um copo de água ou uma xícara de chá. Há um certo tempo eu me sentar, 08:00 - 08:30, em algum lugar dentro dessa meia hora todas as manhãs ", explicou. "Eu tenho a minha vitamina pílula e minha música, sentar no mesmo assento, e os papéis são todos organizados nos mesmos lugares. O objetivo cumulativo de fazer essas coisas da mesma maneira todos os dias parece ser uma maneira de dizer à mente, você vai estar sonhando em breve.
"Não é nada diferente do que uma rotina de dormir", continuou ele. "Você vai para a cama uma maneira diferente a cada noite? Existe um certo lado você dorme? Quer dizer, eu escovo os dentes, eu lavo minhas mãos. Por que alguém iria lavar as mãos antes de ir para a cama? Eu não sei. E os travesseiros devem ser apontada uma certa maneira. O lado aberto da fronha deve ser apontado em direcção ao outro lado da cama. Eu não sei por quê. "
( Graças à Imprensa / Thomas Dunne Books de St. Martin. )
Postado em 26 de janeiro de 2009
Will Self
Como você escreve (você tem uma rotina diária?)
Os primeiros projectos como no início da manhã quanto possível, em seguida, em segundo lugar, em seguida, terceiro (redigitação, eu trabalho em um manual). Uma vez que o primeiro projecto é de 80% concluída eu começar no segundo, de modo que há uma correia transportadora de rascunhos em andamento: isso ajuda-me a compreender a totalidade do livro. Eu acelerar no final, geralmente porque eu estou no passado ou o meu prazo.
Em sua linha de trabalho, você gasta muito do seu tempo sozinho. Como você sobreviveu?
Rituais. Smoking - tubos, charutos, marcas especiais, acessórios, as besteiras inteiras.Café, chá, infusões estranhas - Eu tenho um fogão na minha mesa. Fetichizando máquinas de escrever, canetas, etc No geral, porém, eu tenho um apetite saudável para a solidão. Se você não fizer isso, você não tem nenhum negócio ser um escritor.
The Guardian , 09 de maio de 2007
( Graças a Ric Stockfis .)
Postado em 23 de janeiro de 2009
CS Lewis
Temos agora resolvido em uma rotina que tem desde então servido em minha mente como um arquétipo, de modo que o que eu ainda quero dizer quando falo de um dia "normal" (e lamento que os dias normais são tão raros) é um dia do padrão Bookham .Porque, se eu pudesse me agradar eu sempre viver como eu vivi lá. Eu escolheria sempre o pequeno-almoço, exatamente oito anos e estar em minha mesa por volta das nove, não para ler ou escrever até um. Se um copo de um bom chá ou café poderia ser trazido comigo sobre onze, tanto melhor. Um passo mais ou menos fora de portas para um copo de cerveja não faria tão bem, pois um homem não quer beber sozinho e se você encontrar um amigo na choperia a quebra é susceptível de ser estendida para além dos seus dez minutos. Em um almoço com precisão deve estar sobre a mesa, e por dois, o mais tardar eu estaria na estrada. Não, a não ser em raros intervalos, com um amigo. Andando e falando são dois muito grandes prazeres, mas é um erro de combiná-los. Nossas próprias manchas de ruído fora os sons e os silêncios do mundo exterior, e falar leva quase inevitavelmente ao tabagismo, e depois adeus a natureza na medida em que um dos nossos sentidos está em causa. O único amigo para andar com um (como eu encontrei, durante as férias, em Arthur) que compartilha tão exatamente seu gosto para cada estado de espírito do país que um olhar, uma parada, ou no máximo uma cotovelada, é suficiente para garantir a nos que o prazer é compartilhado. O retorno do passeio, e com a chegada de chá, deve ser exatamente coincidentes, e não mais tarde do que um 04:15. Chá deve ser tomada na solidão, como a tirei como Bookham sobre aqueles (felizmente) numerosas ocasiões quando a Sra. Kirkpatrick estava fora, o próprio Bata desdenhou esta refeição. Para comer e leitura são dois prazeres que combinam admiravelmente. É claro que nem todos os livros são adequados para a leitura das refeições. Seria uma espécie de blasfêmia para ler poesia na mesa. O que se quer é um livro fofoqueiro, sem forma, que pode ser aberto em qualquer lugar. O que eu aprendi até para usar em Bookham foram Boswell, e uma tradução de Heródoto, e de Lang História da Literatura Inglês . Tristram Shandy , Elia ea anatomia da melancolia são tudo de bom para o mesmo fim. Às cinco um homem deve estar no trabalho novo, e para ele até sete.Depois, no jantar e depois, chega a hora de falar, ou, na sua falta, de leitura mais leve, e, a menos que você está fazendo uma noite do que com seus companheiros (e em Bookham eu não tinha nenhum), não há razão para que você já deveria estar na cama até as onze. Mas quando é um homem a escrever suas letras? Você esquece que eu estou descrevendo a vida feliz que levou com Kirk ou a vida ideal que eu viveria agora se eu pudesse. E é essencial para a vida feliz que um homem teria quase nenhum e-mail e nunca temer batida do carteiro.
( Graças a zgoodword.com .)
Postado em 20 de janeiro de 2009
John Grisham
Quando ele começou a escrever, diz Grisham, ele tinha "esses pequenos rituais que eram tolas e brutal, mas muito importante."
"O despertador iria sair às 5, e eu pularia no chuveiro. Meu escritório foi de 5 minutos de distância. E eu tinha que estar na minha mesa, no meu escritório, com a primeira xícara de café, um bloco de notas e escrever a primeira palavra em 05:30, cinco dias por semana. "
Seu objetivo: escrever uma página a cada dia. Às vezes, isso levaria 10 minutos, às vezes uma hora; ofttimes ele iria escrever por duas horas antes de ter que voltar para o seu trabalho como um advogado, que ele nunca gostei especialmente. No Legislativo Mississippi, havia "uma enorme quantidade de tempo perdido", que lhe daria a oportunidade de escrever.
"Então, eu era muito disciplinada com isso", diz ele, em seguida, rapidamente admite que ele não tem essa disciplina agora: "Eu não preciso."
San Francisco Chronicle , 5 de fevereiro de 2008
( Graças a Brenton Priestley .)
Postado em 13 de janeiro de 2009
Gustave Flaubert
Os dias eram tão invariável como as notas do cuco. Flaubert, um homem de hábitos noturnos, geralmente acordou às 10 horas e anunciou o evento com sua corda do sino.Só então as pessoas ousam falar acima de um sussurro. Sua manobrista, Narcisse, de imediato trouxe-lhe água, encheu o cachimbo, fechou as cortinas, e entregue o correio da manhã. Conversa com a mãe, que teve lugar em nuvens de fumaça de tabaco especialmente nocivos para o sofredor de enxaqueca, precedido de um banho muito quente e um toilette longo, cuidadoso envolvendo a aplicação regular de um tônico fama de prender a perda de cabelo. Às 11 horas, ele entrou na sala de jantar, onde Mme Flaubert; Liline; sua governanta Inglês, Isabel Hutton, e muitas vezes o tio Parain teria recolhidas. Incapaz de trabalhar bem com o estômago cheio, ele comeu de ânimo leve, ou o que passou por tal na casa Flaubert, o que significa que sua primeira refeição consistiu de ovos, legumes, queijo ou frutas, e uma xícara de chocolate frio. A família então descansava no terraço, a menos que o mau tempo os manteve dentro de casa, ou subiu um caminho íngreme em meio à mata por trás de sua horta espaliered para uma clareira apelidado La Mercure após a estátua de Mercury que ficava lá. Sombreada por castanheiras, perto de seu pomar encosta, eles argumentam, piada, fofocas e vasos relógio navegar para cima e para baixo do rio. Outro site de refresco ao ar livre foi o pavilhão do século XVIII. Depois do jantar, que geralmente dura de sete para nove, crepúsculo, muitas vezes encontrou-os lá, olhando para flecking luar da água e pescadores lançando suas redes de argola para a enguia.
Em junho de 1852, Flaubert disse Louise Colet que trabalhou 13:00-1:00. Um ano depois, quando ele assumiu a responsabilidade parcial para a educação do Liline e deu-lhe uma hora ou mais de seu tempo a cada dia, ele pode não ter colocado a caneta no papel em sua grande escrivaninha rodada até duas horas ou mais tarde.
Frederick Brown, Flaubert: A Biography
Postado em 29 de dezembro de 2008 em notívagos
Colette
Final dos anos cinqüenta de Colette foram, provavelmente, o mais feliz e, certamente, os anos mais fecundos de sua vida. ... Ela continuou tanto para viver e trabalhar como um atleta olímpico, e do mesmo modo que todos os campeões, ela mantinha em treinamento. Ela caminhou e nadou vigorosamente. Ela fumava e bebia muito pouco. Ela manteve os músculos tonificados com massagem. Ela e Maurice aparentemente tinha uma vida sexual atlético. Durante os verões, ela adotou uma dieta frugal e começou a perder peso. De volta a Paris, ela consultou um charlatão elegante que lhe deu as transfusões de sangue - o doador era uma jovem atraente - e estes, ela alegou, melhorou sua visão e aumento da sua vitalidade. Mas talvez seu segredo de beleza mais importante foi se cercar de um círculo de amigos mais jovens, homens e mulheres, cuja fome de vida ajudou a recarregar o seu próprio. "O prazer eu levo em contemplar vidas no ascendente me tranquiliza sobre mim", disse Germaine Patat. "Eu vejo tantas pessoas que, à medida que envelhecem, encontrar alegria só em ... sua diminuição!"
Judith Thurman, Secrets of the Flesh: A Vida de Colette
Postado em 29 de dezembro de 2008
James Thurber
Entrevistador
Incomoda-lhe para falar sobre as histórias em que você está trabalhando? Incomoda muitos escritores, embora parece que particularmente a história bem-humorado é polido através de recontar.
Incomoda-lhe para falar sobre as histórias em que você está trabalhando? Incomoda muitos escritores, embora parece que particularmente a história bem-humorado é polido através de recontar.
Thurber
Oh, sim. Costumo dizer a eles em festas e lugares. E eu escrevê-los lá também.
Oh, sim. Costumo dizer a eles em festas e lugares. E eu escrevê-los lá também.
ENTREVISTADOR
Você escreve-los?
Você escreve-los?
Thurber
Eu nunca sabe quando não estou escrevendo. Às vezes, minha esposa vem até mim em uma festa e diz: "Droga, Thurber, parar de escrever." Ela geralmente me pega no meio de um parágrafo. Ou a minha filha vai olhar para cima da mesa de jantar e perguntar: "Ele está doente?" "Não", minha esposa diz: "ele está escrevendo alguma coisa." Eu tenho que fazê-lo dessa maneira por causa dos meus olhos. Eu ainda escrevo ocasionalmente, no sentido próprio do lápis preto em papel amarelo e recebendo cerca de vinte palavras para a página que o uso de palavras. Meu método usual, porém, é de passar as manhãs de virar o texto em minha mente. Em seguida, no período da tarde, entre dois e cinco anos, que eu chamo de um secretário e ditar a ela. Eu posso fazer cerca de duas mil palavras. Levei cerca de dez anos para aprender.
Eu nunca sabe quando não estou escrevendo. Às vezes, minha esposa vem até mim em uma festa e diz: "Droga, Thurber, parar de escrever." Ela geralmente me pega no meio de um parágrafo. Ou a minha filha vai olhar para cima da mesa de jantar e perguntar: "Ele está doente?" "Não", minha esposa diz: "ele está escrevendo alguma coisa." Eu tenho que fazê-lo dessa maneira por causa dos meus olhos. Eu ainda escrevo ocasionalmente, no sentido próprio do lápis preto em papel amarelo e recebendo cerca de vinte palavras para a página que o uso de palavras. Meu método usual, porém, é de passar as manhãs de virar o texto em minha mente. Em seguida, no período da tarde, entre dois e cinco anos, que eu chamo de um secretário e ditar a ela. Eu posso fazer cerca de duas mil palavras. Levei cerca de dez anos para aprender.
The Paris Review , Outono 1955
Postado em 26 de dezembro de 2008,
Alaa Al Aswany
Qual é a sua rotina diária?
Eu tenho uma agenda muito firme. Devo acordar às seis da manhã ou eu me sinto muito culpado. Escrevo 6:30-10:30 Seis dias por semana, como um soldado-sem interrupções.Então eu li os jornais e tem um chuveiro. Eu vou para minha clínica ao lado da minha casa a partir de meio-dia às três, então eu tenho um cochilo porque é muito quente durante a tarde aqui. De seis a nove da noite, volto à minha clínica para o trabalho, e de nove a meia-noite, eu li. Durante cinco ou seis dias por semana, eu não saio. Minha vida está confinada ao meu trabalho, minha família, meus livros, minha escrita.
National Geographic , setembro de 2006
( Graças a Zehra Sidika. )
Postado em 26 de dezembro de 2008
Gunter Grass
Entrevistador
Qual é a sua programação diária quando você trabalha?
Qual é a sua programação diária quando você trabalha?
GRAMA
Quando estou trabalhando na primeira versão, eu escrevo entre cinco e sete páginas por dia. Para a terceira versão, três páginas por dia. É muito lento.
Entrevistador
Você pode fazer isso na parte da manhã ou à tarde ou à noite?
GRAMA
Nunca, nunca à noite. Eu não acredito, por escrito, à noite, porque ele vem com muita facilidade. Quando eu li isso na parte da manhã não é bom. Preciso de luz do dia para começar. Entre nove e dez horas Eu tenho um longo café da manhã com leitura e música. Depois do almoço eu trabalho, e, em seguida, fazer uma pausa para o café da tarde. Eu começar de novo e terminar às sete horas da noite.
The Paris Review , Verão 1991
( Graças a Aseem Mahajan. )
Postado em 23 de dezembro de 2008,
Anthony Trollope
Todos os dias, durante anos, Trollope relatou em sua " Autobiografia ", ele acordou na escuridão e escreveu 05h30-08h30, com o relógio na frente dele. Ele exigiu de si duzentos e cinqüenta palavras, cada quarto de hora. Se ele terminou um romance antes das oito e meia, ele tirou uma folha de papel e começou a próxima. A sessão de gravação foi seguido, por uma longa extensão de tempo, um dia de trabalho com o serviço postal. Além disso, ele disse, ele sempre caçado pelo menos duas vezes por semana. Sob este regime, ele produziu quarenta e nove romances em 35 anos. Tendo prosperado tão bem, ele pediu o seu método em todos os escritores: "Que o seu trabalho seja para eles como é o seu trabalho comum para o trabalhador comum. Nenhum esforço gigantesco, então, ser necessário. Ele precisa amarrar sem toalhas molhadas em volta de seu rosto, nem sentar-se por 30 horas em sua mesa sem se mover,-como os homens se sentaram, ou disse que eles se sentaram ".
The New Yorker , 14 de junho de 2004 Para dizer o mínimo, ela tinha uma disciplina de dar inveja.
Também era controlada com dinheiro. E não porque não ligasse para gastar. Ela chegou a dizer que comprar é um prazer profundo. Mas, ao contrário de Sartre, ela sabia investir e guardar dinheiro, o que permitiu a ela comprar um carro, viajar para vários lugares (sem Sartre) e viver uma boa vida burguesa sem sobressaltos.
Tudo isso pode parecer de extrema banalidade quando se fala sobre uma filósofa e ficcionista que foi das maiores do século XX. Mas não é. Simone vivia assim porque assim traduzia em comportamento e ação sua compreensão de felicidade. Para Simone, ser feliz é praticamente uma missão. E uma missão se cumpre como uma luta, com esforço, dedicação, sentido de dever. Ser feliz, assim como ser infeliz, é uma escolha. E a felicidade se constrói. Como? Como um escultor que molda cada detalhe de sua obra em uma pedra. As ferramentas de Simone para talhar a felicidade na matéria bruta que é a vida: os livros, o conhecimento, as pessoas, os amores e, é claro, a escrita.
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O trabalho ininterrupto gera diversas consequências físicas e psicológicas ao empregado. A exigência constante por produtividade faz com ...