sexta-feira 31 2012

Whitney Houston - I Look To You

BeeGees - FuLL Concert Live 89 - Super HQ DVD

Bee Gees & Celine Dion - Immortality (Live)

Bee Gees - How Deep Is Your Love (Video)

Bee Gees - Too Much Heaven (Video)

Um casal quase perfeito 2 facefilmes18

Outono em New york (Dublado)

Um Dia Perfeito - Completo - dublado

O resgate do soldado Ryan

Som da Chuva - Para Dormir e Relaxar (2 horas)

Melhores Momentos do Dicró - Parte 2

Jô Soares entrevista Dicró 28/07/2011

Caetano Veloso - Lua e Estrela

'A TV do futuro é um grande iPad'


Entrevista - Reed Hastings

CEO da Netflix, Reed Hastings prevê a migração das transmissões do broadcast para a internet e aposta na integração de usuários pelas redes sociais

João Marcello Erthal
Reed Hastings, CEO e co-fundador do Netflix
Reed Hastings, CEO e co-fundador do Netflix (Norm Betts/Bloomberg/Getty Images)
"Hoje em dia, só 2% ou 3% de todo o conteúdo de TV é transmitido pela internet. Acredito que em 20 anos o vídeo pela web será 98% de todo o conteúdo exibido no mundo"
O filme Apolo 13, estrelado por Tom Hanks em 1995, ajudou a mudar o curso da vida de Reed Hastings. Não pelo conteúdo da história inspirada no resgate de uma missão espacial americana, mas pela multa que recebeu por atrasar a entrega da fita. Os 40 dólares já eram, em 1997, uma despesa insignificante para o fundador de uma das 50 maiores empresas de software do mundo àquela época. Mas serviram de estalo para idealizar um sistema de locação de DVDs pelo correio, com mensalidade fixa. O nome da companhia – Netflix – mirava na inovação proposta por ele: o de transmissão online de filmes, séries e programas de TV. No mundo todo, a empresa reúne hoje mais de 25 milhões de assinantes. No Brasil e na América Latina, o serviço de 14,99 reais atingiu em um ano a marca de 1 milhão de usuários, passando a ser uma opção principalmente para os fãs das séries. A previsão do CEO e co-fundador da empresa, que chega nesta quinta-feira a São Paulo para comemorar o primeiro aniversário brasileiro, é de que em 20 anos quase a totalidade da transmissão de vídeo estará na web, com grande integração com redes sociais, principalmente o Facebook - site onde tem cadeira no conselho de diretores e do qual recentemente adquiriu 1 milhão de dólares em ações, no momento de queda. “Não penso nas oscilações de curto prazo”, afirmou, por telefone, na seguinte entrevista ao site de VEJA:

Os campeões de audiência reúnem milhões de pessoas diante da TV em um mesmo horário. Essa forma de assistir televisão vai morrer?As transformações serão diferentes para cada tipo de programação. As grandes transmissões de esporte pressupõem todos os espectadores ligados ao mesmo tempo. Esta é uma categoria que terá vida longa no modelo de broadcast tradicional, pois há algo especial na sensação de compartilhar aquele momento em frente à TV com milhares de torcedores. Não vejo este comportamento desaparecendo. Isso é muito diferente de quando a pessoa está surfando nos canais, sem certeza sobre o que quer ver. Esta é a parte da televisão que é muito melhor na internet, porque a forma de escolher é mais precisa. Esta separação já está acontecendo. Se você sabe o que quer ver, como seu esporte preferido ou um novo episódio específico de novela, a TV tradicional é muito boa. Mas ela não é boa se você está procurando um conteúdo interessante.
Isso significa que os canais no futuro não vão competir diretamente nas faixas de horário?Este é o ponto central. Por 70 anos, tivemos apenas a TV linear. Primeiro por transmissão por antenas, depois por cabo e satélite. Por muito tempo, a graça esteve em ter à disposição mais e mais canais lineares, que transmitem a mesma programação para todos os clientes. A próxima grande onda são as redes de TV na internet. Na TV ‘on demand’ você pode ver uma série e, se gostar, ver o primeiro episódio, ou toda a temporada. É o espectador quem escolhe se verá o programa ao voltar do trabalho ou às duas da manhã. Essa flexibilidade tremenda vem da natureza da internet e dos serviços sob demanda. Penso que surgirão muitas novas redes como a Netflix e a HBO Go, que são os grandes exemplos hoje em dia.
Essa mudança de padrão deve acontecer em que prazo?
Há um crescimento rápido da transmissão de TV pela internet. Numa comparação não muito exata, é uma repetição do que se deu com os telefones celulares. Há 20 anos, a maioria das pessoas usava aparelhos conectados à rede de telefonia fixa. Hoje, as vantagens da telefonia celular são indiscutíveis, e por ela é feita a maioria dos telefonemas. Com o vídeo, o padrão atual ainda é o broadcast, com todos os clientes recebendo o mesmo sinal. Hoje em dia, só 2% ou 3% de todo o conteúdo de TV é transmitido pela internet. Acredito que em 20 anos o vídeo pela web será 98% de todo o conteúdo exibido no mundo.
A relação do usuário com a TV deixa de ser passiva?
A opção estará com o consumidor, que poderá assistir de forma passiva ou não. A TV por internet pode ficar num mesmo canal, o dia inteiro, exatamente como no broadcast. Mas a tecnologia dá a ele o poder de decisão. Mesmo numa transmissão esportiva, em que um grande número de pessoas tem interesse na final de um campeonato, os usuários terão como escolher a forma de receber esse conteúdo. Quem estiver em um canal pela internet terá a opção de assistir por ângulos e câmeras diferentes. No caso de uma partida entre dois times regionais, será possível mostrar mais as jogadas e os jogadores preferidos do usuário. A mudança envolve todo o mercado. A diferença é também pelo lado dos canais e anunciantes, que podem direcionar publicidade específica para públicos com perfis escolhidos. Estamos falando de uma tecnologia que pode proporcionar anúncios únicos por pessoa, pois é possível saber exatamente quem é aquele espectador.
Netflix/Divulgação
Transmissão de vídeo no Ipad pela empresa americana Netflix
Vídeos no Ipad: tendência para o futuro da TV
Atualmente é possível comprar TVs que acessam a internet, são controladas por voz e movimento, como os videogames. O aparelho de TV do futuro terá mesmo tantas funções?
O que acontece agora com as TVs inteligentes já aconteceu com os smartphones. Elas são o futuro. Mas inicialmente nem todo mundo se interessa pelos modelos com novas funções, como acesso à internet e todo o conjunto de aplicativos que se pode baixar e usar no dia a dia. E é claro que nem todo mundo pode pagar por isso. Mas esses custos vão cair mais e mais, tornando o produto acessível, ao mesmo tempo em que mais pessoas se convencem de que há inovações úteis, mesmo que não seja alguém muito interessado em tecnologia de ponta. Pense nas TVs como iPads gigantes. Elas terão aplicações, serão flexíveis para o usuário. Será algo conveniente para ter na casa. Alguns modelos poderão ter tela sensível ao toque, exatamente como os tablets, e formas diferentes de controle, como o acionamento por voz e gesto. A diferença principal estará no acesso à rede e na atualização constante, como ocorre com os computadores.
De que forma os grandes produtores de conteúdo, como os estúdios de Hollywood, estão lidando com essas transformações?
Se você é uma parte pequena dos pagamentos para quem produz conteúdo, não há como receber muita atenção. Quando começamos a transmitir filmes e programas de TV porstreaming fomos ignorados pelos grandes estúdios. Afinal, nós éramos responsáveis por uma parcela pequena do que eles recebiam. Agora que temos um número de assinantes suficiente para fazer grandes cheques para a indústria, os produtores passaram a gostar do que fazemos. É assim que o mercado funciona.
Uma crítica dos usuários no Brasil é em relação à falta de filmes novos. 
Quanto mais assinantes reunimos, mais pagamos aos produtores de conteúdo. E se podemos pagar mais, podemos ter mais e melhores atrações. Ultrapassamos a marca de um milhão de usuários no Brasil e na América Latina, e isso cria possibilidade para termos mais acordos e mais conteúdo nesses mercados. Desde o dia 18 de agosto nossos clientes nesses mercados têm acesso ao filme Jogos Vorazes, o maior lançamento do ano nos cinemas. Para os brasileiros, esse título chega apenas cinco meses depois da primeira exibição nas salas. Nosso público nos Estados Unidos só terá acesso a ele em abril do ano que vem. O prazo para estreia de uma atração na Netflix varia de acordo com as políticas e contratos de cada estúdio, mas o que sempre tentamos é buscar os títulos mais populares.
Divulgação
Jennifer Lawrence em cena de 'Jogos Vorazes'
Jennifer Lawrence em cena de Jogos Vorazes
No Brasil, a Rede Globo é a que mais produz e exibe programas de sucesso, entre eles as novelas. Como é a relação da Netflix com a emissora?
Por ser uma rede de grande sucesso, a Globo tem a capacidade de decidir exatamente como e com quem licenciar seu conteúdo. Ela escolhe a forma mais lucrativa e interessante de negociar seus produtos. Temos uma boa relação com a Globo Internacional, e oferecemos conteúdo da emissora fora do Brasil, em toda a América Latina e nos Estados Unidos. Mas eles não nos deixam licenciar conteúdo para exibição pela Netflix no Brasil. Temos relativamente pequeno conteúdo de TV brasileira, em comparação com outros países em que estamos presentes. No México, temos o que é produzido pela Televisa e Azteca, por exemplo. Apenas no Brasil a Globo não está interessada. É um direito deles. Quando começamos nos Estados Unidos, em 2008, a atitude era similar. Hoje temos conteúdo de todas as emissoras e estúdios. Leva tempo para as pessoas entenderem o que fazemos, e como isso é diferente. Nosso negócio é adicionar, não canibalizar. Ninguém deixa de assinar uma TV a cabo porque assinou a Netflix. Não temos notícias, esportes, programas como American Idol ou reality shows. Oferecemos conteúdo de TV em série, e no caso de programas de TV as pessoas podem assistir como se lessem um livro: um episódio após o outro, no ritmo e no momento em que bem entendem.
Não é natural que as emissoras tenham medo do avanço de serviços como a Netflix?
Não. Nos Estados Unidos sempre houve o debate a respeito disso, sobre sermos bons ou maus, ou quem vai matar quem nesse negócio. O caso do seriado Mad Men é um bom exemplo para isso. Quando a quinta temporada começou a ser exibida, a audiência da série tinha um milhão de espectadores a mais que a temporada anterior. A razão para isso, acreditamos, é o fato de muitas pessoas terem assistido aos episódios antigos na Netflix. Isso criou, então, expectativa pelos novos episódios. Esta atração tem cinco anos agora, mas o episódio mais assistido na Netflix continua sendo o primeiro, da primeira leva. Isso é um ótimo exemplo de como ajudamos a construir a audiência. Vemos isso acontecer também com Breaking BadSons of Anarchy, e até comédias como How I Met Your Mother. As TVs não podem oferecer tudo de uma vez, mas nós podemos. E isso cria expectativa para a temporada seguinte.

O que impede que mais títulos brasileiros, além da Globo, entrem na grade da Netflix?
Procuramos o que as pessoas assistem, de acordo com o número de horas exibidas. Quando viemos ao Brasil pela primeira vez, ficamos impressionados com o sucesso de Chaves no país. Incluímos essa atração e ela foi muito bem. Pensamos: “Como é possível?” Nós analisamos o custo relativo de cada tipo de conteúdo e decidimos pensando em investir com base em quem vai assistir ao título. A complexidade desse processo é que as pessoas têm gostos muito diferentes. Licenciamos o que elas realmente assistem, e não o que dizem querer assistir. Se perguntadas, muitas pessoas dizem que querem grandes filmes de qualidade. É comum encontrar quem afirma gostar de Scorcese e Woody Allen, mas que, pelo que constatamos, passa mais tempo assistindo a filmes de monstros e zumbis. Nós sabemos exatamente o que nossos assinantes estão assistindo.

Há particularidades no assinante brasileiro?
No Brasil, adicionamos mais comédia e mais programas infantis. Já temos alguns humoristas, como Rafinha Bastos, e vamos começar com o Pânico! em novembro. Galinha Pintadinha é um dos títulos mais populares do nosso catálogo e tem sido ótimo para nós. Também temos mais animações e conteúdo do UFC. Depois da exibição mundial das lutas, imediatamente negociamos e adicionamos à programação.

O Brasil tem uma produção crescente de cinema independente, e isso também está fora do serviço. Esses filmes não interessam?
Um dos problemas dos filmes independentes no Brasil é que são muito difíceis de licenciar. O modelo de propriedade de filmes é muito complexo. Há muitas pessoas envolvidas no financiamento, e os direitos não estão concentrados em uma instituição específica ou pessoa. Veja o que acontece com a Petrobras. Ela financia muitos filmes, mas geralmente não controla os direitos. Ser capaz de construir um acordo de licenciamento por atacado é fundamental no nosso negócio. O melhor para nós é negociar o licenciamento de 30, 50, 100 filmes de uma só vez. Nas produções independentes no Brasil, quando começamos a conversar, vemos que elas têm diferentes participações de propriedade – uma para a música, outra para outra parte, e assim por diante. A negociação se arrasta ou se torna impossível.

Uma nova lei brasileira exige uma conta mínima de conteúdo nacional na TV por assinatura. Foi criada também uma taxação para serviços de vídeo sob demanda. Como isso afeta a Netflix?

Os países têm legislações próprias em relação à televisão e à internet, e em alguns há tensões. Queremos que clientes brasileiros tenham mais opções. Estamos estudando as novas regras, e de que forma isso pode afetar nosso negócio. A tecnologia de transmissão de vídeo por internet não é boa só para a Netflix, ou só para as redes, mas para o mercado como um todo. Seria uma pena sacrificar essa inovação, e esperamos que isso não aconteça.
As ações da sua companhia sofreram uma queda abrupta de mercado em 2011 e vêm se recuperando. Recentemente, o senhor adquiriu um milhão de dólares em ações do Facebook, num momento de tendência de queda. Que aprendizado se pode extrair dessas oscilações nas empresas de tecnologia?
Gosto de analisar o mercado pensando no que vai acontecer daqui a 20 anos ou mais, não nas oscilações de valor de curto prazo. É assim que devemos agir como gestores. Acredito que as inovações da tecnologia para o lado social terão papel muito forte no futuro, e isso se conecta com o que prevejo para a Netflix. Meu foco é construir uma empresa global, que atenda dezenas de milhões de espectadores. Sou muito confiante e otimista em relação ao crescimento do número de pessoas assistindo TV pela internet nos próximos cinco, dez e vinte anos. E vejo que a tendência é amigos interagindo em relação ao que assiste e gosta de ver na TV. Isso me leva a enxergar futuros longos e brilhantes para as duas companhias.
Paralelamente aos negócios, o senhor sempre teve atuação em educação. As novas tecnologias estão fazendo sua parte para promover avanços nessa área?
Meu primeiro trabalho depois da faculdade foi como professor de matemática na África. Vi pessoalmente o desafio que os países em desenvolvimento têm pela frente para formar professores de qualidade. Isso é particularmente importante e difícil quando falamos de matemática e ciências. É preciso garantir acesso universal à educação de qualidade, dos primeiros anos até a faculdade. Se tivermos sucesso nisso, teremos um mundo mais pacífico. A internet e a tecnologia oferecem oportunidades imensas para promover educação. O YouTube é o maior distribuidor de vídeos no planeta, e um dos grandes exemplos de como isso pode ser usado a serviço da educação é Khan Academy, um grupo que distribui vídeos gratuitos com aulas de várias matérias. Sou um dos colaboradores da organização, que recentemente passou a oferecer gratuitamente, a qualquer um com acesso à internet, aulas de introdução à programação e à ciência da computação. Eles não são os únicos. Ações como essas são a prova de que os países precisam investir em conexão de qualidade. Ser capaz de oferecer internet rápida em larga escala vai ser decisivo para a competitividade dos países nos próximos 50 anos.

Polícia investiga se filho de Stallone era traficante de drogas


Gente

Foram encontrados 60 frascos de analgésicos no quarto do rapaz, mas os investigadores acreditam que Sage não era viciado

Sage Stallone
Sage Stallone (SGranitz/WireImage/Getty)
Após encontrar 60 frascos vazios de remédios e vários sacos de pó branco no quarto de Sage Stallone, a polícia investiga se o filho do ator Sylvester Stallone estaria traficando drogas antes de ser encontrado morto, na última sexta-feira. De acordo com o site TMZ, os investigadores suspeitam que ele estivesse traficando hidrocodona (nome genérico para o analgésico popularmente conhecido como Vicodin).
Ainda segundo o site, a polícia acredita que Sage não era viciado, principalmente por causa de seu peso -- ele tinha 1,70cm e pesava 85kg. "Viciados geralmente acabam muito magros", disse uma fonte da polícia ao TMZ. A polícia começou a desconfiar após não ter encontrado nenhum outro vestígio da droga na casa, embora tenham sido achados 60 frascos grandes, cada um com capacidade para 500 pílulas. A polícia também acredita que o pó branco encontrado no quarto do rapaz seja hidrocodona, mas o material ainda deve passar por análise.
Na última terça-feira, Sylvester Stallone contratou um detetive particular para investigar a morte do filho.

Sage Stallone se sentia abandonado pelo pai, dizem amigos


Gente

O filho do ator, encontrado morto em 13 de julho, era criticado pelo pai por estar sempre acima do peso, diz revista

Sage Stallone, filho de Sylvester Stallone, é encontrado morto nos EUA
Sage Stallone, filho de Sylvester Stallone, é encontrado morto nos EUA (Frazer Harrison/Getty Images)
Sage Stallone, encontrado morto em seu apartamento há pouco mais de duas semanas, se sentia abandonado pelo pai, Sylvester Stallone, que não poupava críticas à forma física do filho, sempre acima do peso. A relação problemática entre pai e filho foi revelada por amigos do primogênito de Stallone em entrevista ao site da revista americana People. "Sage sentiu um misto de amor e ódio pelo pai a vida toda", diz o ator Stephen Wozniak. 
Os conflitos se intensificaram em 2006, quando Sylvester Stallone escolheu outro ator, Milo Ventimiglia, para viver o filho de Rocky Balboa na retomada da franquia que fez sucesso nos anos 90. "Sage queria ter feito esse papel", disse o diretor David DeFalco, outro amigo próximo de Sage. 
Uma cena em particular de Rocky V (1990), em que Sage contracenou com o pai no papel de filho do lutador, marcou o ator morto precocemente. Na sequência, o personagem reclamava aos gritos que o pai nunca esteve por perto quando precisou. "Quando eu gritei: 'Você nunca passa tempo suficiente comigo e nem com a minha mãe', disse a verdade a meu pai, não estava atuando", disse Sage em entrevista à revista People em 1996. 
Wozniak e DeFalco foram unânimes em revelar que Sage Stallone era viciado em remédios controlados. "Ele sempre tomava medicamentos como Xanax e Vicodin para controlar a ansiedade."

Filho de Sylvester Stallone morreu de problema no coração


Datas

Sage Stallone
Sage Stallone (SGranitz/WireImage/Getty)
Sage Stallone não morreu de overdose, como se chegou a cogitar. O filho de Sylvester Stallone foi vítima de um problema no coração, informou nesta quinta-feira a polícia de Los Angeles, com base no resultado da autópsia e do exame toxicológico do ator, encontrado morto no final de junho em sua casa, em Hollywood. 
'Deixem a memória de meu filho em paz', pede Stallone
O teste toxicológico deu negativo -- exceto por uma pequena quantidade do medicamento Vicodin no sangue de Sage. Um relatório completo dos exames deve sair na próxima semana.
Amigos de Sage, que além de ator trabalhava como distribuidor de filmes de terror, contaram ao site da revista People que ele levava uma vida muito diferente da do pai, evitando exercícios físicos, se alimentando mal e fumando cigarros. Eles também contaram que Sage tomava diversos medicamentos controlados.


Autora de 'Harry Potter': castelos de Hogwarts no quintal


Livros

Palacete que servia de sede à escola do bruxinho agora vai servir de inspiração para casas na árvore para os caçulas de JK Rowling, no valor de 800.000 reais

A escritora britânica JK Rowling, autora de Harry Potter
A escritora britânica JK Rowling, autora de Harry Potter (Jeff J Mitchell/Getty Images)
Num divertido caso de autoplágio, a britânica JK Rowling foi buscar na sua obra mais famosa, a saga do menino bruxo Harry Potter, a inspiração para construir um espaço de diversão para os filhos David, 9, e Mackenzie, 7: ambos terão casas na árvore no formato do castelo de Hogwarts, onde estudava o personagem vivido no cinema por Daniel Radcliffe. Um caso divertido e caro: as duas casas na árvore devem consumir juntas um investimento de 250.000 libras (cerca de 800.000 reais).
Os catelinhos terão telhados de cedro em forma de cone, janelas, galhardetes, uma cesta e um poleiro de coruja, e serão ligados entre si por uma passarela e uma ponte feita de corda. A casa de David terá ainda um longo túnel sob uma passarela e um poste de bombeiro, e a de sua irmã "Kenzie", um alçapão, uma escada de corda, uma lâmina de metal e uma escada em espiral até o jardim. Diversão garantida.

Só os vizinhos da escritora não estão achando engraçada a história. As obras terão lugar no quintal de JK, que vive numa mansão do século XVII no subúrbio de Edimburgo, de onde deve emanar um grande barulho nos próximos meses. Além disso, a mansão fica numa área de preservação ambiental. Muitos já se manifestaram contra a construção, mas a escritora conseguiu autorização junto à prefeitura local para o projeto, de acordo com o jornal britânicoThe Guardian.
JK Rowling é mãe ainda de Jessica Isabel, de 19 anos, de seu primeiro casamento, com o jornalista português Jorge Arantes.

Implante de retina poderá devolver a visão para cegos


Biotecnologia

Solução ajudará pessoas com doenças degenerativas das células da retina

O novo sistema funciona com um implante abaixo da retina, óculos, uma câmera embutida e um computador de bolso para processar as imagens
O novo sistema funciona com um implante abaixo da retina, óculos, uma câmera embutida e um computador de bolso para processar as imagens (Photo.com/Thinkstock)
Cientistas da Universidade Stanford, na Califórnia (EUA), criaram um sistema que pode, no futuro, devolver a visão para pessoas que sofreram degeneração da retina. Trata-se de um chip implantado abaixo da retina que funciona em conjunto com um par de óculos equipado com câmera e um computador de bolso para processar as imagens. O estudo foi publicado no periódico Nature Photonics.

Saiba mais

RETINITE PIGMENTOSA
A retinite pigmentosa é um tipo de degeneração da retina que leva à perda da visão. Pacientes afetados sentem, inicialmente, cegueira noturna seguida de redução do campo visual. Muitas pessoas com retinite pigmentosa não ficam cegas até os 50 anos e alguns permanecem com parte da visão a vida toda.
O novo sistema pode ajudar quem perdeu a visão por causa do avanço da idade ou da retinite pigmentosa. Nesses casos, as células da retina degeneram lentamente, mas os neurônios continuam capazes de transmitir informações visuais. A ideia da prótese criada em Stanford é encontrar outras formas de estimular esses neurônios para que o cérebro processe a visão.

Dispositivo - Para fazer isso, os cientistas liderados pelo professor de oftalmologia Daniel Palanker criaram um implante para a retina que funciona como uma espécie de painel solar, transformando luz em corrente elétrica. "Mas em vez de a eletricidade gerada pelo painel ser usada para fazer uma geladeira funcionar, ela vai direto para a retina." O objetivo de cientistas é fazer com que os sinais visuais captados pelo implante alcancem então o cérebro, restaurando a visão. O sistema funcionou em ratos de laboratório, mas ainda não foi testado em humanos.
Esse pequeno 'painel solar', do tamanho de uma ponta de lápis, foi projetado para reagir apenas à luz quase infravermelha, invisível aos seres humanos. Isso porque as pessoas que têm doenças degenerativas da retina ainda conseguem perceber a luz visível, mas uma quantidade enorme de luz seria necessária para formar alguma imagem. "O resultado seria dolorosamente brilhante para os pacientes", diz Palanker. A luz quase infravermelha é invisível aos olhos e portanto pode ser captada em grande quantidade sem danos ao usuário do implante.
Como o implante só é sensível à luz infravermelha, os cientistas desenvolveram um par de óculos com uma câmera embutida, para capturar as imagens no espectro visível, e um computador de bolso, para processá-las. O resultado é projetado na forma de radiação infravermelha, e os sinais captados pelo implante são então enviados ao cérebro. No laboratório, o dispositivo funcionou: a retina de ratos cegos foi estimulada, e os sinais alcançaram seu cérebro.
Palanker ressalva que a solução não permite a reconstrução de imagens coloridas e a visão resultante tem uma resolução muito inferior que a normal. Agora, os pesquisadores estão procurando patrocínio para levar o implante para seres humanos. O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Saúde (EUA), Força Aérea Americana e a Universidade Stanford.

Cientistas australianos implantam primeiro olho biônico


Visão

Eletrodos na retina enviam impulsos elétricos para as células nervosas dos olhos e devolvem parte da visão de paciente com doença degenerativa

Ilustração divulgada pelo BVA de um protótipo de olho biônico
Ilustração divulgada pelo Bionic Vision Australia (BVA) do protótipo de olho biônico (Bionics Institute/AFP)
Cientistas australianos anunciaram nesta quinta-feira a implantação bem-sucedida do primeiro protótipo de olho biônico, descrevendo a façanha como um enorme avanço para os deficientes visuais.
O Bionic Vision Australia (BVA), um consórcio financiado pelo governo, informou ter implantado o "protótipo preliminar" de um olho robótico em uma mulher com perda hereditária da visão provocada por retinite pigmentosa degenerativa.

Saiba mais

RETINITE PIGMENTOSA
A retinite pigmentosa é um tipo de degeneração da retina que leva à perda da visão. Pacientes afetados sentem, inicialmente, cegueira noturna seguida de redução do campo visual. Muitas pessoas com retinite pigmentosa não ficam cegas até os 50 anos e alguns permanecem com parte da visão a vida toda.
Descrito como um "olho pré-biônico", o minúsculo aparelho com 24 eletrodos foi colocado sobre a retina de Dianne Ashworth e enviou impulsos elétricos para estimular as células nervosas de seus olhos.
Os cientistas ligaram o equipamento em seu laboratório no mês passado, depois que Ashworth se recuperou completamente da cirurgia, e ela descreveu a experiência como incrível.
"Eu não sabia o que esperar, mas de repente, eu consegui ver um pequeno clarão. Foi incrível", afirmou, em um comunicado. "A cada estímulo, surgia uma forma diferente diante dos meus olhos", acrescentou.
Processador de visão — Penny Allen, o cirurgião que implantou o dispositivo, o descreveu como "o primeiro do mundo". O dispositivo de Ashworth só funciona quando está conectado dentro do laboratório e o presidente do BVA, David Penington, disse que seria usado para explorar como as imagens são "construídas" pelo cérebro e pelo olho.
Dados do dispositivo alimentarão um "processador de visão" que permitirá aos médicos determinar exatamente o que Ashworth vê quando a retina dela for submetida a vários níveis de estímulo.
"A equipe procura consistência de formas, brilho, tamanho e localização de sinais luminosos para determinar como o cérebro interpreta esta informação", explicou Rob Shepherd, diretor do Instituto de Biônica, que também participou da pesquisa.
Visão ampla — Os cientistas agora trabalham para desenvolver um dispositivo de "visão ampla" com 98 eletrodos, que dará aos usuários a habilidade de perceber objetos grandes, como prédios e carros, e outro de "alta acuidade", ou seja, grande capacidade de perceber sombras e formas dos objetos, com 1.024 eletrodos.
Espera-se que os pacientes com o dispositivo de alta acuidade sejam capazes de reconhecer rostos e ler impressos grandes. Segundo o BVA, será adequado para pessoas com retinite pigmentosa e degeneração macular relacionada com a idade.
Penington explicou que os resultados iniciais de Ashworth "atenderam às nossas melhores expectativas, dando-nos a confiança de que, com desenvolvimentos futuros, possamos alcançar uma visão competente".
"O próximo grande passo será quando começarmos os implantes de dispositivos completos", afirmou.

Um dia de vexame para José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça



Vocês devem se lembrar do post que escrevi aqui apontando a patuscada da ministra Ana Arraes, do TCU, que recorreu à lei 12.232, de 2010, que legalizava a retenção dos bônus de volume pelas agências de publicidade nos contratos com as estatais.
Ora, o que fez essa lei? “Legalizou” retroativamente retenções irregulares praticados pelas agências, inclusive SMP&B, de Marcos Valério. Para escândalo do estado de direito, a lei passou a considerar regular o desrespeito ao contrato. Sim, senhores! O contrato assinado pela SMP&B com o Banco do Brasil previa a devolução.
Britto considerou o texto “escrito sob medida”, acusou-o de ter sido feito “intencionalmente” e “maquinadamente” para legalizar o ilegal. Chamou a lei de “atentado veemente” à Constituição.
Quem foi o autor da lei? José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Britto ainda foi delicado. Lembrou que o texto originalmente apresentado por ele não trazia essa licença verdadeiramente pornográfica, que foi acrescentada ao texto como emenda. Mas o fato é que isso se deu sob o comando do PT e com a concordância do agora ministro. E, é claro!, a lei foi sancionada por Lula.
Em tempo: José Eduardo Cardozo é considerado um dos candidatos a uma das duas vagas no Supremo que se abrem neste ano: a de Cezar Peluso, no dia 3, e a do próprio Britto, em novembro. Com a palavra, em primeiro lugar, Dilma Rousseff. Com a decisão, o Senado da República.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

Ainda o TCU e as folias mensaleiras – A prática velha de Ana Arraes dá a cara de Eduardo Campos, o “novo”!



A reação da oposição e da imprensa àquela que, entendo, foi uma das maiores agressões à institucionalidade em muitos anos foi modesta. Não! Foi pífia! Refiro-me ao relatório da agora ministra do TCU Ana Arraes, que livrou a cara de um ex-dirigente do Banco do Brasil e também de Marcos Valério e de sua agência de publicidade. Para lembrar: por lei, o desconto concedido pelos veículos de comunicação para veicular propaganda do banco deveria ter sido devolvido à instituição. Não foi. Em tese, a agência de Valério embolsou a grana que não lhe pertencia. Ocorre que a empresa era usada para repassar dinheiro aos mensaleiros. Ninguém precisa ser muito bidu para ao menos desconfiar que parte do dinheiro que alimentou o esquema criminoso poderia ser aquele do… Banco do Brasil!
Ana encontrou uma saída para dizer que tudo estava nos conformes: uma lei proposta pelo agora ministro José Eduardo Cardozo, do PT. Ela dispensa as agências de devolver os descontos às estatais — o que abre uma brecha fabulosa para que se enfie a mão em dinheiro público! — e anistia os crimes cometidos no passado, tornando legais as apropriações indevidas. Valério não foi o único beneficiado.
“Ah, Reinaldo, mas se existe a lei… Por mais imoral que ela seja, foi aprovada”. Não é bem assim, não! A devolução para o banco do dinheiro decorrente do desconto era uma CLÁUSULA CONTRATUAL. A “Lei Cardozo” não tem o condão de tornar sem efeito um contrato devidamente celebrado. Uma coisa é uma lei tornar legal uma determinada prática que era considerada ilegal; outra, distinta, é jogar uma exigência contratual no lixo, como fez Ana Arraes, com endosso de outros ministros. O TCU se desmoraliza assim.
Mas quem é Ana?É claro que Ana Arraes, no fim das contas, não tem grande importância nessa história, porque ela não é ela, mas suas circunstâncias. Explico-me. A ministra não é membro do TCU por conta de seus dotes especiais para acompanhar gastos e contas públicas. Foi alçada ao posto pelo filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente do PSB — na verdade, seu dono, seu “sinhozinho”.
O partido é um dos que mais incham no Brasil. A Campos se atribuem aqui e ali virtudes renovadoras. Pois é… Ele foi o grande protagonista do chamado “escândalo dos precatórios” — pesquisem a respeito —, que rendeu até uma CPI. O agora governador se livrou da condenação do STF, mas não no Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Ali se considerou que ele cometeu “infração grave”. Não pode ter cargo de direção em instituições sob fiscalização do Banco Central até dezembro de 2012. É uma questão saber se o governador pode ser considerado ou não um “ficha suja”… O caso dos precatórios é uma lambança literalmente federal.
Campos é jovem — 47 anos —, mas as suas práticas vão se mostrando bastante velhas. A mobilização para pôr a mãe no TCU foi constrangedora. Agora vemos a ministra — a mãe do filho — imprimindo suas digitais num troço imoral por sua própria natureza. Nas duas vezes em que a ação do governador de Pernambuco foi além das linhas do seu estado e ganhou dimensão nacional, quem paga o pato foram os cofres públicos.
Convenham: não pode haver nada mais mais velho na política brasileira do que isso.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

VERGONHA E IMPUNIDADE – Ana Arraes, mãe do governador Eduardo Campos, dá a sua grande contribuição à impunidade dos mensaleiros; TCU se desmoraliza! É um escracho! Vejam o que o atual ministro da Justiça tem a ver com isso



A história que vocês lerão abaixo tem aspectos verdadeiramente sórdidos e é coisa típica de República bananeira. A ministra Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União que foi, vamos dizer, “nomeada” pelo filho, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), armou uma patuscada no tribunal e foi seguida por seus pares. Leiam o que narra Marta Salomon, no Estadão. Volto depois.
O Tribunal de Contas da União considerou regular o contrato milionário da empresa de publicidade DNA, de Marcos Valério Fernandes de Souza, com o Banco do Brasil. O contrato é uma das bases da acusação da Procuradoria-Geral da República contra o empresário mineiro no julgamento do mensalão, marcado para agosto. A decisão referente ao contrato de R$ 153 milhões para serviços a serem realizados pela agência em 2003 foi tomada pelo plenário do TCU no início deste mês, a partir de relatório da ministra Ana Arraes – mãe do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos.
O acórdão do tribunal pode aliviar as responsabilidades de Marcos Valério no julgamento do Supremo Tribunal Federal. Principal sócio da agência DNA, o empresário mineiro é apontado como operador do mensalão. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República, contratos das agências de publicidade de Marcos Valério com órgãos públicos e estatais serviam de garantia e fonte de recursos para financiar o esquema de pagamentos de políticos aliados do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se da essência do escândalo, revelado em 2005. As denúncias desencadeadas pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB) provocaram a queda das cúpulas do PT, do PP e do PL (hoje PR), além da cassação do mandato do denunciante e do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, segundo quem não houve compra de votos, apenas caixa 2 de campanha.
Em seu relatório, Ana Arraes argumenta que uma lei aprovada em 2010 com novas regras para a contratação de agências de publicidade pela administração pública esvaziara a irregularidade apontada anteriormente pelo próprio TCU. Um dos artigos da lei diz que as regras alcançariam “contratos já encerrados”. Esse artigo foi usado pela ministra do tribunal para considerar “regulares” as prestações de contas do contrato do Banco do Brasil com a DNA Propaganda Ltda.
DivergênciaO voto de Ana Arraes, acompanhado pelos demais ministros do TCU, contraria o parecer técnico do tribunal. Procurador do Ministério Público junto ao TCU, Paulo Bugarin, defendeu, assim como o relatório técnico, que fosse reafirmada a condenação das contas em decorrência da apropriação indevida das chamadas “bonificações de volume”, uma espécie de gratificação paga pelos veículos de comunicação, valores que a agência DNA deveria ter repassado ao Banco do Brasil.
“Não vislumbro no presente caso a aplicação da lei que alterou o ordenamento jurídico, indicando como receita própria das agências de publicidade os planos de incentivo concedidos por veículos de divulgação”, afirmou ontem o procurador. “Não somente porque o contrato foi formalizado e executado antes da edição da nova lei, como em face da existência de expressa cláusula contratual que destinava tal verba ao Banco do Brasil”, completou Bugarin.
(…)
O TCU investigou 17 contratos de publicidade com órgãos e empresas da administração pública no período de cinco anos, entre 2000 e 2005. Relatório consolidado apontou prejuízo aos cofres públicos de R$ 106,2 milhões, produto de falhas de contrato ou irregularidades, como o superfaturamento de serviços. O relatório, aprovado em 2006, chegou a pedir o fim das publicidades institucionais no País.
(…)
VolteiDe uma coisa essa gente não pode ser acusada: de falta de método. Ao contrário: a determinação com que se organiza para transformar o Brasil num curral é impressionante. Que prova de talento! Sabem quem foi o autor da lei que abriu a brecha para Ana Arraes dar o seu “parecer”?  José Eduardo Cardozo, atual ministro da Justiça. Sabem quem a sancionou? Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010.
O que é a tal “bonificação por volume”? São descontos oferecidos pelos veículos de comunicação às agências para a veiculação de anúncios. Pela lei anterior, eles deveriam ser repassados às estatais . O TCU constatou que a agência de Marcos Valério — o empresário era a fonte dos recursos do mensalão — não fazia o repasse. O prejuízo aos cofres públicos só nessa operação, segundo o TCU, foi de R$ 106,2 milhões. Pois bem, a “lei” inventada por Cardozo mudava a regra: as agências poderiam ficar com o dinheiro do desconto e pronto! Pior: a lei passaria a valer também para contratos já encerrados. Entenderam? José Eduardo assinou um projeto, sancionado de bom grado por Lula, que, na prática, tornava legal a ilegalidade praticada por Valério.
José Eduardo Cardozo é magnânimo. Uma lei não pode retroagir para punir ninguém. Mas pode retroagir para beneficiar. E ele fez uma que beneficia Marcos Valério. É por isso que é considerado uma das reservas morais do petismo, ora essa! Dilma o chamava, carinhosamente, de um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois eram Antonio Palocci, que deixou o governo, e José Eduardo Dutra, que está pendurado numa diretoria da Petrobras.
Qual é o busílis?O desenho era óbvio, não? Marcos Valério pegava a dinheirama das estatais e depois fazia “empréstimos” para o PT. Uma das estatais era justamente o Banco do Brasil. Agora Ana Arraes, com endosso de outros ministros, diz que tudo foi regular, entenderam? Quer-se, assim, reforçar a tese de que o dinheiro do mensalão não era público. É evidente que os advogados dos mensaleiros tentarão usar isso a favor dos seus clientes. Eles não tinham uma notícia tão boa desde que o processo começou.
Ana Arraes demonstra que não foi nomeada por acaso e que Lula sabia bem o que estava fazendo quando entrou com tudo na sua campanha. Só para registro: Aécio Neves também foi um entusiasmado cabo eleitoral da ministra. Campos é apontado por muitos como uma espécie de novidade e de renovação da política. É mesmo? Eis um episódio a demonstrar que ele é jovem, mas não novo!
Nada mais antigo do que o que se viu no TCU.  Manobras dessa qualidade fariam corar a República Velha. A 15 dias do início do julgamento do mensalão, uma das operações mais descaradas de desvio de recursos públicos para os mensaleiros recebeu a chance de “nada consta” do TCU. É a nossa elite política “progressista”! Caberá ao STF dizer se existe pecado do lado de baixo do Equador! Se decidir que não há, não vai adiantar Deus ter piedade dos brasileiros.
Por Reinaldo Azevedo
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Joaquim Barbosa começa a ler o seu voto sobre o Item V da denúncia, que envolve os dirigentes do Banco Rural



A síntese de toda a denúncia está aqui. Joaquim Barbosa, o relator, vota agora o Item V, que envolve os dirigentes do Banco Rural, parte do que a Procuradoria-Geral da República chama “núcleo financeiro” do esquema. Os clientes dos dois medalhões da defesa estão nesse grupo: Márcio Thomaz Bastos é advogado de José Roberto Salgado, e José Carlos Duas, é advogado de Kátia Rabello. Transcrevo o Item V da síntese da denúncia:
Também autorizamos o início da ação penal contra os réus KÁTIA RABELLO (11ª denunciada), JOSÉ ROBERTO SALGADO (12º denunciado), VINÍCIUS SAMARANE (13º denunciado) e AYANNA TENÓRIO (14ª denunciada), pela possível prática do crime de gestão fraudulenta de instituição financeira no exercício dos poderes de direção e gestão do Banco Rural. A ementa assim resumiu as considerações feitas por este Plenário:
CAPÍTULO V DA DENÚNCIA. GESTÃO FRAUDULENTA DE INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. OPERAÇÕES DE CRÉDITO DE NÍVEL DE RISCO ELEVADO, COM CLASSIFICAÇÃO COMPLETAMENTE INCOMPATÍVEL COM A DETERMINADA PELO BANCO CENTRAL. GARANTIAS OFERECIDAS PELOS TOMADORES DO EMPRÉSTIMO EVIDENTEMENTE INSUFICIENTES. RENOVAÇÕES SUCESSIVAS SEM AMORTIZAÇÃO E SEM A NECESSÁRIA ELEVAÇÃO DO NÍVEL DE RISCO. BURLA À FISCALIZAÇÃO. INDÍCIOS DE FRAUDE.
1. Verificada nos autos a presença de indícios de que os Dirigentes da Instituição Financeira contrataram, com um Partido Político e com empresas pertencentes a grupo empresarial cujos dirigentes são suspeitos da prática de crimes contra a administração pública, vultosas operações de crédito, de nível de risco elevado, e por meio de diversos artifícios tentaram camuflar o risco de tais operações e ludibriar as autoridades incumbidas de fiscalizar o setor, subtraindo-lhes informações que as conduziriam à descoberta da prática de atividades ilícitas (lavagem de dinheiro, crimes contra a administração pública, formação de quadrilha).
2. Os mesmos dirigentes deixaram de comunicar ao Banco Central a ocorrência de movimentações financeiras suspeitíssimas, quando analisadas à luz do nível de renda do cliente respectivo; concederam empréstimos sem garantias suficientes a essas mesmas empresas, supostamente utilizadas para a prática de diversos crimes, os quais foram renovados sem que tenha havido qualquer amortização.
3. Nos termos do art. 25 da Lei n° 7.492/86, são penalmente responsáveis o controlador e os administradores da instituição financeira, assim considerados os diretores e gerentes. 4. Denúncia recebida contra quatro dirigentes da instituição financeira investigada, pela suposta prática do crime definido no art. 4º da Lei n° 7.492/86, nos termos dos art. 29 do Código Penal.
Por Reinaldo Azevedo
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Dois ministros citam o “Sermão do Bom Ladrão”



No voto que deu ontem, o ministro Celso de Mello, decano da corte, citou o Sermão do Bom Ladrão, de Padre Vieira (1608-1697), aquele que o poeta Fernando Pessoa chamava, com justiça, “o imperador da Língua Portuguesa”. Nesta quinta, o ministro Ayres Britto referiu-se, mais uma vez, ao sermão. Lá vai um trecho:
“Não são só ladrões — diz o Santo — os que cortam bolsas ou espreitam os que se vão banhar, para lhe colher a roupa; os ladrões que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões, ou o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força, roubam e despojam os povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes sem temor, nem perigo; os outros, se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam. Diógenes que tudo via com mais aguda vista que os outros homens, viu que uma grande tropa de varas (juízes) e ministros de justiça levavam a enforcar uns ladrões e começou a bradar: “Lá vão os ladrões grandes enforcar os pequenos.” Ditosa Grécia que tinha tal pregador! E mais ditosas as outras nações se nelas não padecera a justiça as mesmas afrontas. Quantas vezes se viu em Roma ir a enforcar um ladrão por ter furtado um carneiro, e, no mesmo dia, ser levado em triunfo um cônsul ou ditador por ter roubado uma província.”
(…)
É nesse texto que Vieira diz que “o roubar pouco faz os piratas”, e o “roubar muito, os Alexandres”.
Por Reinaldo Azevedo
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Será que começaram agora a apostar na aposentadoria de Britto?



Parece que teve início uma nova aposta: a aposentadoria de Ayres Britto, que acontece em novembro. O ministro Ricardo Lewandowski, revisor, já havia dito que aceitava reduzir o tamanho do seu voto se Joaquim Barbosa fizesse o mesmo, com o que concordou o relator. Lewandowski, agora, recuou. Não quer mais reduzir nada. Quer impor horas a fio de sua augusta presença.
Hoje, sabe-se lá por quê, tentou evitar até a proclamação parcial dos votos. Convenham: o Item V da denúncia, a rigor, poderia ser concluído hoje. Os demais ministros aderiram ao bom senso e estão sendo sintéticos em sua exposição oral, entregando ao Supremo votos mais repolhudos. É a extensão dos votos de relator e revisor que prolonga o julgamento desnecessariamente. Barbosa, claro!, não poderia ser sintético com um revisor que já havia anunciado a disposição de apresentar um “voto alternativo”. Isso teria de ser decidido em acordo.
Lewandowski é mesmo corajoso. Não teme o juízo da história.
Por Reinaldo Azevedo
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Que mal em “bater um papo assim gostoso com alguém?”



Jornalistas que cobrem o julgamento do mensalão têm estranhado a proximidade de um senhor chamado Manoel Carlos com os advogados de defesa. A interlocução é permanente, consta, às vezes frenética.
Manoel Carlos não é o novelista da TV Globo, não! É o chefe de gabinete do ministro Ricardo Lewandowski.
Como indagava música muito antiga, cantada por Jair Rodrigues, precursora do RAP (com us 30 anos de antecedência), que mal há “em bater um papo assim gostoso com alguém”…
Por Reinaldo Azevedo
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Vídeo força candidato do PT de São Caetano a abandonar disputa; no imbróglio, uma bolada de R$ 100 mil



Por José Ernesto Credendia, na Folha:
O candidato do PT à Prefeitura São Caetano do Sul, vereador Edgar Nóbrega, entregará no final da tarde desta quinta-feira (30) uma carta ao Diretório Municipal para informar que deixa hoje a disputa. Nóbrega vinha sendo pressionado pelo partido a abandonar a candidatura após a divulgação de um vídeo nas redes sociais em que supostamente negocia apoio ou oposição branda à administração do prefeito José Auricchio Júnior (PTB).
O vídeo traz indícios de que Nóbrega teria recebido dinheiro, R$ 100 mil, para financiar a campanha interna para chegar à presidência do PT na cidade, em 2009. Ele conseguiu o cargo, mas no início da semana deixou a presidência do partido. O candidato não se pronunciaria ontem, segundo sua assessoria de imprensa, nem participaria do encontro no diretório. O PT informou que só vai definir o substituto nos próximos dias.
(…) 
Por Reinaldo Azevedo
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Condenado por três crimes, João Paulo desiste de candidatura à Prefeitura de Osasco



Por Thais Arbex, na VEJA Online:
Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar do mensalão, o deputado João Paulo Cunha comunicou ao PT a decisão de retirar sua candidatura à prefeitura de Osasco, na Grande São Paulo. O vice de sua chapa, Jorge Lapas (PT), ex-secretário municipal de Governo, assumirá a candidatura.
Ainda que predomine a avaliação que a candidatura de Jorge Lapas não terá tempo hábil para ganhar musculatura, os petistas pressionaram o deputado para que ele abandonasse a disputa. A avaliação é que o desgaste pela condenação por corrupção inviabilizou sua permanência nas eleições e que ele seria bombardeado na propaganda de rádio e TV – além, é claro, da incerteza sobre sua possível prisão ao término do julgamento do mensalão.
Além disso, João Paulo foi orientado por dirigentes do PT a se dedicar, a partir de agora, à tentativa de manter seu mandato de deputado federal na Câmara. Ele deverá enfrentar processo de cassação em Brasília tão logo os trâmites judiciários da ação penal acabem, possivelmente só em 2013.
Não será a primeira vez que ele terá de lutar para não ser defenestrado do Congresso: em 2006, livrou-se da cassação por apenas um voto no plenário após sucessivas tentativas de acordo com a oposição.
ViceDirigentes do PT, entre eles João Paulo, estão reunidos na noite desta quinta-feira na sede do Sindicato dos Bancários, em Osasco, para traçar os rumos da campanha e oficializar a renúncia. Durante a reunião, o atual prefeito da cidade, o petista Emídio de Souza, afirmou que “estamos enxugando lágrimas”. Entretanto, pediu aos dirigentes do partido “energia redobrada e total empenho para eleger Jorge Lapas”. Segundo aliados, João Paulo pressiona agora para emplacar Valmir Prascidelli como novo vice. Prascidelli é vereador e pertence ao mesmo grupo político de João Paulo.
BastidoresNos bastidores, petistas avaliam que é real o risco de perder a prefeitura de Osasco para Celso Giglio, do PSDB. A condenação nesta quarta-feira também deu força a uma ala do partido que sempre foi refratária à candidatura de João Paulo. O argumento central é que, além da pecha de mensaleiro, ele não conseguiu fazer a candidatura decolar mesmo respaldado por uma coligação de 20 partidos.
Por Reinaldo Azevedo
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The Doors - Touch Me (Live)