por Bruno Medeiros
A Romã é um arbusto que alcança até sete metros de altura, originária de toda costa do mediterrâneo e Ásia ocidental e oriental. Sua floração intensa e produção de frutos pequenos (punica granatum “nana”) a tornam uma das árvores mais atraentes para o cultivo como bonsai. Tradicionalmente, na passagem do ano, a romã simboliza sorte para todo o ano quando guardamos algumas de suas sementes na bolsa ou na carteira. Caduco, perde suas folhas no inverno, floresce abundantemente no início da primavera com exuberante coloração vermelha. Seu crescimento é extremamente rápido e as condições de seu cultivo são muito favoráveis.
Nome Popular: Romã
Espécie: Punica
Sub-espécies: granatum
Família: Punicáceas
Origem: Ásia e mediterrâneo
Altura em ambiente natural: 7 metros
Iluminação
A Romã ama o calor e a luz, deve ser colocada em lugares onde o sol incida diretamente sobre as folhas, mas protegida do sol forte do verão. A exposição da Romã ao sol favorece a floração e a frutificação.
Rega
Como a maioria das plantas frutíferas, a Romã é uma planta com consumo elevado de água, mas com a particularidade de não gostar de solos muito encharcados. Quando regarmos deveremos fazer com abundância. Umidade constante no tronco e raízes favorece o surgimento de fungos (pó branco), estes podem até ocasionar sua morte se não forem tratados. Para evitar problemas com muita umidade é aconselhável molhar a terra da romã somente quando esta já estiver com a superfície ligeiramente seca. Outra maneira de se evitar estes fungos é a de usar uma mistura de solo arenosa. Para favorecer a floração deveremos deixar o solo mais para seco na primavera.
Adubação
A adubação de outono se torna a mais importante para incentivar a romã a produzir flores na primavera. Lembre-se que não devemos adubar plantas em floração. Os adubos mais indicados são os ricos em Fósforo ( P ), podendo ser adubos líquidos por via foliar ou sólidos na terra. Como sugestão, escolha traços de proporção de N-P-K ( Nitrogênio – Fósforo – Potássio ) na ordem de 04-14-08. Não esqueça que no mínimo uma vez por ano é necessário a Adubação com micro nutrientes (Ca {Cálcio}, Mg {Magnésio}, S {Enxofre}, B {Boro}, Cl, Cu, Co, Fe…). A melhor época para a adubação da Romã é o outono. Nunca adube plantas doentes ou recém transplantadas.
Troca de Terra
A Romã não gosta de terra calcária, bem como não podemos exagerar em matéria orgânica, pois esta acumula muita água. A mistura aconselhada é de 40% de Argila, 50 % areia e 10% (opcional) de terra adubada de boa procedência (vendida em saquinhos). Deve-se providenciar a troca de terra da romã todos os anos ou a cada dois anos no máximo. Nunca lavar as raízes e proteger borrifando suas folhas constantemente até um mes após seu transplante.
Poda
A Arte bonsai procura, como inspiração, buscar formas existentes na natureza. Essa busca nos leva a um espectro riquíssimo de texturas, formas e cores, tornando nosso hobby um dos mais interessantes e criativos. O objetivo da prática do bonsai (cultivo de arvores em vaso), não é apenas mante-los vivos, mas cada vez mais bonitos. Para isso é necessário que se façam podas regulares para se manter a forma de “mini-árvore”. Podar é estilizar a formação de uma árvore. Com a poda, eliminamos os ramos defeituosos ou os ramos desnecessários. Para podar devemos utilizar ferramentas adequadas, como tesouras afiadas e para galhos maiores alicates de corte côncavo, que fazem cortes limpos, precisos e de fácil cicatrização. Quando as feridas da poda são de grande tamanho (maior que o tamanho do diâmetro de um cigarro) é conveniente cobri-las com pasta de selagem para garantir sua perfeita cicatrização.
A poda de manutenção da romã pode ser feita facilmente com uma tesoura afiada cortando-se os galhinhos que saem da zona não desejada do tronco ou da copa, cuja melhor forma é a forma da copa triangular. As Podas mais drásticas devem ser feitas no final do inverno. A romã brota com facilidade na madeira velha e suporta muito bem podas mais radicais, graças a sua brotação intensa, podas drásticas e desfoliamentos.
Aramagem
A utilização dos arames na estilização de um bonsai pode ser usado para:
1.Corrigir a inclinação de ramos, permitindo utilizar ramos que de outra maneira teríamos que podar.
De certo modo os arames provocarão o efeito do peso dos grandes galhos nas árvores, inclinando-os para baixo.
2.Direcionar o crescimento de um galho numa direção em que a copa do bonsai se encontra vazia.
3.Direcionar o crescimento de um galho para a formação de uma copa triangular.
Tempo de permanência dos arames: Dois meses
Melhor Época para Aramação: Outono
De maneira geral o arame deve ser travado no tronco, travando-o, depois nos ramos sem apertar demais para não deixar marca na casca do bonsai. O ideal é que o arame fique relativamente frouxo. Como os ramos engrossam devido ao seu crescimento, devemos tirar o arame antes que se crave na casca. Pode-se usar qualquer arame, preferivelmente o arame de alumínio, que é mais flexível e resistente. A grossura do arame dependerá da força necessária para se vergar o ramo.
Doenças e Pragas mais comuns
Alem dos fungos que podem ser tratados com a moderação na rega, retirada com uma escova e fungicida, a Carmona é uma planta muito resistente se for bem regada e colocada em local adequado. Ataques de pulgão ou cochinilhas podem ser tratados facilmente com inseticida para plantas ornamentais. Não esqueça que existindo um problema, este deve ser solucionado com brevidade para evitar a debilitação do bonsai.
Informações adicionais
Temperatura Agradável: Calor
Vento: Suportam
Vaporização: Em dias de calor. Quando não há flor
Ritmo de Crescimento: Rápido
Vaso: Mediamente profundo
Freqüência de troca da terra: Anualmente