Justiça
Padrão de vida do ex-médico era sustentado por empresas da família e conhecidos do ex-médico, de acordo com promotores
O ex-médico Roger Abdelmassih chega em Foz de Iguaçu após ser deportado do Paraguai (Divulgação/Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai/VEJA)
A investigação sobre a rede financeira que manteve o ex-médico Roger Abdelmassih foragido e vivendo luxuosamente com a mulher e os filhos no Paraguai pode levar o Ministério Público do Estado (MP) a acusá-lo pelo crime de associação criminosa. O ex-médico desembarcou nesta quarta-feira em São Paulo e foi encaminhando para penitenciária de Tremembé, onde cumprirá pena.
Os promotores responsáveis pelo caso suspeitam que Abdelmassih tenha se aproximado de criminosos especializados em fraudes no sistema financeiro para conseguir viver com luxo no exterior e ficar foragido por tanto tempo. O Gaeco também investiga se pessoas próximas ao ex-médico iam levar o dinheiro em espécie para ele e à família no Paraguai. O MP aguarda o andamento das investigações para descobrir como funcionava a estrutura financeira dele.
Empresas e conhecidos - Para os promotores, no entanto, já está claro que o dinheiro usado vinha de empresas da família e de conhecidos. "Possivelmente (a estrutura financeira) envolvia pessoas jurídicas e algumas pessoas físicas da confiança do casal. Eles faziam essa movimentação (de quantias) para poder recepcionar o dinheiro para que eles se mantivessem foragidos com um excelente padrão de vida", afirmou Luiz Henrique Dal Poz, chefe de gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça do MP.
Ainda de acordo com o promotor, há investigação de empresas formadas por Abdelmassih e a mulher que tiveram baixa movimentação enquanto ele esteve foragido.
(Com Estadão Conteúdo)