sábado 10 2016

Delação da Odebrecht: os agraciados e seus apelidos maravilhosos


"Primo", "Justiça", "Caju", "Caranguejo" e "Bitelo" eram apenas alguns dos beneficiários das propinas da empreiteira

A delação do lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho que VEJA publica na atual edição traz, além de revelações bombásticas sobre o esquema de corrupção comandado pela empreiteira, uma curiosa lista com os apelidos dos políticos envolvidos na organização criminosa.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB-RS), apontado pelo delator como o operador dos repasses da empresa destinados a Temer, era chamado de “o Primo”, parte dos 10 milhões de reais pagos a pedido de Temer foi entregue em seu escritório. Outro beneficiário do valor solicitado pelo atual presidente da República, segundo Melo Filho, foi um dos protagonistas da política brasileira em 2016, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mencionado com o maravilhoso apelido “Caranguejo”.
O presidente do Senado, Renan Calheiros, parceiro de “Caju”, ou Romero Jucá, também tinha o seu codinome: “Justiça”. Eles trabalhavam duro pelos interesses da Odebrecht ao lado do companheiro Eunício Oliveira (PMDB-CE), o “Índio” — ele embolsou 2,1 milhões de reais, diz Melo Filho.
O ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) era “Babel”, e teria ficado com 5,8 milhões de reais do esquema. Seu irmão, deputado Lúcio Viera Lima (PMDB-BA), é “Bitelo” (1 milhão de reais).
“Corredor” era como também atendia Duarte Nogueira (PSDB-SP), que levou 350 000 reais. O deputado Marco Maia (PT-RS) era o “Gremista” e teria ficado com 1,3 milhão de reais da empreiteira. Daniel Almeida, deputado do PCdoB-BA, teria recebido, se a delação estiver correta, 100 000 reais.
As mesadas da empreiteira não escolhiam partido: agraciaram do senador Ciro Nogueira, o “Piqui”, presidente do PP, à senadora Lídice da Mata, a “Feia”, do PSB.

Delação da Odebrecht: presidente da Câmara recebeu propina


Após distribuir dinheiro no Senado, lobista da empreiteira diz que pagou por apoio de Rodrigo Maia e Lúcio Vieira Lima

O atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também teria recebido propina no esquema de corrupção montado pela Odebrecht para aprovar Medidas Provisórias que a beneficiaram. Segundo a delação do lobista da empreiteira, Claudio Melo Filho, o deputado do PMDB do Rio recebeu 100 000 reais para a aprovação da MP 613, que tratava de questões tributárias da indústria petroquímica.
Após conseguir o apoio (remunerado em propinas de 7 milhões de reais) no Senado, contando sempre com a ajuda do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e de seu aliado Renan Calheiros (PMDB-AL), Melo Filho foi à Câmara e distribuiu novas comissões aos parlamentares. Segundo o executivo, Rodrigo Maia, o “Botafogo”, embolsou 100 000 reais. e Lúcio Vieira Lima, o “Bitelo”, que presidiu a comissão mista que analisou o texto, recebeu 1 milhão de reais.

Delação da Odebrecht: Renan sabia de tudo

Delator destaca o empenho do atual presidente do Senado para aprovar uma medida que favorecia a Odebrecht em 2015

A explosiva delação do lobista da Odebrecht Claudio Melo Filho a que VEJA teve acesso e publica na edição que vai às bancas nesta semana põe entre os principais agentes do megaesquema de corrupção o presidente do Senado, Renan Calheiros, um dos cerca de quarenta políticos que receberam propinas da empreiteira. Ao lado do senador Romero Jucá, considerado um “funcionário” exemplar do grupo criminoso, ele também se esforçava para viabilizar os interesses da empreiteira e agia duramente nos bastidores.
“A Odebrecht sempre ajudou Renan Calheiros, de forma indireta, através de Romero Jucá”, conta Melo Filho. Os pagamentos aos senadores eram periódicos e atrelados à aprovação das emendas de interesse da Odebrecht. Na prática, as medidas provisórias eram vendidas pelos parlamentares e compradas pela empreiteira. Há vários casos descritos na delação.
A parceria entre Jucá e Renan, embora clandestina, era simbiótica. Melo conta que, certa vez, procurou Renan para tratar da renovação de contratos de empresas do grupo Odebrecht junto à Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Chesf. Renan acionou o parceiro, e Jucá empregou uma tática de guerrilha. Foram 34 emendas em nove medidas provisórias diferentes. O Congresso aprovou, mas um acidente de percurso atrapalhou tudo: “O conteúdo foi vetado pela Presidência da República”, diz Melo Filho, sem explicar as razões do veto. Em março de 2015, o Congresso, sob o comando de Renan, até tentou derrubar o veto, mas não conseguiu. Relembra Melo Filho: “Faltaram apenas dois votos para derrubar o veto, embora tenha sido público o empenho do senador Renan Calheiros, que presidia a sessão”.
http://veja.abril.com.br/brasil/delacao-da-odebrecht-renan-sabia-de-tudo/

Delação da Odebrecht: Jucá agia em sintonia com Renan

Senador do PMDB-RR chegou a defender MP que a empreiteira nem havia pedido, apenas para agradar a financiadora das propinas


O senador Romero Jucá levou a sério a missão de defender os interesses da empreiteira Odebrecht no Congresso. Pelo menos é o que deixa claro em sua delação o lobista da empreiteira Claudio Melo Filho, que VEJA publica na edição desta semana. Segundo 0 ex-funcionário da empresa, o parlamentar do PMDB de Roraima se aliou ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), para defender abertamente os interesses do grupo e, mais que isso, centralizou o recebimento das propinas.
Em 2014, para aprovar a Medida Provisária 651, de 2014, que ficou conhecida como “pacote de bondades”, Jucá atuou sem ser sequer acionado pela Odebrecht. Agiu movido pela “certeza de que receberia pagamentos a pretexto de contribuição de campanha”. Com base nessa convicção, logo que a MP 651 começou a tramitar, Jucá apresentou quatro emendas de interesse da empresa e atuou junto ao governo para que o texto, quando chegasse ao Palácio do Planalto, não fosse vetado. Deu tudo certo. “O tema foi aprovado no Congresso e depois sancionado pela Presidência da República”, diz Melo Filho. Em seguida, Jucá apresentou a fatura para a Odebrecht. Pediu dinheiro para a campanha eleitoral de seu filho, Rodrigo Jucá, então candidato a vice-governador de Roraima. Levou 150 000 reais.
“O senador Romero Jucá centralizava o recebimento de pagamentos e distribuía os valores internamente no grupo do PMDB do Senado Federal, especificamente, no que posso atestar com total segurança, no que diz respeito aos senadores Renan Calheiros e Eunício Oliveira”, diz Melo Filho. “A Odebrecht sempre ajudou Renan Calheiros, de forma indireta, através de Romero Jucá.” Os pagamentos aos senadores eram periódicos e atrelados à aprovação das emendas de interesse da Odebrecht. Na prática, as medidas provisórias eram vendidas pelos parlamentares e compradas pela empreiteira.

Diretor da Odebrecht entrega: empresa pagou R$ 23,6 milhões em dinheiro ao caixa 2 da campanha de Pezão




Por: Gabriel Mascarenhas  

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Conexão Rio
Luiz Fernando Pezão terá muitos, muitos, muitos problemas para explicar sua relação com o diretor da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo.
No anexo de sua delação premiada, o executivo conta que a empresa desembolsou R$ 23,6 milhões em dinheiro e 800 mil euros, por transferência bancária no exterior, à campanha de Pezão em 2014. Tudo no caixa 2, claro.
O volume em espécie, de acordo com Azevedo, foi entregue ao publicitário Renato Pereira, dono da agência de publicidade Prole, contratada pela campanha.
“Os pagamentos foram realizados com recursos de Caixa 2, mediante entregas de dinheiro em espécie, tal qual determinado por Hudson Braga, diretamente para Renato Pereira no escritório da agência[…], na Urca”, detalha.
As transferências foram feitas para o banco Banif, em Bahamas, paraíso fiscal.
O diretor conta que as doações ilegais garantiam a ele acesso direto a Pezão para tratar dos interesses da companhia. Reuniram-se inclusive, mais de uma vez, na casa de Pezão, no Leblon.
Azevedo relata que o atual governador atuava para agilizar os pagamentos à companhia, referentes aos contratos que assinava com o estado do Rio.
Ele cita o caso das obras do metrô fluminense, financiadas pelo BNDES. O executivo contou que, numa ocasião, Pezão agiu junto ao BNDES, exclusivamente, em favor dos interesses da empresa.
“Em uma circunstância, diante do atraso sistemático nos pagamentos, a companhia iria receber o valor fora do mês vigente. Isto ocasionaria à companhia um prejuízo, o que me levou a procurar Pezão, o qual prontamente interferiu – não me lembro ao certo – junto a Secretaria da Fazenda ou do Planejamento para que que o Banco liberasse o pagamento, sem exercer a condição que lhe era assegurada de reter os volumes financeiros por alguns dias antes de efetuar o pagamento”.
Noutro trecho, Azevedo lembra que o peemedebista marcou um almoço, dentro do Palácio Guanabara, para passar um pito em parte de sua equipe, em virtude da pendenga envolvendo o Maracanã, concessão da qual a Odebrecht acabou abrindo mão, apesar dos esforços de Pezão.
“O governador Pezão começou a reunião dizendo a todos que o governo havia errado com a Odebrecht que teriam todos que achar uma solução para corrigir isto”. O próprio Azevedo admite, porém, que nem isso adiantou para que a companhia saísse satisfeita das negociações.
Mas quem fez a ponte entre Odebrecht e Pezão? Quem? Lógico, Sérgio Cabral.
Segundo o executivo, em 2013, Cabral procurou outro integrante do alto escalão da construtora e amicíssimo do ex-governador, Benedicto Junior.
“A Companhia tinha inúmeros e importantes projetos em andamento, havendo um relacionamento próximo e histórico de Benedicto Junior e Sérgio Cabral. Considerando a intenção em eleger o seu candidato a governador para a continuidade dos projetos no estado, houve pedido de Cabral para que fossem feitos pagamentos a pretexto de doação de campanha de Pezão”.

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