Cheio de efeitos especiais e de maquiagem, filme estreia nesta sexta.
Orçado em US$ 120 milhões, foi rodado na Nova Orleans pós-Katrina.
Orçado em US$ 120 milhões, foi rodado na Nova Orleans pós-Katrina.
“A vida seria infinitamente mais feliz se pudéssemos nascer aos 80 anos e gradualmente chegar aos 18”. A frase do escritor Mark Twain (1835-1910) inspirou um conto de F. Scott Fitzgerald que, por sua vez, deu vida ao filme “O curioso caso de Benjamin Button” –com estreia marcada para esta sexta-feira (16) nos cinemas. Talvez se tivesse pensado mais profundamente sobre o conceito que propôs, Twain mudasse de idéia. Pelo menos essa é a impressão que se tem ao assistir o filme dirigido por David Fincher (“O clube da luta”) e protagonizado por Brad Pitt e Cate Blanchett.
Montagem mostra as mais variadas fases de Benjamin Button: da criança com feições de idoso até o jovem menino com idade avançada que já não se lembra mais do passado (Foto: Divulgação)
Na Nova Orleans de 1918, ao dar à luz seu primogênito, a Sra. Button morre. Antes, no entanto, ouve de seu marido (Jason Flemyng) a promessa de que ele cuidaria do bebê. Mas ao ver as feições da criança –que apesar de recém-nascida tem a pele enrugada como a de um idoso, além de doenças típicas daqueles com a idade mais avançada–, ele decide se livrar do menino. Não tem coragem de matá-lo, mas abandona-o em frente a uma casa qualquer da vizinhança.
Quem o encontra é a gentil e religiosa Queenie (Taraji P. Henson), uma mulher que, diferentemente do pai do bebê, acredita que aquela pequena e indefesa criança foi, sim, obra de Deus. E que merece ser tratada como tal. Responsável por um lar de idosos, Queenie não titubeia em colocar a criança dentro de sua casa e a cria com amor e sabedoria, mesmo tendo consciência de sua condição precária de saúde.
Ninguém entende o que acontece com Benjamin, e as previsões dos médicos são as mais negras possíveis. A princípio acham que ele tem pouco tempo de vida, mas, ano a ano, seu estado só parece melhorar. A cadeira de rodas que o acompanhava desde o início é substituída por uma bengala e, tempos depois, ele já anda sozinho. A postura melhora, a pele também. Vez ou outra Benjamin questiona a mãe adotiva sobre ser tão diferente dos demais, mas na maior parte do tempo simplesmente acata. Dentro de casa ele não conhece discriminação nem solidão. Vive rodeado por idosos (como ele) e, eventualmente, por crianças (também como ele), que o vêem como um bom ouvinte –e, por que não?, participante– de suas aventuras.
Quem o encontra é a gentil e religiosa Queenie (Taraji P. Henson), uma mulher que, diferentemente do pai do bebê, acredita que aquela pequena e indefesa criança foi, sim, obra de Deus. E que merece ser tratada como tal. Responsável por um lar de idosos, Queenie não titubeia em colocar a criança dentro de sua casa e a cria com amor e sabedoria, mesmo tendo consciência de sua condição precária de saúde.
Ninguém entende o que acontece com Benjamin, e as previsões dos médicos são as mais negras possíveis. A princípio acham que ele tem pouco tempo de vida, mas, ano a ano, seu estado só parece melhorar. A cadeira de rodas que o acompanhava desde o início é substituída por uma bengala e, tempos depois, ele já anda sozinho. A postura melhora, a pele também. Vez ou outra Benjamin questiona a mãe adotiva sobre ser tão diferente dos demais, mas na maior parte do tempo simplesmente acata. Dentro de casa ele não conhece discriminação nem solidão. Vive rodeado por idosos (como ele) e, eventualmente, por crianças (também como ele), que o vêem como um bom ouvinte –e, por que não?, participante– de suas aventuras.
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Antes de completar sua primeira década de vida Benjamin conhece, como ele mesmo diz, a pessoa que mudaria sua vida para sempre: a pequena Daisy (interpretada na fase adulta por Cate Blanchett ), que frequenta o asilo em visita à avó, com quem ele brinca e troca confidências. E por quem se apaixona.
Ao amadurecer e, conseqüentemente, rejuvenescer, Benjamin decide então sair de casa e cair no mundo. Embora não tenha noção do que busca nem do que vai encontrar, aventura-se com a mesma coragem e ingenuidade em se tratando de trabalho, dinheiro, viagens e mulheres. A saga do protagonista –que resulta em nada menos que 2h46min de filme– em muito lembra a de Tom Hanks em “Forrest Gump” (1994), escrita pelo mesmo talentoso e premiado roteirista Eric Roth.
“O curioso caso de Benjamin Button” tem sido indicado em todos os principais prêmios de cinema, sendo que disputou o Globo de Ouro em cinco categorias (não venceu nenhuma) e tem grandes chances de estar entre os indicados ao Oscar, a serem anunciados em 22 de janeiro.
Ao amadurecer e, conseqüentemente, rejuvenescer, Benjamin decide então sair de casa e cair no mundo. Embora não tenha noção do que busca nem do que vai encontrar, aventura-se com a mesma coragem e ingenuidade em se tratando de trabalho, dinheiro, viagens e mulheres. A saga do protagonista –que resulta em nada menos que 2h46min de filme– em muito lembra a de Tom Hanks em “Forrest Gump” (1994), escrita pelo mesmo talentoso e premiado roteirista Eric Roth.
“O curioso caso de Benjamin Button” tem sido indicado em todos os principais prêmios de cinema, sendo que disputou o Globo de Ouro em cinco categorias (não venceu nenhuma) e tem grandes chances de estar entre os indicados ao Oscar, a serem anunciados em 22 de janeiro.
Brad Pitt trabalha em Nova Orleans (Foto: Reuters)
Filmagens e efeitos especiais
Orçado em US$ 150 milhões, “O curioso caso de Benjamin Button” apresenta maquiagem e efeitos impressionantes. O filme fazia parte dos projetos mais antigos de Brad Pitt que, para atuar nele, exigiu no entanto que pudesse interpretar o protagonista do começo ao fim de sua vida. Esse foi o desafio lançado à equipe do longa, que criou próteses com o intuito de realçar o envelhecimento e também o rejuvenescimento do personagem ao longo da história.
Além disso, o diretor optou por utilizar dublês de corpo para Pitt, que permanecia responsável pelas expressões e falas do protagonista, sobrepostas por meio de computação gráfica na pós-produção. Primeiramente as cenas eram filmadas pelos dublês, escolhidos não por seu talento na interpretação, mas pelo corpo perfeito de acordo com cada fase da vida de Benjamin. Na sequência, Pitt assistia ao que já havia sido feito e refazia as cenas exatamente de acordo com aquilo. A finalização ficava nas mãos dos editores.
A dedicação total do ator ao projeto se deu também ao local onde grande parte das cenas foi feita: a Nova Orleans pós-Katrina. Desde que a cidade americana foi destruída pelo furacão, em 2005, Pitt desenvolve projetos visando a reconstrução do local, para onde chegou a se mudar com a mulher, Angelina Jolie, e com os filhos. Lá, ele trabalhava na reconstrução de casas e desenvolveu um condomínio ecológico.
Além disso, o diretor optou por utilizar dublês de corpo para Pitt, que permanecia responsável pelas expressões e falas do protagonista, sobrepostas por meio de computação gráfica na pós-produção. Primeiramente as cenas eram filmadas pelos dublês, escolhidos não por seu talento na interpretação, mas pelo corpo perfeito de acordo com cada fase da vida de Benjamin. Na sequência, Pitt assistia ao que já havia sido feito e refazia as cenas exatamente de acordo com aquilo. A finalização ficava nas mãos dos editores.
A dedicação total do ator ao projeto se deu também ao local onde grande parte das cenas foi feita: a Nova Orleans pós-Katrina. Desde que a cidade americana foi destruída pelo furacão, em 2005, Pitt desenvolve projetos visando a reconstrução do local, para onde chegou a se mudar com a mulher, Angelina Jolie, e com os filhos. Lá, ele trabalhava na reconstrução de casas e desenvolveu um condomínio ecológico.