quarta-feira 20 2012

Sofrimento emocional eleva risco de morte por AVC


Saúde do coração

Novo estudo mostrou que pessoas que sofrem de ansiedade, depressão e insegurança têm até 66% mais chances de ter um acidente vascular cerebral

stress
Problemas psicológicos comuns pioram saúde cardiovascular (Thinkstock)
Ansiedade, depressão, distúrbios do sono, insegurança e outros problemas de ordem emocional elevam o risco de uma pessoa morrer devido a um acidente vascular cerebral (AVC) ou a uma cardiopatia isquêmica. Essa é a conclusão de um estudo feito na Universidade de Londres, no Reino Unido, e publicado nesta segunda-feira no periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ).
Para avaliar o impacto das desordens psicológicas sobre a saúde cardíaca da população, os pesquisadores selecionaram 68.652 homens e mulheres com idade média de 55 anos. No início do trabalho, nenhum participante tinha problemas cardiovasculares. Ao longo de oito anos, cada indivíduo respondeu a questionários que avaliaram sua saúde mental. Segundo o estudo, problemas psicológicos foram frequentes em 14% dessas pessoas, especialmente entre os mais jovens, as mulheres e os fumantes. Até o final da pesquisa, 2.367 participantes morreram por doenças cardiovasculares, sendo que 1.010 dos casos foram por doença cardíaca isquêmica e 562 por AVC.
A equipe concluiu que os problemas psicológicos estão associados a mortes por eventos cardiovasculares, especialmente em relação a essas duas doenças, elevando em 66% o risco de uma pessoa morrer por derrame cerebral e em 59% por doença cardíaca isquêmica. De acordo com os pesquisadores, esses resultados sugerem que a saúde mental dos pacientes deve ser levada em consideração na hora de analisar os riscos de uma pessoa ter um problema cardiovascular.


Stress pós-traumático está ligado a doença cardíaca

É o que mostra um estudo americano feito com veteranos de guerra

Pacientes que sofrem de stress pós-traumático correm mais risco de desenvolver problemas cardíacos. É o que revela um estudo feito com veteranos de guerra nos Estados Unidos. A pesquisa, publicada no periódico médico American Journal of Cardiology, analisou 637 veteranos, em sua maioria homens, com idade média de 60 anos, com suspeita de ter doenças cardíacas.
O resultado apontou para a evolução mais rápida da doença cardíaca nos veteranos de guerra. Também foi constatado que esses pacientes estavam mais propensos a morrer em decorrência de qualquer doença nos próximos três anos. 
"Durante muito tempo ostress pós-traumático foi basicamente conhecido como um distúrbio psicológico ou psiquiátrico", disse Ramin Ebrahimi, do  Veterans Administration Medical Center, de Los Angeles, que conduziu o estudo. "Pouco a pouco percebemos que esses pacientes realmente têm uma boa quantidade de outros problemas de saúde."
O especialista acrescentou que a pesquisa é importante pois o stress pós-traumático também atinge vítimas de estupro, catástrofes naturais e de outros tipos de violência. Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, por volta de um a cada 30 adultos americanos pode sofrer do transtorno em algum um período de sua vida.
Exames de varredura de cálcio mostraram que a maioria dos pacientes tem algum tipo de acúmulo de placa em suas artérias coronárias. Mais de 75% dos veteranos com stress pós-traumático tinham estreitado suas artérias, ante 59% entre os demais. O pesquisador Joseph Boscarino, da Geisinger Health System, em Danville, na Pensilvânia, confirma, em novo estudo, as conclusões anteriores. “Os hormônios do estresse relacionado ao stress podem afetar as chances de doenças cardíacas, ou talvez o comportamento das pessoas, como maiores taxas de uso consumo de álcool e tabaco, colocando-os em maior em risco”, disse ele.


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