O julgamento do mensalão acaba fazendo com que a gente deixe de lado algumas questões relevantes. Até novembro, duas vagas se abrem no Supremo: a de Cezar Peluso (no dia 3 de setembro) e a de Ayres Britto (18 de novembro). Se Celso de Mello levar adiante a anunciada intenção de se aposentar precocemente (pode ficar até 1º de novembro de 2015), Dilma, ainda neste mandato (escrevo assim porque há a possibilidade de um segundo), indica mais três ministros — já fez dois: Luiz Fux e Rosa Weber.
Quem está na fila? Uma aposta é praticamente certa. Seja para o lugar de Peluzo, seja para o de Britto, o primeiro é Luís Inácio Adams, atual advogado-geral da União. Já era a principal aposta para a vaga preenchida por Rosa Weber, mas aí a presidente disse que precisava contar com ele no cargo atual e coisa e tal. Dificilmente Dilma deixará de indicá-lo para uma das duas vagas vindouras, até porque, caso Celso de Mello desista de se aposentar, as outras só se abrem no mandato seguinte. Os petistas etão convictos de que ela se reelege, mas certeza absoluta não é.
Mas há, sim, a possibilidade de Adams ficar para a vaga de Ayres Britto. Para a de Peluso, quem aparece como candidato é, acreditem, José Eduardo Cardozo. Tanto quanto Dilma “precisa” de Adams na AGU, ela NÃO precisa tanto assim de Cardozo no Ministério da Justiça. Acha que ele faz um trabalho apenas mediano.
E só para que vocês tenham o quadro completo. Caso a presidente conquiste o segundo mandato, indicará ainda os sucessores de Celso de Mello (novembro de 2015) e de Marco Aurélio Mello (julho de 2016). Restará um único ministro na Casa não indicado pelo PT: Gilmar Mendes, que pode ficar no cargo até dezembro de 2025.
Eis o quadro:
Ministro | Data de saída |
Cezar Peluzo | 03 de setembro de 2012 |
Ayres Britto | 18 de novembro de 2012 |
Celso de Mello | 1º de novembro de 2015 |
Marco Aurélio Mello | 12 de julho de 2016 |
Ricardo Lewandowski | 11 de maio de 2018 |
Rosa Weber | 02 de abril de 2018 |
Luiz Fux | 26 de abril de 2023 |
Carmen Lúcia | 18 de abril de 2024 |
Joaquim Barbosa | 07 de outubro de 2024 |
Gilmar Mendes | 30 de dezembro 2025 |
Dias Tóffoli | 15 de novembro de 2037 |
Os próximos presidentes, como veem, não terão a chance de indicar muitos ministros do Supremo, não é mesmo? Se Dilma realmente escolher Luiz Inácio Adams, ele pode ficar na cadeira até março de 2035; se optar por Cardozo, ele permanece no tribunal, se quiser, até abril de 2029.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário