quarta-feira 22 2012

Candidatos às vagas de Peluso e Britto no Supremo e a looonga estabilidade da era petista no Supremo



O julgamento do mensalão acaba fazendo com que a gente deixe de lado algumas questões relevantes. Até novembro, duas vagas se abrem no Supremo: a de Cezar Peluso (no dia 3 de setembro) e a de Ayres Britto (18 de novembro). Se Celso de Mello levar adiante a anunciada intenção de se aposentar precocemente (pode ficar até 1º de novembro de 2015), Dilma, ainda neste mandato (escrevo assim porque há a possibilidade de um segundo), indica mais três ministros — já fez dois: Luiz Fux e Rosa Weber.
Quem está na fila? Uma aposta é praticamente certa. Seja para o lugar de Peluzo, seja para o de Britto, o primeiro é Luís Inácio Adams, atual advogado-geral da União. Já era a principal aposta para a vaga preenchida por Rosa Weber, mas aí a presidente disse que precisava contar com ele no cargo atual e coisa e tal. Dificilmente Dilma deixará de indicá-lo para uma das duas vagas vindouras, até porque, caso Celso de Mello desista de se aposentar, as outras só se abrem no mandato seguinte. Os petistas etão convictos de que ela se reelege, mas certeza absoluta não é.
Mas há, sim, a possibilidade de Adams ficar para a vaga de Ayres Britto. Para a de Peluso, quem aparece como candidato é, acreditem, José Eduardo Cardozo. Tanto quanto Dilma “precisa” de Adams na AGU, ela NÃO precisa tanto assim de Cardozo no Ministério da Justiça. Acha que ele faz um trabalho apenas mediano.
E só para que vocês tenham o quadro completo. Caso a presidente conquiste o segundo mandato, indicará ainda os sucessores de Celso de Mello (novembro de 2015) e de Marco Aurélio Mello (julho de 2016). Restará um único ministro na Casa não indicado pelo PT: Gilmar Mendes, que pode ficar no cargo até dezembro de 2025.
Eis o quadro:
MinistroData de saída
Cezar Peluzo03 de setembro de 2012
Ayres Britto18 de novembro de 2012
Celso de Mello1º de novembro de 2015
Marco Aurélio Mello12 de julho de 2016
Ricardo Lewandowski11 de maio de 2018
Rosa Weber02 de abril de 2018
Luiz Fux26 de abril de 2023
Carmen Lúcia18 de abril de 2024
Joaquim Barbosa07 de outubro de 2024
Gilmar Mendes30 de dezembro 2025
Dias Tóffoli15 de novembro de 2037
Os próximos presidentes, como veem, não terão a chance de indicar muitos ministros do Supremo, não é mesmo? Se Dilma realmente escolher Luiz Inácio Adams, ele pode ficar na cadeira até março de 2035; se optar por Cardozo, ele permanece no tribunal, se quiser, até abril de 2029.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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