Cidades
Um dia antes de mais uma manifestação, desta vez convocada por sindicatos, bancos e outros estabelecimentos comerciais colocam tapumes nas fachadas
Tropa de choque utiliza gás lacrimogêneo durante protesto nas ruas próximas ao estádio do Maracanã do Rio de Janeiro - Gabriela Batista
(Atualizado às 20h)
Um dia antes de mais uma manifestação programada para o Centro do Rio de Janeiro, bancos e outros estabelecimentos comerciais já começaram a se precaver. Tapumes foram colocados diante das fachadas para evitar o vandalismo que já se tornou recorrente. Mas não é somente nesta região que os atos devem se concentrar. Pelo menos três protestos estão programados para pontos diferentes da cidade, como parte de uma mobilização que promete ser nacional e é convocada por centrais sindicais. Municípios da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense também devem aderir.
O evento criado no Facebook marca a primeira concentração para as 13 horas, em frente à prefeitura, no bairro Cidade Nova. O segundo movimento fará o tradicional percurso entre a Candelária e a Cinelândia, no Centro, a partir das 15 horas. Duas horas mais tarde, a passeata sai do Largo do Machado, na Zona Sul, em direção ao Palácio Guanabara, sede do governo do estado. Mais de 15.800 pessoas confirmaram presença na rede social até o início da noite nesta quarta-feira. "Todos os brasileiros unindo forças para mostrar que o governo deve servir ao povo, e não o povo ao governo", convoca o movimento.
Por haver divergências entre as centrais sindicais (CUT, Força Sindical, UGT e CTB, etc), o protesto unificado não vai abordar temas como o plebiscito para a reforma política proposto pelo governo federal. Foram aprovados temas como: fim do fator previdenciário, derrubada do projeto de lei que regulariza terceirizações (PL 4330/2004, de autoria do deputado federal Sandro Mabel - PMDB/GO), fim dos leilões do petróleo e 10% do PIB para saúde e educação, entre outros. Estudantes do Fórum de Lutas contra o Aumento da Passagem aprovaram temas como a desmilitarização da Política Militar, a estatização das empresas de transporte e Fora Renan Calheiros (PMDB/AL e presidente do Senado).
Greve - Ao contrário do proposto inicialmente, o sistema de transporte público (ônibus, trens, metrôs e barcas) deverá funcionar normalmente, afirmam os sindicatos. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), afirmou por meio da assessoria que considera qualquer paralisação como "desrespeito à lei". Procurada, a Fenaban afirmou que ainda não tem nenhuma confirmação de que haverá paralisação. Contudo, alguns bancos já informaram a suspensão das atividades também por questões de segurança.
Segurança - A Polícia Militar está monitorando pela internet os locais onde manifestações estão sendo marcadas, e o policiamento será reforçado. Folgas foram adiadas e a maior preocupação da PM é com o Palácio Guanabara - que não tem muros. Como de costume, policiais da Coordenadoria de Inteligência estarão à paisana para filmar a manifestação. PMs do Batalhão de Choque estarão nas ruas desde antes das manifestações, com capacetes, escudos, bombas de gás lacrimogênio e gás de pimenta.
(Com Estadão Conteúdo)
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