sábado 16 2013

Dilma a empresários: 'A relação do prende e arrebenta acabou'


Desonerações

Presidente diz que não punirá empresas que não reduzirem preços - mas reitera que é fundamental que reduzam

Marcela Mattos, de Brasília
A Presidente Dilma Rousseff, discursa durante cerimônia de anúncio de medidas de proteção ao consumidor, em Brasília
Dilma Rousseff discursa durante cerimônia de anúncio de medidas de proteção ao consumidor (Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff pediu que os empresários tenham “consciência” para que "todo mundo ganhe" com a redução do valor da cesta básica. Na última semana, a presidente zerou a alíquota do PIS/Cofins em 16 itens da cesta e reiterou que espera o repasse dessa medida para o preço dos produtos. Segundo ela, a diferença ainda não chegou ao bolso do consumidor. “Nosso país tem de ter uma relação de respeito entre governo e sociedade. O governo desonerou a cesta básica e acho fundamental reduzir o preço”, afirmou a presidente, durante o anúncio do pacote de medidas para fazer valer os direitos do consumidor.
A presidente ressaltou que tem feito diversas reuniões com o empresariado para tratar da desoneração e que busca o convencimento pelo diálogo, descartando qualquer medida punitiva aos que não reduzirem os preços. “A relação do 'prende e arrebenta' acabou. O governo não faz isso. O governo dialoga, persuade”, disse. Dilma quer provar aos empresários que eles também terão benefícios com a desoneração, ao conseguirem captar mais renda. “É muito mais pelo lado da persuasão, e não da ameaça.”
Dilma pediu que os empresários respeitem a iniciativa. “Nós precisamos que essa consciência também seja dos empresários, dos senhores donos dos supermercados e dos produtores”, disse, ao reforçar que somente com esse apoio a desoneração vai trazer benefícios para a sociedade. 
Questionada sobre o fato de a desoneração não ter sido estendida às embalagens, a presidente deu uma resposta curta: “O conteúdo foi. Então, retirem o custo do conteúdo e mantenham o da embalagem. O que não é possível é aumentar os dois", afirmou.

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