Crime
Segundo titular da Divisão de Homicídios do Rio, não há dúvidas de que o filho do cineasta é autor da morte do pai e da tentativa de homicídio da mãe
Pamela Oliveira, do Rio
Rivaldo Barbosa, diretor da Divisão de Homicídios do Rio (Pamela Oliveira)
Daniel de Oliveira Coutinho, de 41 anos, sofreu um surto psicótico na manhã deste domingo, afirmou Rivaldo Barbosa, delegado titular da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro, em entrevista ao site de VEJA. De acordo com o Barbosa, não há dúvidas de que o jornalista é o autor da morte do pai, o cineasta Eduardo Coutinho, de 80 anos, e da tentativa de homicídio da mãe, Maria das Dores de Oliveira Coutinho, de 62 anos.
Coutinho, o filho, matou o pai a facadas e atingiu a mãe. Maria das Dores passou por cirurgia e está em estado grave no Hospital Miguel Couto. De acordo com Barbosa, Daniel tentou tirar a própria vida com duas facadas no abdômen. A mãe conseguiu fugir do filho ao se trancar no banheiro, de onde ligou para um irmão do jornalista. Após a tragédia, Daniel procurou os vizinhos pedindo para que eles ligassem para o Corpo de Bombeiros.
"Daniel falava coisas desconexas", afirmou o delegado. Ainda de acordo com Barbosa, o jornalista disse aos vizinhos: "Eu libertei meu pai e minha mãe. Eu tentei me libertar, me furei duas vezes e não aconteceu nada." As duas facas do crime foram encontradas no quarto de empregada da residência.
O filho de Coutinho está sob custódia da polícia no Hospital Miguel Couto, onde segue internado. Segundo o delegado, uma perícia será realizada no apartamento da família. Até o momento, a polícia ouviu quatro testemunhas. Um psicólogo será enviado ao hospital para avaliar a saúde mental de Daniel.
"O que aconteceu na manhã deste domingo é a expressão genuína da palavra tragédia. Um filho matou o pai, tentou matar a mãe e depois tentou tirar a própria a vida", disse o delegado da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro. Daniel foi indiciado por homicídio doloso e tentativa de homicídio doloso.
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