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A escandalosa violência no Distrito Federal, a região com a maior renda per capita do país, é a prova mais cabal da falência do petismo em matéria de segurança pública. Já demonstrei aqui, na sexta, o que se passa nos estados governados pelo PT. É claro que não são os únicos violentos do país — a unidade da Federação que lidera em número de mortos por 100 mil habitantes é Alagoas, governado pelo tucano Teotônio Vilela Filho. Pode-se acusá-lo de não ter resolvido a questão, historicamente escandalosa. Ocorre que, no caso do petismo, dá-se algo um pouco diferente: nas mãos de seus “especialistas”, a violência explode. O caso mais gritante, nesse sentido, é a Bahia. O Distrito Federal merece destaque porque a área é localmente governada pelo PT — Agnelo Queiroz — e está, obviamente, sob a proteção federal porque ali está a sede administrativa do país, também nas mãos do partido.
O que estou dizendo, meu caros, é que o cheiro de sangue chega ao gabinete de Dilma. O cheio de sangue chega ao gabinete de José Eduardo Cardozo — que, pateticamente, disse que poderá colaborar se o governador lhe pedir ajuda. É mesmo? Então ele não está vendo o que se passa à sua volta? Provavelmente, não! Essa gente anda protegida com tantos seguranças que coisas assim não parecem urgentes.
Que é que há? Então o Distrito Federal teve, em 2012, 32,1 Crimes Violentos Letais Intencionais por 100 mil habitantes (o CVLI inclui latrocínios e homicídios dolosos), quando a média brasileira, que já é escandalosa, foi de 25,8, e o governo federal, que está ali, no caldeirão, não se interessou pelo caso? Os números são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Mata-se no Distrito Federal, proporcionalmente, quase o triplo do que se mata em São Paulo, e todos decidiram silenciar? E que se note: em 2012, a PM do DF ainda não estava fazendo a tal “Operação Tartaruga”, como faz agora.
O peso da demagogia
Ah, meus caros, eu já tratei desse assunto aqui faz tempo, sabem? Vou ter de refrescar a memória de vocês. A PM do Distrito Federal é a mais bem paga do país. O dinheiro sai dos cofres federais. Adivinhem quem está na raiz do proselitismo em porta de quartel… Vejam este vídeo. Explico em seguida.
Ah, meus caros, eu já tratei desse assunto aqui faz tempo, sabem? Vou ter de refrescar a memória de vocês. A PM do Distrito Federal é a mais bem paga do país. O dinheiro sai dos cofres federais. Adivinhem quem está na raiz do proselitismo em porta de quartel… Vejam este vídeo. Explico em seguida.
No dia 8 de maio de 2008, o Apedeuta assinou a Medida Provisória 426, que concedia reajuste de 14,2% aos 28 mil policiais militares e bombeiros do Distrito Federal, extensivo aos que já estavam na reserva. O aumento era retroativo a fevereiro, e o atrasado, pago numa vez só. O piso dos coronéis da PM do DF passou, aquele ano, para R$ 15.224, e o dos soldados, R$ 4.117. Hoje, deve ser maior. Pesquisem aí. Por que por Medida Provisória? Justamente porque os gastos com segurança, saúde e educação do Distrito Federal são bancados por um Fundo Constitucional. Vale dizer: saem dos cofres da União! Fez-se uma grande festa em Brasília.
O “Arruda” a quem Lula se refere é aquele mesmo, o então governador José Roberto Arruda, que já estava nas malhas da Polícia Federal e seria destruído pelos petistas no ano seguinte. Não que não merecesse, como se sabe. A população do DF é que merecia saber quem era o petista Agnelo Queiroz, né? Esse aumento à PM, diga-se, está na origem da tal Proposta de Emenda Constitucional nº 300, a PEC 300? Ela iguala o salário das Polícias Militares de todos os estados ao que se paga no Distrito Federal. E se tornou uma espécie de fomentadora continuada de revoltas das polícias Brasil afora. Como o estados não teriam condições de arcar com o custo, o texto transfere para o governo federal o peso do reajuste. Dilma conseguiu, até agora, impedir a sua aprovação.
Irresponsáveis
Quando os benefícios foram concedidos, com o proselitismo que se vê, não se estabeleceu um programa de metas para a redução da violência, por exemplo — e o Distrito Federal, em 2008, já exibia índices alarmantes. Estava na cara que algo de muito ruim se passava por lá.
Quando os benefícios foram concedidos, com o proselitismo que se vê, não se estabeleceu um programa de metas para a redução da violência, por exemplo — e o Distrito Federal, em 2008, já exibia índices alarmantes. Estava na cara que algo de muito ruim se passava por lá.
E, como o PT não aprende, no vídeo abaixo, vocês veem Agnelo Queiroz fazendo proselitismo numa reunião de policiais e bombeiros, durante a campanha eleitoral.
http://www.youtube.com/watch?v=0VQRxJJH4wE
AssombroOs leitores sabem o que eu penso. Sou contra greve de funcionário público. A razão é simples: quem paga o pato é o povo. E, obviamente, sou especialmente contrário a manifestações grevistas e assemelhados de policiais. Gente que é armada pelo estado, entendo, não pode ter esse direito.
Atenção, meus caros, o número de mortes violentas no Distrito Federal chegou a 73 no mês passado. É um escândalo? É, sim, mas tenho algo a lhes dizer: já era antes. Em 2012, houve 839 mortes violentas no DF — e não havia Operação Tartaruga: uma média de 70 por mês.
Não é de hoje que a situação está fora de controle. Atenção, segundo o Mapa da Violência, no ano em que Lula concedeu aquele grande reajuste à PM, 2008, a taxa de homicídios no DF era de 34,1 por 100 mil habitantes. No ano seguinte, saltou para 39,2, caindo para 34,2 em 2010, mas ainda superior à de 2008.
Não há dinheiro que compense a incompetência, e não há mal que a demagogia não possa tornar pior. Com a palavra, o sempre loquaz José Eduardo Cardozo.
Por Reinaldo Azevedo
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