terça-feira 16 2013

RJ: CSN pode ser multada em R$ 50 mi por crime ambiental

Meio ambiente

Análise apontou contaminação em área cedida pela siderúrgica para a construção de casas para seus funcionários

Aciaria da CSN em volta redonda, Rio de Janeiro
Fábrica da CSN em Volta Redonda (RJ). Companhia cedeu área contaminada a funcionários (Antonio Gaudério/Folhapress)
Institutos de defesa do meio ambiente do Rio de Janeiro afirmaram nesta quinta-feira que podem aplicar uma multa de até 50 milhões de reais à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) pela contaminação de um terreno em Volta Redonda. Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o resultado de análises da contaminação por substâncias químicas na área cedida pela CSN para construção de casas para empregados apontou que centenas de moradores estão expostos a substâncias perigosas.

De acordo com o relatório, no terreno havia sido enterrado diretamente no solo grande volume de lixo químico da CSN, como ascarel, que é cancerígeno. "Esse é um dos piores crimes ambientais registrados aqui no Rio de Janeiro", disse Minc.

Outros crimes — Em novembro de 2011, houve um vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ). Em março deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou as empresas Chevron, Transocean e mais 17 pessoas por crime ambiental e dano ao patrimônio público em virtude do desastre. Na denúncia, o MPF pede também o sequestro de todos os bens dos denunciados e o pagamento de fiança de 1 milhão pde reais ara cada pessoa e 10 milhões de reais para cada empresa envolvida no vazamento.

Em setembro do ano passado, foi a vez da Petrobras ser denunciada por agressões ao meio ambiente. A Polícia Federal (PF) acusou a companhia de despejar no oceano toneladas de resíduos tóxicos da extração de petróleo sem nenhum tipo de tratamento - segundo a PF, o impacto é 300 vezes maior do que o vazamento da Chevron. O inquérito feito pela polícia já está nas mãos do MPF. "De acordo com o inquérito do caso, há elementos para denunciar os responsáveis da empresa pelo crime de poluição. A pena para os envolvidos pode chegar a cinco anos de prisão", afirmou Renato Machado, procurador do MPF na Baixada Fluminense.
(com Estadão Conteúdo e agência Reuters)

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