domingo 19 2014

Pesquisadores encontram plantas no Pantanal que combatem vírus da dengue

Biologia

Próxima fase da pesquisa vai testar a eficácia de extratos em animais

'Aedes aegypti'
Aedes aegypti (Thinkstock)
Uma pesquisa desenvolvida no Pantanal Mato-Grossense encontrou três espécies de plantas que inibem a replicação do vírus da dengue. A descoberta foi feita por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz que usaram extratos vegetais de 4.400 plantas coletadas em células infectadas com os vírus dos tipos 2 e 3. A próxima fase da pesquisa inclui testes em animais para avaliar a toxicidade das plantas.

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DENGUE
É a doença endêmica mais disseminada no Brasil, presente em todos os estados. Causa febre aguda e pode matar. Em alguns casos, os sintomas podem não aparecer. Quando se manifestam, o paciente sente dores de cabeça, febre e dores no corpo. A doença é transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve preferencialmente em ambientes onde há focos de acúmulo de água parada. O mosquito transmite o vírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviriade. Possui quatro tipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.
A pesquisa faz parte de um programa da Fiocruz no interior do País, atualmente em nove Estados, além do Rio de Janeiro - Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Amazonas, Rondônia, Ceará, Mato Grosso do Sul e Piauí. No Mato Grosso do Sul, os trabalhos abrangem desde saúde indígena à busca por novas moléculas a partir da flora local, além da formação de mão de obra.

O trabalho de catalogar a flora do Pantanal Mato-Grossense foi feito em parceria com a Universidade Anhanguera-Uniderp, onde o curso de Agronomia já tinha catalogado 4.000 plantas.

Ao testarem as possibilidades terapêuticas das plantas, os pesquisadores chegaram a três famílias capazes de inibir a replicação do vírus da dengue. "Uma delas teve atividade fenomenal. Vamos tentar sintetizar a molécula e testar em modelo vivo", disse a pesquisadora Jislaine Guilhermino.


As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste foram escolhidas como prioritárias por causa de "vazios de desenvolvimento de ciência e tecnologia", afirma o presidente da instituição, Paulo Gadelha.

(Com Estadão Conteúdo)

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