segunda-feira 15 2013

O transporte público gratuito é possível?

Carona


Motoristas que trafegam sozinhos em seus carros têm parte da responsabilidade pelo trânsito que paralisa as grandes cidades. O aplicativo Avego permite que um motorista transforme seu carro em uma espécie de táxi, preenchendo esses lugares com pessoas confiáveis e que contribuem com a gasolina.
Para usar o aplicativo, basta que o motorista digite o número de bancos vagos e a rota que irá seguir. O trajeto é disponibilizado na rede, e outros usuários que desejem seguir na mesma direção podem pedir uma carona. No final, o custo da jornada é dividido entre todos, e o pagamento pode ser feito pelo próprio celular.
 

Fretado high-tech

O aplicativo Leap Transit funciona como uma espécie de ônibus fretado high-tech para os habitantes de San Francisco, nos Estados Unidos. Pela manhã, os veículos da empresa vão dos subúrbios em direção ao centro da cidade, onde se encontram empresas de tecnologia. De noite, eles devolvem seus clientes a suas casas nos subúrbios.
Por meio de seu smartphone, os usuários conseguem acompanhar o trajeto do ônibus, conhecer seus horários e marcar sua parada. Com um simples toque na tela eles pagam a passagem, que custa seis dólares. Segundo a companhia, o ônibus oferece wi-fi e confortáveis bancos de couro e é dirigido a pessoas que não usam o transporte público normalmente — principalmente por questões de conforto e rapidez.
 

Estacionamento


Um estudo da Universidade da Califórnia aponta que, em média, 30% do tráfego nas cidades é causado por motoristas procurando vaga para estacionar. Pensando nisso, a Agência de Transporte Municipal de San Francisco, nos Estados Unidos, iniciou uma experiência com a companhia SFpark, para ajudar os habitantes da cidade a encontrar vagas livres pela internet. A disponibilidade das vagas é monitorada por meio de sensores, e pode ser consultada por um aplicativo para smartphones.
O valor de cada vaga é variável: o preço sobe conforme a lotação do estacionamento. Segundo a companhia, isso foi pensado como arma para fazer com que os motoristas parem seus carros em áreas menos usadas, reduzindo a demanda em locais mais movimentados.

Transporte sustentável


Um terço das emissões humanas de gás carbônico — um dos gases responsáveis pelo aquecimento global — é causada pelos meios de transportes. Pensando nisso, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) está desenvolvendo o aplicativo CO2GO, capaz de calcular o impacto que o transporte de uma pessoa tem no meio ambiente.
Por meio dos sensores instalados em smartphones, como acelerômetro, GPS e microfone, o algoritmo desenvolvido pelos pesquisadores consegue precisar o meio de transporte que a pessoa está usando e calcular sua emissão de gás carbônico em cada parte do trajeto. Sem precisar preencher nenhum tipo de relatório, o usuário fica sabendo, no final de sua viagem, a quantidade total de gás que emitiu, o que permite comparar – e compartilhar nas redes sociais – rotas de baixo carbono.

Ciclovias participativas

Uma das grandes dificuldades enfrentadas pelos usuários de bicicleta é a falta de caminhos seguros e confiáveis — com poucos carros e subidas — nas grandes cidades. Pensando nisso, a prefeitura de San Francisco, nos Estados Unidos, desenvolveu o aplicativo CycleTracks, que usa o GPS dos smartphones para conhecer as rotas mais usadas pelos ciclistas e o tempo gasto em cada uma delas.
Os dados coletados pelo aplicativo foram compilados em 2011 e serviram para planejar mudanças no trânsito da cidade e nas políticas públicas para bicicletas. Depois disso, uma série de outras cidades adaptou a tecnologia, como Austin, no Texas, e Salt Lake City, em Utah.

Rotas colaborativas


Waze faz parte de uma nova geração dos aplicativos que usam GPS e mapas para descrever as melhores rotas a serem seguidas pelo motorista. Enquanto os mais antigos se resumiam a calcular qual o caminho mais curto entre dois pontos, os novos levam ao limite a interatividade dos smartphones para atualizar as rotas em tempo real, levando em consideração informações fornecidas por outros usuários.
A partir da velocidade alcançada pelos outros motoristas, o aplicativo calcula quais são as rotas mais livres e quais devem levar ao destino de modo mais rápido. Além disso, o usuário pode alertar ao resto da comunidade sobre acidentes, obras e interferências no trânsito que encontrar pelo caminho. Os próprios mapas podem ser atualizados pelos motoristas, caso haja alguma mudança de mão ou de percurso nas ruas.
O Waze tem sido tão bem-sucedido que a empresa israelense foi comprada, em junho, pelo Google, por um valor que ultrapassa um bilhão de dólares.

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