quarta-feira 08 2014

Tabagismo entre mulheres cai 41% em três décadas

Cigarro

Levantamento feito em 187 países mostrou que, de 1980 a 2012, essa queda foi de 25% entre os homens

Tabagismo: Em 2012, média de cigarros consumidos por ano por um fumante aumentou 26% em relação a 1980
Tabagismo: Em 2012, média de cigarros consumidos por ano por um fumante aumentou 26% em relação a 1980(Thinkstock)
Um levantamento que usou dados de 187 países mostrou que a taxa de fumantes no mundo caiu nas últimas três décadas, especialmente entre as mulheres. De 1980 a 2012, essa queda foi de 41,5% entre as mulheres (a prevalência de fumantes passou de 10,6% para 6,2%) e de 24% entre os homens (a taxa diminuiu de 41% para 31%). Apesar disso, os fumantes consomem, hoje, 26% cigarros a mais por ano do que em 1980.
Essas conclusões fazem parte de um estudo feito pelo Instituto de Métrica e Avaliação para a Saúde da Universidade de Washington, nos Estados Unidos. O artigo foi publicado nesta terça-feira no periódico JAMA.
Segundo a pesquisa, 721 milhões de pessoas no mundo fumavam em 1980 e, em 2012, esse número subiu para 967 milhões. Apesar disso, a taxa de tabagismo diminuiu pois o crescimento populacional foi maior do que o de fumantes nesse período.
O declínio do tabagismo no mundo foi mais acentuado a partir de meados da década de 1990. No entanto, a taxa de fumantes entre homens voltou a crescer a partir de 2010. Segundo os pesquisadores, isso aconteceu, em parte, devido ao aumento do número de fumantes em países muito grandes, como Rússia e China.
"Uma vez que sabemos que a metade de todos os fumantes acabará morrendo por causa do cigarro, um número maior de fumantes significará um aumento maciço das mortes prematuras em nosso tempo de vida", diz Alan Lopez, um dos autores do estudo.
Brasil — Um levantamento nacional divulgado no mês passado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) mostrou que a taxa de fumantes no Brasil diminui 20% nos últimos seis anos, passando de 19,3% em 2006 para 15,6% em 2012. Diferentemente dos dados globais, a queda foi maior entre homens do que entre mulheres. 
(Com AFP)

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