Com pagamento à vista, contribuinte consegue desconto nos impostos
Contribuinte deve tomar cuidado ao pagar as contas no início do ano (Getty Images)
SÃO PAULO – Depois das festas de final de ano e dos gastos com presentes, o mês de janeiro chega com diversas contas e impostos para pagar, principalmente o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Caso o contribuinte não planeje bem o pagamento dessas contas, o orçamento pode ficar comprometido pelo resto do ano.
Para especialistas, o ideal é sempre tentar pagar os tributos à vista, pois é possível receber desconto. Em São Paulo, por exemplo, o desconto para quem paga tudo é de 4% no IPTU e de 3% no IPVA, ambas são umas das menores deduções do País. Já outros locais, como o Rio Grande do Sul, o abatimento do IPVA é de 15%, enquanto o IPTU de Porto Alegre tem um desconto de 12%.
De acordo com o vice-presidente da diretoria de economia da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças), Roberto Vertamatti, caso a pessoa não tenha dinheiro para pagar os dois impostos de uma vez, o melhor é quitar o IPVA. “A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, acrescenta juros de 0,92% nas parcelas do imposto residencial, enquanto o governo estadual, que é quem arrecada o IPVA, cobra juros de 3,13% em cada parcela da taxa”, afirma.
Além disso, Vertamatti lembra que se for tirar dinheiro de algum investimento, opte pela poupança ou outros fundos de renda fixa, pois, considerando os rendimentos e as perspectivas de inflação, esta opção é mais vantajosa que se endividar.
O professor de economia da FGV, Samy Dana, não recomenda contratar um crédito consignado ou pedir empréstimos no banco. “É melhor dever para o Governo do que para o banco, pois as taxas de juros do Governo são mais baixas”, afirma.
Porém, se o contribuinte não tiver outra alternativa, o melhor é fazer financiamentos no menor prazo possível, entre oito e dez meses, e procurar as menores taxas. “Evite utilizar o cheque especial ou os juros rotativos do cartão de crédito, pois ambos têm juros muito altos”, lembra Dana.
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