sexta-feira 06 2013

Brasil pega Croácia, México e Camarões na Copa de 2014

Futebol

Mas a sorte da seleção de Felipão poderá terminar logo nas oitavas - com um possível cruzamento com Espanha ou Holanda (que se enfrentarão na estreia)

Giancarlo Lepiani, da Costa do Sauípe
Cerimônia do sorteio dos grupos da Copa de 2014
Colocados no Grupo B, holandeses e espanhóis formam uma das chaves mais difíceis da Copa, ao lado do Chile. Mas nada que se compare ao grupo da morte - sim, ele apareceu - desta Copa: é o D, com Uruguai, Itália e Inglaterra, além da Costa Rica
Croácia, México, Camarões: eis os adversários da seleção brasileira na primeira fase da Copa do Mundo de 2014. O sorteio dos grupos, realizado nesta sexta-feira, na Costa do Sauípe, na Bahia, foi generoso para a equipe da casa: uma seleção mediana da Europa, um rival antigo mas modesto das Américas e uma seleção africana que não vem jogando bem há anos. A estreia será contra os europeus, no dia 12 de junho de 2014, no Itaquerão. É a segunda vez em três Copas que o Brasil abre sua campanha contra os croatas - foi assim também na Alemanha-2006. O duelo com os mexicanos será em Fortaleza, e a partida contra os camaroneses, em Brasília. Resolvido o mistério sobre os três primeiros rivais, a seleção passa a ter motivos para se preocupar quando olha para seu caminho na competição. Se cumprir sua obrigação e avançar à segunda fase, o time de Luiz Felipe Scolari tem grande chance de encarar dois rivais extremamente perigosos: a Holanda, que eliminou o Brasil na última Copa, ou a Espanha, atual campeã, ansiosa para vingar a derrota na final da Copa das Confederações. Holandeses e espanhóis, aliás, vão se encontrar logo na estreia, uma reedição da final da África do Sul-2010 em plena Arena Fonte Nova, em Salvador, em 13 de junho.
Colocados no Grupo B, holandeses e espanhóis formam uma das chaves mais difíceis da Copa, ao lado do Chile, que vive excelente momento, e da Austrália. Mas nada que se compare ao grupo da morte - sim, ele apareceu - desta Copa: é o D, com Uruguai, Itália e Inglaterra, mais a coadjuvante Costa Rica (que já deve estar reavaliando a ideia de vir ao Brasil no ano que vem...). Nessa chave com três campeões do mundo (e um total de sete taças conquistadas), italianos e ingleses fazem um grande clássico num palco de que esperavam fugir: a Arena da Amazônia, em Manaus. Os técnicos das duas seleções se diziam mais preocupados com o calor do que com os rivais - e terão de encarar um jogo dificílimo justamente na sede que mais preocupa os europeus. O técnico Roy Hodgson, da Inglaterra, chegou a ser provocado pelas autoridades amazonenses depois de ter dito que esperava evitar Manaus a qualquer custo. Outro grupo forte é o G, que colocará frente a frente alguns dos melhores jogadores do planeta na atualidade: a abertura da chave será entre Alemanha, de Ozil, e Portugal, de Cristiano Ronaldo. Quem deu sorte foi a Bahia - assim como no caso de Espanha x Holanda, o estádio da partida será a Fonte Nova. O grupo tem também Estados Unidos (do técnico Klinsmann, ícone histórico da seleção alemã) e Gana (que já tinha caído com os alemães em seu grupo no último Mundial).
Se alguns grupos deixam o torcedor ansioso desde já, outros despertam reações bem menos empolgadas. Caso da chave encabeçada pela Bélgica, que deu a sorte de pegar como adversários Rússia, Argélia e Coreia do Sul. Ou do Grupo C, encabeçado pela Colômbia, acompanhada por Grécia, Costa do Marfim e Japão. Argentina e França se deram bem na definição dos grupos. Os vizinhos sul-americanos ocupam o Grupo F, ao lado de seleções modestas: Bósnia-Herzegovina, Irã e Nigéria. Os franceses, que só entraram na Copa depois de uma sofrida repescagem contra a Ucrânia, vão enfrentar Suíça, Equador e Honduras na primeira fase. Montados os grupos, passa a ser possível também projetar os cruzamentos das etapas seguintes. O Brasil poderia pegar Itália, Inglaterra ou Uruguai nas quartas, e a semifinal poderia ser contra a Alemanha (caso ela confirme o favoritismo em seu grupo). É difícil um encontro entre Brasil e Argentina antes da grande final - isso só aconteceria se uma das duas ficasse em segundo de seu grupo, o que, diante dos adversários definidos nesta sexta, não parece muito provável. Uma reedição do jogo decisivo entre Brasil e Uruguai no Rio, 64 anos depois do Maracanazo, também é possível, se os uruguaios liderarem o grupo da morte e o Brasil ficar em primeiro na sua chave. Todas essas dúvidas começam a ser respondidas em 188 dias, quando brasileiros e croatas disputarem os primeiros lances da Copa do Mundo.

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