quarta-feira 02 2013

Exposição viaja ao fundo do mar para descobrir o Titanic

Cultura

Detalhes da noite do naufrágio foram reproduzidas, como o iceberg frio ao toque

Réplica de uma das cabines de primeira-classe do Titanic
  Réplica de uma das cabines de primeira-classe do Titanic (David Moir/Reuters)
Os visitantes da exposição Titanic - A 3,8 mil Metros de Profundidade no Aquário de Mystic, em Connecticut, vão poder experimentar as sensações vividas pelo oceanógrafo Robert Ballard ao descobrir o navio, 73 anos após o naufrágio, com a remontagem de detalhes da noite do acidente como o iceberg e códigos Morse.
"É uma oportunidade única porque nos concentramos na descoberta, mostrando o material inédito desse momento de 1985, quando me transformei na primeira pessoa ao ver o Titanic depois do naufrágio", explicou Ballard nesta quarta-feira.
Organizada pela Fundação de Pesquisa Submarina, a mostra foi concebida pelo desenhista de Walt Disney, Tim Delaney, e será exposta na mesma época do centenário do naufrágio. A exibição procura reviver a noite do naufrágio com o maior realismo possível.
Além do iceberg incandescente e frio ao toque, "para transferir a sensação da gélida e obscura noite do naufrágio", como explicou Ballard, há ainda as mensagens em código Morse enviadas para outros navios advertindo sobre a presença de gelo na água.
Mais de 250 horas de filme de alta qualidade também serão mostradas para os visitantes vivenciarem o momento do descobrimento de Ballard. 'Nesse instante tive duas reações. Uma profissional, de alegria e satisfação, mas a dominante era a humana. Senti dentro de mim que aquele lugar era muito especial e que merecia um grande respeito', descreveu Ballard.
O explorador especialista em navios naufragados é um dos porta-vozes da tese de que os objetos do transatlântico devem permanecer no fundo do mar. "O Titanic é um túmulo, um monumento comemorativo", enfatizou Ballard.
O oceanógrafo argumentou que a retirada de objetos não está destruindo só o navio, mas todo o lugar. "É necessário protegê-lo, já que, quando comparamos a prospecção do navio que fiz em 1985 e outra que realizamos quase duas décadas depois, comprovamos que os submarinos causaram danos", declarou.
No entanto, Ballard apontou que a tecnologia atual oferece a possibilidade de o Titanic ser conservado durante muito tempo, "se deixamos de danificá-lo", insistiu. 
(Com Agência EFE)

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