São Paulo
Companhias aéreas preferem atrasar voos com destino ao aeroporto para evitar mudanças no local de pouso. Ato é protesto contra demissões anunciadas no fim de julho pela TAM
Aeroportuarios e aeroviarios juntamente com entidades sindicais realizam ato no aeroporto de Congonhas em protesto contra demissoes de funcionarios da TAM - Nelson Antoine / Fotoarena
Um grupo de cerca de 70 pessoas ligado ao Sindicato dos Aeronautas e dos Aeroviários de São Paulo bloqueou por volta das 4h30 desta quinta-feira a principal via de acesso ao Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Cerca de uma hora e meia depois, o acesso foi liberado após intervenção da Polícia Militar. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), veículos foram usados para fechar a Avenida Washington Luis, perto do túnel que dá acesso ao aeroporto, interditando o tráfego nos dois sentidos.
O protesto, que provocou congestionamento na região, faz parte das ações do sindicato contra a demissão de 811 funcionários da TAM, anunciada pela companhia no final de julho. A Polícia Militar informou que tenta negociar a liberação total da via. Apesar dos transtornos, não há registro de confronto. Em decorrência do protesto, as companhias aéreas estão atrasando alguns voos que teriam como destino Congonhas, para que não tenham de ser desviados para pouso em outros aeroportos. Até as 9 horas desta quinta-feira, dezoito dos cinquenta voos programados em Congonhas estavam atrasados e cinco, cancelados.
Por volta das 6h40, a pista no sentido Santana da Wasington Luis havia sido liberada. O bloqueio permanecia no sentido Interlagos, que também ficou livre pouco depois. O estacionamento do aeroporto também chegou a ser interditado. Pedestres, no entanto, não foram impedidos de chegar ao terminal – era possível, por exemplo, ir de táxi, descer na avenida e seguir a pé.
O sindicato dos aeronautas e aeroviários planejou para esta quinta-feira interromper as atividades em Congonhas. Os dirigentes sindicais entendem que a TAM pode cortar ainda mais funcionários por meio do Programa de Licença Não-Remunerada (LNR) e do Programa de Demissão Voluntária (PDV) apresentados. O objetivo dos trabalhadores é suspender o processo e os cortes.
(Atualizado às 8h55)
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