quarta-feira 14 2013

Câmara aprova royalties do pré-sal para saúde e educação

Congresso

Proposta garante 75% dos royalties para a educação e 25% para a saúde; texto segue para sanção de Dilma

Marcela Mattos, de Brasília
Sessão conjunta do Congresso apreciou veto à Lei de Royalties e Orçamento 2013, por enquanto aprovado só pelos deputados
Royalties: Congresso faz acordo com Planalto e aprova lei (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr )
A Câmara dos Deputados cumpriu o acordo firmado com o governo e aprovou nesta quarta-feira o novo projeto de distribuição dos royalties do petróleo. O texto que segue para sanção da presidente Dilma Rousseff estabelece que 75% dos royalties serão destinados para a educação e 25% para a saúde. Além disso, 50% dos recursos do chamado Fundo Social - poupança decorrente da exploração do pré-sal - serão usados para educação e saúde.
O governo, que inicialmente previa a totalidade dos royalties somente para a educação, acabou cedendo à mudança.
O Planalto apresentou, depois de conversar com os parlamentares, uma solução que contempla as reinvindicações do Executivo e do Legislativo ao mesmo tempo em que preserva a poupança do fundo. O acordo consiste na utilização dos recursos do fundo social de forma provisória. Após a sanção, o governo enviará ao Congresso Nacional um projeto de lei que passará a prever a destinação para uso exclusivo dos rendimentos do fundo. O argumento utilizado para convencer os deputados foi que, em 35 anos, os recursos do fundo social ficariam reduzidos à metade caso fosse aprovada a proposta da Câmara dos Deputados.
Nesta manhã, os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, reuniram-se com líderes do governo na Câmara para apresentar a contraproposta. Também ficou acertado que seria retirada a exigência de que o mínimo de 60% do excedente em óleo vá para a União. Mercadante justificou a alteração como uma forma de dar mais segurança jurídica às empresas que disputarão a licitação, já que o percentual será definido pela empresa que ganhar o leilão.


A votação em plenário se deu a toque de caixa e sem discussões entre os deputados – motivo de comemoração entre os petistas. “Quero cumprimentar os líderes e a oposição, porque, neste comento, nós conseguimos um acordo amplo e temos de celebrar”, afirmou o líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP). Na mesma linha, o líder do PT, deputado José Guimarães (CE), afirmou que a aprovação foi fundamental para “pacificar” a Casa. Mercadante, que assumiu a articulação do governo, estava no plenário no momento da votação e agradeceu o apoio dos parlamentares.

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