No Facebook, ativistas pedem que participantes não usem tijolos e barras de aço no protesto desta segunda
SÃO PAULO - Mais de 230 mil pessoas confirmaram, pelo Facebook, participação no quinto ato contra o aumento das passagens, marcado para começar às 17h desta segunda-feira, 17, no Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo. Entre os participantes, no entanto, há muitas pessoas de fora de São Paulo, que confirmam a presença como forma de apoio ao movimento.
Para a manifestação desta segunda, os ativistas pedem que não haja violência e chamam a atenção para o fato de que há entulhos de obras no Largo da Batata, como tijolos de concreto, telhas e barras de aço. Alguns acreditam que os objetos no local e a afirmação do governo de que a Tropa de Choque e as bombas de efeito moral não serão usadas possam ser uma "armadilha", para levar os manifestantes à agressão e justificar a reação da polícia.
"Não usem o entulho que deixaram de propósito no Largo da Batata", escreveu o manifestante Rodrigo Veiga. "Algo de estranho cheira no ar (...) Esse material não chegou hoje no Largo da Batata à toa", comentou Nina Salomão, outra ativista.
Na organização do protesto pelo Facebook, os ativistas também pedem que não sejam erguidas bandeiras de partidos políticos. No entanto, alguns já levantam a discussão e organizam enquetes sobre quais serão as próximas manifestações a serem feitas. "Reforma política" e "educação" estão entre os motivos de protesto mais votados.
Segundo enquetes criadas na rede social, a maioria dos participantes da manifestação é formada por estudantes que têm entre 18 e 25 anos.
No Twitter, leitores lembram que o protesto desta segunda deve ser o maior já organizado pelo Movimento Passe Livre. "Assunto de hoje é o protesto, que promete ser o maior de todos. Que haja paz em SP, com um protesto pacífico sem truculência da PM", afirma a usuária Sil Nascimento (@LiEmAlgumLugar). Para Raquel Recuero (@raquelrecuero), a truculência da polícia (na manifestação de quinta-feira, 13), ao invés de reduzir o impacto do protesto, multiplicou".
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