Estilo de vida
Pesquisa afirma que restringir os períodos em que permanecemos sentados para até três horas diárias aumenta a expectativa de vida em dois anos
Preso à cadeira: sedentarismo interfere negativamente na expectativa de vida, além de provocar diversos problemas de saúde (Thinkstock)
Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade do Estado de Louisiana e da Faculdade de Medicina de Harvard, ambas nos Estados Unidos, mediram quanto tempo de sedentarismo é preciso ser reduzido em um dia para aumentar a longevidade. De acordo com a pesquisa, restringir período em que uma pessoa fica sentada para até três horas por dia pode aumentar sua expectativa de vida em dois anos, e passar a assistir televisão por menos do que duas horas diariamente prolonga a vida em até 1,4 ano. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira no periódico BMJ Open.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Sedentary behaviour and life expectancy in the USA: a cause-deleted life table analysis
Onde foi divulgada: periódico BMJ Open
Quem fez: Peter T Katzmarzyk e I-Min Lee
Instituição: Universidade do Estado de Louisiana e da Faculdade de Medicina de Harvard, EUA
Dados de amostragem: Dados de 2005 a 2010 do Nhanes e cinco estudos envolvendo 167.000 adultos
Resultado: Reduzir o tempo diário em que ficamos sentados aumenta a expectativa de vida em até dois anos; e assistir televisão por menos do que duas horas por dia pode prolongar a vida em 1,4 ano.
A partir dos dados coletados entre 2005 e 2010 pelo Observatório Nacional de Exames em Saúde e Nutrição (Nhanes, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, os autores do trabalho calcularam o tempo médio no qual uma pessoa permanece sentada e levantaram os números de problemas de saúde associados ao sedentarismo, como diabetes e morte por doença cardíaca, registrados no país nesse período. Depois, os pesquisadores cruzaram essas informações com os resultados de outros cinco estudos sobre estilo de vida e mortalidade que, ao todo, envolveram 167.000 adultos.
Segundo os resultados, os adultos dos Estados Unidos passam, em média, 55% do dia em atividades sedentárias. E, entre todas as mortes registradas de 2005 a 20120 no país, 27% têm alguma relação com o hábito de ficar sentado por muito tempo e 19% com o hábito de assistir televisão. "Os resultados desse estudo indicam que o tempo de sedentarismo tem potencial para reduzir a expectativa de vida da população e que uma mudança significativa no comportamento dos indivíduos é necessária para afetar de maneira palpável a longevidade das pessoas", afirmam os autores no artigo.
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