terça-feira 30 2012

O tratamento da queratose actínica tem uma boa notícia


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A má notícia você já sabe: sol em excesso faz mal. Uma das possíveis consequências é a lesão de pele chamada queratose actínica, extremamente comum. É uma feridinha áspera, esbranquiçada ou avermelhada, que aparece geralmente em pessoas de pele clara e nas áreas do corpo mais afetadas pelo sol: rosto, braços, mãos e no couro cabeludo de homens calvos. Estima-se que a maioria dos americanos com mais de 60 anos têm ao menos uma lesão dessas. Muito, não é mesmo? A queratose actínica é uma lesão pré-cancerosa, que pode transformar-se em carcinoma espinocelular. Portanto precisa ser tratada.
Agora, a boa notícia: o tratamento da queratose actínica ganhou um aliado. Daqui a pouco falo mais sobre ele. Antes, mais detalhes sobre a queratose actínica.
Campo de cancerização
A origem da queratose é a ação nociva dos raios ultravioleta sobre o DNA de células da pele. O DNA se altera e as células alteradas se multiplicam formando a lesão. Muitas vezes formam-se várias lesões. Compreensível, pois o sol em excesso geralmente não atinge um ponto só, mas sim todo o braço, ou todo o couro cabeludo, ou então todo o decote da blusa. Dependendo das condições da pele onde estão as queratoses, a área é chamada de campo de cancerização. Porque pele excessivamente exposta é como um campo minado: algumas lesões são óbvias, outras são ainda pouco perceptíveis, e em toda a área do campo a pele é propensa a desenvolver novas lesões, pré-cancerosas ou cancerosas. Imagine só o quanto isso é frequente no nosso país tropical.
O problema
O tratamento de queratoses actínicas consiste em destruí-las. Um método é o congelamento das lesões. É prático, eficaz e pode ser usado em várias lesões na mesma sessão. Outra boa opção é raspagem e eletrocoagulação. Só que esses tratamentos têm ação pontual: eliminam com eficiência a queratose, mas não tratam o campo minado ao redor dela. Por isso, com o passar do tempo e dependendo das condições da pele, novas lesões podem surgir.
A boa notícia
Em julho deste ano, a Anvisa aprovou o Picato®, medicamento da dinamarquesa LEO Pharma e comercializado nos Estados Unidos desde o início de 2012. A previsão para lançamento no Brasil é no início de 2013. Esse gel, eficaz para tratamento de campo de cancerização, é uma boa novidade. O gel é aplicado durante 2 ou 3 dias, tratando de uma só vez a maioria ou todas as lesões de uma área. Ele tem efeitos colaterais como vermelhidão, inchaço ou feridas no local tratado. Mas esses incômodos são passageiros e em até duas semanas a pele está recuperada.
Existem outros ativos, como o imiquimode ou o 5-fluoracil, também opções de tratamento de campo de cancerização. A diferença é que, com eles, o tratamento leva semanas ou meses. Com o Picato®, leva 2 ou 3 dias apenas.
Por Lucia Mandel
http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/secao/tratamento/

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