Saúde
Unidade, que será dedicada ao tratamento de insuficiência cardíaca, firmou parceria com 14 hospitais da rede pública e duas instituições estrangeiras
Fachada do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo: Nova UTI do hospital atenderá 15 pacientes do SUS no primeiro ano do projeto (Breno Rotatori)
O Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, inaugurou nesta segunda-feira uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) dedicada exclusivamente ao tratamento da insuficiência cardíaca. Por meio de uma parceria com o Ministério da Saúde, pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão ter acesso à terapia especializada. Além disso, no local será feito treinamento de profissionais da saúde da rede pública.
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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Acontece quando, em decorrência de uma determinada doença, o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo, reduzindo o fluxo sanguíneo. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Pessoas com insuficiência cardíaca grave devem utilizar dispositivos mecânicos ou receber um transplante.
Acontece quando, em decorrência de uma determinada doença, o coração bombeia o sangue de maneira ineficaz, não conseguindo satisfazer a necessidade do organismo, reduzindo o fluxo sanguíneo. Embora possa acometer pessoas de todas as idades, é mais comum em idosos. Pessoas com insuficiência cardíaca grave devem utilizar dispositivos mecânicos ou receber um transplante.
A Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca (Uaic) firmou parceria com 14 hospitais do estado de São Paulo ligados ao SUS, entre eles o Hospital-Geral do Grajaú, na zona sul da capital, e o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. Os médicos do Sírio-Libanês contribuirão no atendimento aos pacientes desses centros via telemedicina — haverá um plantão de especialistas atendendo ligações dos hospitais conveniados 24 horas por dia — e receberão na própria unidade os casos mais graves.
Entre os procedimentos que serão feitos pela Uaic estão o transplante de coração e o suporte circulatório mecânico, que funciona como um coração artificial. "Além de promovermos assistência para o paciente privado, vamos atender o SUS. São pacientes que talvez não tivessem esse tipo de suporte em outros hospitais", diz o médico Roberto Kalil Filho, diretor do Centro de Cardiologia do Sírio-Libanês.
Rede pública — O contrato do Sírio com o ministério prevê o atendimento de 15 pacientes do SUS no primeiro ano do projeto. Segundo Kalil, o número é significativo, já que os procedimentos previstos são de alta complexidade e envolvem tecnologia de ponta. Para a capacitação dos profissionais do SUS, está previsto que eles acompanhem os procedimentos cirúrgicos na Uaic e a distância, por teleconferência. O objetivo é que eles sejam capazes de levar as técnicas aprendidas para seus hospitais de origem.
Para Ludhmila Abrahão Hajjar, chefe da UTI cardiológica do Sírio-Libanês, o projeto poderá ser o embrião de ações semelhantes em todo o país. "Se um hospital privado oferece tratamento para pacientes do SUS e tem bons resultados, o ministério vai querer multiplicar o projeto para todo o Brasil e proporcionar um tratamento de ponta para a população carente, reduzindo a mortalidade de uma doença tão grave."
Ludhmila exemplifica que mesmo em centros públicos de ponta, como o Instituto do Coração (Incor), o SUS não paga procedimentos como o dispositivo de assistência circulatória. Lá, a instituição é quem banca o procedimento, com recursos próprios. "Se o projeto funcionar e for custo efetivo, vai ser um piloto para a padronização da terapêutica no tratamento de pacientes do SUS", diz Ludhmila.
Parceria — O projeto também apresenta uma parceria com a Universidade de Chicago e o Centro de Assistência Circulatória de Ratisbona, na Alemanha. Especialistas dos dois centros estiveram no Brasil na semana passada para um simpósio internacional sobre insuficiência cardíaca no Sírio-Libanês.
A Uaic adotará os protocolos de atendimento dessas unidades e terá um canal direto com elas, com a possibilidade de discussão de casos de pacientes brasileiros com os estrangeiros via telemedicina. "Esses doentes estão morrendo na rede pública. A população tem pouco acesso ao transplante cardíaco: faltam doadores e os programas ainda não estão muito desenvolvidos. Não é um problema só do Brasil, mas do mundo todo", diz Ludhmila.
Para Ludhmila Abrahão Hajjar, chefe da UTI cardiológica do Sírio-Libanês, o projeto poderá ser o embrião de ações semelhantes em todo o país. "Se um hospital privado oferece tratamento para pacientes do SUS e tem bons resultados, o ministério vai querer multiplicar o projeto para todo o Brasil e proporcionar um tratamento de ponta para a população carente, reduzindo a mortalidade de uma doença tão grave."
Ludhmila exemplifica que mesmo em centros públicos de ponta, como o Instituto do Coração (Incor), o SUS não paga procedimentos como o dispositivo de assistência circulatória. Lá, a instituição é quem banca o procedimento, com recursos próprios. "Se o projeto funcionar e for custo efetivo, vai ser um piloto para a padronização da terapêutica no tratamento de pacientes do SUS", diz Ludhmila.
Parceria — O projeto também apresenta uma parceria com a Universidade de Chicago e o Centro de Assistência Circulatória de Ratisbona, na Alemanha. Especialistas dos dois centros estiveram no Brasil na semana passada para um simpósio internacional sobre insuficiência cardíaca no Sírio-Libanês.
A Uaic adotará os protocolos de atendimento dessas unidades e terá um canal direto com elas, com a possibilidade de discussão de casos de pacientes brasileiros com os estrangeiros via telemedicina. "Esses doentes estão morrendo na rede pública. A população tem pouco acesso ao transplante cardíaco: faltam doadores e os programas ainda não estão muito desenvolvidos. Não é um problema só do Brasil, mas do mundo todo", diz Ludhmila.
(Com Agência Estado)
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