terça-feira 09 2012

Lactato e performance


actato e performance

(Foto: Tinkstock)
Rodolfo é um corredor dos mais dedicados. Segue à risca sua planilha de treinos, realmente obedece as orientações passadas. Então, teríamos como certo que melhoraria seu recorde pessoal na maratona que disputaria em Berlim, certo? Errado!
Não fosse o cuidado que tivemos de dosar a concentração de lactato (ácido lático) no sangue, muito provavelmente esta história não teria terminado tão bem. Eu explico: recomendo que o atleta passe por um teste de dosagem de lactato durante um protocolo de exercício, específico para avaliar a performance aeróbia e assim poder ter tempo hábil de ajustar algum aspecto que esteja falho no treinamento. Abaixo, o resultado do teste realizado:
A linha vermelha mostra a concentração de lactato obtida para ritmos de corrida cada vez mais rápidos. Ao contrário do que era esperado (linha preta tracejada), Rodolfo apresentou dificuldade em elevar a concentração desta variável no sangue, o que é um sinal de cansaço. Como tal ocorrência geralmente indica que algo não vai bem na rotina do atleta, conversamos sobre seu caso. De fato, uma fase difícil no trabalho com muito estresse estava atrapalhando. Corrigimos a tempo os treinos, enfatizando períodos mais longos de descanso e repetimos o teste:
O segundo teste aponta um resultado “normal”, ou seja, baixas concentrações de lactato em ritmos lentos e altas em intensidades maiores. Em resumo, com as intervenções adotadas, Rodolfo conseguiu se recuperar a tempo de conseguir um ótimo desempenho na maratona de Berlim, que concluiu com o tempo de 3h27min. Assim, melhorou sua marca pessoal em quase dez minutos (a anterior era 3h36min).
Fica aqui a dica: se possível, procure um profissional para te avaliar cerca de dois meses antes do seu evento principal. Assim como os vestibulandos fazem simulados para avaliar se estão prontos para a prova, você também deve se testar para saber como o seu corpo está reagindo ao treinamento.

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