Simplificação do serviço será a tônica nos restaurantes; veja seis apostas para este ano
Mesas sem toalha, um garçom no salão em vez de cinco, cardápio reduzido: o paulistano, acostumado ao paparico serviçal no restaurante, vai ter de encarar esse novo tipo de serviço, mais simples e informal. Chefs e restaurateurs consultados pelo Paladar apontam esse movimento como incontornável para 2014. É para driblar a tendência de aumento dos preços que gerou insatisfação em 2013.
Se os dois últimos anos foram marcados pela aproximação de chefs e produtores, 2014 verá brotar uma parceira ainda maior entre eles. O objetivo de alguns chefs é ir mais longe: interferir na produção para aprimorar o que vai à cozinha, além de rastrear o produto, saber como é cultivado e consumido pelos nativos, o que já vem sendo feito.
Os últimos meses de 2013 já deram sinais de que, em 2014, a branquinha vai brilhar. Séries especiais, antigos produtos repaginados, além de lançamentos no mercado garantem: em ano de Copa do Mundo, a cachaça vai protagonizar no balcão. Entre especialistas do setor, nada de esperar o carnaval passar. Entre 30 de janeiro e 1º de fevereiro, será realizada a primeira degustação às cegas de cachaça com o objetivo de pontuar e ranquear a bebida.
Diante da explosão de cervejas, cervejeiros e cervejarias brasileiras, para onde mais pode ir a bebida? Para aquela que é tida como a última barreira: os restaurantes. A aposta é que a cerveja conquiste espaço no território hoje praticamente dominado pelo vinho. É comum ver, em bons restaurantes, poucas opções de cervejas. 'A gente acredita que isso vai mudar. É uma barreira que queremos transpor', diz Alejando Winocur, diretor da cervejaria paranaense Way.
Simplificado sem ser simplista, assim deverá ser o ano do café segundo especialistas ouvidos pelo Paladar, que apostam na queda da afetação em torno da bebida. Para o barista Leo Moço 'é o sabor que será explorado. É o sabor que vai dominar'. O coador, redescoberto em 2013, deve se espalhar ainda mais. No lugar de novos métodos para extrair a bebida, as técnicas já disponíveis deverão ser mais exploradas. 'Muita gente não entendeu as técnicas direito, e o cliente que pague a mais por isso', diz.
Com a sanção da lei que libera a venda de comida na rua em São Paulo, a tendência é que a oferta seja ampliada. Alguns restaurantes já anunciaram projetos de lançar food trucks. Henrique Fogaça e Checho Gonzales (da pioneira feira O Mercado), além dos chefs Raphael Despirite, do Marcel, e Marcio Silva e Jorge Gonzáles, do Buzina Food Truck, são apenas alguns dos que devem ir para as ruas cozinhar.
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