Vinícolas brasileiras produzem do garrafão aos espumantes
Vinícola Rio Sol, em Petrolina (PE). A emergência da região do Vale do Rio São Francisco como uma relevante produtora no Brasil reflete uma lenta (porém visível) mudança no padrão de produção e consumo de vinhos do País
Números mostram que a tendência de longo prazo é a substituição dos vinhos populares - feitos com uvas comuns, produzidas para o consumo in natura - pelas opções finas, produzidas a partir de uvas viníferas conhecidas, como cabernet, shiraz e malbec.
No Brasil, o cenário se mostra especialmente promissor para os espumantes - justamente o segmento em que as vinícolas do Vale do Rio São Francisco estão se especializando.
Apesar de o consumo de espumantes ainda ser baixo no País, os números mostram que, no longo prazo, o mercado cresceu de forma relevante.
André Arruda, diretor da Vinícola Santa Maria.
Considerados os dados de janeiro a setembro, as vendas de espumantes em volume acumularam alta de 52% desde 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) que compilam os dados de produção no Rio Grande do Sul, que concentra 90% das vinícolas brasileiras
O mercado de vinhos brasileiro ainda é dominado principalmente por pequenas e médias empresas, quase sempre de origem familiar. Com mais de cem anos de história, a vinícola gaúcha Miolo, uma das marcas mais tradicionais do País, faturou menos de R$ 130 milhões no ano passado. Para crescer, a companhia atraiu investidores externos com interesse pessoal em vinhos.
engarrafamento de espumante Rio Sol, da Vinícola Santa Maria. O grupo português Dão Sul, dono da marca, tem faturamento total de R$ 70 milhões.
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