terça-feira 07 2014

Barbosa sai de férias e não assina prisão de João Paulo

Mensalão

Supremo será comandado interinamente pela ministra Cármen Lúcia

Laryssa Borges, de Brasília
João Paulo Cunha deixa o Sindicato do Comercio Varejistas de Osasco e Região
João Paulo Cunha, em 2012 (Apu Gomes/Folhapress)
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, antecipou suas férias e saiu de recesso sem assinar o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado no julgamento do mensalão. A expectativa da defesa do parlamentar era a que ele se entregasse nesta terça-feira, às 12h, assim que recebesse a ordem de prisão. O documento, no entanto, ainda está sendo elaborado pela Secretaria Judiciária do STF.
Durante a ausência de Barbosa, a ministra Cármen Lúcia responderá interinamente pela presidência da Corte. É possível que ela assine a ordem de prisão do petista, que foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. A ministra presidirá o STF até o dia 19.
Sem o mandado de prisão expedido, a Polícia Federal não pode cumprir a determinação do próprio Barbosa, que no último dia 2 de janeiro rejeitou mais uma rodada de recursos de João Paulo e determinou que parte da sentença de condenação – seis anos e quatro meses de prisão – fosse executada. João Paulo, por meio de embargos infringentes, da condenação por lavagem de dinheiro e ainda terá este quesito julgado pelo plenário do STF.
O mensaleiro, segundo seus advogados, só pretende se apresentar às autoridades após receber a ordem de prisão.

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