Alimentação
Para seguir uma boa dieta, não é preciso comer comidas estranhas — basta saber combinar alguns dos alimentos mais tradicionais da nossa mesa
Mariana Janjacomo
Alguns pratos típicos da cozinha brasileira trazem combinações de nutrientes capazes de melhorar o funcionamento do organismo (Thinkstock)
Ter uma alimentação saudável pode ser mais fácil (e prazeroso) do que se imagina. O segredo é evitar produtos industrializados e incluir no cardápio comidas naturais e típicas da cozinha brasileira, como o prosaico arroz com feijão. Essa é a tese defendida no livro Prato Sujo – Como a Indústria Manipula os Alimentos para Viciar Você (Editora Abril), da jornalista Marcia Kedouk.
Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein, concorda com a fórmula. Segundo ele, consumir o máximo possível de alimentos caseiros elimina a necessidade de qualquer suplementação. Para potencializar o poder nutritivo desses alimentos, é necessário combinar em um mesmo prato os ingredientes certos – assim, seus nutrientes interagem e os benefícios se tornam ainda maiores. Confira nove misturas poderosas, segundo o livro Prato Sujo – Como a Indústria Manipula os Alimentos para Viciar Você.
Arroz e feijão
A dupla querida pelos brasileiros não deve ser separada. Juntos, o arroz e o feijão criam uma superproteína formada por dois aminoácidos – a metionina, do arroz, e a lisina, do feijão – que ajudam o organismo a reconstruir tecidos. Separados, porém, o arroz e o feijão não criam a superproteína.
Tomate e azeite
O licopeno presente no tomate possui propriedades antioxidantes, ou seja, capazes de retardar o envelhecimento e prevenir contra doenças generativas como o câncer. A gordura do azeite ajuda o organismo a absorver o nutriente.
Carne e alecrim
Durante o preparo, a carne libera algumas substâncias tóxicas que estão ligadas ao surgimento de câncer. O alecrim, no entanto, neutraliza esse efeito. A ação se deve a dois ácidos presentes no tempero: o carnósico, anti-inflamatório, e o rosmarínico, que captura os radicais livres e bloqueia a oxidação das células.
Feijão e rúcula
O ferro rico no feijão não tem fácil absorção pelo organismo. Mas, se combinado com o ácido ascórbico da vitamina C – presente na rúcula –, é aproveitado pelo intestino.
Carne de soja e batata
A proteína da soja, como todas as outras, aumenta a sensação de saciedade. E ela ainda desacelera a digestão da batata, evitando que muita insulina seja liberada de uma vez só no sangue.
Cenoura e laranja
A vitamina C da laranja, que fortalece o sistema imunológico, baixa os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue quando combinada com o ácido fenólico da cenoura. Além disso, as fibras da cenoura fazem com que o corpo demore mais para absorver os açúcares tanto dela quanto da laranja. Resultado: menos insulina no sangue e maior sensação de saciedade
Atum e suco de frutas vermelhas
As frutas vermelhas têm uma substância chamada ácido elágico, que aumenta a capacidade do organismo de reter o ômega 3 presente no peixe. O ômega 3 ajuda a baixar o colesterol ruim (LDL) no sangue.
Ovo, brócolis e arroz integral
O brócolis possui cálcio, a casca do arroz integral tem magnésio e o ovo é rico em vitamina D. O magnésio e a vitamina D se unem para ajudar o organismo a fixar o cálcio, que fortalecerá os ossos do corpo.
Chá verde, limão e castanha-do-pará
O ácido ascórbico do limão ajuda o corpo a reter uma substância presente no chá verde chamada catequina, que acelera o metabolismo e facilita a absorção da vitamina E presente na castanha-do-pará.
Eu Não Gosto de Chá Verde. Vou só de Limão e Castanha!
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