quinta-feira 03 2013

Suécia é o melhor país para se envelhecer; Brasil ocupa 31ª posição

Europa

Estudo respaldado pelas Nações Unidas indicou que suecos, noruegueses e alemães são os mais bem preparados para lidar com os desafios da velhice

Mulher passeia por rua coberta de neve, na Suécia
Mulher passeia por rua coberta de neve, na Suécia (Jessica Gow/Scanpix/AFP)
Um estudo idealizado pelo Índice Global de Vigilância Etária, e respaldado pela ONU, indicou que a Suécia é o melhor país para se envelhecer. Os resultados divulgados nesta semana apontam que os suecos, seguidos de noruegueses e alemães, são os mais amparados para lidar com os desafios de uma população em processo de envelhecimento. O Brasil ficou com a 31ª posição, atrás dos vizinhos Chile (19º) e Uruguai (23º). O Afeganistão ficou na última colocação.
O estudo classificou o bem-estar social e econômico dos idosos em 91 países, comparando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras agências globais especializadas em renda, educação, emprego e qualidade de vida dos mais velhos. Aspectos como a cobertura proporcionada pela aposentadoria, número de idosos considerados pobres, expectativa de vida e saúde até os 60 anos, idosos empregados, segurança e liberdade cívica foram analisados. 
As primeiras posições foram dominadas por nações da Europa, além de Estados Unidos e Japão. O Brasil foi o mais bem colocado entre os países emergentes do bloco Brics, composto também por Rússia, Índia, China e África do Sul. 
Para marcar o Dia Internacional do Idoso, comemorado nesta terça, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou que há um amplo reconhecimento de que a população mais velha apresenta uma oportunidade significativa e também um desafio. “A oportunidade é se beneficiar das muitas contribuições que as pessoas mais velhas dão à sociedade. O desafio é agir com base nesse entendimento por meio da adoção de políticas que promovam a inclusão social e a solidariedade entre gerações”. 
O estudo, inédito, aponta que muitos países estão despreparados para lidar com uma população cada vez mais idosa. Silvia Stefanoni, diretora-executiva do grupo que idealizou o informe, disse que a lentidão no debate sobre o bem-estar dos mais velhos "é um dos maiores obstáculos para responder às necessidades da população mundial em envelhecimento". "Ao nos dar uma compreensão melhor da qualidade de vida de homens e mulheres à medida que envelhecem, este novo índice pode nos ajudar a focar nossa atenção nas áreas em que precisamos fazer melhorias", afirmou.
A forma como os países cuidam dos idosos se tornará um tema cada vez mais importante, uma vez que o número de pessoas com mais de 60 anos deve aumentar dos atuais 809 milhões para mais de 2 bilhões em 2050 - quando elas serão mais de uma em cada cinco pessoas do planeta, destacou o informe.
(Com agência France-Presse)

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