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Desde 2009 me tornei um aficionado por redes sociais. Seja facebook, twitter ou instagram, volta e meia me pego querendo ler e ver opiniões, fotos de amigos e conhecidos. Confesso que de um tempo para cá, percebi que tanta exposição faz parte de duas faces de uma mesma moeda. Por um lado, há, é claro, a diversão! O Instagram, por exemplo, se tornou um consultor de moda e beleza. Nos muitos “posts”, observa-se tanto homens quanto mulheres exibindo o visual, ou melhor, o “look do dia”. Não importa a ocasião. Seja para dar dicas de como se vestir para o trabalho ou o melhor visual para a balada, vivemos uma febre de consultores de moda.
Nessa nova onda, vale até “momento grávida”. E parece que hábito de postar dicas para as futuras mães tem sido frequente na rede social. Não sei se por ter muitas amigas vivendo a magia da gestação, mas ontem mesmo me deparei com algumas fotos de mulheres compartilhando esse momento inesquecível para elas. Achei muito bacana e pensei: iria adorar ter visto essas imagens da minha mãe, quando ela estava grávida de mim em 1974/75. O que eu tenho são umas fotos, que adoro ver. Mas um perfil que me chamou muita atenção foi o da Karla Prado, que posta suas fotos com o visual do dia e acaba, com isso, criando um diário que poderá ser desfrutado para sempre por seu filho e por ela. E no caso do visual de uma grávida tem sempre um olhar mais brilhante, mais especial. Esse é o lado bom de tudo isso!
Por outro lado… Vejo que muitas pessoas extrapolaram e perderam a noção do que é público e do que é privado. Falta, com certeza, um manual de boas maneiras nessa nova forma de comunicação. Dia desses um conhecido publicou em sua rede aberta, ou seja, aquela que todo mundo pode ver, o convite de uma festa com endereço, hora e tudo mais do anfitrião. Imagina só a saia justa dessa pessoa, que convidou apenas algumas pessoas. Do nada sua reunião estava em uma rede social com endereço, telefone de confirmação e tudo mais para quem quisesse ver. Foi aí que pensei: por anda o livro de boas maneiras da atualidade? Muita gente estaria precisando de uma Carmem Mayrink Veiga, como existia nos anos 90, quando ela dizia como confirmar ou agradecer a um convite. Nos tempos de rede social, acho que precisaríamos de uma pessoa antenada e que soubesse explicar que, mais importante que um RSVP – respondez s’il vous plait, ou, em português, confirme a sua presença, o termo deveria complementado por: não postar esse convite em sua rede social. Com certeza, esse puxão de orelha, iria, no mínimo, alertar para esse balcão de aceitação social que se tornaram as redes sociais.
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