Não é de hoje que o carioca sofre com os problemas das cias aéreas brasileiras e aeroportos que ocupam espaço na cidade. Seja no Galeão ou no Santos Dumont, a todo instante uma novidade é apresentada. Em 2007, quando recebemos os Jogos Pan Americanos, tivemos um reforma voadora nas estruturas do espaço que leva o nome do pai da aviação. Tudo feito às pressas e com inúmeros problemas evidenciados apenas um ano depois da conclusão das obras, quando teve que ser parcialmente interditado para uma nova reforma nas pistas. Mesmo com todo o dinheiro gasto, o local mais importante não tinha recebido a atenção devida . As pistas não tinham as ranhuras para colaborar no atrito gerado pela aterrissagem dos aviões.
O Santos Dumont, então, perdeu todos os vôos para o abandonado Galeão, restando apenas a ponte aérea Rio – São Paulo, que por sinal tem a fama de ser a terceira rota mais movimentada do mundo.
No dia 2 de outubro de 2009, a cidade maravilhosa foi anunciada cidade olímpica para 2016. O que para o pensamento coletivo significava que o Rio, finalmente, iria receber estrutura em seus aeroportos, estradas e para o transporte público. Afinal de contas, além das Olimpíadas temos a primeira viagem internacional do novo Papa para a Jornada da Juventude, Copa das Confederações e Copa do Mundo. Isso sem falar na agenda normal da cidade que é tida como destino que vende o Brasil internacionalmente – em 2012 entraram 1.164.187 visitantes de outros países na capital fluminense. Um acréscimo de 11,4% em relação aos números de 2011.
Pelo visto essa agenda não abriu aos olhos da cia aérea mais chilena que o Brasil tem: a Tam. A cidade olímpica vem sendo tratada como grupo de acesso e gradativamente perde rotas clássicas como: Paris e Frankfurt – que deixarão de operar em agosto desse ano. Isso sem falar em Miami que de São Paulo sai um 777 novinho em folha e do Rio um capenga 767-300, com poltronas quebradas, aeronave suja e serviço de categoria infinitamente inferior. A dica que fica é a ouvida nos corredores da cidade americana da Flórida. A Lan, ou melhor, LaTam, visa apenas o lucro deixando de lado a função real do transporte público em um país civilizado: atender ao brasileiro.
E vamos combinar… Qual seria a intenção do Chile no Brasil, se não o de ganhar dinheiro? Cabe a nós repudiarmos esse ato e passarmos a viajar em cias de outros países, que nos valorizem de fato.
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